Questão de Tempo escrita por


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Opaaa olhaaa aiii!!! Consegui postar um capitulo novo...bem demorado mas posteiii

Obs.: Meninas fiz algumas alterações sutis nesse cap não faz diferença para quem já leu mas para mim acho que faz...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/712205/chapter/7

Cap 07

Stella sai apressadamente do elevador que chegava ao andar, sua respiração estava ofegante.

Stella – Senhor Bedford. – se aproximando do chefe que conversava com outro funcionário.

Drew – É melhor você ir, isso no seu rosto está chamando muito atenção. – falando num tom de voz baixo com o funcionário. – Até que enfim chegou Stella. – indo ao encontro dela. – Agora vamos! – querendo tirá-la o mais rápido dali.

Stella – Claro, me desculpe o atraso mas estou resolvendo muitas coisas e ...

Drew – Tudo bem, não tem importância. – a interrompendo, Andrew não estava muito interessado nas desculpas dela. – E Stella pode me chamar pelo nome.

Stella – Assim eu considero mais profissional já que vamos para uma reunião tão importante.

Drew – Não tem importância, me chame de Drew está bem? – ela sorrir forçadamente, não gostava daquela proximidade que Bedford estava sugerindo. O celular dele toca.

Drew >> Senhora Stevens algum problema? << ... >> O quê? O que querem? << ... >> Eu estou indo até ai. — um certo nervosismo fez Drew ficar sério. Ele faz um aceno discreto para o homem com quem conversava antes e toma o elevador junto com Stella.

Stella – Algum problema? – percebendo que o chefe não havia gostado daquela ligação.

Drew – Está tudo bem mas antes preciso passar na recepção para resolver uma coisa. 

Stella sempre ficava perto da porta dentro do elevador assim era a primeira a sair. Alguns minutos depois chegam a recepção, mas Drew passa por ela apressadamente e segue até o saguão da recepção.

Drew – Onde estão senhora Stevens? – ela apenas aponta para dois senhores atrás dele. – Mac Taylor. - era sentido um certo sarcasmo em sua voz.

Mac – Andrew Bedford. - sua expressão grave denunciou que aquele encontro não seria cordial.

Drew – Detetive Flack. – se dirigindo ao outro homem. Ele apenas faz um pequeno aceno com a cabeça em resposta.

O outro funcionário se aproxima da recepcionista sem ser notado, ele falava baixo ao telefone apenas queria se aproximar sem chamar atenção e acompanhar a conversa, mas o nome Mac Taylor lhe preocupou imensamente, já ouvira esse nome antes e não gostou de como foi referido.

Mac – Não sabia que você agora era o funcionário da embaixada que cuidava do rh.

Drew – Não, eu não sou, apenas presto consultoria jurídica. Se quer saber de alguém que trabalha aqui sabe que precisa de um mandado, caso contrário...

Stella – Senhor Diakos o que houve com o seu rosto? – seu tom surpreso chamou atenção de todos para o funcionário que estava ao telefone próximo a recepcionista. – Mac? – percebendo o homem que estava com Drew. Mac a encara intrigado.

Drew – Vocês se conhecem? – Stella olha um e depois o outro um pouco nervosa e logo se adianta. Andrew apenas queria tirar a atenção de Diakos.

Stella – Sim, ontem ele me ajudou quando voltava para casa. O metrô estava parado e eu estava nervosa...

Drew – Sua claustrofobia? Você precisa tratar isso.

Stella apenas concordava com um maneio de cabeça meio indeciso. Mac percebeu o olhar nervoso dela, não entendia a pequena mentira, mas iria resolver isso depois e apenas se manteve calado. Don acompanhava tudo atentamente, o olhar indecifrável de Mac dizia que tinha algo errado.

Drew – Deveria ter me ligado Stella.

Don – Parece que andou muito ocupado senhor Diakos. – se referindo ao rosto machucado do outro.

Diakos – Isso foi resultado de um assalto malsucedido.

