Destinos cruzados escrita por Vick Queen


Capítulo 18
Capítulo 17 - De frente com Hermes


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Dessa vez eu voltei até que rápido com mais um capítulo para vocês :)

Capítulo repleto de emoções então preparem os corações.

Boa leitura!



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Eu  já  estava começando  a aceitar  que minha vida pacata e vazia,   havia se transformado em  um  pesadelo.     E  eu  realmente queria encontrar coisas boas no meio  de toda a minha confusão com Aurora, mas  simplesmente  não dá agora.     As coisas  razoáveis até  agora foi talvez  minha amizade com Hera  e  conhecer alguns olimpianos bons e também a magia  em si.

Não poderia  agir como uma  hipócrita  e  dizer que todo aquele universo  me  aterrorizava,   pois  este novo universo me fascinava e  encantava  na mesma  medida  que  me assustava e me deixava com raiva.      Eu sonhei  com algo assim desde sempre  e agora  meus sentimentos  em relação a tudo  são agridoces. 

De  um lado o  doce  sabor  de  descobrir  um novo mundo.  Onde eu podia me senti encaixada de certa forma. Um novo mundo onde  eu descobri  a existência de seres fantásticos.   Deuses,  Semideuses,  Ninfas, Sátiros e muitos outros.   E ao que tudo indica  ainda não conheci tudo, ainda não vi tudo.   Ainda não experimentei todas as coisas boas desse mundo  mágico.   Foi  uma descoberta  que querendo ou não mudou  a minha vida,  só  ainda não tenho certeza se foi para o  melhor ou pior.

Agora do outro lado existe  o lado amargo, ácido.     Esse novo mundo  veio com um preço para mim.  Maldições por parte de   Aurora e um destino  cruzado com  pessoas que eu não quero  presentes na minha vida, como Ares por exemplo.  Também  veio  a triste descoberta  que  meu  pais mentiram para mim a vida inteira,   eu não era filha do meu paizinho e sim  do  famoso Deus  Hermes  que  eu  não tenho certeza se quero conhecer.   Essas mulheres fantasmas me pressionando e  a hostilidade  de alguns deuses comigo.   Esse  eram  alguns dos principais motivos  que me  fizeram  desejar  nunca ter nascido, apenas para não ter que passar por nada disso.

Como eu disse  sentimentos agridoces.   Esse novo mundo mágico  para mim  foi  uma   descoberta  incrível  e ao mesmo tempo  devastadora   e algo  me diz que  esse é  apenas o   prólogo  da minha incrível jornada ou da minha  desastrosa  jornada.  

Nesse exato momento eu  já me encontrava vestida e seca.    Andado  ao lado  de  Hera em direção ao Templo de Hermes.    Ou como todos dizem meu “pai”.     Hera havia me dito que  era hora  de conhecer o mesmo.   Que já era hora de conhecer todos  os principais  deuses de uma vez por todas.   Minha ansiedade  de encontrar  com os outros deuses era enorme e  eu realmente  espero ter uma relação pacifica  com eles,  mas Hermes  era outra história.  Se ele me detestasse ou  amasse, não iria fazer  diferença.    Eu  não queria   impressiona-lo  e nem causar  uma boa  nem   má  impressão.   Queria apenas acabar com isso o quanto antes  e nunca mais  falar com ele.

Assim que entramos eu comecei a observar o  ambiente.     Os  templos  por dentro  eram como mansões  modernas  e tudo era  deslumbrante.    A casa dele  tinha  alguns papeis e caixas  de entregar pelo chão.  Algumas ninfas  estavam se apressando  para limpar toda a bagunça.    Hera havia me deixado   na   sala de estar.  A sala era  sofisticada,mas nada exagerado.  As paredes  eram verde  musgo e   maioria dos moveis  eram  brancos misturados com verde  e cinza. 

Sentei  no sofá  branco com almofadas verdes.  Fiquei esperando pacientemente  ele chegar, mas  os minutos foram se passando e eu estava cada vez mais irritada com   a demora  do  mesmo.  Apoiei  meu pé na mesinha de centro  de vidro, enquanto lia uma revista  aleatória, até  ele chegar.

  Bem meu suposto pai era um homem bonito  pelo menos.     Ele  tinha cabelos pretos  e olhos  verdes vibrantes.   Não tinha barba  e nem bigode.     Ele tinha a pele  tão bronzeada  naturalmente como  a minha e  um excelente  porte físico.  Hermes  estava   vestindo  uma  calça  de corrida  da  adidas  e  uma  regata  branca.  

Hermes  realmente  parecia animado por me  ver, mas eu  não demonstrei a mesma empolgação.  Eu estava séria  e  sem esboçar  nenhum  sentimento alegre  ou  triste.    Me encontrava em um estado  totalmente indiferente a ele. 

—    Emma, eu  esperei tanto por esse momento.   -  Ele disse  se sentando ao meu lado.

Hermes se sentou muito próximo de mim para o meu gosto e por isso eu  me afastei do mesmo.  Ele pareceu ter ficado chateado, mas isso não me importava. Nada relacionado  a ele me importava.

—  Eu sei que deve estar  confusa, afinal por muito anos seu pai foi Oliver. ..  -  Eu  o interrompi bruscamente .

— Não fala o nome do meu pai.    – Exigi  com raiva.    -  Eu não estou confusa, já entendi toda essa situação.  Meus pais mentiram para mim e eu vejo isso.  Mas  não posso  ficar com raiva deles agora, eles estão mortos,  mas  de você  eu  posso.   

