Eu  continuei  na  casa  grande  da fazenda em  que  eu  e minha  vó  de consideração  Deméter   havíamos  almoçado.   Apesar  de meu encontro  catastrófico com  Hermes,  eu  estava me  sentindo mais  leve nesse dia.  Aurora   não se manifestou e nem suas prisioneiras.   Eu   não cruzei  meu caminho  com Zeus,  Afrodite ou  Ares.  O  dia  estava  sendo relativamente  calmo    em comparação aos  meus dias anteriores.

Eu  estava deitada  tentando  relaxar em  uma rede que estava  na  varanda da casa,  quando uma sombra  bloqueou o sol que estava  batendo  na minha pele cor  de  bronze.    Abri  meus olhos  para contemplar um dos  homens mais lindo que eu    já  vi.  Ele parecia ter acabado  de sair  de  um catálogo de moda  masculina. 

Ao contrário de  Ares que possuía  uma  beleza  mais  bruta e rústica.    Esse homem  tinha  uma  beleza  delicada  e  bem desenhada.   Eu   podia  jurar  que  com seu  cabelo  loiro e  sorriso  brilhante, ele  facilmente poderia brilhar  mais   que      o   próprio sol.   Seus olhos azuis celeste me lembravam o céu em dias ensolarado.  Ele usava uma camiseta  polo azul  clara e  calças  brancas.   

Eu  me levantei rapidamente e não parei de babar naquele homem.    Ele  sorriu  para  mim  ainda mais quando viu  que  eu o admirava sem pudor  algum. Mas ele  limpou  a  garganta para chamar minha atenção e  sai  do  transe  que  sua beleza havia me colocado.

—  Oi eu sou o Apolo.   -  Ele  diz  se  apresentando.

Eu entendi minha mão para  ele poder apertar  como  forma de comprimento.   -   Olá  eu sou  a  Emma.  -   Foi minha vez  de me apresentar.

— Eu sei você é  a  famosa  Emma.   -   Ele  riu.   -   Todos  nós   ouvimos  falar  bastante de  você, que  parece  até  que já  nos conhecemos.   

—  Aposto  que    a  única  coisa  que ouviu sobre  mim foi que eu sou a nova  vítima da  Aurora.    -  Revirei os  olhos.

— Isso também,   mas eu  ouvi outras coisa  sobre  você  por meio de seu pai.   -  Apolo comentou.  -   Você  sabe  que  até um tempo  atrás  a  regra  de    não poder interferir  no  destino dos  filhos  era levada  muito a sério,  ele  não podia participar diretamente  da sua  vida  e por isso  ele apenas te observava  e  ficava nos contando  coisas sobre  você.   -   Ele  explicou.

— E  quais são  as  coisas que o Hermes  falava  de mim?   -  Indaguei após  ficar  curiosa.

—  Coisas  como  a primeira vez  que   você  andou, ou quando  você  se formou  no ensino  médio e  como ele odiava  seu  namorado surfista...  -  Apolo começou  a  falar  e  eu o interrompi rindo.

—  Luke  Mason   não  é  e nunca será meu namorado.    Ele  é  um   galinha de  carteirinha, assim  como  você,   não é mesmo?    -  Perguntou.  -  Eu  conheço  histórias sobre  sua  galinhagem.  

—   Eu  sou  só  uma  pessoa   com  muito amor para dar.  -  Apolo  deu de ombros.

—  Uhum sei.    -     Digo  descrente.   -  Enfim o que te trás  aqui?  -   Questionei.

— Eu vim te conhecer pessoalmente  e  falar  com Deméter sobre um assunto do interesse dela.   -   Ele  respondeu.

— Ela  está lá na sala de estar.   -  Eu  falei apontando para  a  casa.  

— Foi  um prazer  te  conhecer.   -  Apolo  diz e me dá uma piscadela.

Apolo sai andando quando eu digo:  -  O  prazer  foi  todo meu... – Falei em voz  baixa.

(...)

Após eu ir  embora  da  fazenda, descobri que  eu    havia  sido convocada por  Ares.  O  por que  ninguém me disse  e pelo que parece eu  terei que descobrir por mim mesma.  Provavelmente  eu  não deveria ir  sozinha.  Não depois dele  ter tentando me matar  ou deixar  bem claro que me odeia.  Eu  com   certeza  estava sendo burra  por estar indo sozinha para   a toca do lobo,  mas minha curiosidade falou  mais alto.

Quando cheguei em seu templo ,  eu  não o encontrei na sala de estar, mas ouvi  uma  música.  Fui  seguindo  a música que era  algum tipo  de  Heavy Metal  até chegar em uma  sala de musculação.  Onde  Ares  estava   malhando arduamente   sem camisa.

Eu  corei violentamente  e desviei  o  olhar  de  seu peitoral  másculo.     Olhando para  qualquer lugar menos  para ele.

— Então o que  você  quer?     -  Perguntei irritada.

Ao ouviu  minha voz  Ares  parou de malhar  e  arremessou o peso na  parede que  que  ficou  com  um buraco.     Ele  se levantou  e  bebeu  água e  secou o rosto com uma  toalhinha.    Ele  se aproximou de  mim.

— Te mostrar uma coisa.  -   Ares simplesmente respondeu.

— Que coisa  você  quer me mostrar?   -   Questionei ficando ainda mais curiosa.

—   Acha  que  nos  somos os  vilões,  não é  mesmo?    - Ares me  perguntou.

— Você  se refere  a toda  a  história com Aurora?   -   Retruquei.

— Sim.   -  Ele  respondeu.    -   Nós  todos  temos culpa  no cartório,   mas  Aurora  também.      Antes mesmo  de  eu ter a traído,  ela já  havia ficado louca. Ela era  e  sempre  foi  louca.   Sempre  foi doente, eu apenas  não consegui enxergar isso mais cedo.      – Ares se lamentou.

—  O que    pode  ter a feito louca?    -  Perguntei.

— Você  já  sabe, ela era  a  única  não engolida por  Cronos.   Ela começou a se  achar  a herdeira legítima ,  ela  queria o trono de  Zeus  e o poder sobre o  Olimpo,  eu acho que isso  a fez enlouquecer.

—  Certo, então me mostre logo  a  coisa que  você  tinha mencionado.   -    O apressei.  

—  Venha comigo e  veja.   -     Ares  simplesmente  começou a  andar e  eu o segui rapidamente com o coração   na  mão.