Don – Por isso aconselhamos a nunca reagir.

Diakos – Mas não vieram aqui para dá demonstrações de preocupação com o meu quase assalto.

Mac – Você trabalha aqui? – voltando sua atenção para Stella.

Stella – Sim, sou tradutora. Mas o que veio fazer aqui? Algum problema? – começava a se preocupar se algo teria acontecido com Sophie.

Mac – Na verdade vim saber de Nikolo Angelis.

Stella – Niko? Mas ele morreu já tem algum tempo. - estranhando porque tanto tempo depois de sua morte alguém ainda quisesse saber sobre isso.

Mac – Você o conhecia?

Stella – Sim, ele trabalhava aqui como faxineiro e era um ótimo amigo.

Mac – Então você sabe dizer como ele possuía um galpão nas docas no nome dele?

Drew – Taylor se quiser saber das finanças de um falecido sabe que precisa de um mandado. Vamos Stella. – a puxando pelo braço.

Stella – Espera. – se desvencilhando dele. – Não, ele não tinha propriedades em seu nome, tudo que economizava mandava para a família em Tessalônica.

O olhar discreto entre Diakos e Bedford passou despercebido por todos no recinto.

Don – Mas esse documento da prefeitura diz que ele era o dono. – tirando do bolso interno do paletó um papel e mostrando pra ela.

Stella – Não, isso é mentira! – ela rebatia veementemente. – Eu saberia, ele me diria.

Mac – Às vezes não contamos tudo, não é senhorita Bonasera. – aquelas palavras atingiram-na como um soco no estômago, ela percebeu que Mac estava com raiva por causa da mentira e estava jogando isso nela.

Stella – Deixe-me explicar. – respirando fundo.

Drew – Stella temos uma reunião com investidores muito importantes, o detetive Taylor precisa de um mandado e não há nada que possamos fazer.

Stella – Não, eu não vou deixar manchar a memória do Niko. – ela passa a encarar Mac com aqueles olhos firmes. – Todos os dias eu tomava café com ele na copa dos funcionários da limpeza, ele era como eu, sozinho e ficávamos batendo papo sobre a Grécia e ele aproveitava para desenferrujar seu grego. Ele foi o mais perto de um pai para mim e quando digo que ele economizava tudo o que podia para a sua família na Grécia é porque é verdade.

Mac – E o que ele fazia em Nova Jersey quando morreu?

Stella – Eu...eu...não sei. – suas emoções começaram a se fazer presente em lagrimas. – Ele não apareceu para tomar café comigo aquela manhã. – passando uma das mãos pelo rosto.

Don – E você não achou isso estranho?

Stella – Claro. Liguei milhares de vezes mas aqui ninguém percebe quando um simples faxineiro falta ao não ser que o chão esteja sujo.

Drew – Stella não é assim, acionamos a polícia, foi investigado e descobriu que ele sofreu um acidente. Agora nós precisamos ir, se vocês tiverem mais perguntas tragam...

Don – Deixa eu adivinhar, um mandado? - erguendo uma das sobrancelhas em sinal de ironia.

Drew – Isso. Agora eu preciso da minha interprete nessa reunião porque eu não sei falar grego, se me derem licença.

Mac apenas encara Stella e seu olhar era de reprovação, o que fez Stella se sentir mal e baixar seus olhos. Ele cumprimenta Diakos com um discreto aceno de cabeça observando seu rosto machucado.

Mac – Foi uma bela briga senhor Diakos, será que não perdeu nada?

Diakos – Isso não aconteceu em Nova York.

Mac – Mas isso você perdeu em Nova York. – tirando do bolso uma foto do medalhão. Diakos tentou o máximo disfarçar a surpresa ao ver a foto.

Diakos – Perdi isso já tem muito tempo.

Drew – Todo mundo perde alguma coisa, até mesmo você Taylor deve ter perdido alguma coisa na vida.

Mac – Mas não em uma cena de crime.

