Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 26
O Crime - Parte 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713142/chapter/26

A campainha tocou.

— Ah, deve ser o Claude...

Renata correu até a porta e abriu. Mas quem estava lá não era Claude.

— Oi Renata. - Disse Rafael.

— Ah, oi Rafael.

— O Claude está?

— Não, mas acho que ele já vai chegar. Entre.

Renata deixou Rafael entrar.

— Ele te avisou que a reunião de hoje foi cancelada? - Perguntou Renata.

— Sim, ele me mandou uma mensagem de texto... Pra onde ele foi?

— Ele disse que ia no quartel da NEO-Depecom pra pegar mais doses de MX.

— Ah, sim... Ele andou usando mais do que devia nos últimos dias, não?

Rafael riu.

— Mas e você, como está? Eu vi o noticiário a seu respeito, parece que você conseguiu se livrar da perseguição da polícia! - Disse Rafael.

— Hum... Eu acho que estou bem. Digo, eu ainda não consegui engolir o que aconteceu, mas... O Claude está fazendo tudo que pode pra me ajudar.

Naquele instante, a porta se abriu. Claude entrou.

— Ei, Claude... - Disse Rafael.

— O Rafael acabou de chegar. - Disse Renata.

Claude parecia nervoso.

— Ãh... O que houve...? - Perguntou Renata.

— Você está bem, Claude? - Perguntou Rafael.

— Não, eu não estou!

Claude colocou a caixa de MX em cima da mesa da sala e se virou para Rafael.

— Rafael, o Mathias está fazendo testes comigo!

Renata e Rafael se espantaram.

— Testes?! - Perguntou Rafael.

— Que tipo de testes? - Perguntou Renata.

— Eu encontrei os papeis com as nossas missões... Ele ia me mandar matar mais mutantes com o passar do tempo, mas estava fazendo tudo aos poucos para não me sobrecarregar!

Rafael não acreditava no que ouvia. Renata continuava prestando atenção em tudo.

— Claude, mas...

Claude interrompeu Rafael.

— E tem mais: Eu era o único do grupo que receberia essas missões! Ele pretendia me transformar numa máquina de matar mutantes!

Renata cobriu a boca.

— Claude, espera! O que você está falando é muito sério! Nós da NEO-Depecom não matamos mutantes! - Disse Rafael.

— Bem, parece que a coisa ia mudar em breve... Pelo menos pra mim!

Claude cruzou os braços.

— E tem mais... O Mathias já sabe que a Renata não está morta. Ele viu no noticiário.

— Cedo ou tarde ele ia saber... - Comentou Rafael.

Renata pensou.

— O que você vai fazer, Claude...?

— Você tem que pensar muito bem... - Disse Rafael.

Claude baixou a cabeça.

— Eu vou continuar agindo na noite.

— Hã? - Perguntou Renata.

— Essa noite eu vou novamente invadir o quartel. E dessa vez vai ser pessoal...

Renata se espantou.

— Eu... Eu vou com você!

— Eu fico feliz em ter você ao meu lado. - Disse Claude.

Rafael coçou a cabeça.

— Claude... Isso vai te expulsar do grupo.

— Eu não me importo. Não quero que o Mathias pense que eu sou algum tipo de boneco articulado.

Rafael não sabia o que dizer, mas notou que Claude estava decidido.

 

Durante a tarde, a campainha tocou na mansão Mayer.

— Já vai! - Gritou Batista.

Batista abriu a porta...

— Dr. César?! Mas que surpresa, bicho!

César sorriu e cumprimentou Batista.

— Como vai? - Perguntou César.

— Eu vou bem, vamos entrando!

César entrou. Logo atrás dele veio Irma, ainda com seu "disfarce".

— Irma...? - Perguntou Batista, confuso.

— Fala baixo, Batista... - Sussurrou Irma.

— Ah, ela ainda não se recuperou da maldição do Violino. - Comentou César.

Aristóteles, Gór e Metamorfo se aproximaram.

— Doutor César? Irma? - Disse Aristóteles, surpreso.

— A gente voltou no tempo e não percebeu? Cada vez mais gente voltando pra cá. - Comentou Metamorfo.

— Isso sim é uma surpresa. - Disse Gór.

Aristóteles se aproximou de Irma.

— Pra que esse disfarce, Irma?

— Proteção! Só isso!

Irma retirou os óculus.

— A Irma pensa que ainda vão correr atrás dela por causa do Violino Stradivarius. - Disse César.

Aristóteles riu.

— Isso é típico dela. Paranóia total.

Irma olhou feio para Aristóteles.

— Então, a que devemos a honra de sua visita, César? - Perguntou Metamorfo.

