Loving Can Hurt escrita por Rafaela, SweetAngel


Capítulo 61
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, espero que gostem!!



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P.O.V Thalia

Depois do almoço eu e as meninas decidimos caminhar um pouco na praça em frente ao restaurante. Menos Hazel, depois do que aconteceu no restaurante, ela disse que queria ficar sozinha e foi para sua casa.

Compramos sorvetes e estávamos esperando a senhora Annabeth Jackson-Chase se despedir do seu amado marido. E sério, que melação.

Os dois estavam conversando, com os rostos quase colados e sorriam. Percy acariciava seu rosto e Annabeth mexia nos botões da social dele.

—Desculpa incomodar, pombinhos —elevei a voz para eles me escutarem. —Mas a lua de mel já acabou.

Annabeth riu e Percy revirou os olhos. Eles finalmente se despediram com um beijo e a Chase (ou Jackson, como vocês preferirem) veio até nós.

—Perdoe o temperamento de Thalia. —Piper entregou o sorvete de Annabeth para ela. —Ela deve tá chegando na fase da gravidez que vai começar a ser uma ranzinza.

—Thalia não precisa de estar grávida pra isso —Annabeth apertou minha bochecha e eu afastei sua mão.

—Vai chegar sua hora —sorri e começamos a andar.

—Achei muito estranho aquilo do Nico, não parece provável —Calipso comentou.

—Eu acredito na parte que ele foi embora daqui —Annabeth disse. —Mas o motivo…

—Exatamente —concordei. —Só um louco para gostar do Jackson.

—Engraçadinha —Annabeth sorriu.

—Será que eles estão bem? Will e Nico? —Piper nos olhou. —Para terem ido embora assim de repente…

—Espero que sim —falei, olhando para o chão. —Queria que eles conhecessem meu bebê, mas pelo visto não vai rolar.

Caminhamos mais um pouco, todas deprimidas. Foi muito inesperado o que Hazel nos contou hoje. Quer dizer, na Califórnia estava tudo bem! Nico estava sorrindo mais, Will parecia mais feliz e do nada… Puft! Os dois vão embora sem uma explicação. Todo mundo sabia que aquilo que Frank disse foi a desculpa mais esfarrapada do século, mas ninguém quis contestar porque Hazel estava muito abalada.

Chegamos até uma pequena feira que acontecia na praça, onde várias pessoas transitavam. Íamos vendo as roupas, os livros e os demais utensílios enquanto conversávamos e comíamos o sorvete.

Annabeth de repente parou, com os olhos vidrados em uma tenda.

—Annie? —a chamei me virando, mas ela não respondeu.

Eu e as meninas olhamos na direção em que Annabeth observava. Era um tenda como outra qualquer, onde havia várias peças de crochê. Três senhoras estavam sentadas em cadeiras de balanço, tricotando uma blusa ao redor de um grande tear. Deveriam ser trigêmeas, porque eram extremamente iguais e extremamente velhas. Também pareciam não se importar muito com aparência, já que usavam vestidos pretos desgastados que pareciam estar sujos.

Annabeth então se moveu e foi até lá.

—Como vocês estão aqui? —ela perguntou com as sobrancelhas franzidas.

Não achei muito educado, mas tudo bem.

—Ah, você —a do meio sorriu. —Nossa querida ponte.

—Sou o quê?

—Tá tudo bem, Annie? —Calipso perguntou quando nos aproximamos.

As senhoras fizeram uma careta quando olharam Calipso. Nossa, elas eram incrivelmente feias de perto. A pele ele muito branca e enrugada, os braços eram ossudos, parecia que não comiam a anos, seus cabelos eram prateados e presos atrás de um lenço branco.

Elas me davam um arrepios e uma sensação ruim, não gostei delas.

—Não me lembro de ter libertado essa —a primeira velha olhou para as irmãs, que observavam Calipso.

—Foi há uns... Setenta e cinco anos, Láquesis? —a velha do lado direito olhou para a velha do meio.

—Setenta e seis, Átropos —essa tal de Láquesis sorriu.

Eu não estava entendendo nada. Quem coloca esses nomes nos filhos?

—De onde você conhece essas... Moças? —olhei para Annabeth, que parecia irritada com a presença das senhoras.

—Elas estavam em Páris —Annabeth as encarava. —Qual a chance de aparecerem aqui em Manhattan?

—Ah, somos viajantes — Láquesis sorriu gentilmente, sem parar de tricotar. —Sabemos muito, não é, Cloto?

—Muito —Cloro respondeu.

—Acabei! —Átropos disse animada e cortou o fio da blusa.

No mesmo momento, Annabeth, Calipso e eu colocamos a mão na barriga. Eu senti algo... Não era o bebê se mexendo, isso eu tinha certeza.

