Vestige escrita por Camila-chan


Capítulo 4
Capítulo 4 - Quarta etapa - A cirurgia


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoinha!! ;p
espero que gostem desse capitulo!!
ele foi dificil de fazer!! >.
bom notas no final!!

Leitora-beta: Annaa



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4ª Etapa – A cirurgia

 

 

Os neurocirurgiões removem o tumor benigno ou câncer envolvido na membrana ou cavidade. Se o câncer não puder ser removido completamente, o médico poderá remover parte, consequentemente aliviando a pressão causada dentro do crânio. Durante a cirurgia é retirada amostra do tecido para ser examinado chamado de biópsia.

 

 

                O hospital estava silencioso a algum tempo, não que eu me importasse com isso, mas isto só me deixa mais ciente de que estava cada vez mais próximo de se iniciar meu mais recente martírio e minha única solitária companhia continuava a ser meu querido e amado sake.

                Eu havia feito várias dessas cirurgias, mas nenhuma me deixou tão aflita. O caso dele era bem complicado, não pelo fato ter várias massas no cérebro, mas sim pelo fato delas mudarem rapidamente. Elas se expandem rapidamente, o que era há uma semana atrás não é a mesma coisa hoje e não seria a mesma amanhã, muito menos depois de amanhã. Se o crescimento continuasse nesse ritmo em pouco tempo o cérebro dele estaria coberto totalmente.

                A única luz fraca vinha do quadro de radiografias à minha frente que iluminava vagamente minha sala de atendimento enquanto mais uma vez meu note book mostrava sua proteção de tela, dei um suspiro baixo antes de tomar mais um gole do meu sake amado.

                Eu olhava a tomografia que havíamos feito hoje e podia notar as mudanças sem precisar analisar muito. Dois tumores haviam se chocado por estarem próximos e já começavam a comprimir o cérebro em busca de espaço. A cirurgia será difícil amanhã, mas não impossível.

                De repente ouvi a porta atrás de mim se abrir. Talvez o sake não fosse minha única companhia agora. Eu sorri de canto e girei na minha grande cadeira de couro preta para observar quem havia aberto a porta.

                - Você me pegou Shizune! – eu disse risonha para ela

                - Não posso acreditar Tsunade-sama você esta bebendo sake há essa hora? – ela me questionou com o seu costumeiro olhar de “não me responda eu já sei a resposta e eu estou muuuito brava com você.” O que mais além de sorrir da cara dela eu podia fazer? E como pensei, ela continuou sem esperar uma resposta minha – Você está ciente que amanhã de manhã tem uma cirurgia delicada para nós fazermos? Por que ainda não está em casa? Seu expediente já acabou há horas! Nada de mais! – ela disse quando olhei nos olhos dela esperando que ela parasse de falar – Vamos embora vou te deixar em casa!

                - Eu tenho carro! Posso ir sozinha! – reclamei puxando a primeira gaveta na minha mesa do meu lado direito, eu peguei minhas chaves

                Ela me olhou levantar da cadeira giratória com um olhar de quem diz: “eu sei onde isso vai dar”, e esperou para ter certeza me seguindo com os olhos.

                Eu cambaleei para frente me segurando na lateral da minha grande mesa enquanto sentia o olhar dela sobre mim esperando pela minha primeira falha por causa da bebida.

                - Eu estou bem! – eu disse irritada antes que ela insistisse em me levar para casa – Isso é perfeitamente normal! Só mais um golinho para despertar! – eu disse me curvando sobre a mesa pegando minha garrafa e despejei o restante da garrafa no pires branco e me espantei ficando ereta sobre meus pés, ou pelo menos eu achava que estava.

                Três homenzinhos de terno apareceram correndo em volta do pires e eu entrei em choque. De novo esses anões tinham que me atormentar?

                - Esses anões!!! – eu reclamei elevando minha voz inconsciente, batendo com a palma da mão aberta em volta do pires – Shizune!! Tire esses anões de perto do meu pires! Se eles entrarem dentro dele, vão beber todo meu sake! – choraminguei, olhando-a

                Vi Shizune revirar os olhos e vir andando ao meu lado puxando as chaves do meu carro da minha mão a jogando dentro da minha gaveta de novo e então depois de jogar minha garrafa vazia no lixo ela jogou meu sake na pia me deixando mais brava do que estava com os tiozinhos em volta do pires.

