Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 21
O Crime - Parte 5




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Claude chegou em casa. Renata estava no sofá assistindo desenho animado.

— Olá, Claude! Foi rápido... - Disse ela.

— Sim, como eu te disse, essas reuniões não são longas.

— Recebeu alguma missão?

Claude se sentou ao lado de Renata. Em seguida, retirou o papel que continha sua missão e entregou para ela.

— Hum... O que você tem que fazer com esses dois? Não vai matá-los, né?

— Perguntou Renata.

— Não... A chefia quer apenas que eu dê um susto neles pra que parem de atormentar as pessoas durante a noite. Eles são motoqueiros e gostam de fazer barulho.

Renata observou a foto.

— Claude, eu posso ir com você?

Claude se espantou com a proposta de Renata.

— Ir comigo?

— Você vai sozinho, não é? Por que eu não posso ir com você?

Renata parecia implorar com os olhos. Claude pensou.

— ...Se começar a ficar perigoso você sai de perto. Entendido?

— Entendido!

— Mudando de assunto... Eu acho que sei por onde podemos começar a nossa missão.

— Quer dizer... Encontrar o culpado pelo incêndio na minha casa? - Perguntou Renata espantada.

Claude cruzou os braços.

— A primeira coisa a se fazer é livrar o seu nome. Você tem uma prova de que não poderia ter causado o incêndio?

— Não, eu... Eu estava dormindo.

— Tem alguma forma de você provar que não ganharia nada ateando fogo no seu apartamento?

Renata pensou.

— Eu vivia sozinha com meus pais... Eu os amava, jamais faria uma coisa dessas.

— Infelizmente a sua palavra não vai ajudar.

— Eu sei, mas... Espera.

Renata estalou os dedos.

— A Carol!

— Quem? - Perguntou Claude.

— Minha amiga, Carol! Nós sempre lutamos juntas no ginásio, ela me conhece muito bem! Ela sabe que eu jamais faria uma coisa dessas.

— Podemos usar a palavra dela então?

— Sim, mas... Eu não quero colocá-la em problemas.

— Não, isso não vai causar problemas pra ela. Deixa comigo.

Renata olhou para Claude com um leve sorriso.

 

Durante a tarde, Maria e Marcelo pararam em frente à porta de um apartamento.

— É aqui. - Disse Maria.

— Eu mal posso esperar pra vê-lo novamente... - Disse Marcelo.

Marcelo bateu na porta. Alguns instantes depois, um homem abriu.

— Olá... Marcelo!! Maria!!

Beto se encheu de alegria ao rever seu irmão e Maria.

— Somos nós mesmos, Beto! - Disse Marcelo.

Sem se conter, Beto abraçou Marcelo. E fez o mesmo com Maria em seguida.

— Como vocês estão?! Faz tanto tempo... - Perguntou Beto.

— Estamos ótimos! E a pequena Samira também. - Respondeu Maria.

— Ela veio com vocês?!

— Sim mas deixamos com o Pepe, junto com o Valente e a Tatiana. - Respondeu Marcelo.

— Por favor, entrem!

Os dois entraram, Beto os guiou até o sofá, onde Maria e Marcelo se sentaram de frente para ele.

— Então... Eu acho que você já sabe o que nos trouxe aqui, não é? - Perguntou Marcelo.

Beto respirou fundo e cruzou as mãos.

— Acho que sei... Tem a ver com aquela mutante fugitiva... E aquele homem que apareceu no noticiário, não é?

— Sim... A Renata, mutante que está sendo acusada de provocar um incêndio que matou os próprios pais e destruiu o apartamento onde ela morava. - Disse Maria.

— E tem esse homem misterioso... Claude. - Disse Marcelo.

Beto pensou.

— Eu falei com ele... Me pareceu ter muito ódio no coração. Eu temo que ele esteja planejando alguma coisa...

— E o maior mistério é porque a Renata quer ficar do lado dele agora. - Disse Marcelo.

Beto se assustou.

— O quê?!

— A Ágata viu os dois juntos numa loja. E ela se recusou a voltar pra mansão... Disse algo sobre aquele homem entendê-la melhor do que a gente. - Disse Maria.

Beto estava confuso.

— Primeiro temos que descobrir quem é esse tal de Claude. Você sabe onde ele mora? - Perguntou Marcelo.

— Sei sim... Eu posso passar o endereço se quiserem falar com ele.

— Obrigado! - Disse Marcelo.

 

Algumas horas depois, Claude parava em frente à uma casa simples. Após tocar a campainha, um homem atendeu.

— Boa tarde...

