Os amores de Rose Weasley. escrita por Pudim de Menta


Capítulo 14
O caminho que Scorpius trilhou


Notas iniciais do capítulo

genteeee, oieeee
tudo bem???
Esse capítulo é narrado por nosso loiro mais querido do momento, Scorpius Malfoy.



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Pisquei os olhos repetidas vezes em uma vã tentativa de acostumar meus olhos à luz, minha cabeça explodia em pequenos pontos de dor, olhei o ambiente ao meu redor, eu estava deitado em minha cama, no meu quarto, em meu apartamento na Austrália, Sidney , identifiquei o teto branco e sem graça, a parede azul  gélida ao meu lado.

Tentei lembrar-me da semana anterior, eu tinha vinte e um anos, recém-formado na mais respeitada academia de aurores do mundo e tinha viajado por chave de portal até o Canadá, para encontra Rose Weasley, usei todas as minhas técnicas de aurores (Vide perguntar as primas dela que estudaram junto comigo, como Molly) e a encontrei em uma praça trouxa, beijando um homem.

Eu tinha passado os últimos três anos pensando nela e ela passado os últimos três pensando em outro, ela até correu atrás de mim, lembro que aparatei até minha chave de portal antes de qualquer palavra, não queria ouvi-la.

 Assim que cheguei a Sidney fui ver minhas amigas que havia feito no curso, Paola e Serena lembro que fomos até um bar e depois tudo se tornou um borrão confuso.

A campainha tocou, levantei-me da cama em um estado deplorável, minhas calças lutavam para não cair, pois o meu cinto devia estar perdido em algum lugar, minha camisa social branca estava com os botões abertos e manchada, minha gravata estava pendurada na minha cabeça.

Meu corpo estava dolorido e minha boca tinha um gosto amargo, enquanto caminhava em direção à porta tirei a gravata da cabeça e tentei apanhar minha varinha, mas ela devia estar perdida em algum lugar, acabei por fechar os botões da minha camisa manualmente, o que resultou na minha camisa torta e mal fechada, abri a porta e quem estava parado na soleira era o meu pai e pelo seu olhar eu soube que estava muito encrencado.

Ele simplesmente entrou, sem nem dar bom dia ou perguntar se as coisas estavam indo bem, ele sentou-se com a etiqueta de um lorde na minha poltrona marrom da sala, me esquadrinhou de cima a abaixo.

―Não é assim que um Malfoy se apresenta. ― Meu pai declarou e com um aceno de varinha fez minha camisa se ajeitar, inclusive as livrou das manchas de sei-lá-o-que. ― Da onde vieram essas manchas?

―Não sei. ― Confessei.

―Cadê sua varinha, que espécie de auror abre a porta desarmado? ― Ele questionou. ― Está explicado por que era o pior da turma.

Minhas bochechas esquentaram e meus punhos se comprimiram, ele adorava esfregar meus fracassos no meu nariz.

―Accio varinha. ― Ela veio do chão, que por sinal estava caótico, minha varinha estava dentro de um pé do meu sapato que estava ao lado de um par de sapatos femininos, ainda bem que ele não reparou e aqui e ali havia varias garrafas de bebida e eu nem gostava de álcool.

―Pelo visto está bebendo. ― Meu pai comentou ríspido e uma série de perguntas se formaram na minha mente, de quem era os sapatos? Da onde surgiram tantas garrafas? ― Seu apartamento está um lixo, é para combinar com sua vida?

―Veio para me humilhar ou sua visita tem outro propósito? ― A relação entre eu e meu pai sempre foi complicada, mas ultimamente conturbada era um apelido bem simples, ele estava furioso desde que eu fizera minha própria escolha.

―Eu espero que ela dê um jeito na sua vida, eu vim conhecê-la.

―Ela quem? ― Inquiri confuso, não sabia bulhufas do que meu pai falava.

―Sua esposa. ― Simples assim ele jogou.

―Quem? ―Perguntei assustado, minha cabeça latejou ainda mais e minha respiração ficou acelerada.

Ele suspirou e pegou um jornal bem dobrado no bolso extensível do seu blazer e jogou para mim e as manchetes estampavam apenas uma coisa “O casamento secreto de Scorpius Malfoy e Serena Amber”.

―Que merda aconteceu? ― Falei alto.