Drew – O que não o coloca como criminoso, se você não tem nada de concreto então acho melhor nos deixar em paz.

Mac dá as costas e caminha para a saída, Don ainda consegue ser menos intragável e cumprimenta Drew, Diakos e Stella.

Don – Posso saber o que está te deixando com essa cara? – encontrando o amigo já fora do prédio.

Mac – Essa é Stella Bonasera que apareceu outro dia com uma criança no colo dizendo que é minha filha.

Don – Ah essa é a mãe?

Mac – Não, a menina foi deixada na porta dela.

Don – E porque ela mentiu?

Mac – É isso que quero saber.

Don – Você não acha coincidência mais alguém dessa embaixada está envolvida em problemas?

Mac – Não acredito nesse tipo de coincidência. Vou descobrir o que está acontecendo da porta para dentro desse prédio. – olhando para o imponente edifício da embaixada grega.

....

Drew – Você não deveria ter falado nada Stella.

Stella – Mas eles estavam falando do Niko, ele era um bom homem e sempre achei aquele sumiço dele muito estranho.

Drew – Não tem nada de estranho, ele talvez não era aquilo que demonstrava. Todos têm seus segredos. Mas agora não vou mais precisar dos seus serviços. Senhora Stevens, desmarque esse almoço e remarque para um jantar. Stella agora vai ser um jantar, preciso resolver outro problema que apareceu com esses dois cavalheiros. Diakos temos que ir.

Stella permanecia em silêncio, as palavras ditas por Drew sobre ter segredos a pegou desprevenida.

Drew – E não quero você conversando sobre esse assunto com ninguém, ok? – ele da um beijo no rosto dela e sai caminhando para os elevadores.

Diakos – Você não tem que se meter em assunto que não é seu senhorita Bonasera. – lhe jogando um olhar intimidador, Stella sentiu um arrepio na espinha ao ouvir aquela voz grave e baixa.

....

Mac – Alguma coisa Lindsay? – entrando na sala em que a perita estava.

Lindsay – Ainda não consegui nenhuma identificação da vítima. Consegui um rosto através de um programa de computador mas não consegui nada no banco de desaparecidos. – Mac dá um suspiro frustrado. – Conseguiu alguma coisa na embaixada?

Mac – Sabe quem trabalha lá como consultor jurídico?

Lindsay – Não, quem?

Mac – Drew Bedford. E está disposto a dificultar tudo por lá.

Lindsay – E Diakos? Esteve com ele?

Mac – Sim e disse aquilo que esperávamos.

Lindsay – Perdeu o medalhão. – ele respira fundo concordando.

Mac recebe uma mensagem no celular e logo sai da sala.

Danny – O que deu nele? – entrando por onde Mac acabara de sair e percebendo o quanto ele estava nervoso.

Lindsay – Frustrado, parece que estamos num beco sem saída. – o celular de Lindsay da sinal de mensagem. – Olha que lindo, acabei de receber. – passando o celular para o marido.

Danny – São lindas. – sorrindo ao ver a foto de Lucy e Sophie dormindo. – Eu vou deixar meu relatório para o Mac, você passa para mim essa foto?

Lindsay – Claro.

....

Sheldon – É isso Mac, consegui um rosto daquele crânio passei pelo banco de dados de desaparecidos e consegui isso. – passando o tablet para ele.

Mac – Vivian Davis, seis anos que está sumida de St. Louis, Missouri.

Sheldon – É. Estou tentando contatar algum familiar mas os dados são antigos, se mudaram, ainda estou trabalhando nisso.

Mac – Ok, qualquer coisa me avise. – devolvendo o tablet.

Danny – Mac. – entrando na sala do chefe.

Sheldon – Eu vou indo. – saindo da sala.

Danny – Meu relatório do caso de ontem.

Mac – Ok. – recebendo a pasta parda.