—Vocês estão bem? —Piper nos olhou.

—Também sentiram? —Annabeth olhou pra gente.

—Ah! —Cloro sorriu. —Adoro grávidas!

—Tão sensitivas —Láquesis concordou.

—O que vocês são? —as olhei, agora entendi porque elas irritavam tanto Annabeth. —Uma espécie de bruxas?

—Isso é coisa de Hécate, não da gente —Átropos jogou a blusa em um amontado de outros tricôs.

—Hécate? —Annabeth cruzou os braços. —Tipo a deusa da mitologia grega?

As três senhoras se olharam, agora elas que pareciam assustadas, o que fez minha amiga sorrir, como se tivesse tirado uma informação preciosa das mulheres.

—Você fala demais, Átropos! —Cloto tentou acertar a irmã, mas não conseguia parar de tricotar.

As três começaram a discutir e outro fio foi rompido no meio da briga de quem tentava acertar quem. Elas pararam e olharam para o tricô, preocupadas. Senti a mesma sensação na barriga e minhas amigas (exceto Piper) também.

No mesmo instante, escutamos um barulho atrás de nós. Ao virar, vi um senhor caído a poucos metros de mim e das meninas. Olhamos aterrorizadas enquanto pessoas corriam e gritavam para socorrer o homem.

—Ufa —Átropos voltou a tricotar, aliviada. —Agora vão, garotas. Vocês têm mais uns cinco anos para aproveitar.

—Átropos! —Láquesis fuzilou a irmã com o olhar. —Vão meninas, e você, filha de Zeus —ela me olhou. —Boa sorte hoje —ela sorriu.

Um trovão fez a terra tremer. Olhei para cima, mas o céu estava claro e sem nuvens. De onde veio isso?

—LÁQUESIS! —Cloto gritou e puxou o fio, fazendo a irmã quase cair da cadeira.

—Gente, por favor —Piper segurou minha mão, me puxando. —Vamos sair daqui.

Não discordamos, queria ficar o mais longe possível daquelas senhoras esquisitas. Como ela sabe que meu pai se chama Zeus? E boa sorte pra quê? Tentei ignorar aquele encontro, provavelmente essas mulheres tinham fugido de um hospital psiquiátrico.

(...)

—Luke, tá tudo bem —sorri, falando no celular com meu noivo. —Eu consigo dirigir.

—Mas está vindo uma tempestade —ele protestava. —Deixa eu te buscar.

—Você sabe que eu dirijo melhor que você —falei pegando minha bolsa e saindo da minha sala.

Já estava escuro e tinha poucas pessoas trabalhando. Dei um tchau para que ainda estava no meu setor e desci pelo elevador.

—Ah certo... E quem foi que sofreu um acidente há sete anos? —percebi que ele sorria.

—Uma garota que estava abalada emocionalmente —respondi andando pela rua.

O vento estava forte, arrastava folhetos e folhas de árvores. O tempo havia se fechado, provavelmente uma chuva forte estava a caminho.

—Chego aí em vinte minutos —Luke me disse.

—Não senhor, já estou perto do meu carro. Quer ser prestativo? Faça um cachorro-quente pra mim.

—Com bacon?

—Muito bacon —sorri.

—Amo você.

—Também te amo, agora vá preparar meu cachorro-quente.

—Você que manda.

Sorri e desliguei.

Por que meu carro estava na rua e não na empresa? Simples, o estacionamento é no térreo e eu odeio altura. Na minha sala por exemplo, as cortinas vivem fechadas.

Prefiro deixar ele na rua e como hoje estava movimentado, só consegui achar vaga umas duas quadras pra frente da minha empresa. Agora ao entardecer, não havia tantos carros e praticamente não tinha ninguém durante todo o percurso. Todos devem estar se abrigando da tempestade que se aproxima, o vento estava realmente muito forte.

Ao andar eu tentava achar na minha bolsa a chave do carro, que já estava a poucos metros de mim. Mas o que chamou minha atenção foi a figura de dois homens surgindo na esquina. Eles se apoiaram em um prédio e me olhavam. Sem exagero, eles deviam ter uns dois metros de altura e seus braços eram totalmente fortes e tatuados.

Tentei ignorar que dois caras estranhos me encaravam quando eu cheguei no carro. Comecei a ficar nervosa por não achar a chave, aqueles homens estavam me dando calafrios.

—Ei, docinho —um deles disse se aproximando. Eu travei, não estava nada confortável com a situação. O vento forte batia no meu rosto e a cada minuto que se passava, o tempo ficava mais frio. —Quer ajuda?

—Não, obrigada —sorri, tentando disfarçar o quanto apavorada eu estava.

