Cor do Pensamento escrita por Monique Góes


Capítulo 9
Capítulo 8 - Crise




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Capítulo 8 - Crise

Ajudou Drake a subir as escadas para o segundo andar, assim, foram para o quarto dele. Dava para escuta-lo reclamando da sua perna em voz baixa.

O quarto do garoto não era exatamente grande, mas era amplo e aconchegante. Sua cama ficava encostada de lado na parede, revestida com um papel de parede de estampas com cores entre tons de bege, e as prateleiras de livros estavam pregadas por ela, bem sobre o móvel. O local era bem iluminado por uma grande janela, e a área ao redor dela era toda em compensando, com um pufe e algumas almofadas formando um nicho ali, além da mochila que estava presa a um prendedor à parede. Logo ao lado estava uma escrivaninha, que tinha uma estante cheia de CDs e revistas, com um aparelho de som nele, e uma porta que deveria levar a um closet.

— O seu quarto é bonito.

— Obrigado. – Drake se sentou na cama. – Foi meio difícil arruma-lo hoje, mas dei o meu jeito. Fiquei com dor de cabeça depois, mas enfim. Deu certo.

— Você fica com dor de cabeça quando usa magia?

— Dependendo de quanto tempo eu a use. – respondeu. – Normalmente me dá logo enxaqueca, então hoje foi o meu dia de sorte. A Papillon faz um remédio para mim que eu tomo logo depois e passa. Naquele dia eu fui ao orfanato porque o meu tinha acabado e havia me esquecido de pegar outro. Se eu passo tempo demais com a enxaqueca, meus poderes se descontrolam, e... Bom, pode ser meio assustador, tipo, coisas voando, cadeiras mexendo sozinhas, esse tipo de coisa. Digno de Atividade Paranormal.

— Por que isso?

— Não sei. Acontece desde que eu me lembro por gente. Eu lembro que tinha vezes que eu ficava dias de cama até que ela descobriu como fazer esse remédio. – suspirou. – Eu fui adotado por pais não bruxos, e... Eles são mega, tipo, mega cristãos, ultra religiosos. Eu não contei sobre magia para eles por um bom tempo, e eu tive que aprender a me controlar sozinho. Só que às vezes vinham as crises e eles não sabiam o que estava acontecendo.

— Seus pais... Você mora com a sua tia...

Ele fez uma careta e se Claire pudesse se bater, ela o faria. A carta de Papillon mencionava que ele tivera algum problema com os seus pais e que no fim acabara indo morar com a tia.

— Desculpa.

— Tudo bem, é que... – ele suspirou. – Foi um dia que tudo resolveu dar errado e mesmo que já façam uns anos, parece que foi ontem.

Os dedos dele bateram em sua coxa. Claire sentia vontade de perguntar o que tinha acontecido, mas era melhor que ele falasse o que quisesse falar quando quisesse falar.

 - Ai, assunto desagradável, bizarro. – ela acabou rindo do comentário. – Pulando disso, você realmente gostou dessa história do coven?

— Sim, acho que eu estou considerando entrar. Eu fui para o Santuário nessas férias, então eu vi algumas coisas que sinceramente ainda não consigo entender.

— Você foi ao Santuário de Alim?

— Aham. É... Uma enrolação, realmente. Ah, tem outra coisa.

Pôs a mão na mochila, e pegou a sacola que Joshua havia lhe entregue na escola. Entregou-a para Drake, que a olhou com uma expressão de dúvida.

— Nós fomos à Dhor Faldor, e nos entregaram sacolas como essas. Foi onde o Joshua me contou sobre o nosso pai ser um bruxo e sobre você. Deram uma para você também, pra entregarmos depois de conhecê-lo.

— Dhor Faldor... Você está dizendo a cidade dos anões? E... Elfos e sei lá o quê?

— É.

— Você foi lá durante as férias?

— Aham.

—... Ok... – Ele pegou a sacola, a olhando. – O que tem aqui?

— Não sei, ela é magica. Ainda não mexi muito na minha por sinal. Joshua tirou um escudo da dele uma vez, e... Admito que a gente mexeu no seu.

Ele franziu o cenho e abriu a sacola dourada. Viu como ele se assustou quando seu braço afundou quase todo, o que a fez rir. O que Drake tirou de lá foi um caderno, como Claire havia feito com seu grimório e livro espelho.

— Hã... Sei lá, isso daqui assumiu um tom “vá estudar”, que é totalmente condizente com a proposta de ainda agora. – Ele pôs os cadernos entre eles, antes de tentar coçar a sua perna, fazendo uma careta. – A minha avó não quer deixar eu me curar, mas eu tenho um plano perfeito: Ou vou acelerando de pouquinho em pouquinho, aí tipo “Oh, nossa, está curada em um mês!”.