                - Quer morrer Shizune? – eu ameacei olhando-a enquanto estreitava os olhos. Ela sem se sentir ameaçada jogou meu último gole fora

                - Não, mas você parece querer isso no meu lugar! – ela disse agora me puxando pelo braço – Vamos logo! E nem me diga que pode dirigir! Calada! – ela resmungou vendo que eu ia falar

                Já estávamos em frente do elevador esperando ele chegar, enquanto isso eu já tinha colocado meu casaco de ponta cabeça e torcido ele algumas vezes. Então enquanto Shizune ficava calada eu coloquei minhas mãos no bolso do casaco notando que tinha algo entranho, mas dessa vez não era com o casaco e nem com o meu jaleco que estava com os bolsos vazios.

                - Droga! – murmurei irritada apalpando os bolsos da minha calça, do jaleco de novo e do casaco sem achar nada

                - O que foi? – Shizune perguntou me olhando de canto com a uma cara de como se eu estivesse prestes a vomitar

                - Esqueci de pegar minhas coisas! – reclamei – Celular, bip, carteira e as chaves de casa! Merda!!

                - Vamos buscar logo então! – disse ela se virando para mim

                - Eu vou sozinha! Farei isso mais rápido! – eu disse dando as costas para ela – Te encontro no seu carro!

                - Espero que seja no meu mesmo! Se não você estará morta amanhã! – me disse ela sendo interrompida pelo barulho do elevador se abrindo – Não demore!

                - Certo! – eu disse antes de virar no corredor pelo lado direito

                Percorri todo o corredor levemente iluminado e vazio até a recepção e virei numa porta automática que dava para minha sala, eu entrei e peguei tudo que tinha esquecido. Logo sem demora dei as costas a minha sala e voltava em passos lentos para o estacionamento.

                - ...O que você quer...?.... – de repente ouvi alguém sussurrar raivosa, a bebida estava mexendo mesmo com a minha cabeça! Talvez estivesse na hora de parar de beber... Talvez.

                Dei mais uns passos até o corredor, pensando que quando eu tinha meus 20 anos era bem mais fácil beber e me sentir bem, mas quando ia virar no corredor dei de cara com as costas de uma mulher ao celular, dei meia volta e por algum motivo me escondi para ouvir o que mais ela diria. Não que eu tivesse esse costume, geralmente nesses casos eu pisava duro para a pessoa ver que eu estava chegando. Talvez a bebida tenha feito com que eu fizesse ao contrário hoje.

                - ... Eu já disse para não me ligar nesse número! – sussurrou ela para a pessoa no celular – O que? – perguntou elevando um pouco a voz, era palpável a irritação dela mesmo que a voz estivesse baixa

                Eu a observei mais detalhadamente, então a reconheci, afinal quantas pessoas no mundo tinham cabelos rosa? Era a tal Sakura de alguma coisa que não era Uchiha, mas mesmo assim não saía do lado dele! Talvez fossem namorados ou algo assim.

                - Eu já disse que não tenho dinheiro... – ela sussurrou fechando a mão livre em um punho e disse algo que não entendi muito bem – ... Não faço mais...! Eu vou te pagar!... Certo! Eu sei disso! Eu vou arrumar um trabalho logo! Então te pagarei tudo! Seja paciente... – pediu ela sussurrando a última palavra em outra língua. Talvez fosse espanhol, bem... Eu não entendi – Eu tenho que desligar. E pare de me ligar!

                Então houve um minuto de silencio enquanto a pessoa no telefone dizia algo e percebi que ela não gostou nada do que ouviu, pois seu punho voltou a se fechar e apertou o celular em sua mão. Isso era ódio! Eu podia ver claramente mesmo sem ver seu rosto.

                - Você fez o que? – ela perguntou se controlando para não gritar as palavras – Seu idiota! Eu disse que vou arrumar o dinheiro e você vai e vende minhas coisas? .... – e então mais palavras saíram em espanhol, mas essas eu sabia que não eram palavras educadas de uma moça dizer

                Então sem mais nenhuma palavras ela desligou fechando o flip do celular preto muito bonito e saiu em passos rápidos. Eu esperei ela se distanciar antes de sair pelo corredor, então andei pelo corredor não a vendo mais e ao me virar para o elevador dei de cara com Hinata me assustando e assustando ela também.

