Striker - A Bruxa, Os Deuses, Anjos & Mortais. escrita por Lucas Chroballs


Capítulo 15
Cobras comem Borboletas?




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Na região Norte de Vanilla

Após sua reputação ter sido abafada na mídia pelos ataques do Esquadrão Escarlate, Lauro retorna à sua antiga residência ao lado de Aine, e nota que seu apartamento está do mesmo jeito que deixou.

— Fique à vontade. Não vou demorar para encontrar roupas decentes para a reunião. — Ele caminha até seu quarto, enquanto a fada olha algumas fotos sentada em uma poltrona velha.

— Já foi a muitos encontros da cúpula, sr. Lauro? — pergunta ela.

— Alguns. É sempre a mesma coisa, então eu invento desculpas para não ir.

— Um verdadeiro diplomata — disse em tom debochado. — Se importa se eu der uma olhada na TV? — Ele não responde, então ela liga mesmo assim.

— Policial, devemos conectar os recentes assassinatos à explosão do Departamento de Polícia? — pergunta a repórter.

— Não, não sei te responder... Olha, me deixa em paz. — O policial Barry caminha para tentar fugir dos repórteres, mas começa a ficar desesperado. — Por favor, eu não quero falar sobre isso...

— Acha que devemos considerar uma ameaça terrorista a Vanilla? — pergunta outro repórter.

— Me deixa em paz, porra! — Ele dá um soco no jornalista, fazendo Aine mudar de canal no momento.

— Hoje em dia, temos de tomar o triplo do cuidado que tomávamos há quase uma década. As preocupações deixaram de ser as contas do fim do mês para virarem o medo que temos até de estarmos em nossas próprias casas e sermos mortos por aberrações — fala um aposentado.

Ela troca novamente.

— Para o senhor, não é estranho que tenhamos crescido durante todo esse tempo ao lado de seres excepcionais, como a Bruxa Letal, sem nem ao menos sabermos direito o que eles são? — pergunta Renne.

— Estranho? Não. Preocupante? Sim — responde o historiador.

— Por quê?

— As reações de ambas as partes mostram que nunca aprendemos a coexistir para criar uma utopia. Nós os chamamos de monstros, aberrações e eles nos devolvem com morte e sangue.

Em outro canal:

— A recente onda de assassinatos, estupros e violência doméstica não só mostra a verdadeira natureza da humanidade em situações extremas, mas também revela como a polícia foi incapaz de resolver esses casos. Talvez quem esteja por trás destes crimes só queria passar um recado — diz um homem para a repórter.

 — Há muito tempo, a humanidade descobriu que não era o ápice de uma cadeia evolutiva. Deveríamos culpar a rainha que revelou ao mundo a existência de seu povo? Devemos julgar em corte marcial a criatura que lutou contra os rebeldes do Irã, poupando aqueles civis de mais anos de guerra e sofrimento? Agora queremos colocar para Cristo uma mulher que deliberadamente é tida como “A Bruxa”, sendo que os únicos motivos que temos para odiá-la e que ela não é igual a nós — diz um professor da antiga escola da Kim.

No canal anterior.

— O senhor é um historiador renomado da UVC, participou de comícios contra a Bruxa e é pai de duas crianças. Qual seria a sua reação ao saber que suas filhas foram salvas pela figura que o senhor detesta? — pergunta Renne.

Ele demora a responder.

— Eu sinceramente espero que não precise acontecer nada com a minha família para a minha opinião sobre tais criaturas mudar.

Aine desliga a TV e olha para o Lauro, que já espera por ela na entrada do corredor.

— Antes de ser padre, eu tive meu conturbado relacionamento. Tem um blazer dela no meu armário, pode usar se quiser.

A fada se levanta,agradece com um sorriso e vai.

 

Na Capela

Caminhando lentamente em direção ao altar, Striker olha para a Viper com cautela e estranha a cicatriz em seu olho esquerdo.

— Acho que você é a responsável por trazer emoção a esta cidade. Devo me preocupar com essa concorrência?

Séria, a terrorista presta bastante atenção na ausência de pupilas nos olhos de Striker e começa a analisá-la de cima a baixo.

— Depende. Estamos do mesmo lado?  

— Eu nem sei quem você é.

A resposta de Striker causa uma dúvida para Viper, que passa a analisar o comportamento dela.

— Há quanto tempo está entre os humanos?

— Ah... — A bruxa pensa para responder. — Sei lá. Quase um ano.

— E você sentiu esse tempo passar? Pois parece que não.

— Que legal. Saí pra relaxar a cabeça, e no final da minha noite eu ganho terapia gratuita na igreja. Só falta nos sentarmos pra fazer tricô.

