Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 24
O Crime - Parte 8




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Menos de 10 minutos depois, Draco e Telê pararam suas motos em frente ao que parecia ser um prédio abandonado.

— Chegamos! - Disse Draco.

Claude e Renata tiraram os capacetes e desceram da moto. Draco e Telê fizeram o mesmo em seguida.

— Ei, esse lugar... - Comentou Claude.

Draco olhou para o prédio.

— É nostálgico, não?

— Traz muitas lembranças... - Comentou Telê.

Os dois se aproximaram da porta de entrada e fizeram um gesto para que Claude e Renata os seguissem.

— Cuidado... Vai estar escuro... - Disse Draco.

Em frente ao grupo, surgiu uma escadaria em espiral. Com cuidado, todos subiram até chegarem à uma outra porta. Draco se virou para o grupo.

— E aqui está...

Draco abriu a porta.

— O Quartel da Liga Bandida! - Disse Telê.

Uma grande sala com alguns móveis velhos. Havia uma mesa, sofás, e alguma estantes. Uma grande janela dava uma boa visão da cidade.

— Então era aqui... - Disse Claude.

— O local onde vocês planejavam tudo? - Perguntou Renata.

— Exatamente! - Disse Draco.

— Até que não mudou muito... O local continua abandonado. - Comentou Telê.

Claude e Renata observaram bem o local.

— O que restou? - Perguntou Claude.

— Vejamos... - Disse Draco.

Draco foi até uma das estantes e pegou um caderno. Em seguida, tirou o pó de cima.

— Aqui tem algumas anotações que nós fizemos durante toda a nossa jornada. É seu.

Claude pegou o caderno.

— Tem certeza?

— Claro... Digo, é inútil pra nós agora... - Disse Draco.

Claude abriu o caderno e vasculhou as informações.

— Tem informações sobre muitos mutantes aqui... E sobre as ações da Liga do Bem... Eu já tenho isso no meu computador, mas... Alguns trechos aqui são bem mais precisos.

— Talvez pelo fato de que nós presenciamos tudo. - Disse Telê.

Renata pensou.

— Claro... Afinal informações sempre são mais completas quando passadas por alguém que estava presente durante os eventos.

— Ei... - Disse Claude, espantado.

Claude abriu em uma página que chamou sua atenção.

— Aqui tem umas informações sobre... Ele...

Renata se interessou e se aproximou de Claude para ler.

— O Cris passou um bom tempo na Ilha dos Mutantes... Não tinha um tipo de laboratório ou base secreta nesse lugar? - Perguntou Claude.

Draco pensou.

— Sim... Alguns mutantes extremamente perigosos ficaram por lá.

— Como está essa ilha hoje em dia, Draco? - Perguntou Renata.

— Eu não sei... Pra falar a verdade, depois da grande guerra nós nunca mais pisamos lá.

Claude continuava lendo.

— Aqui diz que durante muito tempo vocês aprisionaram os filhos do Guiga. Tem uma descrição dos poderes deles.

— Sim! Principalmente o menino-gênio e a menina da cura. - Disse Telê.

— Nós a usávamos quando nos feríamos. - Disse Draco.

— Vocês não eram exatamente gentis, não? - Comentou Renata.

Telê coçou a cabeça.

— Aqui tem mais... Uau, a Liga Bandida foi muito grande! - Disse Claude.

— Sim, muitos membros passaram por aqui, mas... - Disse Draco.

— Digamos que aos poucos a coisa foi cada vez piorando. - Completou Telê.

— Eu entendo... Vocês foram caçados, não? - Perguntou Claude.

Draco respirou fundo.

— O Depecom vivia correndo atrás da gente. Algumas vezes não conseguíamos lutar e tínhamos que correr e nos esconder.

— Sei como se sentiam... - Disse Renata.

Renata baixou a cabeça. Claude estava totalmente dominado pelo caderno.

— Quem escreveu isso tudo? - Perguntou Claude.

— A maioria fui eu mesmo e o Telê. - Respondeu Draco.

Claude se espantou.

— Então era meio que um diário de vocês?

— Praticamente. - Respondeu Telê.

Claude fechou o caderno e o guardou na sua jaqueta.

— Obrigado...

— Sem problemas. - Disse Draco.

— Claude... Você deixou seu carro na estrada... - Lembrou Renata.

— Eu estou com as chaves. Aliás, nós já estamos indo.

Draco coçou a cabeça.

— Certo... Então, vamos voltar?

— Sim... Esse caderno vai ser útil. - Disse Claude.

— Vamos lá então! - Disse Telê.