Danny – Sei que temos casos difíceis mas não é só por isso que está com essa cara. – Mac encara o amigo, não iria adiantar se esquivar. Danny não deixaria. Ele senta-se em sua poltrona atrás de sua mesa e acena para que Danny fizesse o mesmo.

Mac – Encontrei Stella na embaixada grega mais cedo, ela trabalha lá.

Danny – E você não sabia.

Mac – Não.

Danny – E está chateado com isso.

Mac – Não Danny. Claro que não...talvez. – vendo o olhar do amigo. – Mas é estranho logo agora que aparece artefatos gregos, funcionários da embaixada grega suspeitos, não sei se aquela garotinha foi parar na porta da Stella por acaso.

Danny – É verdade, é estranho e cabe a você descobrir mas não pode condená-la de imediato.

Mac – Mas porque ela mentiria como nos conhecemos?

Danny – Talvez ela não queira expor a vida particular no trabalho, não sei. Você também não gosta muito de fazer isso, tem seus sumiços e nunca diz onde está. – Mac mostra-se um pouco desconfortável com aquela observação e Danny percebe. – Tudo bem, não precisa contar se você não quiser. Falou com ela depois que a encontrou na embaixada?

Mac – Ela me mandou uma mensagem dizendo que queria conversar comigo e explicar e que ainda não tinha hora para sair do trabalho.

Danny – Quer um conselho? Deixe que se explique, ouça bem o que ela vai dizer.

Mac – Você gostou dela, não é?

Danny – Só acho que ela não é uma bruxa má, quem mais se disponibilizaria assim para cuidar de um bebê? Nosso trabalho sempre nos diz que nem tudo é o que parece mas acredito nela, e Lindsay também teve a mesma impressão.

Mac – Vamos esperar então. – Danny mexia no celular.

Danny – Te mandei uma coisa no celular depois você ver, agora tenho que ir. – levantando-se e saindo da sala do chefe. Mac pega o aparelho e sorrir ao ver a foto que Danny lhe enviou. No mesmo instante ele encaminhou a foto para Stella.

....

A interprete grega estava envolvida em um monte de papeis já que seu almoço de negócio foi adiado então colocava seu trabalho em dia quando ouve seu celular dá um sinal de mensagem. Ela sorrir ao ver a foto que Mac havia lhe enviado de Lucy e Sophie dormindo.

Stella – Ow meu amor, dorme querida assim que sair eu vou buscar você. – ela falava com tanto amor na voz. – Prometo que vou ficar grudadinha em você. – passando os dedos pela foto.

Drew – Stella agora, vamos.

....

Mac chegava no laboratório com Sophie nos braços, todos os olhares se voltavam para ele e a neném.

Don – Olha só o paizão chegou. – o encontrando quando saía do elevador. – Deixa te ajudar. – pegando o bebê conforto que Mac trazia nas mãos e a bolsa que dependurava de seu ombro.

Jess – Até agora achei que fosse exagero, mas não é, essa menina é a sua cara Mac.

Don – Também achei que fosse exagero. – eles seguem para a sala de Mac.

Mac – O que estão fazendo aqui? Que eu saiba não tem caso. – sabendo que seria interrogado pela irmã e pelo amigo.

Don – Eu não perderia essa cena.

Mac – Danny me paga.

Jess – Eu precisava conhecer minha sobrinha. – tocando na barriguinha de Sophi. – Ah deixa eu segurar ela. – tentando tirá-la do colo de Mac mas Sophi se agarra em Mac e não sai.

Don – Ela não gostou de você Jess. – rindo.

Jess – O que é? Você tem mel nos braços? Nem mulher e nem criança querem te largar. – eles riem.

Duas batidas são ouvidas na porta de vidro que estava aberta.

Stella – Com licença. – Sophie ao ouvir a voz dela se anima toda e estica os bracinhos para ela. – Oi meu amor. – entrando na sala e já a tomando nos braços. – Também estava com saudades. – enchendo a menina de beijos e Sophi apenas ria alto. Mac sorria ao ver a cena.