                - Tsunade-sensei? – perguntou ela colocando a mão sobre o peito assustada depois de soltar um gritinho fino e não muito alto – Ainda está no hospital?

                - Desculpe Hinata. – pedi me acalmando do susto, por um momento achei que seria Sakura e que ela tivesse me visto a olhando.

                - Tsunade!! – ouvi uma voz atrás de Hinata falar brava – Por que a demora?

                - Shizune... – murmurei olhando a cara irritada dela – Eu não estava encontrando minhas chaves.

                - Vamos logo! – disse ela irritada – Eu tenho que dormir para cirurgia amanhã! Melhor, nós duas temos!

                - Ok! Ok! – eu murmurei revirando os olhos para ela – Desculpe Hinata nos vemos amanhã.

                - Ate amanhã Doutora. – disse Hinata com a voz baixa

                Acenei para ela antes de seguir Shizune até seu carro, mas a conversa que ouvi da Sakura tendo no celular não saía da minha cabeça. Então ela precisava de dinheiro, mas não tem nada e também não tem emprego. Certo, então quem deve estar pagando o hospital deve ser o próprio Sasuke já que não têm parentes nem nada.

                Pensando bem... Se eles não são nada um do outro por que Sakura não sai de perto dele? A resposta é obvia agora! Dinheiro! Será que ele a está pagando para ficar ali? Ou ela fica ali para tentar arrancar dinheiro dele? Nenhuma pessoa cuida de alguém sem querer nada em troca. Bom, pelo menos a memória dele ainda não começou a falhar. Sakura provavelmente não tem como passar a perna nele, pelo menos não agora.

                Se bem que para a memória dele começar a falhar não vai demorar. Ele tem andado bem irritado, apático, com fraqueza no corpo e dores de cabeça fortes. Acho que devia cortar esse tempo que Sakura passa com ele, não irá demorar para ela conseguir passar a perna nele. Eu sabia que ela não sendo nada dele iria me dar problemas! Droga!!

                - ...Tsunade? – Me chamou Shizune de novo irritada então olhei para ela irritada também – Achei que estava dormindo! Não acha que te carregarei para dentro da sua casa, né? Então que tal sair logo do meu carro? Eu não tenho o dia todo! Amanhã é ci-rur-gi-a!! – ela me disse pausadamente – Nós duas teremos que estar bem descansadas.

                - Tchau! – eu disse abrindo a porta do carro. Eu não havia reparado que já tinha chegado em casa

                Ignorando as seguintes palavras dela caminhei até a porta da minha casa com as chaves na mão direita, tropeçando no primeiro degrau ao entrar ouvi o carro dela sair pela rua.

 

                A noite se passou rápida para mim. Assim que deitei na minha cama dormi acordando de manhã com o despertador, como sempre logo Shizune estaria buzinando irritada na frente da minha casa, porque era sempre assim quando eu bebia um pouco demais.

                Pensando na noite anterior no hospital me lembrei da tal Sakura. Talvez eu devesse proibi-la de ficar com o Sasuke tanto tempo como se fosse uma parente próxima. Não quero nenhum riquinho igual o Uchiha no meu pé me acusando de negligência médica, por ter deixado a estranha dentro do quarto dele. Se caso ele se negasse a isso terá que a assinar um termo que eu mesma farei passando as responsabilidades todas para ele caso ele se ferre.

                Ótimo! Lembrar do Uchiha me lembra cirurgia que lembra ter que chegar na hora no hospital.

                Levantei-me lentamente da cama indo até o banheiro. Dei um jeito na minha cara de noite mal dormida, mas isso era rotina. Eu sempre camuflei muito bem as noites de bebedeira, com minha bela imagem nem pareço ter a idade que tenho. Logo eu estava pronta comendo algo na cozinha quando ouvi a buzina do carro de Shizune. Peguei o meu jaleco, minha bolsa e fui para fora encontrando o olhar curioso dela sobre mim.