— Sério isso?

— Você nunca quebrou um osso, quebrou?

— Não.

— Acho que é a terceira vez que quebro um. – ele deu uma risada sem graça. – Eu caí do skate e quebrei o braço e outra que o Jo caiu de cabeça no meu peito. Quebrou uma costela. Isso... Nos últimos três anos.

Encarou-o.

— Como assim, você sai na rua e se machuca?!

— É... Às vezes. – admitiu. – Ou eu bato em alguém. Já abri a porta na cara do Will e tive que pagar óculos novos para ele.

Aquilo era inacreditável.

— Ok, eu vou tentar manter uma distância segura e ficar de olho em você daqui pra frente.

— Ah, não precisa... Ou talvez sim. Não sei. Não duvide da minha capacidade de bater de cara na parede. Ou tropeçar nos meus pés e cair da escada...

— Eu já entendi...

— O Jean diz que é um milagre que eu tenha chegado aos dezesseis anos completamente inteiro.

— Estou vendo. As minhas amigas me zoam porque eu não sei nadar, nem andar de bicicleta.

— Nadar é compreensível, mas... Bicicleta? Não é uma das coisas básicas ensinada na infância?

— Em minha legítima defesa, o papai adorava cozinhar e eu preferia ficar fazendo bonequinhos de massa em casa. O Joshua que foi para o lado radical da vida.

— É, ele disse que faz luta e parkour, não é?

— Além de sair com os amigos dele sempre que tem um tempo livre... Ele até passou um tempo demais em casa essas férias. Acho que foi porque eu comecei a namorar.

Drake começou a rir.

— Sério, tipo, quando vamos nos beijar ou só chegamos perto, parece que ele tem um alarme ou coisa parecida e chega na hora.

— Ué, vocês não tem como sair de casa pra ir no cinema ou qualquer outro lugar?

— É meio complicado... Até um tempo atrás, Vincent estava todo roxo. – Ela suspirou. – Aliás, o que eu tinha que lhe explicar, o meu namorado é... O príncipe Alastair.

Quase viu as engrenagens se movendo na cabeça de Drake antes que ele pulasse como se houvesse levado um choque.

Príncipe Alastair? Você está dizendo um dos príncipes Rockstone?!

Shhh! Não faz escândalo! E sim, é ele. – deu um suspiro cansado. – Quando nos conhecemos, eu não sabia que ele era o príncipe, e o Joshua já fez todos os tipos de piadinhas possíveis quanto ao dragão na praça.

— Foi por isso que ele começou a rir naquele dia...

— É. Basicamente. Ele disse que conseguiu uma casa aqui em Atlanta, mas... Tipo “ganhei uma casa ontem a noite” soou estranho, então eu ainda vou enchê-lo de perguntas até ele me responder, porque me parece ser o tipo de coisa que ele vai tentar dançar envolta para se livrar.

— Ele não pode ter conseguido na Arena?

— Arena?

Drake moveu suas pernas como se elas estivessem ficando dormentes.

— É, tipo, é ilegal, mas é tipo... As pessoas vão lá, usando máscaras caso a polícia invada, e ficam apostando em jogadores, que lutam usando habilidades mágicas. Os jogadores também podem apostar entre si, e pelo que ouvi, é onde fica a mina de ouro. Aqui em Atlanta é mais comum porque é uma periferia bruxa, tem pouco policiamento por parte do governo.

— Você acabou de me dar mais um motivo para perguntar para ele.

— Disponha. Se ele vier atrás de mim, eu não te conheço.

— Claro. – Riu. – Embora ele possa ser bem perigoso.

— Claro que ele é perigoso, ele é um Rockstone. Ele pode aprender todos os tipos de magia que existem e segundo a crença, provavelmente descende de anjos. O cara não pode ser normal.

— Quando ele fica nervoso, dá para sentir a energia estática envolta dele. Além de choques acidentais.

Ele a encarou.

— Você namora com um cara assim?

— A parte do choque foi só uma vez.

— É, tem gosto pra tudo. Ele deve ser bonito também para completar o combo.

— Hã... Sim. Ele é, mas não tudo.

Claire foi mais para o lado quando Drake se espreguiçou. Ele não parecia estar numa posição muito saudável, com a cabeça reta contra a parede e o resto do corpo na cama, e conseguia quase sentir as dores nas costas que viriam depois com aquilo. Parecia que a luz do sol provinda da janela batia direto em seus olhos, fazendo-os parecer ainda mais amarelos.

Ele tinha cílios bem compridos, olhando de perto. Quase femininos, combinados com os olhos grandes.

Mas, olhando agora... Ele não parecia um pouquinho pálido?

— Ah, então eu acertei.

— O quê?

