Destinos cruzados escrita por Vick Queen
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
Dessa vez eu voltei até que rápido com mais um capítulo para vocês :)
Capítulo repleto de emoções então preparem os corações.
Boa leitura!
Eu já estava começando a aceitar que minha vida pacata e vazia, havia se transformado em um pesadelo. E eu realmente queria encontrar coisas boas no meio de toda a minha confusão com Aurora, mas simplesmente não dá agora. As coisas razoáveis até agora foi talvez minha amizade com Hera e conhecer alguns olimpianos bons e também a magia em si.
Não poderia agir como uma hipócrita e dizer que todo aquele universo me aterrorizava, pois este novo universo me fascinava e encantava na mesma medida que me assustava e me deixava com raiva. Eu sonhei com algo assim desde sempre e agora meus sentimentos em relação a tudo são agridoces.
De um lado o doce sabor de descobrir um novo mundo. Onde eu podia me senti encaixada de certa forma. Um novo mundo onde eu descobri a existência de seres fantásticos. Deuses, Semideuses, Ninfas, Sátiros e muitos outros. E ao que tudo indica ainda não conheci tudo, ainda não vi tudo. Ainda não experimentei todas as coisas boas desse mundo mágico. Foi uma descoberta que querendo ou não mudou a minha vida, só ainda não tenho certeza se foi para o melhor ou pior.
Agora do outro lado existe o lado amargo, ácido. Esse novo mundo veio com um preço para mim. Maldições por parte de Aurora e um destino cruzado com pessoas que eu não quero presentes na minha vida, como Ares por exemplo. Também veio a triste descoberta que meu pais mentiram para mim a vida inteira, eu não era filha do meu paizinho e sim do famoso Deus Hermes que eu não tenho certeza se quero conhecer. Essas mulheres fantasmas me pressionando e a hostilidade de alguns deuses comigo. Esse eram alguns dos principais motivos que me fizeram desejar nunca ter nascido, apenas para não ter que passar por nada disso.
Como eu disse sentimentos agridoces. Esse novo mundo mágico para mim foi uma descoberta incrível e ao mesmo tempo devastadora e algo me diz que esse é apenas o prólogo da minha incrível jornada ou da minha desastrosa jornada.
Nesse exato momento eu já me encontrava vestida e seca. Andado ao lado de Hera em direção ao Templo de Hermes. Ou como todos dizem meu “pai”. Hera havia me dito que era hora de conhecer o mesmo. Que já era hora de conhecer todos os principais deuses de uma vez por todas. Minha ansiedade de encontrar com os outros deuses era enorme e eu realmente espero ter uma relação pacifica com eles, mas Hermes era outra história. Se ele me detestasse ou amasse, não iria fazer diferença. Eu não queria impressiona-lo e nem causar uma boa nem má impressão. Queria apenas acabar com isso o quanto antes e nunca mais falar com ele.
Assim que entramos eu comecei a observar o ambiente. Os templos por dentro eram como mansões modernas e tudo era deslumbrante. A casa dele tinha alguns papeis e caixas de entregar pelo chão. Algumas ninfas estavam se apressando para limpar toda a bagunça. Hera havia me deixado na sala de estar. A sala era sofisticada,mas nada exagerado. As paredes eram verde musgo e maioria dos moveis eram brancos misturados com verde e cinza.
Sentei no sofá branco com almofadas verdes. Fiquei esperando pacientemente ele chegar, mas os minutos foram se passando e eu estava cada vez mais irritada com a demora do mesmo. Apoiei meu pé na mesinha de centro de vidro, enquanto lia uma revista aleatória, até ele chegar.
Bem meu suposto pai era um homem bonito pelo menos. Ele tinha cabelos pretos e olhos verdes vibrantes. Não tinha barba e nem bigode. Ele tinha a pele tão bronzeada naturalmente como a minha e um excelente porte físico. Hermes estava vestindo uma calça de corrida da adidas e uma regata branca.
Hermes realmente parecia animado por me ver, mas eu não demonstrei a mesma empolgação. Eu estava séria e sem esboçar nenhum sentimento alegre ou triste. Me encontrava em um estado totalmente indiferente a ele.
— Emma, eu esperei tanto por esse momento. - Ele disse se sentando ao meu lado.
Hermes se sentou muito próximo de mim para o meu gosto e por isso eu me afastei do mesmo. Ele pareceu ter ficado chateado, mas isso não me importava. Nada relacionado a ele me importava.
— Eu sei que deve estar confusa, afinal por muito anos seu pai foi Oliver. .. - Eu o interrompi bruscamente .
— Não fala o nome do meu pai. – Exigi com raiva. - Eu não estou confusa, já entendi toda essa situação. Meus pais mentiram para mim e eu vejo isso. Mas não posso ficar com raiva deles agora, eles estão mortos, mas de você eu posso.