                A ida até o hospital foi sobre a cirurgia de Sasuke, afinal seria a primeira cirurgia desse porte que Shizune ajudaria. Ela estava ansiosa eu podia perceber, mas eu queria estar em algum lugar bebendo sake e jogando algum jogo de azar. Falando nisso eu devia testar meu azar de hoje.

                Assim que chegamos ao hospital fui para a minha sala. Eu ainda tinha que conferir o bilhete da loteria que estava na gaveta da minha sala, deixando Shizune para trás e todas as enfermeiras que tentavam falar comigo caminhei para minha sala, mas antes trombei com a garota e o Padre Kakashi que tinha a bíblia aberta enquanto andava ao lado de Sakura.

                - Como vai Tsunade-sensei? – perguntou ele parando a minha frente sem desviar os olhos do Livro Santo.

                - Bom dia Padre Kakashi. Estou bem. Fazendo visitas? – perguntei olhando de relance para a garota de cabelos rosa que parecia bem abatida, mas tentava disfarçar

                - Sim. Vim para o Sasuke se confessar. Ele pediu para Sakura me chamar. – disse ele sorrindo por debaixo de uma máscara branca

                - Com alergia de novo? – perguntei apontando para máscara dele

                - Sabe como é, né? O pólen, a poeira, eu prefiro usar sempre a máscara. – disse ele sorrindo de novo

                - Devia procurar um médico! – eu disse para ele enquanto ele voltava seu olhar para bíblia

                - Bobagem! – disse depois de virar a página. Ele fechou o Livro

                - Bom não demorem, a cirurgia começa em 1 hora. – eu disse passando por eles

                - Pode deixar. Sasuke nunca demora mais do que 10 minutos. – me disse enquanto acenava um tchau – Vamos Sakura? Onde fica o quarto?

                - Vou levá-lo Padre. – disse Sakura acordando do choque ao lado do homem de batina– Vamos?

                Continuei meu caminho ignorando os dois sujeitos. A cirurgia seria cansativa e eu preciso estar preparada para perder ou para ganhar.

                Entrei na minha sala correndo liguei o note book e puxando a gaveta peguei o bilhete da loteria e entrando no site dos resultados dos jogos conferi o meu, o número sorteado tinha sido:

                02 08 12 33 46

                Nada haver com os números que eu tinha jogado, não acertei nem se quer um número em cinco possibilidades, o que queria dizer que tudo daria certo. Fiz uma jogada nova e logo tive a sala invadida por Shizune que me puxou para sala que a equipe de enfermeiros nos esperava para preparar a sala de operação.

 

                Assim como eu havia previsto no meu azar a cirurgia correu bem dentro do possível. As duas massas que eu observara na tomografia juntas estavam bem funda numa cavidade e eu tive que retirar uma parte do cérebro dele junto, nada que fosse que lhe causar grandes danos. Seria rápido e fácil a adaptação do cérebro dele nessa área.

                Os outros lugares causariam danos momentâneos nada que já não fosse visível antes. O cérebro teria que se acostumar com o novo espaço e se cicatrizar. Como eu já disse, rápido e fácil. Agora o que me restava era mandar as amostras para biópsia e esperar o resultado.

                Na verdade ele tinha 18 cistos, mas uns eram realmente pequenos, os únicos grandes eram os que se juntaram. Talvez essa nova massa tenha aparecido durante o intervalo da tomografia e a cirurgia.

                Como eu suspeitava, elas se multiplicavam rapidamente, mas se fossem benignas em pouco tempo ele estaria novo em folha. Do contrário acho que algumas sessões de radioterapia e quimioterapia e com sorte essas massas nunca mais voltariam.

 

                - Como se sente? – perguntei vendo-o abrir os olhos lentamente

                - Confuso. – disse-me ele depois de piscar várias vezes

                - Seu cérebro foi violado com a cirurgia é normal que se sinta confuso. Talvez também tenha algumas dificuldades para sentir cheiros, falar e com a visão. Não faça movimentos bruscos e não se irrite. Descanse e durma. – eu disse observando ele imóvel na cama olhando um ponto qualquer

                Ele não me respondeu nada só continuou encarando o nada daquele quarto. Era estranho já que Sakura nunca havia se ausentado de perto dele e agora ela não estava lá, mas talvez seja melhor e eu não tenha que ir falar com ela. O que será que havia acontecido? Anotei mais algumas coisas na prancheta e me despedi.