Estar em uma rua deserta com dois esquisitões que parecem gigantes não é nada bom. Devia ter deixado Luke me buscar, pensei. Se bem que se eles quisessem, conseguiriam jogar meu noivo longe só com um peteleco. Mas isso era melhor do que estar sozinha.

—Ah qual é —o outro se posicionou atrás do carro, enquanto o seu amigo ia para a frente. Eu estava cercada. —Deixa a gente ajudar.

—Se vocês puderem se afastar, eu agradeço —mexi na minha bolsa. Onde está essa merda de chave!?

—Ela tem cheiro bom, Zé-Mané —um deles suspirou.

Achei que o outro homem ia brigar pela ofensa, mas ele apenas sorriu e cheirou o ar.

—É a filha do fodão, você quer o quê? —esse tal Zé-Mané falou. —Ah e aquele lá? O Jackson! Nossa, ele também tem um cheiro delicioso.

Percy? Parei por um momento escutando a conversa. Que merda é... ACHEI! Achei a chave e destranquei o carro o mais rápido que pude. O barulho do alarme deve ter feito os homens voltarem a me notar, já que quando eu abri a porta, o Zé-Mané se inclinou e a fechou.

—Acho que não, lindinha —ele sorriu. Seus dentes eram extremamente amarelos e pontudos.

—Senhores... —me afastei do carro, segurando a minha bolsa enfrente a minha barriga. Meu coração estava disparado em imaginar algo acontecendo ao meu filho... Tentei controlar a respiração, eu estava entrando em pânico. —A-Acho melhor vocês irem embora.

—Argh —o outro homem revirou os olhos. —Mandona igual Zeus.

—Não fala o nome, Come-Crânios! —Zé-Mané olhou com raiva pro amigo —Custamos a despistar as garotas, se ele souber que estamos aqui vai mandar elas...

Zé-Mané calou a boca no mesmo instante que um relâmpago e um trovão ecoaram pelo céu. A chuva começou a cair e os dois homens se olharam assustados.

Me afastei tanto deles que acabei ficando contra o prédio. Não tinha para onde eu ir, ninguém passava pelas ruas, nem mesmo algum carro. Pavor, era só isso que eu sentia. O vento estava forte e a chuva não contribuía, meu corpo inteiro tremia de medo e frio.

—Temos que andar rápido. Imagina a recompensa que ganharemos se matarmos a garota! Ainda mais grávida —Come-Crânios esfregou as mãos, se divertindo. —Ah! O grande rei vai ficar furioso!

Então eu pensei em Luke. Pensei no nosso filho. Meu sangue ferveu quando Zé-Mané começou a se aproximar de mim. Não, eu não iria morrer hoje na mão de dois idiotas.

—Se afasta! —gritei e ele riu. —Eu... Mandei... Se... Afastar! —rangi os dentes.

Então senti uma eletricidade subir pela minha coluna e chegar até minha cabeça. Não sei o que aconteceu, pois minha visão ficou turva, mas um raio caiu bem na minha frente, onde estava Zé-Mané. Quando me recuperei da claridade, ele não estava mais lá... Apenas uma poeira caia no chão com facilidade por causa da chuva.

—O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ!? —Come-Crânios berrou se ajoelhando e tentando pegar as cinzas.

—Eu.. Eu... —me pressionei mais contra a parede. Meu coração disparava e eu tremia ainda mais.

Um raio quase me atingiu! Eu poderia estar morta e... Coloquei a mão na minha barriga. Meu filho tem que estar bem, tem que estar vivo... Comecei a chorar compulsivamente, mas não tive muito tempo para ficar assim. Aquele homem horrível ainda estava na minha frente.

—Eu vou acabar com você —ele se levantou.

Cerrei os punhos, parando de chorar. Se fosse para morrer, então eu iria morrer lutando. Mas não precisei. Quando ele deu um passo, uma flecha o perfurou a lateral do seu tronco. Come-Crânios caiu de joelhos e gritou, mas então sua voz cessou e ele desmanchou, literalmente desmanchou, virando poeira.

Pensei que fosse desmaiar, mas eu precisava ser forte para meu filho. Olhei para o lado e um grupo de mulheres vinham montadas em cavalos.

—Mandou bem, Thals —a que estava na frente desmontou do lado do meu carro e se aproximou.

Com certeza eu iria desmaiar. Eu a conhecia! Era a emprega da minha casa, Hylla. Tinha longos cabelos pretos e olhos escuros, continuava a mesma que eu me lembro, porém mais madura e atlética. Vestia um elegante macacão de couro preto com um cinto feito de filetes de ouro, que estavam entrelaçados em sua cintura.

Não fazia sentido... Ela havia desaparecido há sete anos... Meu pai e minha madrasta tinham a matado...

