Após terminar a história, Maria e Marcelo se entreolharam. Tatiana e Vavá pareciam chocados.

— Claude... Tudo isso é verdade? - Perguntou Tatiana.

— Sim. - Respondeu Claude.

Marcelo se aproximou de Claude.

— Claude... Me desculpe novamente por não ter te resgatado na ilha...

— Eu já disse, o importante é que salvaram a Renata.

Maria se aproximou de Marcelo.

— Marcelo... Ele não vai ter paz enquanto não vingar a morte de seu irmão.

— Eu entendo, Maria... Mas o que podemos fazer?

Maria deixou o grupo e subiu as escadas.

— Claude... Desculpa por ter te atacado. - Disse Vavá.

— Tudo bem, Vavá... Eu entendo que você também queria proteger seus amigos.

Alguns segundos depois, Maria desceu as escadas e voltou ao grupo.

— Claude... Isso aqui pertenceu a alguém muito especial. Você pode usá-la para escolher o seu destino.

Maria mostrou uma espada para Claude.

— Isso... É uma espada?! - Perguntou Renata.

— Sim... Ela pertenceu a alguém que foi muito importante para mim... E eu vou permitir que você a use.

Maria entregou a espada para Claude.

— Então... Com essa espada eu poderei decidir meu destino?

— Sim... E eu espero que você faça a escolha certa. - Disse Maria.

Marcelo se aproximou de Maria.

— Você tem certeza disso, Maria?

— Sim, Marcelo... Vamos levá-los até a ilha novamente. E dessa vez o Claude vai poder resolver seu dilema.

Claude ergueu a espada para o alto.

— Eu posso fazer isso... Eu posso acabar com esse meu sofrimento!

Um helicóptero desceu em uma praia na Ilha dos Mutantes. Marcelo, Maria, Claude e Renata estavam dentro.

— Aqui é o ponto. Maria e eu vamos esperar por vocês. - Disse Marcelo.

— Obrigada pela carona... - Disse Renata.

As portas se abriram. Claude e Renata pularam.

— Esperem no máximo uma hora... Se não voltarmos... Algo aconteceu. - Disse Claude.

— Vamos torcer para que não... - Disse Maria.

— E Claude... Faça a escolha certa. - Disse Marcelo.

Claude acenou positivamente. Em seguida, se virou para a estrada na praia e sacou a espada.

— Vamos, Renata... O Fim está chegando.

— Entendido...

Os dois partiram pela praia, se afastando do helicóptero.

Após alguns minutos andando, os dois voltaram para a fogueira, que continuava apagada.

— Ele não está mais aqui... - Disse Claude.

— Antes de desmaiar... Eu o vi correndo pela floresta...

— Então é pra lá que nós vamos...

Os dois se aproximaram da entrada de uma trilha em meio às árvores. Estava escuro, mas ainda era possível enxergar pela luz da Lua.

— Cuidado onde pisa... - Disse Claude.

— Nem precisa avisar...

Após algum tempo, os dois se encontraram em uma grande clareira.

— É inútil... Essa floresta é muito grande. - Disse Claude.

— Talvez ele está escondido esperando por nós...

Claude não queria pensar daquele jeito.

— Enfim, eu acho melhor...

De repente, os dois ouviram um barulho vindo da praia.

— Ele estava lá?! - Gritou Renata.

— Essa não! Se ele encontrar a Maria e o Marcelo...

Claude e Renata correram de volta para a praia. Assim que chegaram lá...

— Cris!! - Gritou Claude.

Cris estava parado olhando para o helicóptero à distância. Aparentemente ele havia o encontrado.

— São vocês de novo!! O que querem aqui?!

Claude sacou a espada e apontou a lâmina para Cris.

— Nós temos algo para terminar, lembra?!

— Ainda pensando em se vingar por causa do seu irmão?

— isso é mais do que óbvio!

Renata criou chamas em suas mãos.

— E ele não está sozinho... Você terá que passar por mim também!

O céu começou a ser dominado por raios e relâmpagos intensos.

— O seu joguinho de novo, não é? - Disse Claude.

— Eu vou matar vocês!

— Tente... Vamos ver se você consegue... - Disse Renata.

Cris criou uma onda de choque em suas mãos e disparou contra os dois. Claude usou a espada para bloquear o ataque.