 

O grupo desceu as escadas novamente e voltou para a rua. Após subirem novamente nas motos, Draco e Telê partiram em alta velocidade de volta para a estrada onde se encontraram.

Assim que chegaram, Claude e Renata desceram das motos, tiraram o capacete e devolveram para Telê.

— Então é isso... - Disse Draco.

— Se cuidem. - Disse Telê.

— Vocês também... Lembrem que eu estou de olho em qualquer problema que vocês podem causar. - Lembrou Claude.

— Tudo bem, fique tranquilo... - Disse Draco.

Draco estendeu sua mão para Claude, que o cumprimentou de volta. Telê fez o mesmo com Renata, trocando um aperto de mãos com ela. Em seguida, os dois ligaram suas motos e se distanciaram.

— Que bom que resolvemos tudo na paz... - Disse Renata.

Claude retirou o caderno de sua jaqueta e o observou.

— O diário com todas as informações da Liga Bandida... Isso tem muita informação valiosa...

Claude guardou o caderno de volta em sua jaqueta.

— Eles presenciaram tudo de perto... Eu preciso analisar isso cuidadosamente. É inacreditável como às vezes a ajuda pode vir de onde menos se espera... Vamos voltar pra casa, Renata.

— Sim...

Antes de voltar para o carro, o celular de Claude tocou.

— ...É a Carol! - Disse Claude.

Renata se espantou. Naquele instante, uma fraca chuva começou a cair. Os dois correram para dentro do carro para se protegerem, enquanto Claude atendeu a ligação.

— Alô?! - Disse Claude.

— Claude! Eu preciso falar com você! Onde você está? - Perguntou Carol.

— Estou voltando pra casa com a Renata.

— Ok, posso te encontrar lá?

— Claro!

— Perfeito! Até mais, então.

A ligação se encerrou.

— E então?! - Perguntou Renata.

— Ela quer falar comigo pessoalmente. Vamos logo!

 

Rapidamente, Claude e Renata chegaram em casa.

— Ela não chegou ainda... - Comentou Claude.

— Então... Vamos esperar...

Claude e Renata estavam apreensivos esperando por Carol. Relâmpagos, trovões e uma chuva que aos poucos ganhava mais força acompanhavam os dois pela janela. Até que a campainha tocou.

— Só pode ser ela! - Disse Claude.

— Meu Deus... Espero que sejam boas notícias... - Disse Renata, apreensiva.

Claude abriu a porta. Carol estava com uma capa de chuva amarela e um guarda-chuva em mãos.

— Claude... Renata! - Disse Carol.

Renata se levantou do sofá e correu até Carol, lhe dando um abraço.

— Carol!! Como eu estou feliz em te ver...

— Não se preocupe, Renata... Eu trago boas notícias!

Claude se animou ao ouvir aquilo, e cruzou os braços.

— Boas notícias? Estamos precisando mesmo! - Disse ele.

Após o abraço, Renata focou em ouvir o que Carol dizia.

— Eu passei... Meu Deus, acho que umas três horas na delegacia falando sobre você, Renata... Eu falei tudo, absolutamente tudo sobre a nossa amizade. Sobre a forma como você falava comigo... O amor que você tinha por seus pais...

Renata respirou fundo.

— E então...?

Carol passou a mão no rosto.

— Eu consegui!

Renata cobriu a boca de tanta alegria. Claude, ainda de braços cruzados esboçou um leve sorriso.

— Sério?! Carol, eu... Eu nem sei como...

— Calma... Tem umas condições. - Disse Carol.

Renata esfregou o rosto. Ela estava quase chorando.

— Veja bem... A polícia não tem nenhuma pista sobre o culpado. Você continua como suspeita até que se prove o contrário. No entanto, os policiais não podem mais te perseguir. Em outras palavras, você está livre para andar pela cidade, mas ainda não é dada como inocente. - Disse Carol.

— Isso já é uma grande conquista... - Comentou Claude.

Renata novamente abraçou Carol.

— Obrigada... Obrigada, Carol!!

— Ei, acalme-se... Eu fiz apenas o que estava no meu alcance...

Após o longo abraço, Claude se aproximou de Carol.

— Ei... Obrigado. Isso também foi importante para mim.

Carol acenou positivamente.

— Sem problemas, Claude... Bem, eu já vou pra casa...

— Eu te dou uma carona. Está chovendo.

— Não precisa, eu...

— Não, é o mínimo que eu posso fazer. - Disse Claude.

Carol riu.

— Tudo bem então... Até mais, Renata.

— Tchau, Carol... Eu nunca vou me esquecer disso...

Claude guiou Carol até a saída, e como prometido, lhe deu uma carona de volta para sua casa.


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