Stella – Desculpa. – finalmente olhando os outros na sala.

Mac – Stella esse é Don Flack você conheceu hoje mais cedo.

Stella – Como vai? – o cumprimentando com o aperto de mão.

Mac – E essa é Jessica minha irmã.

Jess – Você é a mãe dessa coisinha linda?

Stella – Ah não...mas bem que eu queria. Ela foi parar na minha porta, ela que me encontrou. – olhando a menina e depois olhando Mac mas ele não parecia tão receptível. Don percebe o desconforto naquela troca de olhares.

Jess – E pelo visto ela só quer saber do seu colo e do meu irmão, para mim ela não deu bola.

Don – Jessica nós temos que ir, né?

Jess – Já? Eu quero ...

Don – Vamos Jess. Você ainda não respondeu aquela pergunta. – a puxando pela mão.

Jess – Não me pressiona. – saindo com Don. – E essa mulher e o meu irmão tem alguma coisa?

Don – Eu não sei, conhece seu irmão ele não fala nada. – entrando no elevador com Jess.

Jess – E a menina é muito parecida com ele, tem chance né daquela fofinha ser minha sobrinha?! Ela parece uma bonequinha!!

Don – Eu sempre acho que tem chances, mas o Mac diz que não, que se cuida. Mas a menina é muito bonita para ser filha do seu irmão. – Jess dá um tapinha nele, os dois riem.

....

Stella encarava Mac e ele continuava sério, ela sabia muito bem o que fazer.

Stella – Nós precisamos conversar, não é? – ele apenas assente. Stella coloca Sophi no bebê conforto que estava na mesinha de centro de madeira e senta no sofá próximo esperando que ele faça o mesmo.

Stella – Me desculpa por hoje mais cedo, a minha mentira sobre como nos conhecemos, apenas gosto de preservar minha vida particular, não misturo minha vida profissional com a minha vida privada. - parando seu relato e respirando fundo, tentando abafar as lembranças. - Já tive a minha vida muito revirada no passado. Até pouco tempo eu não era nem notada naquela embaixada e de repente agora todos dizem que tenho privilégios por causa do senhor Bedford.

Aquelas palavras acertaram em cheio o peito de Mac – privilégios por causa do senhor Bedford?

Mac – Privilégios? Você tem alguma coisa com o Bedford? – perguntando por impulso, quando deu por si as palavras já tinham lhe escapado da boca.

Stella – Não, claro que não. – respondendo logo. – Mas desde que passei a ir a essas reuniões sempre trabalhando como tradutora então... Ele sempre solicita o meu trabalho.

Mac – Tudo bem.

Stella – Mac porque você estava perguntando sobre o Niko? Não pode ser verdade que ele tenha alguma propriedade em seu nome, eu sempre o ajudava a fazer as contas do final do mês e separar um dinheiro para a família na Grécia.

Mac – Você não acredita mesmo que ele possa possuir algo em seu nome, não é?!

Stella – Não, isso não me convence. Eu posso passar os contatos da família dele em Tessalônica se você quiser.

Mac – Você viu alguma coisa estranha antes do dia da sua morte?

Stella – Ele parecia um pouco nervoso, eu perguntei se tinha algo errado e ele disse que não. Mas o que achei estranho é que depois que vocês saíram da embaixada Bedford e Diakos deixaram claro que eu não deveria me meter nisso, eles não gostaram do que falei. Você acha que Diakos está envolvido mesmo com alguma coisa? Você achou um medalhão dele em um local de crime.

Mac – Eu não posso falar Stella, tudo faz parte de uma investigação.

Stella – Tudo bem eu entendo. Mas por favor se puder desvendar o que realmente aconteceu com Niko eu agradeço, sempre achei muito estranho tudo o que aconteceu com ele. – Mac apenas assente. – Ah me desculpa por vir tão tarde, mas o senhor Bedford cancelou o almoço e remarcou para um jantar com os executivos gregos.