―Refreei sua língua, você fez sua escolha e se casou e quero conhecê-la. ― Pontou.

―Não vai conhecê-la, irei até o cartório hoje pedir o divorcio e resolver essa história toda. ― Afirmei nervoso.

Meu pai se levantou e parou na minha frente em sua pose autoritária e imponente.

―Na família Malfoy não existe divorcio, não me importo com o que fez para chegar a esse ponto, mas desfazê-lo você não vai. ― Impôs meu pai e eu sabia que aquela era sua decisão final ― Pelo que pude indagar, pesquisei seu histórico de transporte bruxo, assim que saiu da academia de aurores, aparatou nesse seu apartamentozinho e depois foi com mais duas mulheres, uma presumo ser sua esposa, foi até a Inglaterra, ver alguns colegas de Hogwarts e pelo visto sua procura não se encerrou lá, creio que estava procurando aquela ruiva de sangue ruim, como a mãe.

―Não fale assim dela. ― Enfrentei, porém meu pai não se assustou e continuou a narrar minha trajetória e eu apoiei minha cabeça nas mãos e naquele momento percebi que estava com uma aliança.

― Você foi até o Canadá, ela não terminou o curso na faculdade ainda, por algum motivo que desconheço, você voltou sem ela para Sidney , lá encontrou suas amigas, lá para as três da manhã a outra foi embora.

Flashs da noite passada estouraram na minha cabeça, lembro-me de Paola deixando a mesa do bar e sobrando apenas Serena e eu, o resto era uma confusão de borrões.

―AS 7hrs da manhã, você foi até alguns cartórios e se casou, voltou para esse muquifo aqui com sua esposa, e já são 2hrs da tarde.

―Como sabe tanto? ― Minha cabeça doía e eu nunca me senti tão confuso, memórias de doses atrás de doses de álcool estouravam na minha mente, lembro-me de Serena ter me beijado, mas eram memórias desconexas e sem qualquer ordem cronológica.

― Sou o homem mais rico da Grã-Bretanha, tenho olhos em todos os lugares, inclusive sobre o meu único herdeiro. ― Explanou sem muita paciência. ― Cadê ela?

O mundo girava e não estava com as melhores capacidades cognitivas.

―Ela quem? ― Perguntei.

― A sortuda da sua esposa. ― O sarcasmo era visível na voz dele, me levantei em passos trôpegos e me dirigi para o quarto, com sorte, seja lá quem eu tivesse me casado, teria ido embora e pediria o divorcio, mas me recordei das palavras de meu pai NA FAMÍLIA MALFOY NÃO EXISTE DIVORCIO.

Eu estava muito mais que ferrado

Eu esperava encontrar minha cama vazia e quando a deixei não havia notado nada, mas como eu disse, meus sentidos não estavam em seus melhores dias.

Pulei de susto, quando um monte de lençóis se mexeu, os puxei um pouco nervoso e debaixo daquele monte, estava minha colega de casa de Hogwarts e de curso, Serena Amber.

Ela usava um vestido de festa vermelho e seu cabelo estava bagunçado, presumi que não tínhamos ido nada além de alguns documentos em cartório, e uns beijos em um bar ou boate qualquer.

Por que a ultima coisa que eu precisava no momento era um filho, não exageremos, mas naquele momento eu estava muito assustado.

―Serena. ― A cutuquei e ela se mexeu um pouco grogue pelo sono, mas logo abriu os olhos, ela era sempre a que acordava mais cedo no curso, então logo ficou desperta.

― Não rolou nada? ― perguntei.

―Acho que não, mas se quiser...

Fiquei em choque.

―Não é hora para flerte Serena. ― Disse, com as bochechas coradas e eu já devia ter me acostumado, ela flertava com todo mundo. ― Meu pai está ai e nós nos casamos!

Fui direto à lata, eu não tinha tempo para rodeios.

― Apronte-se e ele quer conhecê-la.

Ela se aprontou rápido, usou um feitiço para desamassar o vestido vermelho e pentear os cabelos, obviamente meu pai a desaprovou, mas a merda estava feita e até demais.

Logo depois ele foi embora e nos convidou para ir à semana seguinte na minha antiga casa, a mansão Malfoy e para que minha mãe a conhecesse.

