Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 37
O Destino - Parte 2




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Beto parou seu carro em frente à mansão Mayer.

— Chegamos... Venham, o pessoal está esperando vocês.

Claude retirou o cinto.

— Pessoal?

— Sim. Um pessoal que quer ajudar vocês.

Claude e Renata desceram do carro. Beto se aproximou do portão e o abriu.

— Entrem...

Os dois atravessaram o jardim e entraram na mansão. Lá dentro, Maria, Marcelo, Tatiana e Vavá estavam esperando.

— Ah, são vocês... - Disse Claude.

— Beto... Então você encontrou a Renata... E o Claude. - Disse Maria.

Beto fechou a porta.

— Sim... Claude, nós não vamos te segurar aqui. Se quiser ir embora, fique à vontade.

— Eu acho que vou ficar... - Disse Claude.

Maria e Marcelo se aproximaram. Tatiana cruzou os braços.

— Claude... Eu sinto muito por termos te deixado na ilha. Nós encontramos a Renata, e ela estava baleada... Não tivemos tempo de...

Claude interrompeu.

— Não se preocupem. O importante é que salvaram a Renata. Obrigado.

Maria se surpreendeu com o que Claude disse. Foi a vez de Marcelo falar.

— Claude... Você se importa de contar a sua história para nós?

— Minha... História?

— Sim. Nós queremos saber tudo que você passou até aqui. - Disse Maria.

Claude cruzou os braços.

— A minha história começa cinco anos atrás... E é sobre o meu irmão e eu...

Cinco anos atrás, Guilherme chegou em casa.

— Claude, cheguei...

Claude veio da cozinha.

— Uau, você chegou tarde hoje, heim?

Guilherme bocejou.

— É... Mas está valendo a pena... Estamos estudando bastante sobre os mutantes lá na Progênese.

— Sério?

Guilherme se sentou no sofá.

— É... Temos acesso a informações sobre todos os mutantes. E rapidamente, podemos até mesmo desenvolver algum tipo de forma de trazê-los de volta ao estado humano normal. Claro, para aqueles que se sentirem incomodados.

— Esse mutantes... Quando foi que a humanidade se deixou desviar tanto?

— Não faço ideia. Mas aos poucos acho que vamos entendê-los melhor. A propósito, você está se dando bem sozinho? Eu trabalho quase o dia todo agora...

— Sim, o Rafael às vezes me visita. Ele é um bom amigo. Trabalha como policial, assim como eu.

Claude voltou para a cozinha.

— Quer alguma coisa?

— Não... Eu vou tomar um banho e dormir.

Guilherme foi até o banheiro e Claude continuou na cozinha.

Alguns dias se passaram. Guilherme chegava cada vez mais tarde. Um dia, Claude acordou com um barulho.

— ...Guilherme?

Guilherme veio correndo até o quarto de Claude, em estado de pânico.

— Claude... Claude... Eu fui... Atacado...

Claude se levantou espantado.

— Guilherme... O quê?!

— Foi um vampiro... Ele... Ele me atacou enquanto eu voltava pra casa.

Claude se desesperou.

— Guilherme, eu...

Guilherme empurrou Claude.

— Não chega perto de mim!! Eu posso ser perigoso... Eu preciso... Eu preciso me curar disso antes de atacar alguém!!

— Você tem algum medicamento?

— Não, ainda não conseguimos achar a cura... Mas tem... Aquela garota...

Claude pensou.

— Que garota?!

— Ela está junto com a Liga do Bem... Uma garota com o dom da cura. Ela pode curar os genes de vampiro! Eu tenho que falar com ela.

Guilherme correu até a porta.

— Claude... Se alguma coisa acontecer comigo... Por favor, não tente me encontrar!

— Guilherme, espera!!

Claude correu até Guilherme, mas já era tarde.

No dia seguinte, Claude estava desesperado por notícias de seu irmão. Até que a campainha tocou.

— Guilherme?!

Claude abriu a porta, mas deu de cara com Rafael.

— Claude, eu... Eu preciso te contar uma coisa.

— Rafael... O... O quê...?!

Rafael respirou fundo.

— O seu irmão encontrou a mutante da cura... Mas havia um outro mutante lá chamado Cris, e... Ele odeia vampiros.

O coração de Claude acelerou.

— Ele... Ele não deixou que seu irmão fosse curado... Claude... O Guilherme morreu.

Claude, por incrível que pareça, não esboçou reação alguma. Seu coração aos poucos voltou ao normal.