Viper retira uma de suas luvas e mostra a mão escamosa, o que chama a atenção de Striker.

— Isso aconteceu há quase setenta anos. Eles roubaram a minha vida por pura ganância, só para estarem um passo à frente dos desenvolvidos. Quando eu te perguntei sobre o seu tempo aqui, já sabia a resposta, porque eu vi no seu olhar.

— Fizeram isso com você. Ok, mas o que explica as mortes que provocou? — pergunta a bruxa.

A terrorista não responde de imediato, apenas olha para o rosto de Cristo na cruz e coloca sua mão sobre ele, afundando-o no metal.

— Todos nós vivemos em uma teia pré-programada de destinos e ações. O mundo em que vivemos prepara suas gerações para seguirem os passos das anteriores e, assim, continuarem seu legado. — Viper salta da cruz e faz um barulho forte ao bater com seu salto de metal no chão. — O problema é que eles também estão repassando seus erros disfarçados de glória. Aqueles policiais não tinham sangue em suas balas e sim nas suas consciências, ao negarem ajuda para tantas pessoas que dependiam apenas deles.

Ela caminha em direção a Striker, que pega uma de suas pistolas na parte de trás da cintura e segura bem forte.

— Eu acho cômico eles acreditarem nas falsas verdades que o mundo espalha e virem à frente daquele homem para pedir por perdão.

— Também nunca fui muito amiga de policiais, mas acredito que matar todos por causa de alguns corruptos não chega a ser uma opção — diz Striker.

— Vejo que não conhece tanto assim do mundo dos homens, bruxa. Basta uma brasa para queimar toda a plantação... e eles são extremamente inflamáveis. — Viper para em um banco e pega uma das partes do “minion” do Sam. — Eu quero que eles mostrem e aceitem que são inflamáveis. Fica mais fácil na hora de separar os justos.

— Veio até aqui pra mostrar que pode destruir coisas? Devo chamar a Liga da Justiça? — pergunta a bruxa com um sorriso no rosto.

— Deboche o quanto quiser, eu sei que você utiliza bom humor para esconder a sua frustração de não ser aceita por eles. Gosta de se sentir poderosa, superior, dizendo que não precisa da aprovação de ninguém, mas a verdade é que no fundo... é só uma garotinha confusa e com medo do fim — diz Viper, derretendo o componente do Sam.

Striker aponta sua pistola dourada para o rosto da terrorista, que não esboça uma reação de espanto.

— Eu não vou lutar com você, mas sim fazer um convite para que nunca mais precise sentir isso. Junte-se a mim e às garotas. Nós, do Esquadrão Escarlate, ficaríamos felizes em ter uma nova integrante de peso na nossa causa.

— Nunca luto por causas terroristas. Tenho problemas demais na minha vida.

— Isso não é exclusividade sua. Vai continuar a vida toda correndo atrás do passado, ou abraçará um futuro que te dará significado?

As falas da Viper deixam Striker pensativa, mas ela se mantém firme e continua com a arma apontada.

 

Na Igreja Central

O comissário de polícia se reúne com o General Ares no edifício executivo da Igreja Central. Na ampla sala de reuniões, os dois se sentam nas cadeiras de couro marrom, enquanto se servem de um conhaque antigo.

— Eu gosto das bebidas daqui. Baunilha é meu sabor favorito. — Ares enche os copos e bebe primeiro. — Sinto muito pelo que ouve com o departamento de polícia. Teve muita sorte de ter recebido um chamado e saído antes.

— Agradeço pelas lamentações, Sr. Ares... — o comissário experimenta, mas acha muito forte e devolve à mesa. — Mas acho que esta conversa fluiria melhor sem a presença de bebidas incômodas.

No mesmo momento, o general para de beber para prestar atenção no colega.

— O que vai aprontar?

— A cidade está sofrendo cada vez mais com a violência, e não me refiro a assaltantes e sequestradores; refiro-me a nova onda de destrutividade em massa e assassinatos de criminosos e militares por aqui. — O comissário retira alguns gráficos sobre o assunto de uma pasta preta. — Como pode ver...

— Eu sei ler gráficos, Sr. Phillip... — Ele toma os papéis da mão do colega. — E já estou ciente de tudo que vai me contar.

 

No apartamento de Renne

Inconformada com a resolução da morte de Amy Snyder, a jornalista decide investigar por conta própria, a partir de imagens que recebeu de um colega de imprensa.

— Cem arquivos? A noite vai ser longa. — Ela toma um gole de energético com limão.

 

Na Capela

Striker, já não mais com a arma apontada para Viper, anda em volta dela com receio, enquanto as duas ouvem o som de carros a distância.

— Você acha que sabe tudo de mim, mas a verdade é que nem eu me conheço de verdade — diz ela.