Naquela tarde tomei uma poção para diminuir os efeitos físicos da ressaca, mas não consegui diminuir os da bebedeira da noite anterior, conversamos naquela tarde, deixamos bem claro as nossas intenções.

― Serena eu não a amo. ― Eu já havia me ferrado o suficiente na vida escondendo meus sentimentos, era hora de deixar as coisas às claras e ela chorou.

― Scorpius vou confessar uma verdade, desde criança eu gostei de você, sempre, tentei esquecer-se de você quando estava na Rússia, mas todo santo dia eu pensava em você e todo santo dia você deve ter pensado em Rose Weasley, eu não aguentou mais ouvir sobre ela. ― Confessou Serena e eu sabia exatamente como ela se sentia. ― Se esforce para pelo menos uma vez tentar corresponder esse sentimento.

Ela começou a chorar e se trancou no quarto, eu mal era casado e já tive que dormir no sofá.

Mas naquela noite eu não dormi, mas revivi minha vida desde que pus olhos em Rose Weasley.

Lembrei de quando tínhamos onze anos e eu a vi  com seus cabelos ruivos brilhantes na estação de trem, por ironia do destino, sorte ou acaso caímos na mesma casa e eu me encantei por Rose Weasley.

Seu jeito extrovertido, sua visão singular de mundo, eu tinha onze anos e já sabia, na época o encanto não foi recíproco, houve Dylan, Scott  e Frederick a havia beijado, ela nunca me contou, mas eu vi na biblioteca, apenas no ano seguinte houve a famosa reciprocidade.

Em uma travessura do destino eu deixei Hogwarts, eu era só um tolo de 14 anos, não queria ninguém atravessando minhas barreiras e me sentia envergonhado, com medo, talvez por isso nunca mandei uma carta, havia escrito varias, porém nunca enviadas.

Quando recebi a noticia que voltaria a Hogwarts com meus 16 anos contei os dias, lembro que cheguei ao trem e a procurei, abri cabine por cabine, cada vez mais desesperado por Rose Weasley, tinha ansiado tantas vezes por vê-la, mas não sonhei com o que vira naquele dia, Rose Weasley aos beijos com aquele esquisito do Lorcan Scamander.

Novamente, eu achei que ela havia sentido minha falta, mas eu pensara o tempo todo nela e ela em outro.

Lembro-me de minutos depois encontra-la em um corredor e simples assim, ela foi embora para sua cabine, entrei na ultima cabine do trem e comecei a me lamentar.

Mas naquele dia eu chorei por dentro, enquanto me lamuriava Albus entrou na cabine e me consolou.

Senti-me muito mais envergonhado, eu não tinha nenhum relacionamento com ele e o cara era primo de Rose ele apenas disse “ Quantas cartas você mandou para ela?”

Descobri que Rose estava namorando Lorcan e juro que tentei esquecê-la, mas cada maldito pensamento estava voltado para ela, eu podia passar o dia com qualquer garota, mas no fim dele eu sonharia com Rose Weasley.

Não sei que magia ela usou, mas Rose havia enfeitiçado meu coração.

No ultimo dia de aula ela propôs o que eu sempre havia sonhado, mas naquele dia não podia aceitar um relacionamento com ela, Rose tinha acabado de sair de um relacionamento conturbado, iríamos para longe, eu não podia fazer isso com ela.

Mas aparentemente para Rose meu coração era terra sem lei, lembro que assim que possível depois da minha formatura eu corri para o Canadá, para vê-la na mesma cena que vi com o Lorcan, mas outro homem no lugar.

Eu pensara anos nela e Rose em outro, era um Dejavu ou a matriz repetindo o código.

Tentei lembrar da noite passada, eu aparatei para um bar e mandei um patrono para Paola e Serena, Paola apareceu de roupa de combate praticamente e Serena de vestido de festa.

Éramos todos diferentes, mas todos amigos, Paola era uma guerreira, andava sempre vestida de couro e roupas de bad girl, tinha tatuagens e a voz mais grossa que a minha, assim como um soco que mandava muita gente para o hospital.

Serena era mais refinada, porém a melhor com DCAT entre nós e também a mais vaidosa e eu era apenas Scorpius.

Comentei com elas, eu estava na fossa, que ainda era um pronome gentil para a minha situação.