Mac – Mas por que? Ele estava com tanta pressa.

Stella – Não sei, ele disse que tinha algo para resolver antes com o Diakos e parecia bem nervoso principalmente quando apareceu para irmos ao jantar.

Mac – Stella mais uma coisa, Diakos estava mesmo viajando?

Stella – Estava sim, mas não sei para onde.

Mac – Quando voltou?

Stella – Acho que tem uns dois dias, não sei ao certo porque desde que Sophie chegou eu não estava indo trabalhar, mas sei que o senhor Kolovos voltou tem uns dois dias e como Diakos sempre estar com ele, acredito que estavam juntos.

A conversa de Stella fez sentido para Mac, o que o convenceu e assim pode dissipar a desconfiança que o corroía desde o encontro na embaixada grega.

Mac – Eu convidaria você para jantar mas já tem alguém dormindo. – olhando para Sophie que dormia na cadeirinha. Stella segue o olhar de Mac e os dois nem percebem quando um sorriso se faz presente no canto dos lábios.

Stella – Mas eu convido você para me ajudar a levar esse bebê fofo para casa e ainda ti pago com um chá. – passando a olhá-lo.

Mac – Outro chá de hortelã com mel? – erguendo uma das sobrancelhas.

Stella – Não, capim-cidreira, limão e um pouquinho de hortelã.

Mac – Parece-me ótimo. - os dois sorriem com a situação amena que se instalara.

Duas batidas são ouvidas na porta de vidro.

Susan – Mac que bom que ainda está aqui, preciso conversar com você. – Mac a encara surpreso.

Mac – Senhora Whitney?! O que faz aqui a essa hora? Aconteceu alguma coisa? – a surpresa deu lugar a preocupação ao ver a senhora na sua sala. Ele levanta-se e vai ao encontro dela.

Susan – Não, não. Mas fiquei preocupada, não foi mais ao restaurante e Christine me disse que não tem falado com ela. Quero saber o que estar acontecendo. – a expressão antes preocupada agora dera lugar a chateação, Christine estava usando a própria mãe para se reaproximar dele.

Mac – Senhora Whitney eu tenho um compromisso agora. – o tom de sua voz foi seco. A senhora empinou o nariz, não sairia dali sem falar com Mac.

Susan – Você nunca mencionou que era pai, Mac. – ele olhou para Stella e a bebê. – Essas coisas acontecem em um descuido. – seu olhar de desdém foi surpresa para Stella que não espera por aquela reação. – Não saiu daqui sem falar com você, a sós. – sentando-se em uma poltrona de frente a mesa dele.

Stella – Não quero atrapalhar Mac, eu vou embora. – já arrumando suas coisas.

Mac – Não, não vou deixar você ir a essa hora sozinha com uma criança ainda mais com a chuva que ameaça desabar. Você vai comigo. – ele falava sério.

Susan – Espero não tomar um chá de cadeira. – sem nem ao menos olhar para trás.

Mac – Vem. – pegando a cadeirinha de Sophie e tomando Stella pela mão. Eles caminham de mãos dadas pelo laboratório até a sala de descanso. – Me espera aqui. – colocando a cadeirinha de Sophie no sofá. – Eu vou resolver isso e já volto.

Stella – Tudo bem.

Antes de deixar a sala ainda na porta ele vira-se para Stella.

Mac – Se quiser antes do nosso chá pode tomar um café. – apontando para a cafeteira. Ela sorrir.

Mac deixa a sala de descanso e não parecia nada satisfeito.

Stella sentiu o cheirinho do café e bateu um desejo por aquele liquido quente e resolveu se servir, quando ouve a porta bater ela se assusta e olha para Sophi que se remexeu na cadeira, mas não acordou, devia estar bem cansada.

Adam – Desculpe não queria assustar.

Stella – O problema não sou eu mas ela. – apontando para o sofá.

Adam – Perdão, perdão. – nervoso.

