Mudanças escrita por Bio K


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Ta aí, boa leitura.



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Karin estava em seu quarto, deitada na cama. A imagem da kunoichi que acabara com seu braço rodando continuamente em sua cabeça. Kabuto havia curado seu braço, o que restou dele pelo menos. Orochimaru disse a garota que iria ‘’consertar’’ seu braço depois, fazer algum tipo de prótese. Mesmo assim ela ainda estava com muita raiva, sentia dor e angústia. Era horrível ter perdido um pedaço de si, ter perdido para Sakura, ter perdido a luta.

            - Eu sou tão fraca. – Disse a si mesma. Abraçou forte seu travesseiro e deixou as lágrimas saírem.

            (...)

            - Vocês dois vão para aquele lado, vocês para o sul, o resto se espalhem. – Hinamori instruía os Anbus. Ela não poderia retornar a sua mestra sem os ninjas fugitivos de Konoha, tinha de capturá-los e rápido. Eles já haviam escapado por entre seus dedos vezes demais, aquilo a irritava. Pelo menos algo interessante aconteceu, ela pensava. Orochimaru. Ela já havia ouvido falar sobre ele, sabia de sua história, porque ele havia saído de Konoha e o que estava fazendo para ter que fugir da vila onde cresceu. Mesmo com os braços selados ainda lutava, e havia proporcionado a Hinamori uma batalha deveras interessante.

            Hinamori admirava Orochimaru a um tempo. Claro que Nayuki não fazia ideia da obsessão de sua subordinada pelo líder de Otogakure, ninguém sabia.

Nayuki era uma mulher que queria muitas coisas, era do tipo que gostava de dominar tudo a sua volta. Quando ela contou e colocou em prática o plano de usar sua kekkei genkai para controlar os lordes feudais e tentar tomar o mundo shinobi para si, Hinamori não questionou, não poderia, porque Nayuki cuidou dela quando ninguém mais a quis. Ela faria qualquer coisa por sua mestra.

Nayuki também queria o sharingan, e isso dava a Hinamori a chance de encontrar Orochimaru mais vezes, já que tentaria roubar os olhos de Sasuke para sua mestra. Com esse pensamento, a kunoichi sorriu para si mesma, as coisas nunca eram entediantes perto de Nayuki.

(...)

Os ninjas de Konoha preparavam-se para seguir caminho.

— Certo. Agora podemos seguir caminho. – Disse Sakura.

— Sakura! – Disse Neji de repente. A kunoichi se assustou.

— O que foi Neji?!

— Tem alguém se aproximando.

Os ninjas ficaram tensos.

— É a Hinamori e os Anbus? – Perguntou Shikamaru.

— Não. É outra pessoa. Sozinha. – Neji respondeu.

— Vamos fazer o seguinte... – começou Shikamaru. – Neji você-

— Espera! – Neji disse.

— O que foi agora?

— A pessoa... Sumiu.

— Neji, tem certeza que você está mesmo bem para continuar? – perguntou Sakura. Neji apenas procurava alguém ao seu redor.

— Tenho certeza de que vi alguém...

— Será que não foi sua imaginação? – Kiba quem duvidava agora.

— Mas é claro que não. – Disse alguém e os ninjas de Konoha entraram em posição de ataque. A voz estranha de uma mulher havia falado.

— Quem é você? Apareça! – Berrou Tenten.

Saindo de entre as árvores, apareceu uma mulher. Com a peculiar coloração azul nos cabelos, e os olhos de um azul mais intenso, estranhamente ela não transmitia aos ninjas nenhuma sensação de ser perigosa.

— Eu só estava passando por aqui e ouvi vocês. – Ela disse. Um sorriso gentil no rosto.

— Quem é você? – Perguntou Shikamaru.

— Shirayuki. Moro perto daqui. – Ela analisou os ninjas de Konoha. – Vocês estão bem?

Eles não responderam. Ela continuou falando:

— Será que... Vocês são os ninjas que aqueles Anbus estavam procurando?

