Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 36
O Destino - Parte 1




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Renata abriu os olhos. Ela estava em um quarto branco, deitada em uma cama.

— Onde... Onde eu estou?!

Foi então que ela percebeu que havia um homem de branco ao lado dela.

— Ah, você acordou... Isso é bom...

— Quem... Quem é você?!

— Desculpe... Eu sou o doutor Ezequiel. Você é Renata Sabine, não é?

Renata se acalmou um pouco.

— S... Sim...

— Você consegue ficar de pé?

Renata lentamente se levantou da cama. Foi quando ela percebeu que seu braço direito estava enfaixado.

— Parece que você só teve um desmaio. Isso é bom, nada de grave.

Ezequiel abriu a porta do quarto.

— Vem comigo.

Ezequiel guiou Renata para o corredor do hospital.

— Quem me trouxe até aqui? Cadê o Claude?

Ezequiel se virou para Renata.

— Não havia mais ninguém. Só você foi trazida pra cá.

— Não. Não pode ser!

Ezequiel baixou a cabeça.

— Ele era algum amigo?

— Sim, mas eu...

Naquele instante, para a surpresa de Renata, Maria e Marcelo entraram no corredor do hospital e caminharam até ela.

— Renata! Você está bem? - Perguntou Maria.

— Está sentindo alguma dor? - Perguntou Marcelo.

Renata não parecia feliz ao ver os dois. Ezequiel se virou e os deixou sozinhos.

— O que vocês fizeram com o Claude?

Marcelo tentou explicar.

— Renata, nós não encontramos ele...

Renata se aproximou de Marcelo e colocou o dedo quase em seu nariz.

— Se vocês tocaram um dedo no Claude, eu...

— Calma, Renata!! - Gritou Maria.

Renata se virou para Maria.

— Renata, escute... O Claude não é exatamente o homem que você pensa... Nós descobrimos que ele tem um plano sinistro em ação... Ele quer matar um dos mutantes que era da nossa Liga.

— Será melhor se você ficar longe dele. - Disse Marcelo.

Os olhos de Renata se arregalaram ao ouvir aquilo.

— E tem mais, nós não podemos deixá-lo ferir o Cris... Por mais que ele seja...

Renata interrompeu Maria.

— Eu sabia disso desde o começo... E tem mais, eu estou ajudando ele. Desculpem, mas não quero mais ver vocês na minha frente! Parem de me seguir!

Renata passou pelos dois e saiu do hospital.

— Claude... Pra onde você foi...?

Renata se lembrou do celular que Claude havia lhe dado. Felizmente, ainda estava em seu bolso.

Enquanto isso, Claude abria os olhos.

— Hum...

— Ei, você está bem?

Assim que conseguiu enxergar, Claude notou que estava em uma espécie de cabana na praia.

— Onde eu estou...?

— Você parecia nocauteado na ilha dos mutantes... Sorte sua que eu notei que estavam demorando muito e voltei verificar.

— ...Noé, é você?

Noé estendeu sua mão para Claude, que a segurou e se levantou.

— Eu mesmo... O que aconteceu, afinal?

Claude se lembrou de sua luta com Cris.

— Eu fui atacado, mas... Ei... Você encontrou a Renata também?!

Noé pensou.

— Não... Só você estava lá.

— Não pode ser... O que aconteceu com ela?

— Eu recomendo que você descanse um pouco. Se você foi atacado, tem que se recuperar bem. Aquela ilha ainda esconde vários mistérios.

Noé saiu da cabana. Claude se deitou novamente. Sua cabeça ainda girava.

— Renata... Cadê você...?

Algum tempo depois, Noé voltou com uma garrafa de água.

— Aqui, beba...

Claude pegou a garrafa e bebeu.

— Você disse que foi atacado... Por quem?

— Pelo Cris. - Respondeu Claude.

Noé se espantou.

— O Cris te atacou?

— Sim, a mim e a Renata.

— Mas por quê?

— Digamos que é uma rivalidade do passado...

Naquele momento, Claude ouviu um celular tocando. Era o seu. Após fazer um gesto para Noé esperar, atendeu.

— Alô?

— Claude!! - Gritou Renata.

Claude se levantou.

— Renata?! Meu Deus, eu fiquei preocupado... O que aconteceu com você?!

— Eu fui levada para o hospital pela Maria e o Marcelo... Eu estava desesperada por você.

Claude pensou.

— Entendi... Eles foram até a ilha quando descobriram meus objetivos... E te resgataram.

— Eles te deixaram lá...

— Eles tem seus motivos.

— Claude, venha pra casa! Eu já estou no caminho.

— Perfeito, eu já vou indo!

Claude desligou o celular.

— Noé... Eu te agradeço novamente.

— Sem problemas, Claude. Fico feliz que vocês dois estejam bem.

Após a despedida, Claude partiu para voltar à sua casa. Seria um trajeto longo a pé, mas ele estava com pressa o bastante para tirar a distância de letra.

Renata estava andando de um lado pro outro na sala, aguardando por Claude.

— O que aconteceu hoje...? Meu Deus, o que aconteceu...?

Naquele instante, a campainha tocou.

— Claude!!

Renata correu até a porta e a abriu. Mas para sua surpresa quem surgiu do outro lado foi Enigma.

— O jogo acabou, Renata.

— Não... Não!!

Enigma avançou e agarrou Renata, que se debatia para escapar.

— Me solta!! Me solta agora!!

— Desculpe, mas a Liga do Bem já percebeu que se aproximar aos poucos de você não funciona.

Enigma agarrou Renata pelo pescoço.

— Argh... Cof...

— Não se preocupe... Eu só preciso que você durma um pouco... Vai ficar tudo bem, eu prometo...

Renata estava aos poucos perdendo a consciência. Quando de repente...

— Se você fizer um simples arranhão nessa garota... Eu juro por Deus que puxo o gatilho e te mato.

Assim que Enigma se virou, viu que Claude estava atrás dele apontando o revólver para sua cabeça.

— Claude...

— Por que não deixa de ser idiota e tira essa máscara? Beto...

Enigma se espantou ao notar que Claude sabia sua identidade. Então lentamente, soltou Renata que estava atordoada, e tirou sua máscara.

— Apenas covardes se escondem atrás de uma máscara. - Disse Claude.

— Então... Vai me matar?

— Eu não preciso sujar minhas mãos com você.

Beto cruzou os braços e respirou fundo.

— Essa é uma situação complicada... Nós queremos ajudar Renata, mas você está no nosso caminho.

Renata se levantou.

— Eu não preciso mais de ajuda... Graças ao Claude, meu nome está limpo e eu posso continuar vivendo...

— Então por que ainda anda com ele?

— Porque ele é meu amigo, e eu quero ajudá-lo... É tão difícil assim essa Liga do Bem entender isso?!

Beto suspirou. Claude guardou sua arma e cruzou os braços.

— Olha... Eu convido vocês para uma reunião na mansão Mayer.

— Hum...? - Disse Claude, espantado.

— Não se preocupe, só vamos conversar... Se vocês não quiserem ficar com a gente, tudo bem. Não vamos forçá-los a nada.

— Prometem parar de me seguir? - Disse Renata.

— Eu prometo.

Claude e Renata se entreolharam.


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