Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre
O carro de Marcelo parou em frente à mansão Mayer.
— Chegamos... - Disse Marcelo.
— Logo vai anoitecer... - Comentou Maria.
Os dois desceram do carro. Marcelo apertou a campainha. Alguns instantes depois, alguém abriu a porta.
— Batista! - Disse Marcelo, rindo.
Batista sorriu assim que viu Marcelo e Maria.
— Maria!! Marcelo!!
Marcelo abraçou Batista.
— Quanto tempo, cara... - Disse Batista.
— Eu digo o mesmo...
— É muito bom te ver, Batista! - Disse Maria.
Após o abraço, Batista imediatamente fez um gesto para que entrassem e os guiou até a sala. O grupo todo estava lá.
— Olha só, quase toda a Liga do Bem reunida de novo! - Comentou Marcelo.
Aristóteles se aproximou dos dois.
— Maria, Marcelo... Vocês não sabem a alegria que me dá ver vocês novamente!
— Tava todo mundo esperando! - Comentou Danilo.
— Pronto, agora o grupo está completo! - Disse Metamorfo.
Maria e Marcelo sorriram.
— Então, como estão as coisas por aqui? - Perguntou Maria.
Ao ouvir a pergunta, Ágata baixou a cabeça.
— Infelizmente... Não muito boas.
— Tem alguma coisa estranha acontecendo nessa cidade. - Disse Gór.
— Muito estranha, por sinal. - Comentou Tarso.
Marcelo suspirou.
— É, nós ouvimos à respeito disso... O que exatamente está acontecendo?
Aristóteles coçou a cabeça.
— Tem uma jovem mutante chamada Renata que está sendo perseguida pela polícia. O Batista trouxe ela pra cá ontem.
— Ela tava praticamente desmaiada na beira da estrada. - Disse Batista.
Maria e Marcelo se espantaram.
— Procurada pela polícia? Por quê? - Perguntou Maria.
— Ela é uma mutante que pode controlar o fogo, e de acordo com os jornais da TV, ela teria incendiado o próprio apartamento. Os pais dela morreram no acidente, mas ela jura que não fez isso. - Respondeu Tarso.
— Não faria sentido ela matar os próprios pais. - Disse Marcelo.
Metamorfo coçou a cabeça.
— Ela ficou aqui por um tempo, mas...
— Um homem veio atrás dela. - Completou Gór.
Marcelo pensou.
— Aquele homem que é imune aos poderes dos mutantes?
Aquiles acenou com a cabeça.
— Ele mesmo! Eu acho que o nome dele é Claude... O Metamorfo, o Danilo e eu lutamos com ele, mas...
— Ele bateu em nós três, pra encurtar a história. - Disse Danilo.
Maria levou um susto.
— Ele... Sozinho?
Os três acenaram positivamente.
— Mas o pior de tudo foi o que aconteceu hoje... - Disse Ágata.
— O quê? - Perguntou Marcelo.
— Eu a encontrei numa loja de roupas, e... Aquele homem estava com ela.
— Como assim? Ele a pegou? - Perguntou Maria, assustada.
— Não... Na verdade, ela se negou a voltar pra cá e disse que quer ficar ao lado dele.
Marcelo ficou confuso.
— Espera... Como assim?
— Não dá pra entender, ele queria matá-la, mas agora estão juntos. - Disse Danilo.
— Eita lelê... Aí tem coisa... - Comentou Maria.
Aristóteles se aproximou de Maria.
— O que vocês acham que devemos fazer?
— Se quiser a gente tenta derrubar aquele cara de novo e fazê-lo falar! - Sugeriu Aquiles.
— Não, vamos com calma! Alguém sabe onde eles estão agora? - Perguntou Marcelo.
Tarso pensou.
— A casa da garota apareceu na TV, mas não acho que estejam lá.
— O mais provável é que estejam na casa dele então. - Disse Gór.
— É, mas onde fica? - Perguntou Batista.
Ninguém tinha uma resposta.
— É broca, bicho... - Comentou Batista.
— Marcelo... O Beto ainda trabalha pra polícia? - Perguntou Maria.