— O que é que está na moda nos filmes agora? Um cara alto, bonitão, com um passado misterioso que só a ingênua da protagonista vai descobrir...

— Para! – Bateu Drake com seu próprio travesseiro enquanto ele caía na gargalhada.

... E o pior que se encaixavam naquele caso. Em parte. Vincent poderia parecer um super modelo, mas ele era um cara bem normal no quesito personalidade quando ele não estava estressado, que fora o caso durante a viagem.

— Ele é bem normal... Com uma tendência a comer gororobas. – Estremeceu. – Ele e o Joshua fizeram umas combinações nas férias... Eca.

— Sério? O que eles fizeram?

— Deixa eu ver... Oreo com ketchup, bolo de chocolate com requeijão, cereal com beterraba – foi contando nos dedos. -, salsicha e leite condensado, miojo cru com manga, hambúrguer com chocolate, lasanha com feijão, Cheetos e leite, salame e uva, sanduíche de geleia, manteiga de amendoim e doritos, ovo com geleia, almondegas com chocolate derretido...

— Ok, ok, eu entendi, isso é esquisito... Mas de vez em quando...

— Espera, eles comeram tudo isso em um dia.

Drake a olhou descrente. E com um pouco de nojo.

— Como eles não pegaram uma infecção intestinal ou coisa do tipo?

— Não sei. E eles comem muito, os dois. E você viu como o Joshua é musculoso? O Vincent é um pouco mais.

— Bom, carboidratos, queimando de algum jeito... Eles acabaram com a comida na sua casa, não?

— Nem me diga, e tem um anjo lá, como se ele já não comesse bastante...

— Espera. – o seu irmão ergueu as duas mãos. – Você já me disse que foi à Dhor Faldor, conseguiu uns presentinhos com os anões, namora um dos príncipes dos bruxos, e agora tem um anjo morando na sua casa?

Olhando por aquele ponto... Que bagunça.

— É.

— Como assim?! Ele é seu familiar ou algo do tipo?!

— Não, nós o encontramos com a asa quebrada no verão... E ela ainda não curou totalmente. Aí ele está lá em casa, normalmente no porão. E sabe aquelas dietas, de, sei lá, dez mil calorias de nadadores olímpicos? Ele consegue engolir numa boa.

— As pessoas devem pensar que você tem um time de futebol em casa ou coisa assim. Imagino a conta do supermercado. O nosso empresário já estava reclamando da gente nas férias...

— Eu passei esse encargo para o Joshua, o que explica o número de besteiras em casa. – respondeu. – Não sou tão ativa quanto eles, provavelmente vou acabar rolando por aí. Hm... E quanto a você?

— Eu?

— Nós falamos que fui à Dhor Faldor, namoro um dos príncipes dos bruxos, as coisas estranhas que ele e o meu irmão conseguiram comer e que tem um anjo morando no meu porão. Acho melhor mudarmos um pouco o direcionamento aqui, não é? Sei lá, você tem namorada? Ou namorado, não sei?

Viu um filme passando nos olhos de Drake. Ele pareceu ficar nervoso.

— Eu? Hã, eu não tenho... Comparado a você a minha vida não é lá muito emocionante...

— Mesmo com estádios cheios de gente gritando o seu nome?

— A maioria dos gritos são pro Will ou pro Taek. Sério. Hã... Tem a minha incrível capacidade de quebrar os meus próprios ossos, e... Eu tenho um sério relacionamento com unicórnios... – Claire percebeu que ele começou a rir, quase como se ele pudesse ter um ataque de nervos. Quase se arrependeu por ter perguntado, mesmo que não entendesse o porque daquela reação.

— Unicórnios?

— Eu gosto de unicórnios. – ele pareceu quase entrar na defensiva.

— Ei, não tem problema nenhum em gostar de unicórnios, eles são fofos, eu só...

Pulou quando os CDs de Drake voaram de sua estante, junto com a cadeira.

— Drake?!

— Oh, droga, desculpa, eu... – Ele tentou se levantar, mas viu seus olhos se revirando como se ele estivesse ficando tonto. Eles passaram do amarelo para o mesmo prateado que os de Claire assumiam, seu cabelo ficando de uma cor clara e inconstante antes de ele cair no chão.

Quase gritou quando todos os móveis foram literalmente para o teto.

— Drake?! – exclamou de novo. Conseguira pular da cama antes que subisse junto. Se abaixou ao lado dele, e o rosto dele estava ficando pálido como papel, mas as veias de seu rosto estavam ficando pavorosamente roxas, empurrando-se contra a pele. – Ai meu Deus, o que está acontecendo?!

Ele estava apoiando o corpo no chão, mas acabou se jogando para o lado, se encolhendo numa bola. O branco dos seus olhos estavam ficando avermelhados.