— Eu sinto muito, Claude, ele...

Foi então que lágrimas começaram a escorrer de seu rosto. Sem saber o que fazer, Guilherme o abraçou.

Alguns dias depois, Guilherme voltou até o apartamento de Claude. A noite começava a cair quando Claude abriu a porta.

— Ah... Entre, Rafael...

Rafael entrou. Claude estava estranhamente calmo.

— Então... Você está bem...?

— Estou...

Claude abriu a porta novamente e olhou para o corredor.

— Você viu o Guilherme?

Rafael levou um susto.

— Q... Quem?

— O Guilherme... Ele anda demorando muito por esses dias... Droga, acho que está trabalhando até tarde...

Foi então que Rafael se tocou: Claude não tinha aceitado a morte do irmão. Ele agia como se Guilherem estivesse trabalhando e não chegava em casa.

— Claude... O Guilherme...

No entanto, Rafael achou melhor não falar nada.

— ...Não, nada... Então... Fora isso tá tudo bem?

Claude riu.

— Claro que está!

Rafael riu por fora, mas por dentro ele não sabia o que fazer. Claude havia criado um "falso estado" para seu irmão.

Vários dias se passaram. Rafael se encontrou com Claude que estava na praça do lago, onde ele e seu irmão costumavam passar o tempo quando crianças.

— Ei, Claude... Já faz alguns dias que não te vejo...

— Hum...

Rafael se aproximou de Claude, que observava o lago.

— Tem... Alguma coisa te incomodando?

— É essa demora do Guilherme... Eu estou começando a ficar preocupado. Será que ele foi viajar e não me avisou?

Rafael sentiu que era hora de acabar com essa alucinação de Claude.

— Claude... O seu irmão morreu!

— ...Do que você está falando? Ele está trabalhando agora...

— Não, ele não está, Claude! Ele foi mordido por um vampiro! E quando foi buscar a cura, aquele mutante, o Cris, que odeia vampiros o matou! Já está na hora de você aceitar isso!!

Claude entrou em choque ao ouvir aquilo.

— Não... Guilherme...

Claude começou a chorar. Rafael se aproximou e colocou sua mão nas costas de Claude.

— Vai ficar tudo bem, Claude...

Os anos se passaram. Claude resolveu largar o emprego da polícia. Um dia, estava em sua sala quando o telefone tocou.

— Alô?

— Claude Fernandes? - Disse o homem do outro lado da linha.

— Sim...

O homem no telefone fez uma pausa.

— Meu nome é Mathias... Você é o Claude, aquele cujo irmão foi morto por um mutante, não é?

Claude se espantou.

— Como... Como você sabe disso?

— Não se preocupe, minhas fontes são confiáveis. Claude, eu tenho algo para te oferecer.

Claude se sentou no sofá.

— Oferecer?

— Sim... Escute, você se lembra da Depecom?

— Claro...

— Eu estou pensando em criar um novo grupo... Um grupo que caça mutantes perigosos, como aquele que matou seu irmão.

Claude estranhou.

— Continue...

— Nós descobrimos a existência de uma droga chama Mx. Ela torna humanos imunes aos ataques de qualquer mutante.

Claude levou um susto.

— Mas... Uma coisa dessas existe?

— Agora existe. Seremos um grupo imbatível. Poderemos caçar qualquer mutante que esteja incomodando a sociedade.

Claude pensou por alguns segundos.

— Pense bem... Você pode até se vingar... Dele... - Disse Mathias.

Claude se interessou.

— Acha que isso seria possível?

— Eu não sei... Vai depender de você. Está dentro ou não?

— Estou.

— Perfeito! Se conhecer mais alguém que pode nos ajudar, estarei disposto a aceitar.

A ligação se encerrou.

Claude se encontrou com Rafael na praça.

— ...Isso é sério? - Perguntou Rafael.

— Sim. Ele pretende usar os benefícios dessa nova droga para lutar contra mutantes do mal.

— E... Você está me convidando para ir com você?

Claude colocou o dedo indicador em sua testa.

— Você não precisa vir, mas... Sendo um policial, você faria mais um bem para a sociedade, não é?

Rafael pensou.

— ...Tudo bem. Se você for eu vou também. Posso me desdobrar entre serviços policiais e... Esse novo grupo.

— Certo.

Claude cobriu o rosto.

— E algum dia... Eu vou me vingar do mutante que matou o Guilherme... Eu quero justiça...


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