— Querida tudo o que eu quero é que você entenda que não foi minha escolha não estar presente na sua vida. Nós... –
— Você realmente acha que eu estou com raiva por isso? - Perguntei e em seguida ri de escarnio. - Estou com raiva por você ter destruído a minha memória com meus pais. Estou com raiva por que você é meu pai biológico - Expliquei.
— Nós deuses não podemos interferir na vida de nosso filhos essa era a regra na época. - Ele continuou a tentar se explicar.
— Não precisa se explicar para mim, eu realmente não me importo com os seus motivos para nada. - Retruco e ele me olha magoado.
— Filha eu estou tentando. - Ele murmurou.
— Não me chame assim! - Gritei. - Você não tem esse direito! Não pode me chamar de filha, por que você não é meu pai! - Digo com raiva.
Parece que minha atitude pouco receptiva e amigável estava irritando Hermes que se levantou de repente com uma cara nada boa.
— EU SOU SEU PAI! - Ele berrou de repente me assustando com sua expressão raivosa. - Gostando ou não, eu fui o cara que te pôs no mundo. Então filha, não diga que eu não tenho direito de te chamar assim, pois eu sei que tenho. - Hermes se agacha a minha frente. Eu vejo o mesmo tentando se acalmar e parece que consegue. - Me desculpe por ter gritado com você, eu só quero que entenda...
— Você pode ter sido o cara que doou esperma para minha mãe, mas eu não te considero meu pai. Meu se chama Oliver Gilbert, só que infelizmente ele morreu. Ele cuidou de mim durante toda a sua vida. Educou-me, me deu conselhos, foi as minhas apresentações de dança, foi na minha formatura e o principal apoiador quando resolvi virar escritora. Ele foi mais pai do que você durante todos esses anos para mim, só que infelizmente ele não está mais aqui. - Eu digo tudo com tristeza. Sinto tanta falta dele.
— Eu entendo que ele também é seu pai. Eu sei que ele fez todas essas coisas por você. - Hermes disse me chamando atenção. - E acredite em mim quando digo que eu queria MUITO fazer todas essas coisas com você, por você. Mas, era proibido ficar com você, eu iria te por em risco, e eu não me perdoaria por isso. - Ele disse parecendo sincero, mas eu não queria acreditar. Eu não podia acreditar e muito menos aceitar ele. Seria uma traição. - Eu realmente amo você,filha. - Ele disse olhando para mim com expectativa. Ele queria que eu falasse alguma coisa e foi isso que eu fiz.
— Sinto muito, mas não posso. - Falo e me levanto do sofá.
— Como não pode?! - Ele me perguntou incrédulo. - Filha você pode ter perdido um do seus pais , mas eu ainda estou aqui. Basta me aceitar e poderemos ser felizes como uma família. Você irá conhecer seus outros irmão e ficará segura comigo. - Hermes diz tentando me convencer.
— Eu não posso! - Repeti mais uma vez.
— Não pode ou não quer? - Ele me perguntou e eu soltei um suspiro triste.
— Um pouco dos dois. - Falo e em seguida me viro para sair.
— Emma... eu sinto muito. - Hermes diz cabisbaixo.
— Você não tem que sentir nada. Apenas me esqueça e siga sua vida imortal. - Falo me esforçando ao máximo para parecer fria e distante, mas no fundo aquela conversa me abalou mais do que eu esperava.
Eu sai do templo e Hera me esperava pacientemente.
— Como foi? - Ela perguntou preocupada.
Eu apenas olhei para ela e ela me deu um olhar compreensivo. Me joguei em seus braços em prantos. Hera se esforçava para me consolar. Ela me abraçava e sussurrava palavras carinhosas e reconfortantes. Mas, para mim não foi o suficiente. Eu empurrei Hera para longe de mim e sai correndo o mais rápido que eu podia. Sempre fui rápida e por isso escapei de várias enrascadas, acho que devo isso a Hermes. Só de pensar no nome dele, uma lágrima escorre lentamente pelo meu rosto.
Parei somente quando cheguei em um templo bastante bonito. Ele era lindo com toda aquela vegetação. Eu entrei pelo que parecia ser a porta do jardim do templo. Onde havia um pomar e uma pequena horta. Eu me lembrei de quando eu e meus pais íamos para o campo, era tão maravilhoso.
— Olá minha cara, está perdida? - Perguntou uma voz feminina.
Me virei e vi que era uma mulher morena de cabelos castanhos . Ela era bronzeada e vestia roupas de fazendeira. Ela era linda e segurava uma enxada. Ao ver meu estado deplorável de lágrimas e provavelmente meleca, ela ficou pensativa.
— Sei exatamente do que precisa. - Ela me falou sorrindo.
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O que acharam do capítulo?
Estou notando pouco feedback aqui no Nyah, estão se puderem favoritar e comentar me estimularia muito a continuar :)
Espero que tenham gostado!
Muitos beijos de luz e abraços ♥ ;)