Stella – Tudo bem ela continua dormindo.

Adam – Eu sou Adam Ross. – estendendo a mão para cumprimentá-la.

Stella – Stella Bonasera. – o cumprimentando de volta.

Adam – Que sono ela tem. – sentando na mesinha de centro e olhando Sophi.

Sheldon – Adam eu estava te procurando.

Adam – Shiiii!! Ela está dormindo.

Sheldon – Desculpa. – falando mais baixo. – Que linda. – tocando no rostinho dela.

Adam – Não faz isso, sabe quanto germes tem nas suas mãos? – tirando a mão dele. Stella apena ria dos dois. – Mas ela é linda mesmo, acho que se parece com a mãe. – olhando para Stella. Sheldon apenas sorria da atitude de Adam.

Sheldon – Não liga para ele. Eu sou Sheldon Hawkes. – estendendo a mão.

Stella – Stella Bonasera. – o cumprimentando de volta.

Adam – Mas ... mas ... eu não, eu não me importaria de ligar para ela. – ele falava nervoso.

Sheldon – Se fosse você deixaria de gracinha, sabe quem é essa garotinha? – Adam o olha sem entender.

Adam – Não.

Sheldon – Essa é a Sophie. – Adam empalideceu com a resposta.

Adam – Filha do Mac?!! – com os olhos bem abertos quase saltando das orbitas. Sheldon apenas balança a cabeça dizendo que sim.

....

Mac – Então senhora Whitney o que tanto quer conversar comigo? – entrando em sua sala.

Susan – Por que nunca mencionou que era pai? – quando ele sentava a sua frente.

Mac – Isso faria alguma diferença? – erguendo uma das sobrancelhas.

Susan – Ou só ficou sabendo disso agora? É por causa dela que deixou de ver Christine? Essa mulher deve estar te extorquindo, cobrando por responsabilidades mas você não deve ceder...

Mac – Senhora Whitney com todo respeito que tenho pela sua família eu peço que esqueça esse assunto. Eu não vou discutir com a senhora sobre a minha vida particular, trato desse assunto como deve ser tratado e isso não diz respeito a ninguém.

Mac não sabia o porquê, mas não queria esclarecer nada para aquela senhora sobre a paternidade de Sophie muito menos de como ela chegara em sua vida. A forma ácida no trato a Stella também contribuiu para a aspereza que aquela conversa já demonstrava.

Susan – Só fiquei preocupada porque não tem ido ao restaurante, não tem falado com Christine.

Mac – Senhora Whitney entenda que eu não tenho nada com a sua filha, somos apenas amigos.

Susan – Amigos não dormem juntos. – o tom acusatório o irritou mais ainda.

Mac – E nem casam só por isso. Agora se me der licença eu tenho que colocar aquela garotinha para dormir confortavelmente em seu berço e já está muito tarde para ela estar por ai.

Susan – Você mudou Mac. – ficando de pé. Susan estava decepcionada e não fazia questão nenhuma de esconder isso.

Mac – Com certeza a senhora também. – também ficando de pé.

Mantendo sua postura firme e fria Mac apenas demonstrava que não se deixaria levar pelas tentativas de manipulações de Susan. Mais uma vez ela empinou o nariz girou os calcanhares e saiu da sala.

....

Mac – O que os dois babões estão fazendo? – entrando na sala e se deparando com Sheldon e Adam debruçados sobre Sophi. Adam suou frio ao ouvir a voz do chefe.

Sheldon – Eu só vim pegar café e conheci essa boneca. – Mac tentou esconder mas um pequeno entortar de lábios denunciou a sua alegria embora o sorriso não correspondesse ao tamanho do que sentia.

Adam – Eu não estou fazendo nada...só...só...pegar ca...café. – sua gagueira denunciou o quanto estava nervoso, Sheldon e Stella riam do jeito dele. – Já...já...estou de saída. – passando como um raio pelo chefe.

Sheldon – Eu disse para não ligar para ele. