Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 25
O Crime - Parte 9




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Claude teve um sonho onde voltou para seus 16 anos de idade. Dessa vez ele estava na escola, no intervalo da aula junto com seu irmão.

— Hã... Guilherme, você vai mesmo pra faculdade? - Perguntou Claude.

— Sim... Já conversei com nosso pai, e ele concordou. Eu vou estudar em outra cidade.

Claude baixou a cabeça.

— Nós vamos nos ver de novo?

— Ei, não seja bobo! Eu vou só estudar lá, e não me mudar pra sempre!

— Mas medicina leva tempo, não?

— É, realmente... Mas eu sempre vou tirar um tempo pra vir pra cá, nem que seja durante as férias. - Respondeu Guilherme.

Claude sorriu.

— Você vai ser um médico dedicado... - Disse Claude.

— Haha, talvez um dia eu tenha que cuidar de você.

— Ei, não diga isso!

— Por que não? Você ainda quer ser policial, não quer?

— Bem... Sim. - Respondeu Claude, baixando a cabeça.

— Então? Policiais constantemente se machucam, não?

— Mas eu vou ser um excelente policial! Jamais vou deixar algum criminoso me pegar!

Guilherme cruzou os braços e sorriu.

— Exato, Claude... Seja forte e ninguém vai te derrubar!

 

Já na manhã seguinte, Renata estava dormindo, aparentemente cansada da noite anterior. Claude a acordou.

— Renata...

— ...Hum?

Renata abriu os olhos lentamente. A imagem do rosto de Claude surgiu em sua frente.

— ...Claude?

— Venha aqui, você vai querer ver isso.

Renata se levantou e seguiu Claude até a sala. A TV estava ligada, e um telejornal estava sendo exibido.

— E agora uma nova informação sobre o caso da mutante que está sendo procurada por atear fogo em seu próprio apartamento: Uma nova testemunha foi ouvida pela polícia. Trata-se de Carol Lepoldo, uma jovem de 20 anos que é amiga de Renata Sabine. Depois de um longo depoimento a favor da vítima, a polícia decidiu interromper as buscas pela mutante e aguardar por novas informações. Aparentemente, Renata seria incapaz de colocar seus pais em perigo, e muito menos matá-los de acordo com a testemunha.

Renata se surpreendeu.

— Isso... Isso quer dizer que realmente funcionou?

Claude cruzou os braços.

— Sim! Você já pode sair de casa sem ser caçada como uma fugitiva... Claro, algumas pessoas vão olhar mal pra você, mas não podem fazer nada.

Renata deu um leve sorriso e esfregou o rosto, ainda sonolenta. Naquele instante, o celular de Claude tocou. Assim que o retirou do bolso, viu que era a NEO-Depecom.

— É o Mathias...

Renata se espantou.

— O... Seu chefe?

— Sim, e eu já sei o que ele vai falar...

Claude atendeu.

— Alô?

— Claude! Você está vendo o noticiário? - Perguntou Mathias, irritado.

— Sim.

— Você não tinha me dito que aquela garota estava morta?!

— Talvez eu não chequei direito...

Um instante de silêncio se seguiu.

— Claude... Você disse que ela tinha sido soterrada no túnel!

— Eu não sei o que aconteceu, mas pelo visto ela continua viva. E eu não faço a menor ideia de onde possa estar.

Claude ouviu Mathias respirando fundo.

— Claude... A reunião de hoje está cancelada.

— Hã?

— Eu preciso checar umas coisas aqui... Já que você é amigo do Rafael, avisa ele por mim. Eu entro em contato com os outros.

Mathias desligou.

— Que estranho... Ele cancelou a reunião de hoje.

— Vai ver ficou desapontado com você... - Sugeriu Renata.

— Hum...

Claude foi até a estante e pegou uma seringa que estava atrás de uma porta de vidro.

— Mas eu tenho um problema... Minhas doses de MX estão acabando. Eu gastei mais do que deveria nos últimos dias.

— Se ainda tiver pelo menos uma disponível, você pode esperar até amanhã, não? - Perguntou Renata.

— Com toda a Liga do Bem podendo nos atacar a qualquer momento?

Renata pensou.

— Opa...

— Isso não é um grande problema... Eu posso ir buscar agora mesmo. - Disse Claude.

— O quê?!

Claude cruzou os braços.

— A NEO-Depecom é aberta para seus membros, já que só nós sabemos de sua existência. Eu tenho a chave da nova base, assim como todos os membros. Nós entramos lá, pegamos as doses e vamos embora.

— Tem certeza?

— Por que não? Você me espera aqui, eu vou até lá e volto em menos de meia hora. É perigoso você ir.

— Ãh... Tudo bem...

Claude se despediu de Renata e saiu do apartamento.

 

Alguns minutos depois, o carro de Claude parou em frente à casa abandonada.

— Certo... Entrar, pegar o MX e sair.

Após sair do carro, abriu o portão sem problemas. A porta da frente estava trancada, mas como membro do NEO-Depecom, ele tinha a chave.

— Ótimo... Mathias disse que estavam na gaveta do armário.

Claude se aproximou do armário e abriu uma das gavetas, mas haviam apenas papeis nela.

— Hum... Não estão aqui, e... Espera...

Um dos papeis chamou a atenção de Claude... Havia seu nome nele.

— O que é isso...?


NOME: Claude Fernandes
IDADE: 34

PRÓXIMAS MISSÕES:

— Grupo de vampiros no beco - Derrotar
— Renata Sabine: Matar (Primeiro teste)
— Draco e Telê: Espantar
— Rondas Noturnas (Derrotar algum mutante se necessário)

NOTA: Reduzir a violência das missões por alguns dias após a morte de Renata Sabine para evitar problemas antes dos próximos testes.

 

Claude lia a nota sem acreditar no que estava vendo.

— Testes... Estão me testando?! Mas...

Claude continuou vasculhando os papeis. Mas tudo que tinha eram missões para os outros membros da NEO-Depecom. E o mais estranho é que nenhum deles havia missões relacionadas a matar mutantes.

— Então... Só eu recebo missões que envolvem matar mutantes?! Mas... Não pode ser...

Claude abriu a segunda gaveta. Lá estavam as caixas com doses de MX.

— Perfeito!

Claude pegou uma das caixas e guardou em sua jaqueta. Mas aquele documento não saía de sua cabeça.

— O Mathias ia me passar mais missões que envolviam matar mutantes, mas... Que história é essa de testes?! O que ele quer comigo?!

Após se certificar de que os papeis pareciam intocados, Claude saiu da casa e a trancou. Em seguida, voltou correndo para seu carro.

 

Enquanto isso no aeroporto da cidade, César descia do avião ao lado de Irma.

— Irma, já falei que isso não é necessário! - Disse César.

Irma estava de óculos escuros e com parte do rosto coberto por sua blusa.

— Eu disse que só vou tirar meu disfarce na casa do Ari! Depois de todo aquele rolo do Violino Stradivarius, eu não quero mostrar minha cara tão cedo.

— Cedo?! Irma, isso já faz cinco anos! Five Years! - Lembrou César.

Irma continuou disfarçada.

— Tá bom... Se você prefere assim... Mas eu tenho certeza que o taxista não vai te deixar entrar no táxi desse jeito! - Disse César.

— Então vamos a pé! - Sugeriu Irma.

César suspirou.

— Pelo amor de Deus, o que eu fiz pra merecer isso...? What have I done...?

Vendo que não tinha outra escolha, César se rendeu e os dois seguiram a pé.


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