Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 22
O Crime - Parte 6




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Renata não sabia o que fazer. Em sua frente estavam aqueles que foram os maiores nomes por trás da Liga do Bem.

— Nós... Podemos entrar? - Perguntou Maria.

— Eu acho que sim... - Respondeu Renata.

Renata deixou que os dois entrassem.

— Você está sozinha? - Perguntou Marcelo.

Renata cruzou os braços.

— Estou...

— Então, Renata... Eu quero que entenda que nós viemos aqui apenas com a intenção de te ajudar. - Disse Maria.

Renata suspirou e olhou para o lado.

— Ótimo... - Disse Renata em voz baixa.

— Nós sabemos da sua história. Sabemos que está sendo acusada injustamente por um crime. Sabemos do que aconteceu com sua família. Eu quero que saiba que a Liga do Bem estará do seu lado. - Disse Marcelo.

— Você já esteve na mansão Mayer, certo? Lá é um lugar apenas para pessoas do bem! - Disse Maria.

Renata se virou novamente para os dois, ainda de braços cruzados.

— Eu já tenho quem me ajude...

Maria e Marcelo se entreolharam.

— Você está falando do Claude? - Perguntou Maria.

— Sim... Estamos ajudando um ao outro.

Marcelo estranhou.

— Ajudando um ao outro? Como assim?

— Eu sinto muito, mas não posso falar mais nada.

Marcelo cruzou os braços.

— Certo, acho que é melhor ser direto... Nós estamos realmente preocupados com as intenções do Claude.

— Ele atacou nossos amigos e se recusa a se abrir com a Liga do Bem. - Disse Maria.

— É porque ele não precisa fazer isso! - Respondeu Maria.

Maria esfregou o rosto.

— Renata... Você precisa abrir o seu coração pra gente.

Porém, naquele momento...

— Conversa interessante... Posso me juntar?

Todos se viraram para a porta. Lá estava Claude, olhando para eles, com os braços nas costas.

— Você... - Disse Maria.

— Claude... - Disse Marcelo.

Claude entrou.

— Parece que eu estou perdendo uma reunião na minha casa.

— Claude, eles querem me levar para a mansão! - Disse Renata.

Claude encarou Maria e Marcelo.

— Olha só quem resolveu aparecer... Os maiores nomes por trás da vitória contra os Reptilianos e a Liga Bandida... Vocês já não conseguiram reconhecimento o bastante?

Marcelo se enfureceu.

— Nós não fazemos isso por reconhecimento!

— Calma, Marcelo... - Disse Maria.

Claude passou a mão em seu rosto.

— Renata... Eu deixo em suas mãos. Quer ir com a Liga do Bem?

Renata cruzou os braços.

— Eu não vou pra lá!

Maria e Marcelo se olharam.

— Bem, acho que seria errado forçar uma garota a fazer algo que ela não quer, não é? - Perguntou Claude.

Maria baixou a cabeça. Marcelo encarou Claude.

— Tudo bem, Claude... Mas antes de ir, só me responda uma coisa... O que você pretende fazer? Com quem está trabalhando?

— Eu não preciso responder essas perguntas. Saiam.

Marcelo caminhou até a porta, ainda encarando Claude.

— Isso ainda não acabou... Se descobrirmos que está fazendo alguma coisa de errado, a Liga do Bem vai vir atrás de você, Claude. - Disse Maria.

— Eu espero por esse dia... - Respondeu Claude.

Maria e Marcelo se retiraram. Claude trancou a porta e se virou para Renata.

— Você está bem?

— Estou... Obrigada por lidar com eles, Claude...

Claude se aproximou de Renata.

— Não se preocupe. Eu não vou deixar ninguém nos separar...

— Obrigada.

Claude percebeu alguma coisa estranha no ar.

— Ei... Eu estou sentindo um cheiro estranho...

Renata se lembrou da cozinha.

— Ah, é mesmo!! - Gritou ela.

— É mesmo o quê?

Renata correu até a cozinha. Claude a seguiu sem entender o que estava acontecendo.

 

Claude e Renata arrumavam a mesa com a comida.