— Eles estão aqui perto? Os anbus? – perguntou Sakura.

— Eles vieram a minha casa. Vocês não parecem criminosos terríveis... Só alguns adolescentes feridos e cansados.

— Nós... – Começou Kiba, mas parou o que iria falar. Todos permaneceram em silêncio.

— Será que vocês não gostariam de vir comigo? Para minha casa. Não é longe daqui.

— Pode ser uma armadilha... – Sussurrou Sakura para os outros.

— Não é uma armadilha. – Shirayuki disse. Sakura se assustou.

— Essa tia tem uma audição muito boa... – Disse Naruto.

— Naruto! Respeito! – Sakura berrou com o amigo.

Shirayuki começou a rir. Um sorriso gentil.

— Tudo bem. Não tem problema. – Ela disse. Naruto corou levemente.

— Por que você nos ajudaria? Não podemos confiar. – Shikamaru quem falara agora. Todos voltaram a ficar sérios.

— Eu vim procurar vocês. Quando os anbus falaram comigo tinha algo estranho neles, como se estivessem... Entorpecidos. Não é a primeira vez que encontro alguém assim, que parecesse estar sendo manipulado, fora de si.

— Não é a primeira vez? Como assim? – Shikamaru perguntou. A expressão no rosto da mulher foi de gentil para melancólica, como se ela houvesse se lembrado de algo doloroso.

— Algo que aconteceu a muito tempo atrás... – Ela respondeu.

— Quantos anos a tia tem? – Disse Naruto, levando uma bofetada de Sakura em seguida.

— Não se pergunta isso a uma mulher que você acabou de conhecer. Idiota!

Shirayuki apenas sorriu novamente.

— Vamos dizer que realmente tenho idade para ser a tia de vocês. – Ela respondeu divertidamente.

— Mas ela parece ter uns vinte. Será que ela usa a mesma coisa que a velha Tsunade? – Naruto sussurrou para Kiba, recebendo um olhar de Sakura que o fez tremer.

— Então, vocês vêm comigo? Podem descansar e comer algo na minha casa.

A menção a comida fez o estômago de Naruto roncar. Shikamaru analisou seus companheiros de Konoha. Estavam acabados, e não sabiam de nenhum esconderijo que pudessem usar. A mulher não parecia representar nenhuma ameaça, mas ainda precisava ser cuidadoso.

— Tudo bem. Mas se você fizer algo suspeito... – Ele disse. Shirayuki sorriu.

— Me sigam.

(...)

Itachi estava sentado na grama olhando para a imensidão azul do lago. O vento gelado bateu em sua nuca e ele tremeu um pouco. Iria começar a chover novamente em breve.

Kei e Ori já estavam voltando da missão, ele podia ouvir a voz da kunoichi se aproximando. Os passos sob a grama molhada ficaram mais altos e pararam atrás dele.

— Como foi a missão? – Ele perguntou sem se virar.

— Foi boa. Até que trabalhamos bem juntos. – Disse Kei.

O vento soprou novamente e Itachi tremeu mais uma vez. Estava ficando realmente frio, pensou enquanto colocava seus cabelos no lugar.

— Cara você é tão quente. – Disse Kei o observando. Ele não respondeu. Mesmo com o pouco tempo em que a kunoichi estava na akatsuki ele já havia se acostumado com os comentários dela sobre ele.

— Deve ser a febre. – Disse Ori. Kei virou-se para o companheiro de time.

— O que? Como você sabe? – Ela perguntou. Itachi virou a cabeça para trás a ponto de conseguir visualizar a dupla atrás de si.

— A carne dele, parece estar mais quente. Que droga, estou com muita fome. – Disse Ori, olhava o Uchiha como se ele fosse um pedaço de bife.

— Ok. Essa é nossa deixa. Vamos entregar a chave ao Líder e ver se Zetsu tem alguma coisa pra você comer. – Ela disse empurrando Ori em direção ao esconderijo. – E Itachi, vá tomar um remédio e se deitar. Vai chover novamente em breve.


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