— Boa tarde. Meu nome é Claude Fernandes. E você quem é...?

— Eu me chamo Miguel. Em que posso ajudar?

Claude ficou aliviado que pelo menos aquele homem estava cooperando.

— É aqui que mora a... Carol Leopoldo?

— Sim, eu sou pai dela. - Respondeu Miguel.

— Eu poderia falar com ela por alguns minutos? É sobre sua amiga.

Miguel olhou para o lado por um instante, até que abriu o portão.

— Entre...

Claude entrou. Miguel o guiou até a porta de entrada.

— Carol... Tem um homem que quer falar com você. - Gritou Miguel.

Claude parou no meio da sala. Após alguns segundos, uma garota que parecia ter a mesma idade de Renata se aproximou.

— Eu... Estou aqui. - Disse Carol.

— Eu vou deixá-los a sós... - Disse Miguel.

Miguel caminhou em direção ao corredor até a cozinha.

— Eu me chamo Claude Fernandes. Eu sou... Conhecido da Renata.

Claude estendeu sua mão para Carol, que o cumprimentou de volta.

— Eu... Fiquei sabendo o que aconteceu. - Disse Carol.

— Perfeito... Deixa eu te fazer uma pergunta então, Carol... Você acredita que a Renata é inocente?

Carol baixou a cabeça.

— Ela nunca faria uma coisa daquelas... Eu a conheço há anos...

— Isso é o suficiente pra saber que ela jamais mataria os próprios pais, não é? - Perguntou Claude.

Carol negou com a cabeça.

— Impossível! Ela nunca faria isso!

Claude acenou positivamente.

— É o seguinte... Renata e eu estamos trabalhando juntos em tentar livrá-la da polícia e encontrarmos o verdadeiro culpado pelo incêndio. Mas para isso, eu vou precisar que você use tudo que sabe sobre ela para nos ajudar a limpar seu nome. Você aceita?

Carol olhou fixamente para Claude.

— Claro!! Eu não posso deixar minha melhor amiga na mão!

— Ótimo... Eu tenho um plano... - Disse Claude.

 

Renata estava sozinha no apartamento de Claude. Enquanto esperava por seu... "Amigo" voltar, resolveu preparar o jantar.

— Vejamos... Isso vai onde mesmo?

Renata colocou os pratos na mesa. Em seguida, arrumou a toalha e deixou todos os talheres no lugar.

— Perfeito! A mesa ficou linda! Agora só falta... Hum, preparar toda a comida.

A garota abriu a geladeira.

— O que ele disse que gosta de comer mesmo...? Ah é, frango com salada de legumes!

Renata abriu o forno. Em seguida, voltou para a geladeira e retirou um frango que estava empacotado.

— Ainda bem que o Claude não deixou no freezer... Mas é melhor preparar a salada primeiro!

Após fechar o forno e deixar o frango na mesa, Renata se aproximou de uma prateleira e pegou algumas cenouras.

— Isso é fácil!

Após colocá-las na pia, Renata pegou a faca e começou a cortá-las como se estivesse lutando contra um espadachim... Ou melhor, dilacerando alguém. Em seguida, pegou uma embalagem de vagens da mesma prateleira. Infelizmente, elas tiveram o mesmo destino das cenouras.

— Genial! Você é demais, Renata!

Renata colocou os pobres legumes cortados em uma panela e a encheu de água. Em seguida, ligou o gás e delicadamente com sua mão direita, disparou uma pequena chama no fogão, acendendo-o.

— O que falta agora... Ah é!

Após colocar a panela no fogo, Renata voltou sua atenção à estrela da noite: O Frango.

— Você vem comigo.

Renata pegou o frango e o retirou da embalagem. Em seguida, abriu o forno.

— Lá vai!

Renata colocou o frango dentro do forno e ligou o gás. Em seguida, apontou seu dedo indicador direito para o local onde se acende o fogo. Após concentrar sua mira, disparou uma pequena bola de fogo naquela direção, acendendo o forno com maestria.

— Perfeito!

Renata fechou o forno.

— Vejamos... A salada está cozinhando, o frango está assando... Acho que não esqueci nada!

Após comemorar, Renata voltou para o sofá e resolveu descansar. Após alguns minutos, alguém tocou a campainha.

— Ah, deve ser ele!

Renata correu até a porta. Mas assim que a abriu, levou um susto. Maria e Marcelo estavam em frente à ela.

— Vo... Vocês...? - Perguntou Renata.

— Boa tarde, Renata... - Disse Maria.

— Nós queremos conversar... - Disse Marcelo.


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