— Tem alguém na sua casa?! Drake!

— Remédio... Mesinha...

A mesinha de cabeceira de Drake estava no teto, como tudo mais. Claire ergueu as mãos, tentando traze-la para baixo com magia, mas ficou... Aterrorizada. Tanto Joshua, quanto Vincent, quanto Marc haviam lhe dito que ela possuía uma força incomum que normalmente iria além até com veteranos de magia mental, mas Drake... Quando entrou em contato, sentiu quase como se fosse uma criancinha tentando bater num adulto.

O que lhe viera depois fora o que Markus dissera: Magia demais não era bom. Poderia trazer consequências.

Drake era um daqueles casos?

— Drake? – Se abaixou de novo, e não sabia mais se ele estava consciente ou não. Seus olhos estavam bem abertos, pupilas dilatadas, mas só encaravam a parede à sua frente.

Claire era a bruxa ali, ela que deveria fazer alguma coisa. Mas simplesmente, suas tentativas foram falhas, e ela não sabia o que fazer. Aparentemente, quem estava na casa antes havia saído, senão com certeza já teria ido ali ver o que estava acontecendo.

Pegou seu celular. Talvez o certo fosse chamar Joshua, mas acabou indo no automático para o número de Vincent, sem saber se ele estava em Atlanta ou na Inglaterra, num fuso horário pelo menos cinco horas à frente.

— Claire? – ele lhe atendeu quase na hora.

— Vincent, por favor, me diz que você está em Atlanta.

— Eu estou, o que houve?

— Eu vim visitar o Drake, alguma coisa aconteceu, tá tudo no teto, ele está tendo um ataque e ele precisa de um remédio, eu não sei o que fazer...!

—... O quê?  

— Tem como você vir aqui?! Ele parece estar ficando pior!

— Ok, Claire, se acalme, onde ele mora?

Passou o endereço e Vincent desligou. A garota se abaixou ao lado de seu gêmeo, que estava do mesmo jeito. Acabou tocando o seu rosto, que estava incrivelmente gelado em algumas áreas, mas de maneira alarmantemente quente próxima às roxuras. Ele realmente parecia ter perdido a consciência, e estava tão imóvel quanto uma estátua.

Por favor, que ele não houvesse parado de respirar e que estivesse se asfixiando.

Viu a aura mágica aparecer na calçada mesmo através do piso, e pela cor soube que era seu namorado. Acabou levantou num pulo, descendo as escadas correndo. Felizmente as cortinas estavam no lugar e ninguém na rua via um sofá encostado no teto. Drake deixava as chaves penduradas ao lado da porta, mas se atrapalhou tentando abri-la. Conseguiu antes de Vincent tocar a campainha também.

— Claire, o que...

Nem falou nada, só o puxou para dentro e viu os olhos verdes indo direto para os móveis voadores.

— Ele está fazendo isso?

— Na casa toda! – respondeu enquanto o puxava correndo pelas escadas.

— Na casa toda?!

Entraram de volta no quarto, e Drake estava do mesmo jeito.

— Ele disse que ele precisa de um remédio que está naquela mesa, mas não consegui faze-la descer de jeito nenhum.

Vincent olhou para o adolescente ao chão, na mesma posição em que caíra, e então para cima. Ficou assustada – no mínimo – quando viu que mesmo Vincent precisou de esforço para trazer o móvel para o chão, o cenho se franzindo e os lábios se comprimindo.

Abriu a gaveta com força, vendo dentro apenas fotos dobradas e rasgadas, além de três frascos vermelho escuros, tampados com rolhas. Sua mão trêmula pegou um aleatoriamente e assim que o fez, Vincent acabou soltando o móvel, que voou de volta para cima, e virou Drake.

Ele parecia tão mole quanto um boneco.

— Eu normalmente diria que não é aconselhável dar comprimidos para alguém inconsciente, mas... Isso realmente vai ajuda-lo?

— F-foi a primeira coisa que ele pediu.

Tirou as pílulas douradas e nem passou direito o que estava fazendo por sua cabeça, apenas as enfiou na boca do seu irmão.

Estava quase perguntando se realmente faria efeito quando só viu Vincent erguendo as mãos e os móveis do quarto pararam de cair. Em compensação, ouviu o estrondo conjunto no resto da casa. A única mudança real que Drake apresentou foi que ele emitiu um ofego antes de fechar os olhos.

— Ok... O que aconteceu?

— Eu não sei... – Sentia-se tremendo. – Nós estávamos conversando, e ele ficou nervoso, aí... Isso aconteceu.

— Ele ficou nervoso e isso aconteceu?! – Vincent exclamou na hora em que escutou alguém gritando no andar de baixo.

Teriam explicações para dar.


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Notas finais do capítulo

:D



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