— Que eu saiba sim.
— Podemos falar com ele... Talvez ele saiba de alguma coisa.
Metamorfo esfregou as mãos.
— Então, já está escurecendo... Por que não deixamos pra pensar nisso tudo amanhã?
— Boa ideia... Vamos arrumar nossas coisas, Maria? - Perguntou Marcelo.
— Claro! Batista, pode nos ajudar?
— Sem problemas!
A Liga do Bem resolveu encerrar suas atividades por aquela noite e se concentraram em ajudar Maria e Marcelo a se acomodarem na mansão.
A noite já tinha caído. Renata estava sentada no sofá assistindo televisão. Claude se aproximou.
— Renata... Amanhã eu vou ter que ir para uma nova reunião na NEO-Depecom.
Renata se virou para ele.
— Ah... Eu ouvi você falando disso... O que vai acontecer por lá?
— Provavelmente eu vou ganhar uma nova missão... Mas não faço ideia do que pode ser.
Renata pensou.
— Será que envolve... Matar mais alguém?
— Eu duvido. O Mathias não ia me passar duas missões desse tipo seguidas. Enfim, acha que vai ficar bem sozinha?
— Claro.
— Eu acho que vai levar entre uma e duas horas. Nada mais que isso.
— Sem problemas. - Disse Renata, sorrindo.
Na manhã seguinte, o carro de Claude parou em frente à uma casa simples, que se ocultava em meio à qualquer outra. Ninguém desconfiaria que algo sério estaria acontecendo lá.
— A nova sede, heim? - Comentou Claude.
Claude desceu do carro e se aproximou do portão. Estava aberto, portante foi fácil entrar e atravessar o quintal. Assim que abriu a porta principal, encontrou os outros seis membros reunidos na sala.
— Fui o último? - Perguntou ele.
Rafael, que estava em um dos sofás, se virou assim que Claude surgiu.
— Sim, entre.
Claude se sentou ao lado de Rafael. Naquele instante, Mathias se levantou e parou de frente para o grupo.
— Pessoal, a partir de agora vamos essa casa como base. Se mais suspeitas surgirem, nos mudamos novamente, entendido?
Todos concordaram.
— Perfeito... Claude, eu quero te dar os parabéns pela missão de ontem. Embora não tenha sido você quem matou aquela mutante, a confirmação de sua morte é importante para nós.
Claude acenou positivamente. Uma das mulheres do grupo resolveu falar.
— Afinal, nós nunca matamos ninguém antes. Por que agora?
— Aquela era uma mutante de extremo perigo para a sociedade. Nós tínhamos que tomar alguma medida desesperada, ou ela ia acabar causando algo pior ainda. Falando nisso, o incêndio que ela provocou teve vítimas. - Respondeu Mathias.
Claude se lembrou de Renata chorando pela morte de seus pais. Era óbvio que ela não teria incendiado seu próprio lar de propósito.
— Enfim, eu tenho mais uma missão para você, Claude.
Mathias retirou um papel de seu bolso e entregou para Claude. Havia a foto de dois homens e o endereço de uma rodovia.
— Essa missão vai ser um pouco diferente... Esses dois mutantes não estão causando pânico por conta de seus poderes.
— Então o quê? - Perguntou Claude.
— Eles se tornaram motoqueiros depois da guerra contra os reptilianos. E há relatos de que eles estão fazendo barulho e incomodando os moradores que vivem ao redor dessa rodovia.
Claude observou o endereço. Era na saída da cidade.
— Quer que eu os aprisione?
— Não vai ser necessário enquanto eles não usarem seus poderes para o mal... Mas a população está reclamando, então... Você vai até eles e dê um belo susto. Para que eles percebam que se passarem do ponto, a NEO-Depecom está de olho. Entendeu? - Perguntou Mathias.
Claude acenou positivamente... A missão anterior era matar uma garota. Essa era assustar dois homens. O nível baixou bastante.
— Perfeito! - Comentou Claude.
Mathias deu um leve sorriso.
— Sempre disposto... Por isso eu gosto de você, Claude.
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