Memórias de um garoto apaixonado escrita por Chão


Capítulo 12
Primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Em meio ao silêncio.
Em meio ao sol do fim de tarde que dá início ao apocalipse. Estaremos nós dois. Deitados sobre aquele montanha observando as estrelas.



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Querido amigo!

Irei relatar o que aconteceu nas últimas cinco horas. E parte de mim ainda está descrente que depois de tanto tempo, seis meses para ser mais exato, tais fatos aconteceram.


Eu estava parado em frente à sua porta. Minhas mãos suavam em volta da caixa de chocolates. Meu coração batia desesperado dentro do peito e eu já havia pensado em virar e ir embora três vezes. Mas finalmente o som da campainha me fez permanecer ali. Repassei meu discurso de desculpas.
Gus surgiu na porta. O moletom cinza com mangas azuis estava fechado. A calça moletom clara, na qual eu havia rabiscado várias coisas aleatórias, estava amarrotada, como se ele estivesse deitado a muito tempo. É, ele provavelmente estava esperando que eu aparecesse.
— Olha, me perdoa. – Eu disse, mas minha voz saiu tão baixa que me perguntei se ele escutou. – Eu fiz merda, porque eu sempre faço merdas e você tem todo o direito de ficar zangado, e eu prometo que não vou lhe esconder mais nada...
E foi nesse momento que seus braços se fecharam ao meu redor, em um abraço forte e a única coisa que eu senti foi as batidas de seu coração e o seu perfume, que sempre me lembrava campos de morangos recém molhados.
— Você vai amassar os chocolates. – Eu disse.
— Tô nem aí. – disse Gus. – Eu não quero que você afunde de novo. Sabemos como você fica, e todos aqueles remédios só provam que não estou sendo um namorado bom o suficiente. E isso me faz pensar se estou sendo uma coisa boa na sua vida.
— Você é o melhor namorado que alguém poderia ter. Sério, tua paciência comigo chega a ser assustadora. E sim, você é uma coisa boa na minha vida. Você me impede de pular dentro daquele precipício.
E então caro amigo, foi aí que as coisas aconteceram.
Gus fechou a porta atrás de nós e me beijou. Aqueles lábios quentes e macios que eu jamais enjoaria de beijar. Ele tirou a caixa de chocolates da minha mão e colocou sobre a mesinha ao lado do sofá. Um segundo depois e eu estava em seu colo. Minhas pernas ao redor de sua cintura. Enquanto ele caminhava em direção a seu quarto.
Eu já havia estado no quarto dele uma centena de vezes, mas daquela vez parecia diferente. A luz do por do sol entrava pela janela entreaberta, deixando o quarto com tons alaranjados. As coisas pareciam estar em seus devidos lugares. E a melodia de Fix You soava baixinha.
Gus me deitou na cama, ficando por cima. Suas mãos entrando por dentro de minha camiseta. As minhas ao redor de seu pescoço, minhas pernas ainda ao redor de sua cintura, puxando-o para mais perto de mim. Seu coração batendo tão rápido e forte quanto o meu.
Dizem que a primeira vez com a pessoa que se ama costuma ser incrível. E as pessoas nunca estiveram tão certas.
Seus lábios em minha pele causavam arrepios. Os meus na dele arrancavam suspiros longos e entrecortados, que se tornaram mais profundos enquanto eu descia em direção a sua virilha, puxando a boxer preta para baixo.
Seus gemidos se misturaram com os meus e parecíamos estar em uníssono. O ritmo lento de seu corpo sobre o meu. O suor misturado com o perfume, trazia um cheiro afrodisíaco ao quarto. Os cachos de seu cabelo estavam grudados em sua testa. E seus olhos diziam mais do que eu podia imaginar. Ele girou na cama, deixando-me por cima. As mãos em minha cintura, acompanhando o movimento de meu quadril. Ele se inclinou para a frente e nossos lábios se tocaram.
Nossos “eu te amo” soaram ao fim. E então eu deitei ao seu lado e deitei c rminha cabeça em seu peito. Seu polegar deslizando sobre minha pele.
Um velho amigo costumava dizer que atos de amor agradavam aos deuses. E que por isso eles abençoariam seu relacionamento trazendo paz e prosperidade. Mas certamente você já deve imaginar como o destino costuma ser cruel. Ou apenas a mente de alguém pode ser cruel. E apesar de estarmos ali. Apesar de todo o amor envolvido naquele belo ato, a mente do garoto trabalhava a todo vapor para imaginar até onde os dois iriam e se o destino realmente permitiriam que eles ficassem juntos até seus últimos suspiros neste mísero planeta. Ou se algo, uma pequena fagulha, os jogaria para lados opostos no mundo. E tudo o que restaria seria lembranças boas e palavras escritas em velhas folhas amareladas.
Ele dorme de forma suave sobre minha cama e tudo o que eu consigo pensar é em como ele é lindo. Em todas as formas possíveis. E em como fazer amor com ele sempre é incrível.
Para o caso de algum dia você ter a coragem de ler este diário, deixo aqui um aviso.
“Você baba enquanto dorme”

— Chão


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Notas finais do capítulo

Olha só quem atualizou a fic. E nem demorei tanto assim.
Espero que vocês gostem. E sei lá, que tal dar aquela comentada marota?
Leiam minhas outras histórias, que vão encanta-los também.

Até daqui uns dias.



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