—   Querida tudo o que eu quero  é  que  você  entenda  que  não foi minha escolha não estar presente  na sua vida.   Nós...  –

— Você  realmente  acha  que eu  estou com raiva por isso?   - Perguntei e  em seguida ri de escarnio.     -  Estou com raiva por  você  ter  destruído a minha memória  com meus pais.  Estou com raiva  por  que  você   é meu pai biológico   -   Expliquei.  

—   Nós deuses não podemos interferir na  vida  de nosso filhos essa era  a  regra na época.  -  Ele continuou  a tentar se  explicar.

—  Não precisa  se explicar para mim,  eu realmente  não me importo  com os  seus motivos para nada.    -      Retruco e  ele me olha magoado.

—   Filha  eu estou tentando.    -  Ele murmurou.

—  Não me chame  assim!  - Gritei.   -  Você   não tem  esse direito!    Não pode me chamar de filha, por  que   você  não é  meu pai!  -    Digo com raiva.

Parece que minha  atitude  pouco receptiva e  amigável  estava  irritando Hermes  que se levantou de  repente com uma cara nada boa.

—   EU SOU SEU  PAI!   - Ele  berrou de repente me assustando com  sua expressão raivosa.   -  Gostando ou não, eu fui o cara  que  te  pôs no  mundo.      Então  filha,   não  diga  que eu não tenho  direito de te chamar assim, pois eu sei que tenho.  -     Hermes   se agacha  a minha frente.  Eu  vejo o  mesmo tentando se acalmar  e parece que consegue.     -  Me  desculpe  por ter  gritado com  você, eu só  quero que entenda...

—  Você  pode ter sido o cara que  doou  esperma para minha mãe,   mas  eu  não te considero  meu  pai.   Meu se chama  Oliver  Gilbert, só que infelizmente  ele morreu.      Ele cuidou de mim  durante toda a sua vida.  Educou-me,  me deu conselhos, foi  as minhas apresentações   de dança,     foi  na minha  formatura e  o  principal  apoiador quando resolvi virar escritora.    Ele   foi  mais  pai  do que você  durante todos esses anos para mim,  só que infelizmente ele   não está mais aqui.   -     Eu digo  tudo  com  tristeza. Sinto tanta falta dele.

—    Eu entendo  que ele  também é seu pai.  Eu sei que ele  fez  todas essas coisas por  você.   -    Hermes  disse me chamando atenção. -  E  acredite em mim  quando digo que eu queria  MUITO   fazer todas  essas coisas com  você, por  você.    Mas, era proibido  ficar  com você, eu iria  te por em risco, e eu  não me perdoaria por isso.   -  Ele disse  parecendo sincero, mas eu não queria acreditar.  Eu  não podia acreditar e muito menos aceitar ele.  Seria uma  traição.    -  Eu realmente  amo você,filha.    -  Ele  disse olhando para mim com expectativa.  Ele queria que eu falasse alguma coisa e foi isso que eu fiz.

— Sinto muito,  mas  não posso.     -     Falo e me levanto do sofá.

—  Como  não pode?!   -   Ele  me perguntou incrédulo.    -  Filha  você  pode  ter perdido um do seus pais , mas eu ainda  estou aqui.  Basta me  aceitar e  poderemos ser felizes como uma família.  Você irá conhecer  seus  outros irmão e  ficará  segura comigo.    -   Hermes  diz  tentando me convencer.

— Eu  não posso!  -  Repeti  mais uma vez.

—  Não pode ou não quer?    - Ele  me perguntou  e  eu soltei um suspiro  triste. 

—  Um pouco dos dois.    -  Falo  e   em seguida me viro para sair.

—  Emma... eu sinto muito.    -  Hermes  diz  cabisbaixo. 

— Você não tem que sentir nada. Apenas  me  esqueça  e siga sua  vida imortal.    -  Falo me esforçando ao máximo  para  parecer fria  e distante, mas no fundo aquela  conversa me abalou mais do que eu esperava.

Eu  sai  do templo  e Hera me esperava pacientemente. 

—  Como  foi?   - Ela perguntou preocupada.

Eu apenas olhei para ela e  ela   me deu  um  olhar compreensivo.   Me joguei em seus  braços em prantos.   Hera  se  esforçava para me consolar.  Ela me abraçava  e  sussurrava  palavras  carinhosas e reconfortantes.    Mas,  para mim  não foi o  suficiente.    Eu empurrei  Hera para longe  de mim e  sai correndo o mais rápido  que eu podia.    Sempre  fui  rápida  e por isso escapei   de  várias enrascadas, acho que devo isso  a  Hermes.   Só de pensar  no nome dele, uma   lágrima escorre lentamente pelo meu rosto.

Parei somente  quando cheguei  em um templo    bastante  bonito.   Ele  era  lindo com toda  aquela vegetação.    Eu entrei pelo que parecia  ser a porta do  jardim do templo.   Onde  havia  um pomar  e uma pequena horta.   Eu  me lembrei  de quando eu  e meus pais íamos  para o campo,  era  tão maravilhoso.

— Olá minha cara, está  perdida?  - Perguntou uma voz  feminina. 

Me virei  e vi que era uma mulher morena de  cabelos  castanhos .  Ela  era  bronzeada e vestia roupas  de  fazendeira.    Ela era linda  e  segurava uma  enxada.   Ao  ver meu estado  deplorável  de lágrimas  e provavelmente  meleca, ela  ficou pensativa.

— Sei exatamente do que precisa.   -  Ela   me  falou sorrindo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Estou notando pouco feedback aqui no Nyah, estão se puderem favoritar e comentar me estimularia muito a continuar :)
Espero que tenham gostado!
Muitos beijos de luz e abraços ♥ ;)



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