Destinos cruzados escrita por Vick Queen


Capítulo 11
Capítulo 10 - Quem era aquela que chorava?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Estou aqui com mais um capítulo para atiçar a curiosidade de vocês. No capítulo temos uma apresentação de uma nova personagem.

Irei demorar um pouco a postar pois estarei resolvendo algumas pendências.


Boa leitura!



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Meus olhos estavam tão pesados e estranhamente a cama de Hera parecia tão convidativa. Ela parecia me chamar para poder degustar do conforto que ela tinha para me oferecer. Os acontecimentos ainda reviravam a minha cabeça. Toda a normalidade que esteve presente durante boa parte de minha vida havia ido embora com essa notícia.

Não estava nos meus planos ser possuída por uma deusa vingativa. Agora percebo que este universo mágico que tanto me encantou, também pode ser um universo perigoso para pessoas como eu. Eu era apenas uma mortal sem poderes, como poderia me defender dos perigos desse novo mundo.

Deitei minha cabeça no travesseiro macio e me aconcheguei nos cobertores. Podia sentir um conforto que fazia tempo que não sentia. Eu me lembro de ficar assim após os beijinhos de boa noite dos meus pais. Era uma sensação boa que nada e nem ninguém conseguiu me proporcionar após a morte dos mesmos.

Fazia algum sentido ter tanto cansaço, se algum tempo atrás estava desacordada? Naquela hora isso não me importava e somente fechei meus olhos mais uma vez e me entreguei ao sono, completamente rendida.

SONHO OH:

Quando abri meus olhos, não me encontrava no quarto de Hera. Eu estava deitada na relva e ventos suaves balançavam meus cabelos. Me levantei de pressa e olhei o belo jardim em minha volta. 

Caminhei com medo do que poderia encontrar naquele lugar maravilhoso. Mas, antes de iniciar minha exploração pelo lugar, eu pude ouvir seu choro. Era um choro sofrido e ao mesmo tempo parecia contido. Procurei ao meu redor e pude ver uma silhueta feminina na margem da lagoa.

Me aproximei com cautela da mulher que usava um vestido branco e simples. Ela estava de joelhos e de cabeça baixa. Suas mãos escondiam seu rosto. Seus cabelos loiros e teimosos insistiam em cair sobre sua face a escondendo mais.

— Você está bem? – Perguntei preocupada.

A mulher levantou sua cabeça rapidamente e olhou para mim. Seus belos olhos azuis carregavam uma tristeza desmedida. Seus olhos estavam vermelhos por causa do choro. Seu rosto úmido pelas lágrimas.

— Eu quero ir para casa! – Ela respondeu chorosa.

— Quem é você moça? – Questionei. – Está perdida?

— Sou Lady Ana Catarina Petrova. – A mulher se apresentou. – Faz tanto tempo que estou aqui, vagando... – Ana diz distante.

— Precisa de ajuda? – Indaguei com minha cabeça montando inúmeras teorias sobre aquela mulher.

— Eu falhei com ela é agora ela me mantém aqui! – Ana volta a chorar.

— Diga-me o que posso fazer para te ajudar. – Eu pedi e a mesma agarrou meu braço de surpresa.

— Deixe ela entrar e faça o seu melhor. Só assim poderei... – A tal Ana se calou abruptamente. - Saía daqui! – Gritou.

— O quê? – Digo confusa.

— Ela vai me castigar! Vai embora agora! – Ela me empurrou.

— Mas, como eu vou embora deste lugar, merda?! – Berrei sem paciência.

Antes que a mesma pudesse falar, ela foi arrastada para longe. Dei um grito de surpresa e quase enfartei quando vi aquela mulher horrenda. A mulher me pegou com seus dedos finos e esqueléticos. Me empurrou dentro da lagoa e depois tudo ficou escuro.

SONHO OFF ~

Quando despertei notei que ainda estava sozinha. Aproveitando-se disso minha mente disparou a pensar sobre tudo. Comecei a pensar na mulher loira que se chamava Lady Ana Catarina, o que não me passou por despercebido. Comecei a pensar na historia de Aurora e no que ela queria comigo. Pensei em como Ares, Afrodite e Zeus tem me tratado. Pensei em Hera e no por quê era a única que parecia se importar comigo. Meu lado covarde gritava fuja, mas minha parte corajosa dizia para ficar e não tirar conclusões precipitadas, pois fugir não era sábio na minha situação atual.

Levantei da cama decidida a saber o máximo que puder sobre o meu papel nessa maldita maldição e para isso sei que devo ir diretamente nele. Ares tem que me contar sobre sua maldição.

Quando estava já no corredor embarrei em uma pessoa. Era um homem que tinha o rosto um pouco deformado e tinha olhos verdes claros. Cabelos loiros e barba por fazer. Ele estava sujo um pouco de graxa e isso me lembrou de Joe, um mecânico muito gentil que conheci e que provavelmente nunca irei ver de novo.

— Você deve ser a escolhida da vez. – Constatou.

— Sim. – Dou um suspiro. – Sou Emma Gilbert! – Ofereço minha mão e o mesmo a aperta de um jeito formal.

— Hefesto, prazer em convencê-la – Ele diz educado.

— Você é tipo deus das forjas, vulcões e etc. – Comentei e ele assentiu.

— Pelo visto fez o dever de casa. – Brincou.

— Eu apenas gostava de mitologia quando era pequena. – Respondi sorrindo.

— Gostava? Agora não gosta mais? – Quis saber.

— Alguns deuses não foram muitos hospitaleiros comigo. Até agora os únicos que mostraram respeito com a minha pessoa foi você e Hera. – Respondo sem esconder minha chateação.

— Gostaria de dizer que eles são pessoas legais, mas nós deuses ficamos nervosos quando o assunto é Aurora e suas crias. – Hefesto deu de ombros.

— Já percebi. – Digo caminhando ao seu lado. – E você por que não me detesta? – Perguntei curiosa.

— Apenas não vejo motivos para fazer isto. – Respondeu. – Você ainda é a Emma e não Aurora, não devo te odiar.

Me calei por uns instantes. Perdidas em meus pensamentos.

— Como você se lembra de Aurora? – Questionei.

— Como a primeira mulher por quem me apaixonei. – Hefesto respondeu triste.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Quem de fato será Ana Catarina?
O que Hefesto terá para nos dizer?
Me digam nos comentários:)
Muitos beijos de luz e abraços♡♡♡♡



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