― Sério Scorpius, eu não aguento mais! Cansei de saber a biografia de Rose Weasley, vamos nos divertir hoje! ― Era uma das lembranças mais claras, depois Paola indo embora por que Serena nos arrastou para um balada e ela odiava baladas, depois Serena me dando um copo de Whisky de fogo e mais outro e o beijo, depois eu lembro de Rose sumir da minha cabeça e apenas Serena pipocando.

Lembro-me de estarmos grogues e alguém propor casamento e depois de amanhecermos aqui.

Uns dias depois Serena me confessou, me deu a amortencia em um dos copos de Whisky , porém pelo que calculei não teve efeito muito longo, por que ela não era uma eximia preparadora, segundo o Whisky cortou  boa parte do efeito e terceiro não funciona tão perfeitamente quanto se sofre com coração partido.

O efeito durou apenas o suficiente para eu arruinar tudo e ficar tão bêbado e loucamente apaixonado e propor um casamento

Eu tentei ama-la e ter um relacionamento, eu tentei, mas não deu e com o tempo ela desistiu também, apenas fingíamos nas festas que éramos um casal feliz e apaixonado, assim como tentei ama-la eu tentei me divorciar, mas meu pai era irredutível, por mais que eu explicasse a situação, ele dizia algo sobre aguentar as consequências dos meus atos,  e para me divorciar eu precisava da benção dele e de alguns parentes.

Os anos passaram e o divorcio finalmente ocorreu, Serena percebeu que comigo não teria a paixão que esperava, ela me traiu em uma das nossas férias a Grécia e de lá fugiu com um trouxa grego.

Nossas férias eram basicamente viajávamos para o mesmo lugar, eu ia aonde queria sozinho e ela ia também para qualquer lugar.

Era o ultimo dia e eu queria aproveitar para ver o mar, me levantei cedo e ela já havia se aprontado.

―Vou ir ver o mar? Quer vir também? ― Eu sempre perguntava se ela queria ir comigo, mas a resposta era sempre negativa.

Passei horas na orla de contemplação silenciosa e voltei ao hotel para organizar as coisas.

Não vi Serena lá, tão pouco suas malas e o único vestígio que tinha no quarto da presença dela era uma carta e a aliança dela em cima do meu travesseiro e me apressei a ler.

Querido Scorpius.

Acho que finalmente conseguiremos o tão sonhado divorcio, venho pesquisando há anos, na sua família existiu um divorcio, quando a pessoa que porta Malfoy apenas por matrimonio é infiel ao cônjuge pode haver divorcio.

E eu proporcionei nessas férias, desculpe por expô-lo em uma situação de vergonha e dor, mas era o jeito de nos tirarmos de uma situação muito mais dolorosa.

Aceite!Nosso matrimonio não é feliz e não devemos pagar esse preço por uma bebedeira impensada na juventude.

Sabe o restaurante que tenho ido todas as noites, lá há um trouxa grego que janta sozinho todos os dias, o nome dele é Percy ou amor, naqueles olhos incríveis verde mar e sem um pingo de magia eu encontrei o amor.

E quando o amor chama não há escolha a não ser seguir.

Eu fiz minhas malas e fui atrás, tudo bem que nos conhecemos há dez dias, mas amor não tem tempo estipulado, passamos anos juntos e nunca deu em nada, mas eu e Percy foram necessárias horas para sabermos que devíamos ficar juntos.

Isso é o engraçado também sobre o amor, quando você não procura você acha.

Eu achei o meu contra todas as probabilidades e tenha fé que encontrará o seu, talvez o seu seja uma ruiva no Brasil, uma loura na Oceania ou uma negra nos Estados Unidos.

Pois o meu era um moreno grego, mas o seu aposto ruiva no Brasil.

Eu aceitei que o meu não era você, aceite esse fim também, mas não desista de fins melhores, procure pelo amor, mas não fique obcecado a ponto de dar amortencia para alguém.

O tal do amor pode estar em qualquer lugar, em um fuso horário diferente, no seu melhor amigo, ou nos sentimentos fraternais ou dentro de si mesmo.

Amor não vem por poções, feitiços, filhos, prazeres físicos, amor vem de algo que transcende a nossa existência, é o sentimento mais irracional que existe, mas a decisão mais lógica que podemos tomar na vida é ficar junto de quem amamos, seja amigos, família ou alguém especial.

