Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 19
O Crime - Parte 3




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Em um apartamento, alguém tocava a campainha.

— Já vou!

Pepe se aproximou da porta e a abriu. Para sua surpresa...

— Com licença! - Disse Maria.

— Estamos atrasados? - Perguntou Marcelo.

Pepe ficou maravilhado com a presença de Maria e Marcelo. Junto à eles estava Tatiana e um casal de crianças.

— Maria!! - Disse Pepe, emocionado.

Maria sorriu.

— Podemos entrar?

— Claro!

Todos entraram. Tatiana olhou ao redor.

— Eu tava com saudades desse lugar... E de você também, Pepe!

Pepe abraçou Tatiana.

— Como você cresceu, Tati...

Tatiana riu.

— O Senhor por outro lado não mudou nem um pouco...

Depois do abraço, Pepe olhou para o casal de crianças que os acompanhavam. Eles pareciam tímidos.

— E esses dois... Que prazer em vê-los...

— Sim... Essa é a Samira, e esse é o Valente... Seus netos. - Disse Marcelo.

Naquele instante, uma mulher e um rapaz entraram na sala.

— Olha só! Que família linda! - Disse a mulher.

— São vocês!! - Gritou o rapaz.

Todos olharam para eles.

— Érica, Vavá! Que bom ver vocês! - Disse Maria.

Tatiana correu até Vavá e o abraçou.

— Eu senti muito a sua falta, Vavá!!

— Eu também, Tati!

— Você cresceu muito, Vavá... - Comentou Marcelo.

Maria olhou para Érica.

— Então, você e o Pepe continuam juntos?

Érica se aproximou do grupo e deu um beijo no rosto de Pepe.

— Eu fico muito feliz de ter alguém como o Pepe do meu lado... Depois de tudo que aconteceu comigo, é muito bom saber que posso contar com ele.

— Depois que a Ana Luz se foi eu pensei que nunca mais seria feliz novamente. Eu ainda sinto sua falta, mas ter a Érica comigo fez a minha vida ter muito mais valor. E é claro, o Aquiles, a Ágata e o Vavá também.

— Vocês formam um lindo casal. - Comentou Maria.

Pepe respirou fundo.

— Foi muito difícil... Mas eu fico feliz que conseguimos nos tornar uma família tão perfeita.

Maria coçou a cabeça.

— Infelizmente, a gente queria ter feito essa visita num momento mais agradável...

— Nós ficamos sabendo que tem alguma coisa estranha acontecendo por aqui. - Disse Marcelo.

Pepe baixou a cabeça.

— Sim, eu mesmo presenciei... Tem um homem caçando mutantes pela cidade... E tem uma garota mutante que se envolveu em um acidente e está sendo caçada injustamente.

— Eu tentei lutar com ele na casa do Guiga... Mas ele é forte demais. - Disse Vavá.

Marcelo esfregou o rosto.

— Parece que as coisas não mudaram muito...

— Eita lelê... Eu pensei que a paz ia reinar depois da guerra, mas vejo que me enganei. - Disse Maria.

Tatiana cruzou os braços.

— Qual o problema? Vamos atrás desse homem e acabar com ele.

Vavá cruzou os braços.

— Não é assim, Tati... Tem alguma coisa errada com aquele homem. Eu sinto que ele está escondendo alguma coisa.

— Nós não podemos agir dessa forma. Temos que entender o que está acontecendo. - Disse Marcelo.

— Fazer as coisas por impulso nunca dá bons resultados. - Disse Érica.

Maria se aproximou de Pepe.

— Pai, eu... Tenho um favor para te pedir.

Pepe sorriu.

— Qualquer coisa, Maria.

— Será que você podia tomar conta da Tati e das crianças enquanto nós vamos até a mansão do Aristóteles pra entender melhor a situação? Eu não quero que eles corram perigo.

Tatiana se assustou.

— Ué, por quê? Eu posso me proteger muito bem!

Pepe olhou para Tatiana.

— A Maria tem razão, Tati. Será melhor se você e as crianças ficarem aqui.

— Aqui você vai ter quem te proteja. - Disse Érica.

Tatiana cruzou os braços e suspirou. Vavá riu.

— Droga... - Disse Tatiana em voz baixa.

— Se comporta, mocinha... Você tem que proteger seus irmãos. - Disse Marcelo.

— Além do mais, eu vou estar aqui com você, Tati. Vai ser divertido. - Disse Vavá.

— Eu te agradeço muito, Pepe... Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas espero que possamos resolver tudo isso sem que haja outra guerra. - Disse Maria.

Pepe acenou com a cabeça.

— Pode ter certeza que vai ficar tudo bem!

— Não se preocupe, Maria... Eu sei que vocês são capazes de qualquer coisa pela paz. - Disse Érica.

Após a conversa, Maria e Marcelo se despediram e pegaram o caminho para a mansão Mayer.

 

A tarde começava a cair. Renata lentamente abriu a porta do quarto de Claude.

— Claude, eu... Posso entrar?

Claude estava sentado em frente ao computador.

— Claro...

Renata entrou. Ela estava usando uma das roupas que havia comprado. Uma graciosa blusa e uma saia delicada.

— Como estou?

Claude olhou para ela. Embora ainda a visse como uma estranha que acabou de entrar em sua vida, Claude ainda era um homem, e não tinha como negar que em frente à ele estava uma linda garota.

— ...Ficaram muito bem em você.

Renata riu.

— Obrigada!

Renata viu que Claude estava mexendo em várias pastas no seu computador.

— Hum... O que você está fazendo?

— Esses são os arquivos que foram dados aos membros da NEO-Depecom. Nós temos acesso a informações sobre inúmeros mutantes, localização onde foram vistos pela última vez, imagens e textos descrevendo detalhadamente a guerra contra os Reptilianos... Esse tipo de coisa.

Renata observou o monitor. Claude passava por vários textos e fotos. Algumas imagens eram de naves alienígenas, fotos de uma ilha, e o que pareciam ser imagens de câmeras de segurança em um laboratório.

— Uau... Isso é muita informação. - Comentou Renata.

Claude se virou para Renata.

— Mas para resolvermos o seu caso, vamos ter que ir mais fundo... Temos que saber se há alguma organização secreta tentando incriminar mutantes, ou se foi alguém diretamente ligado a você.

Renata se espantou.

— Mas... Além dos meus pais, eu só tenho uma amiga, e... Não pode ter sido ela...

— Não podemos descartar nada... Vamos ter que falar com todo mundo que pode ter ligação com o desastre.

Renata olhou para o lado e deu um leve sorriso.

— ...Estou feliz de ter te encontrado.

— Hum?

— Aquelas pessoas da Liga do Bem queriam me proteger... Mas acho que não é isso que eu quero. Eu não preciso de ninguém pra passar a mão na minha cabeça.

Claude se levantou.

— O que exatamente você quer nesse momento, Renata?

— Eu quero encontrar o culpado... Me certificar de que ele pague pela morte dos meus pais.

Claude se espantou.

— Nós temos muito mais em comum do que pensamos...

— Por isso eu quero ficar com você, Claude... Como eu disse antes, você me entende muito melhor do que qualquer um deles.

Renata estendeu sua mão para Claude.

— Eu prometo que vou te ajudar a encontrar o criminoso que matou seus pais. - Disse Claude.

— E eu prometo que vou te ajudar a encontrar o assassino que matou seu irmão.

— Disse Renata.

Os dois apertaram as mãos com força. Eles não perceberam mas havia uma aura se formando ao redor deles... E era vermelha.


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