— Desculpe... Acho que eu queimei tudo... - Lamentou Renata.

— Queimou tudo... Assim fica meio difícil te defender... - Zombou Claude.

Parte da salada havia queimado. O frango teve um pouco mais de sorte e estava apenas um pouco acima do ponto. Renata baixou a cabeça.

— Eu só queria te ajudar um pouco...

Claude riu.

— Você me lembra meu irmão...

Renata olhou pra ele, assustada.

— O... O quê?

Quando Claude se tocou do que disse, assustou com suas próprias palavras.

— Eu... Nada...

Claude coçou a cabeça.

— Sabe... Às vezes eu me arriscava a fazer algum trabalho de casa para ajudar meus pais... Mas eu acabava fazendo alguma bagunça, e meu irmão vinha me corrigir.

Renata riu.

— Ele era o típico irmão mais velho, não é?

— Sim... Onde eu errava ele estava por perto pra tentar me ajudar.

Claude olhou para a mesa.

— Ei, esse frango parece bem aproveitável.

Renata ficou feliz com o resultado. Os dois resolveram se sentar e desfrutar do jantar.

 

Algumas horas se passaram. Claude e Renata estavam indo de carro para uma estrada na saída da cidade.

— Então... Esses dois mutantes que estamos procurando vão aparecer por aqui? - Perguntou Renata.

Claude parou o carro no acostamento. A estrada estava quase sem movimento.

— Tem um posto de gasolina ali em frente... Eles são constantemente vistos por aqui.

Claude e Renata desceram do carro. O céu estava escuro, e constantemente raios e relâmpagos clareavam o ambiente, acompanhados por um vento forte.

— Acho que tem uma tempestade se aproximando... - Comentou Claude.

— Isso pode dificultar nossa missão. - Disse Renata.

O vento balançava o cabelo de Renata pelo ar. Claude retirou duas seringas de seu bolso.

— Você quer testar o MX?

Renata se espantou.

— Será que... Funciona em mim?

— Só saberemos se tentarmos...

Renata estendeu seu braço para Claude.

— Certo... Pode mandar.

Claude encostou a seringa no braço de Renata e pressionou a parte de cima. Um barulho indicou que a injeção foi aplicada.

— Ai! Parece que eu levei um tiro! - Gritou Renata.

Claude pegou a outra seringa e aplicou no próprio braço.

— É meio difícil de acostumar, mas vai valer a pena se funcionar...

Renata esfregava o braço.

— Certo... E agora?

Assim que Renata terminou sua sentença, barulhos de moto foram ouvidos.

— Lá vem... - Disse Claude.

Dois motoqueiros em motos pretas se aproximaram de Claude e Renata que foram para o meio da rua.

— São eles!! - Gritou Renata.

Os motoqueiros começaram a girar em volta dos dois.

— O... O que estão fazendo?

— Acho que é um lance de motoqueiros. - Disse Claude.

Após alguns segundos girando, os dois pararam e retiraram seus capacetes.

— Olha só, Telê... Dois novatos na área!

— Parece que sim, Draco... O que querem por aqui?

Claude cruzou os braços.

— Draco e Telê... Dois ex-membros da Liga Bandida... Um mutante com poder de fogo e outro com poderes telecinéticos...

Draco e Telê desceram de suas motos. Draco abriu os braços.

— Nós mesmos! - Disse Draco.

— O que querem com a gente? - Perguntou Telê.

Claude encarou os dois.

— Eu ouvi reclamações de que vocês estão atormentando os moradores da região com seus barulhos noturnos...

— E quem é você pra nos criticar, amigo? - Perguntou Telê.

— Eu sou Claude Fernandes.

Draco olhou para Renata.

— E a gatinha aí, quem é?

— Eu sou... Renata Sabine.

Draco e Telê se entreolharam e riram.

— O que faremos com eles, Telê?

— Ué, o de sempre, Draco... - Respondeu Telê.

Telê socou sua mão direita na palma esquerda.

— Vamos testá-los um pouco...

— É... Pode ser divertido... - Disse Draco.

Uma luta estava prestes a começar.


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