— Alice Garsea, nascida em Carcassone, França. Morreu aos seis anos de idade sob acusações de bruxaria. Veio para este mundo carregando a pergunta do porquê está aqui, mas ela deveria ser... Quem eu sou agora?

A bruxa fica bastante surpresa, e lembra de quando aquela mulher havia falado de seu olho esquerdo.

— Eu demorei anos para aceitar quem sou. Aceitei o meu destino de limpar o mundo da sujeira: ele precisa respirar, nós precisamos de novos ares. Mas não vamos conseguir isso enquanto você decide o que quer fazer da sua vida — diz a Viper, recolocando sua luva.

— Se eu disser que não, vamos cair no braço?

— Eu não imponho meus desejos acima dos de ninguém., apenas guio-os para um caminho. Você é livre para fazer o que quiser. Assim como Alexia foi... — Viper dá as costas para Striker e continua a falar bastante calma.

— Então foi você. — Alice começa a se lembrar de tudo. — Alexia ficou daquele jeito por sua culpa. Ela virou uma assassina!

— Eu não obrigo ninguém a matar. Apenas mostrei o que escondiam dela. Não tenho culpa se o psicológico dela era fraco demais para suportar.

Com o tempo, o som de pneus sendo freados fica mais frequente.

— O exército — diz Striker.

— Eu sabia que uma hora seríamos incomodadas. As autoridades não têm mais o que fazer nesta cidade e pelo jeito, nem você.

Viper se distancia da bruxa e caminha em direção à entrada, onde vários soldados subiam as escadas para verificar o interior do local.  Alice nota que ela está retirando algo suspeito de sua cintura e dispara primeiro.

— Não!

Uma pistola cai no chão e os militares começam a correr para investigar o som.

— Cometeu um erro, garota. Ativar protocolo nove — diz Viper, que aciona um dispositivo na cabeça do Sam, abrindo-a para uma bomba relógio que detona quando o primeiro soldado coloca seu pé no piso de mármore da capela.

 

Na Igreja Central

— Meu gabinete se queixa comigo e eu não sei mais o que fazer. O meu último fio de esperança viria do senhor, mas ao que parece, não está muito a fim de cooperar — diz o comissário.

O general movimenta seu dedo médio na borda do copo, enquanto acaricia sua barba com o cotovelo apoiado no braço da cadeira.

— Acha que é a primeira autoridade a falar comigo assim? Coloque-se no meu lugar, policial. — Ares vira seu copo e olha diretamente para o colega à sua frente, com os olhos avermelhados. — Estou limpando a merda que a gestão do Lauro fez nesta cidade com medidas que foram tomadas há anos em Margo’on. Só não fizemos nada mais drástico sobre a segurança por termos um pequeno... empecilho em nossos caminhos.

Ele termina a frase olhando Phillip de cima para baixo.

— Seus comentários soam como uma bomba de proximidade, pronta para explodir no primeiro que lhe convém — o comissário abaixa, um pouco, o tom da sua voz.

 

No apartamento de Renne

Ela compara imagens dos destroços do carro, fotografadas por duas perspectivas diferentes.

— Está sem a porta traseira esquerda, pode ter sido arremessada para longe. — Renne toma mais um gole de energético. — Significaria que ela estava aberta no momento da explosão.

A jornalista compara com o laudo dado pela perícia, constatando que Amy teve problemas com a bateria de seu carro, ocasionando em uma explosão de larga escala por estar próximo a outro veículo movido a gás natural.

— Quem assinou este laudo? — Renne fica surpresa com o que vê — O Comissário Phillip?

Ela continua a ver fotos da cena do crime e analisa as panorâmicas, notando a presença misteriosa de uma mulher branca com cabelo, roupas e maquiagem na cor preta.

Renne abre uma aba em seu computador e manda uma mensagem para o fotógrafo que mandou as imagens:

Estou analisando as imagens, e não consigo deixar de notar esta presença feminina. Sabe quem é?

Mesmo recortando a foto, dando um destaque para o rosto da mulher de preto, a resposta veio segundos depois como uma negação diferente do que ela esperava:

Não vejo nenhuma mulher neste recorte, Rê.

Com um suspiro de cansaço, ela agradece ao seu amigo e manda as imagens para um aplicativo de nuvem; desligando o seu notebook em seguida e indo direto ao seu quarto se arrumar.

 

Na Igreja Central

— Gostaria de ver o senhor explicando para mais de dois milhões de pessoas que o problema da falta de segurança na cidade... é que não estamos preparados para lidar com ameaças que vão além dos russos e americanos — diz o comissário.

Ares coloca mais um pouco de conhaque no copo e bebe, com um olhar intimidador para o policial.

