Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre
A campainha tocou.
— Ah, deve ser o Claude...
Renata correu até a porta e abriu. Mas quem estava lá não era Claude.
— Oi Renata. - Disse Rafael.
— Ah, oi Rafael.
— O Claude está?
— Não, mas acho que ele já vai chegar. Entre.
Renata deixou Rafael entrar.
— Ele te avisou que a reunião de hoje foi cancelada? - Perguntou Renata.
— Sim, ele me mandou uma mensagem de texto... Pra onde ele foi?
— Ele disse que ia no quartel da NEO-Depecom pra pegar mais doses de MX.
— Ah, sim... Ele andou usando mais do que devia nos últimos dias, não?
Rafael riu.
— Mas e você, como está? Eu vi o noticiário a seu respeito, parece que você conseguiu se livrar da perseguição da polícia! - Disse Rafael.
— Hum... Eu acho que estou bem. Digo, eu ainda não consegui engolir o que aconteceu, mas... O Claude está fazendo tudo que pode pra me ajudar.
Naquele instante, a porta se abriu. Claude entrou.
— Ei, Claude... - Disse Rafael.
— O Rafael acabou de chegar. - Disse Renata.
Claude parecia nervoso.
— Ãh... O que houve...? - Perguntou Renata.
— Você está bem, Claude? - Perguntou Rafael.
— Não, eu não estou!
Claude colocou a caixa de MX em cima da mesa da sala e se virou para Rafael.
— Rafael, o Mathias está fazendo testes comigo!
Renata e Rafael se espantaram.
— Testes?! - Perguntou Rafael.
— Que tipo de testes? - Perguntou Renata.
— Eu encontrei os papeis com as nossas missões... Ele ia me mandar matar mais mutantes com o passar do tempo, mas estava fazendo tudo aos poucos para não me sobrecarregar!
Rafael não acreditava no que ouvia. Renata continuava prestando atenção em tudo.
— Claude, mas...
Claude interrompeu Rafael.
— E tem mais: Eu era o único do grupo que receberia essas missões! Ele pretendia me transformar numa máquina de matar mutantes!
Renata cobriu a boca.
— Claude, espera! O que você está falando é muito sério! Nós da NEO-Depecom não matamos mutantes! - Disse Rafael.
— Bem, parece que a coisa ia mudar em breve... Pelo menos pra mim!
Claude cruzou os braços.
— E tem mais... O Mathias já sabe que a Renata não está morta. Ele viu no noticiário.
— Cedo ou tarde ele ia saber... - Comentou Rafael.
Renata pensou.
— O que você vai fazer, Claude...?
— Você tem que pensar muito bem... - Disse Rafael.
Claude baixou a cabeça.
— Eu vou continuar agindo na noite.
— Hã? - Perguntou Renata.
— Essa noite eu vou novamente invadir o quartel. E dessa vez vai ser pessoal...
Renata se espantou.
— Eu... Eu vou com você!
— Eu fico feliz em ter você ao meu lado. - Disse Claude.
Rafael coçou a cabeça.
— Claude... Isso vai te expulsar do grupo.
— Eu não me importo. Não quero que o Mathias pense que eu sou algum tipo de boneco articulado.
Rafael não sabia o que dizer, mas notou que Claude estava decidido.
Durante a tarde, a campainha tocou na mansão Mayer.
— Já vai! - Gritou Batista.
Batista abriu a porta...
— Dr. César?! Mas que surpresa, bicho!
César sorriu e cumprimentou Batista.
— Como vai? - Perguntou César.
— Eu vou bem, vamos entrando!
César entrou. Logo atrás dele veio Irma, ainda com seu "disfarce".
— Irma...? - Perguntou Batista, confuso.
— Fala baixo, Batista... - Sussurrou Irma.
— Ah, ela ainda não se recuperou da maldição do Violino. - Comentou César.
Aristóteles, Gór e Metamorfo se aproximaram.
— Doutor César? Irma? - Disse Aristóteles, surpreso.
— A gente voltou no tempo e não percebeu? Cada vez mais gente voltando pra cá. - Comentou Metamorfo.
— Isso sim é uma surpresa. - Disse Gór.
Aristóteles se aproximou de Irma.
— Pra que esse disfarce, Irma?
— Proteção! Só isso!
Irma retirou os óculus.
— A Irma pensa que ainda vão correr atrás dela por causa do Violino Stradivarius. - Disse César.
Aristóteles riu.
— Isso é típico dela. Paranóia total.
Irma olhou feio para Aristóteles.
— Então, a que devemos a honra de sua visita, César? - Perguntou Metamorfo.
— Ah, sim, claro! Of course! Eu imagino que vocês já notaram os eventos que estão tomando conta da cidade, não é?