—Hylla... Você... —eu a observava boquiaberta, enquanto ela me amparava, colocando um casaco em minhas costas e me levando até o carro.

—Conversaremos no caminho —ela olhou para as mulheres, que continuavam montadas. —Façam um perímetro. —As garotas assentiram e saíram cavalgando. — Posso dirigir? —Hylla sorriu para mim.

Só quando entrei no carro percebi o quão encharcada eu estava. Ela ligou o aquecedor e pelo visto sabia onde eu morava, já que pegou o mesmo trajeto que eu fazia.

—Hylla, v-você d-deveria... —tentei falar, mas eu tremia demais e eu batia os dentes.

—Estar morta? —ela olhava pelo retrovisor constantemente. —É, eu também pensava isso.

—Mas eu m-me l-lembro... A l-lista... S-Seu nome...

—Thals —ela suspirou. —Tem certas coisas que você não pode entender agora.

—Tipo o que a-aconteceu a-ali? —apontei para trás.

—Sim —Hylla me olhou gentilmente. —Peço perdão pelo meu atraso. Aqueles dois nos atrasaram.

—O que eles eram? Um r-raio...

—Sim —os olhos de Hylla brilharam. —Você tem muita força. Mais do que seu irmão, eu acho.

—Meu irmão? —eu estava prestes a chorar, de novo.

—Ah, se acalme. Ele está bem, minha irmã chegou a tempo.

—Hylla, eu não c-consigo entender —olhei para frente, tentando associar tudo.

—Como eu disse, você não precisa. Não agora.

—Eles falaram de P-Percy J-Jackson, ele é casado com m-minha amiga —a olhei e senti meu o peito apertar. Só de imaginar algo acontecendo a Annie...

—Ah sim... A aura dele é forte demais —Hylla franziu o nariz. —Tem dado trabalho.

—O quê...

—Olha se eu continuar te respondendo, mais confusa ficará. Você confia em mim? —ela me olhou suplicante.

Demorei um tempo para responder, mas conheço Hylla praticamente a minha vida toda, ela sempre cuidou muito bem de mim. Por que mudaria agora?

—Confio.

—Então você precisa ignorar o que aconteceu aqui, certo? Pro seu bem e de sua família.

—Mas...

—Sem mas, por favor —Hylla olhou novamente para o retrovisor. —Você e seus amigos estão sendo protegidos.

—Protegidos de quê? —a olhei inconformada.

—Thalia...

—Está bem —suspirei. —Esquecer.

—Isso —ela sorriu.

—Me leva pro hospital, eu quero ter certeza que meu bebê está bem —passei a mão em minha barriga.

—Claro —Hylla virou a esquina e mudou a direção.

Peguei meu celular que estava um pouco molhado, mas era a prova de água, felizmente. Liguei para Luke.

—Amor? —ele atendeu. Minha garganta pareceu se fechar ao pensar que por pouco nunca mais escutaria sua voz... Meus olhos se encheram de lágrimas e eu fiquei sem reação. —Thalia? Thalia tá tudo bem?

—S-Sim —gaguejei. —Escuta... Eu vou a-atrasar um pouco, pode comer sem mim.

—Por quê? O que aconteceu? —senti um pouco de desespero em sua voz.

Olhei para Hylla, que negou com a cabeça. Esquecer, repeti para mim mesma.

—Eu deixei a chave do carro na minha sala e acabei pegando uma chuva... Vou passar no hospital pra ver se está tudo bem com nosso filho.

—Ah céus! Eu falei que deveria ter te buscado! Eu deveria ter ido aí e...

—Luke, tá tudo bem —tentei o acalmar. —Foi só uma chuva.

—Dirige com cuidado, te encontro no hospital.

—Não preci... —parei de falar. Eu queria Luke mais do que tudo agora. —Okay, te vejo lá. Luke...

—Oi?

—Eu amo você, muito —as lágrimas começaram a escorrer. Eu ainda estava muito assustada com tudo que aconteceu.

—Também te amo, demais.

Desliguei o celular e não segurei mais, deixando as lágrimas saírem sem nenhuma dificuldade. Odeio ser fraca, odeio demonstrar que sou vulnerável. Mas não consegui mais aguentar. Ser atacada, um raio cair na minha frente, pessoas virando pó, Hylla voltando dos mortos... É muita coisa para processar.

—Vai ficar tudo bem, eu prometo —Hylla segurou minha mão.

Controlei minha respiração. Por mais estranho e sem sentido que tenha sido o dia de hoje, eu estava disposta a seguir sem me preocupar. Eu confiaria minha vida nas mãos de Hylla e se ela disse que eu preciso esquecer, eu farei isso.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que estão lendo, principalmente Paulo Chase que está sempre comentando e também a SnowGray!!

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