— Só me dizer onde e quando. Faço questão de enfatizar os problemas da sua gestão e mostrar como o senhor é despreparado ao em querer comparar uma ameaça de bomba a um apocalipse de anjos rasgando os céus e demônios rachando a terra — Ele vira o copo de uma vez e se aproxima de Phillip. — Nós sabemos que tudo o que acontece e vai acontecer nesta cidade será culpa da incompetência do comissário de polícia.

 

Em um centro empresarial

O anfitrião chega de elevador até Lauro e Aine, mas o ex-padre não demonstra muita simpatia.

— Lauro? A que devo a honra? — dizia o Sr. Morelli, até ser interrompido.

— Shh! Não seja falso. Estamos com pressa e quero seu helicóptero.

O homem olha para os dois surpreso ao ver que seu antigo “colega” lhe pediu um de seus pertences.

— Mas eu o uso para minhas reuniões mais distantes. Posso lhe providenciar um carro, mas meu helicóptero...

— Se eu quisesse um carro, eu teria pedido um carro. Seu helicóptero, e com urgência!

Morelli faz pouco caso da exaltação de Lauro e, com um breve olhar para os seus seguranças, eles se aproximam para retirar os dois. O empresário sorri para sua recepcionista e caminha para a sua sala em um grande corredor iluminado.

O sr. Mitchels olha para Aine, enquanto os seguranças seguram o braço esquerdo dos dois e ela entende o recado dele.

— Por favor, não ofereçam resistência — diz um dos seguranças.

Ela pega a mão dele rapidamente e o joga contra o que segurava Lauro, focando seu olhar para as pernas de Morelli, que travam seus movimentos no mesmo momento.

 

Na Igreja Central

O comissário se levanta, ajeita o terno e a pasta anda em direção à porta da sala.

— Você só está trocando um assento quente por outro. Seu reinado não durará muito tempo — diz Phillip.

— Quanta frustração, senhor Phillip. Vejo de longe o seu...

A atenção do Comissario é desviada para uma sensação estranha no ar, e ele se levanta para olhar pela janela. Com isso, o comissário para seu andar e olha a ação do general.

— O que foi?

 

Em um centro empresarial

Lauro corre até o heliporto e Aine vai logo atrás, fazendo o piloto manter o foco na aeronave e ligar os motores do helicóptero, enquanto ocorre uma histeria pela morte do empresário do lado de dentro.

— Por favor, eu tenho família, não me machuque — diz o piloto.

— Só se nos levar a Margo’on — diz Lauro, sentando no assento do carona.

— Claro. O que quiserem.

Aine paralisa todos os seguranças que aparecem atrás dela e anda em direção ao helicóptero.

— Voa logo, vai! — grita ela.

 

No apartamento de Renne

Pegando seu notebook e seu celular, ela abre a porta do apartamento bastante agitada e tranca do mesmo modo. Rennew acaba se atrapalhando e deixa as chaves caírem no chão, se inclinando para pegá-las. De repente, duas lâminas escuras quebram o piso, perfurando os olhos da mulher e rasgam suas bochechas.

— Ah!! —  Ela grita no corredor, mas ninguém aparece para ajudá-la.

 

Na Igreja Central

Uma bala em formato de coração acerta a cabeça do comissário. Ares corre para prestar socorro e olha de onde a bala veio.

— Chamem os paramédicos!

 

No novo Fast Les Sex

Agora reformado, após os incidentes com a Striker e o exército. Kim, Jaison e Loop assistem na televisão a reportagem sobre a explosão da capela.

— A capela de Santo Expedito, construída há mais de cinquenta anos, foi destruída em uma explosão. Até então não foi divulgado um número de mortos ou feridos, mas a informação que temos é de que o exército estava cumprindo uma ordem para apreender a responsável pela onda de crimes em Vanilla — diz o repórter.

— Até imagino quem estava lá — diz Jaison, comendo um hambúrguer.

— Claro, ela é a protagonista — debocha Kim.

Loop não fala nada de imediato, apenas sente uma presença estranha na porta e vê ela se abrir para a Striker, com roupas queimadas, mas sem danos físicos.

— O que houve com você? — pergunta o amigo dela.

— Acho que você já imagina.

— Eu sei que a religião te persegue como a bunda da Kim Kardashian com o resto do corpo dela. Mas o que aconteceu pra tu meter uma bomba naquele lugar? — pergunta Kim.

— Não sou tão piromaníaca assim. Mas acho que... vamos ter que ficar mais juntos a partir de agora — diz Striker, enquanto senta e com pensamentos distantes.

— O que houve? — pergunta Loop.

— Nada. Eu só... encontrei alguém de peso pra me confrontar — responde ela com um sorriso, enquanto todos se viram para a televisão.


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