— Ah, sim, claro! Of course! Eu imagino que vocês já notaram os eventos que estão tomando conta da cidade, não é?

Gór cruzou os braços.

— Perfeitamente...

— Nós vimos tudo bem de perto. - Disse Aristóteles.

César acenou positivamente.

— Eu temo que estejamos presenciando o nascimento de uma nova droga. Uma droga que torna humanos imunes aos poderes dos mutantes!

Metamorfo se espantou.

— Droga?!

— Ah é, o Marcelo mencionou algo sobre uma conversa estranha que você teve com alguém, não é? - Perguntou Gór.

— Exatamente! Exactly! - Disse César.

— Mas você acha que essa droga pode ser real? - Perguntou Aristóteles.

— Aquele homem imune aos mutantes torna tudo bem possível, não? - Lembrou Metamorfo.

César colocou o dedo indicador em sua testa.

— Aristóteles, depois dos mutantes, dos reptilianos, e de tudo que aconteceu, eu diria que é totalmente possível! Sem dúvidas! No doubt!

— E se for esse o caso, vocês podem estar correndo perigo também. - Disse Irma.

Aristóteles se virou para Gór e Metamorfo.

— Seria uma arma perfeita para quem odeia os mutantes conseguir atacá-los...

— É isso que eu temo! Eu tenho que descobrir a verdade o mais rápido possível. A propósito, a Maria e o Marcelo estão por aqui? - Perguntou César.

— Sim, eles vieram... Mas estão na casa do Pepe no momento, junto com seus filhos. - Respondeu Gór.

— Entendi... Enfim, se essa droga existir eu tenho que descobrir tudo sobre ela. Everything!

Aristóteles acenou positivamente.

— Antes que seja tarde demais...

 

A tarde estava chegando. Beto se aproximou da porta de um apartamento e bateu algumas vezes na porta. Marcelo atendeu.

— Olá... - Disse Beto.

— Beto! Entre! - Disse Marcelo.

Beto entrou. Maria e Vavá estavam brincando com as crianças no chão da sala. Tatiana estava em um dos sofás lendo uma revista, enquanto Pepe e Érica estavam no outro sofá.

— Beto! - Disse Pepe, surpreso.

— Que bom te ver! - Disse Tatiana.

Tatiana se levantou e correu abraçar Beto.

— O mesmo digo eu, Tati...

Depois do abraço, Beto se virou para Maria e Marcelo.

— Eu trago uma boa notícia... Aquela mutante, Renata... Não está mais sendo caçada pela polícia. Vocês chegaram a ver isso?

— É sério?! - Perguntou Maria.

— Isso é uma ótima notícia. - Comentou Marcelo.

Vavá se levantou.

— Então agora ela está livre?

— Parece que sim! - Respondeu Beto.

Vavá sorriu. Érica se levantou e foi até o grupo.

— Aquela mutante que estava sendo acusada de matar os próprios pais, certo? Graças a Deus! Eu tenho certeza que ela é inocente!

— É o que eu sempre digo... No final, a justiça sempre é feita! Se ela era inocente, cedo ou tarde a verdade ia aparecer! - Comentou Pepe.

— Mas como isso aconteceu? - Perguntou Marcelo.

— Parece que uma amiga dela deu um longo depoimento e conseguiu convencer a polícia de que ela jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas. Os policiais vão deixá-la em paz por enquanto.

Maria respirou fundo.

— Isso é ótimo!

— Mas onde ela está agora? - Perguntou Marcelo.

Beto cruzou os braços.

— Infelizmente, acho que ela ainda está com o Claude!

Tatiana e Vavá se espantaram.

— Aquele homem que queria matá-la?! - Perguntou Tatiana.

— Eles estão juntos agora? Por quê? - Perguntou Vavá.

— É o que todos estamos tentando entender. - Disse Beto.

Tatiana parecia irritada.

— Eu tenho certeza que ele está fazendo alguma coisa errada com aquela garota!

— Espere, Tati! Ainda não temos certeza! - Disse Marcelo.

— Temos que fazer tudo com calma... Agir por impulso em situações como essas é sempre arriscado. - Lembrou Érica.

Tatiana cruzou os braços.

— Eu não vou deixar ele machucá-la!

— Calma, Tati... Eu já lutei com aquele homem, ele é muito perigoso! - Disse Vavá.

— Se ele tentar alguma coisa, nós entramos em ação! Mas por enquanto vamos manter a calma! - Disse Maria.

— Eu vou dar um jeito de ficar por perto dele. Não se preocupem! - Disse Beto.

Terminada a conversa, Beto se despediu e saiu do apartamento.

— Eu tenho que fazer alguma coisa... Eu não vou deixar aquela garota correr perigo! - Disse Tatiana, irritada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Mutantes: Duplo Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.