                - Se precisar de algo mande me chamar. – Ao vê-lo concordar com um timbre baixo sai do quarto

                Andando pelo corredor em direção a minha sala vi Hinata sendo abordada por um garoto estranhamente escandaloso e sorridente com cabelos loiros e rebeldes fazendo-a dar um pulo.

                Continuei meu caminho até minha sala passando pelos dois e de repente ouvi um baque de algo caindo no chão e uma voz masculina dizer desesperado:

                - Hinata? Hinata? O que aconteceu? – praticamente gritava a voz do homem devia ser o garoto que estava falando com ela

                - Hinata? – chamou uma voz feminina atrás de mim – Ela desmaiou!

                Ao me virar vi o garoto com as mãos na cabeça desesperado enquanto uma enfermeira amiga de Hinata se abaixava na direção dela, logo parei meu caminho e fui em direção a eles onde mais enfermeiras e pacientes paravam para ver o que tinha acontecido.

                - O que aconteceu? – perguntei ao me aproximar de onde eles estavam, me abaixei em direção a Hinata que estava levemente corada

                - Não sei! – disse o rapaz rapidamente – Eu a chamei para sair essa noite e então ela caiu para trás.

                Pensei por um minuto. Isso não era comum, mas também não era incomum. Eu acompanhei de perto os primeiros estágios de Hinata como enfermeira e ela sempre foi realmente muito tímida.

                - Ei garoto! – eu disse me virando para o loiro a meu lado – Pegue-a do chão! Coloque-a na cama desse quarto!

                - S-sim! – disse ele desengonçado se abaixando para pegar Hinata em seus braços

                Eu abri a porta deixando-a aberta para ele passar com Hinata nos seus braços e logo ele a colocou sobre a cama mais próxima. Eu observei ele se inclinar levemente em direção ao rosto dela e depois se virou para mim.

                - Ela está muito vermelha! – disse ele com um olhar desesperado

                - Quem é você? – perguntei me aproximando de Hinata colocando a mão sobre a testa dela

                - Uzumaki Naruto! – disse-me ele dando um sorriso enorme que logo se desfez olhando para Hinata largada na cama

                Pegando um algodão ao lado das seringas que eles usavam para fazer exames de sangue, eu molhei um pedaço no álcool e o coloquei próximo ao nariz de Hinata, depois de uma longa fungada ela balançou a cabeça e a abriu os olhos lentamente.

                - Ah? O-onde eu... – ela começou com sua voz fina e delicada mais logo foi interrompida

                - Hinata? Você está bem? – perguntou ele se aproximando dela

                - N-na-na-naru-narut-o-kun? – perguntou ela ficando ainda mais vermelha

                Ele ficou ereto e me olhando, logo começou a falar com a aquela voz alta e apressada:

                - Faça algo ela está ficando ainda mais vermelha! – disse ele desesperado – Hinata você está doente?

                - Você é idiota? – eu perguntei fazendo-o se virar para mim como o cenho franzido

                - O que você disse sua velhota? – me perguntou ele irritado

                Mas como assim velhota? Esse garoto está pedindo para morrer? Só pode...

                - Na-naruto-kun n-não diga isso! – pediu Hinata se sentando rapidamente na cama

                - Eu não preciso ficar aqui ouvindo isso! – eu disse irritada massageando meu pescoço tenso, o dia já estava sendo bem longo mesmo tendo acabado de começar – Hinata o hospital não é lugar de namorar! Mande-o ir embora!

                Dito isso dei as costas para os dois e ao fechar a porta ao sair ouvi mais gritos do tal Naruto chamando por Hinata provavelmente ela tinha desmaiado de novo. Eu não ia ficar ali vendo tudo se repetir a cada vez que ela olhar para o rosto dele.

                Foi quando ouvi meu bip tocar, caminhei em passos rápidos até a recepção que não estava muito longe de onde eu estava e ao colocar meus pés no lugar minha secretária veio em minha direção.

                - Tsunade-sensei! – cumprimentou-me ela

                - Algum problema? – perguntei

                - Você me pediu para que se Sakura aparecesse no hospital para te avisar lembra-se? – perguntou-me ela e eu concordei com a cabeça andando ao seu lado e ela continuou – então ela pareceu agora a pouco e eu pedi para ela lhe esperar.