Gór cruzou os braços.
— Perfeitamente...
— Nós vimos tudo bem de perto. - Disse Aristóteles.
César acenou positivamente.
— Eu temo que estejamos presenciando o nascimento de uma nova droga. Uma droga que torna humanos imunes aos poderes dos mutantes!
Metamorfo se espantou.
— Droga?!
— Ah é, o Marcelo mencionou algo sobre uma conversa estranha que você teve com alguém, não é? - Perguntou Gór.
— Exatamente! Exactly! - Disse César.
— Mas você acha que essa droga pode ser real? - Perguntou Aristóteles.
— Aquele homem imune aos mutantes torna tudo bem possível, não? - Lembrou Metamorfo.
César colocou o dedo indicador em sua testa.
— Aristóteles, depois dos mutantes, dos reptilianos, e de tudo que aconteceu, eu diria que é totalmente possível! Sem dúvidas! No doubt!
— E se for esse o caso, vocês podem estar correndo perigo também. - Disse Irma.
Aristóteles se virou para Gór e Metamorfo.
— Seria uma arma perfeita para quem odeia os mutantes conseguir atacá-los...
— É isso que eu temo! Eu tenho que descobrir a verdade o mais rápido possível. A propósito, a Maria e o Marcelo estão por aqui? - Perguntou César.
— Sim, eles vieram... Mas estão na casa do Pepe no momento, junto com seus filhos. - Respondeu Gór.
— Entendi... Enfim, se essa droga existir eu tenho que descobrir tudo sobre ela. Everything!
Aristóteles acenou positivamente.
— Antes que seja tarde demais...
A tarde estava chegando. Beto se aproximou da porta de um apartamento e bateu algumas vezes na porta. Marcelo atendeu.
— Olá... - Disse Beto.
— Beto! Entre! - Disse Marcelo.
Beto entrou. Maria e Vavá estavam brincando com as crianças no chão da sala. Tatiana estava em um dos sofás lendo uma revista, enquanto Pepe e Érica estavam no outro sofá.
— Beto! - Disse Pepe, surpreso.
— Que bom te ver! - Disse Tatiana.
Tatiana se levantou e correu abraçar Beto.
— O mesmo digo eu, Tati...
Depois do abraço, Beto se virou para Maria e Marcelo.
— Eu trago uma boa notícia... Aquela mutante, Renata... Não está mais sendo caçada pela polícia. Vocês chegaram a ver isso?
— É sério?! - Perguntou Maria.
— Isso é uma ótima notícia. - Comentou Marcelo.
Vavá se levantou.
— Então agora ela está livre?
— Parece que sim! - Respondeu Beto.
Vavá sorriu. Érica se levantou e foi até o grupo.
— Aquela mutante que estava sendo acusada de matar os próprios pais, certo? Graças a Deus! Eu tenho certeza que ela é inocente!
— É o que eu sempre digo... No final, a justiça sempre é feita! Se ela era inocente, cedo ou tarde a verdade ia aparecer! - Comentou Pepe.
— Mas como isso aconteceu? - Perguntou Marcelo.
— Parece que uma amiga dela deu um longo depoimento e conseguiu convencer a polícia de que ela jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas. Os policiais vão deixá-la em paz por enquanto.
Maria respirou fundo.
— Isso é ótimo!
— Mas onde ela está agora? - Perguntou Marcelo.
Beto cruzou os braços.
— Infelizmente, acho que ela ainda está com o Claude!
Tatiana e Vavá se espantaram.
— Aquele homem que queria matá-la?! - Perguntou Tatiana.
— Eles estão juntos agora? Por quê? - Perguntou Vavá.
— É o que todos estamos tentando entender. - Disse Beto.
Tatiana parecia irritada.
— Eu tenho certeza que ele está fazendo alguma coisa errada com aquela garota!
— Espere, Tati! Ainda não temos certeza! - Disse Marcelo.
— Temos que fazer tudo com calma... Agir por impulso em situações como essas é sempre arriscado. - Lembrou Érica.
Tatiana cruzou os braços.
— Eu não vou deixar ele machucá-la!
— Calma, Tati... Eu já lutei com aquele homem, ele é muito perigoso! - Disse Vavá.
— Se ele tentar alguma coisa, nós entramos em ação! Mas por enquanto vamos manter a calma! - Disse Maria.
— Eu vou dar um jeito de ficar por perto dele. Não se preocupem! - Disse Beto.
Terminada a conversa, Beto se despediu e saiu do apartamento.
— Eu tenho que fazer alguma coisa... Eu não vou deixar aquela garota correr perigo! - Disse Tatiana, irritada.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!