Eu tomei essa decisão, não importa quantas joias eu tenha sendo uma Malfoy, se nunca terei um beijo apaixonado, não importa quantos cômodos tenhamos na mansão Malfoy, pois nunca serei chamada de mãe sendo uma Malfoy e aqueles quartos vazios nunca serão ocupados, afinal, juramos não trazer filhos sob um matrimonio infeliz.

Eu te desejo sorte e felicidade, por que você é uma das pessoas nesse mundo que mais merece.

Imploro seu perdão por todos os infortúnios, muitos foram desejos de uma adolescente que escrevia Srta Malfoy nos cadernos, de uma adolescente que se apaixonou por detalhes e não considerou o conjunto da obra.

Eu aprendi que o amor é uma via de mão dupla, não adianta só uma parte se a outra nunca quis.

Eu aprendi que não pode ser forçado, apenas acontece. E que como você não é obrigado esperar alguém, esse alguém não é obrigado ate esperar.

Antes de entregar seu coração verifique se a pessoa o quer, o amor é campo de batalha, mas você não precisa levar flechadas e golpes de espada.

O amor é complicado, mas também é simples, a gente tem essa noção que temos que sofrer para alcançar a felicidade, não temos!

Eu sei que você passou nossos anos de casamento pensando nela, Rose Weasley.

Eu sei que você e Rose de alguma forma ficarão juntos, pode ser daqui 30 anos ou na próxima vida, mas enquanto você passa os seus dias se lamentando e recalculando o que fez de errado a 20 anos atrás, o amor não virá, ele odeia lamentação.

Assim como Rose estará preparada para o amor, você tem que estar, e você só vai alcançar isso quando deixar de ser obcecado, quando parar de acreditar que vai encontra-la em cada esquina e  puf, um dia você acha!

Só encontrei Percy quando parei de ficar obcecada.

Meu conselho é, esqueça Rose Weasley, pare de sofrer, mas quando ela aparecer esteja pronto para amar.

 

 Desejo-te beleza em um mundo feio, paz no mundo caótico.

Adeus

De uma pessoa que entendeu que Scorpius Malfoy não era o sinônimo de amor para ela, mas para outra pessoa.

Fiquei silencioso o resto do mês, sem saber o que pensar, como se a vida passasse diante dos meus olhos.

Como estávamos preparados, diferente do meu casamento, consegui segurar a mídia, pois ninguém merecia os tabloides do profeta diário.

Nunca mais vi Serena, a ultima vez foi aquela manhã, ela não voltou para pegar os seus vestidos, joias, sapatos, seus livros, deixei por meses o quarto dela intacto, afinal dormíamos separados.

Nunca mais tive noticia dela.

Meu pai adoeceu, diz que foi de desgosto por mim, um fracasso na carreira, séculos de tradição centenária de sagrado matrimonio jogados no lixo.

Eu ignorei os comentários e continuei a visita-lo mesmo assim, até o dia da morte dele, logo assumi os negócios da família.

E por anos a fio administrei a empresa sozinho, sem férias, sem amigos, sem amores, sem Rose Weasley, gradativamente fui parando de pensar nela, até que um dia o rosto dela se tornou uma nuvem na minha memória.

Não sei explicar como, afinal cada um supera do seu jeito.

Eu já estava nos meus 45 anos, resolvendo problemas da nossa filial em Greenwich, decidi dar uma pausa para uma cerveja amanteigada, sem Whisky de fogo, pois a ultima garrafa que eu tomara me rendera muitos problemas.

Estavam em um lugar qualquer em um pub qualquer, sentado no balcão brincando com minha caneca, quando uma mulher ruiva sentou-se do meu lado.

―Um FireWhisky! ― Ela pediu e sem pensar soltei.

―Cuidado, o ultimo copo de FireWhisky que tomei me rendeu um casamento!

Então a mulher virou-se em minha direção e cravou seus olhos em mim feito duas adagas gélidas e ficou pálida feita a neve do polo sul.

―Scorpius Malfoy.

―Rose Weasley. ― E o rosto dela deixou de ser uma nuvem na minha memória.


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Notas finais do capítulo

O que acharam, no fim o casamento dele nada mais foi que Amortencia mal dosada e bebida.
O que acharam?



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