                - Sakura? – chamei ao chegar perto dos assentos da sala de espera e vê-la sentada na cadeira – Obrigado Aiko! – eu disse a minha secretária que se retirou fazendo uma reverência para mim – Podemos conversar um pouco?

                - Claro Tsunade-sensei! – disse-me ela se levantando rapidamente

                - Vamos entrar na minha sala. – eu disse caminhando para a porta automática que se abriu enquanto Sakura me seguia. Me sentei em minha cadeira preta atrás da minha mesa – Sente-se.

                Ela se sentou receosa e me olhou com a cabeça um pouco baixa. Reparei que hoje ela está bem vestida bem diferente de como costuma se vestir, estava muito bonita devo admitir. A saia floral levemente rodada que iam até os joelhos e a blusinha branca com um cinto em sua cintura, realçavam seu belo corpo, mas por que essas mudanças todas?

                - Aconteceu alguma coisa com o Sasuke-kun? – me perguntou mordendo o lábio inferior

                - Não. Eles está bem. Já está acordado. – eu disse vendo-a suspirar aliviada, mas com os ombros ainda rígidos – Mas desde que fizemos a cirurgia eu queria falar com você. Tem um minuto para me ouvir agora?

                - Sim! Pode dizer Tsunade-sensei. – disse ela olhando-me com um olhar confuso

                - Muito bem Sakura. – eu comecei suspirando sem saber como continuar – Eu permiti por tempo demais que você ficasse no quarto do Sasuke sem a presença e a autorização de algum familiar, pois ele não tem ninguém, mas eu quebrei as regras porque achei que não teria problemas, só que eu não vejo qualquer ligação entre vocês. Sakura por que você está cuidando do Sasuke?

                - Eu... Eu... – Sakura começou a procurar as palavras certas para dizer, enquanto seus olhos ficavam brilhantes pelas lágrimas que ela tentava segurar e a respiração se alterou

                - Entenda Sakura. – eu disse não deixando que ela continuasse – O Sasuke é meu paciente e ele sofreu alterações no cérebro. Eu não posso permitir que pessoas que não tenham qualquer relação com os pacientes nesses casos fiquem com eles nos quartos sozinhos, se eles forem manipulados ou algo do gênero por causa de sua mente danificada eu sou a responsável. Compreende? – perguntei vendo lágrimas começando a caírem de seus olhos enquanto me olhava assustada – Se o Sasuke não concordar ele pode assinar um termo que não seja minha responsabilidade, mas infelizmente ele não pode assinar nada no estado atual. Então eu queria pedir que você...

                - Eu... – começou ela enxugando o rosto onde as lágrimas escorriam – Você não precisa se preocupar com isso. Estou procurando um emprego não tenho tempo para ficar vindo ao hospital como antes. – me disse soltando soluços baixos pelo choro – Eu não sou nenhuma aproveitadora!

                Dito isso ela se levantou empurrando a cadeira para trás que quase foi ao chão e saiu calmamente. Eu tinha que admitir que ela tem classe, mas isso é preciso depois da conversa que ouvi no telefone. É a palavra dela contra o que ouvi.

 

“Porque nem sempre tudo é perfeito não quer dizer que Deus não exista. Ele permite certos sofrimentos nas nossas vidas, certas interferências do demônio, para sabermos se somos fortes e temos fé. Mas se você olhar para trás verá as mãos dele prontas para te segurarem se você cair. Nunca desista, querida!”


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado do capitulo!!
ele foi dificil!
e novamente é um capitulo grandinho!!
e nos proximos a tendencia é aumentarem mais ainda!! >.
XDDD
acho que a fic jah tah no meio!! hm...
mas nao se desesperem seram capitulos grandes mesmo!!
e isso é um eu acho! e nao um é! ;p
XDD

um agradecimento especial a Lininhaaa que recomendou a fic!!!
agora sao 3 recomendaçoes!! o/
obrigado Liichan!! ;p


ei pessoinhas querem saber quando eu postar historias novas ou atualizar fics me add no Twitter!! ;p

@camila_chan

bjitos ;p
ate o proximo capitulo o/