— Vai precisar de mais do que isso amigo... Muito mais! - Disse Claude.

— Por quê...?! Por que os meus poderes não funcionam contra vocês?!

— Por dois motivos, Cris... - Disse Renata.

Renata levantou seu dedo indicador.

— Primeiro... Estamos protegidos graças a um avanço da medicina humana!

Renata levantou também seu dedo médio.

— Segundo... Nós temos determinação!

— E sabe qual é a parte mais irônica, Cris? Essa proteção foi ideia do Guilherme... O meu irmão que você matou sem piedade cinco anos atrás! - Disse Claude.

— Cale a boca!! - Gritou Cris.

Cris criou um escudo de luz ao redor de seu corpo.

— Claude, você vai ter que destruir aquele escudo...

— Eu sei...

Cris criou uma onda de energia em suas mãos e disparou em direção à Claude. Renata entrou na frente e contra-atacou com fogo.

— Se prepara para atacar, Claude!

— Entendido!

O fogo de Renata era mais forte que o ataque de Cris. Assim que se chocou com ele, Cris perdeu forças, e o escudo ficou fraco.

— Agora!! - Gritou Claude.

Claude correu em direção à Cris e desferiu dez cortes seguidos com a espada, alternando entre horizontais, verticais e diagonais, como um verdadeiro espadachim. O escudo explodiu e Cris caiu pra trás.

— Muito bom, Claude!! - Gritou Renata.

Cris se levantou e rapidamente fez outro escudo. Claude se protegeu com a espada.

— Ele vai fugir!! - Gritou Claude.

— Atrás dele!! - Gritou Renata.

Cris correu pela praia, ainda com seu escudo.

— Você não vai pra lugar nenhum!! - Disse Renata.

Renata disparou duas bolas de fogo contra Cris, mas o escudo estava com força total.

— Vamos ter que esperar que ele se canse! - Disse Claude.

Cris parou. Em seguida, se virou para eles.

— Não... Eu não vou fugir...

Cris ergueu suas mãos para o céu. Um raio caiu bem em frente à Claude e Renata, mas os dois não se feriram.

— Que droga, ele pode fazer isso também?! - Perguntou Claude.

— Ei, seu mutante covarde... Por que não luta com a gente como se deve?! - Perguntou Renata.

Renata criou duas chamas em suas mãos. Em seguida, disparou uma rajada de fogo intensa contra Cris. Novamente, ele gastou suas forças se protegendo, e o escudo enfraqueceu.

— Aahh!! - Gritou Claude.

Claude correu em direção à Cris e novamente desferiu vários cortes com a espada. Outra explosão, e Cris caiu para trás. Dessa vez ele passou mais tempo caído.

— Ele está ficando mais fraco...

— Que droga... Esse mutante é muito poderoso! - Disse Renata.

Cris se levantou novamente.

— Você quer tanto assim me matar...?!

— Eu quero que você pague pelo que fez com seu irmão... Não apenas ele, mas eu sei que você matou muitos outros inocentes... Pessoas que foram vítimas dos vampiros. - Disse Claude.

— Eles não mereciam viver... Iam fatalmente matar alguém!

Claude apontou sua espada para Cris.

— E você acha que merece viver depois de matar tanta gente?

Cris novamente fez um escudo.

— Isso tá ficando ridículo... Claude, erga sua espada! - Disse Renata.

— Hã...?

Claude ergueu sua espada para o alto.

— Lá vai! - Gritou Renata.

Renata criou uma chama em sua mão direita e a disparou contra a espada de Claude. Naquele momento, Claude tinha uma espada flamejante em mãos.

— ...Agora é o fim!! - Gritou Claude.

Claude se virou contra Cris que estava em suas últimas forças.

— Acabou pra você, Cris!!

Claude correu em direção à Cris e desferiu um corte com sua espada. As chamas voaram em direção à Cris, que foi outra vez arremessado para trás, caindo de costas para a areia.

— ...Acabou? - Perguntou Renata.

— Eu não sei...

Lentamente, Cris se levantou.

— Eu... Eu não posso morrer aqui...

— Infelizmente é isso que vai acontecer... - Disse Claude.

Cris olhou para Claude com ódio em seus olhos.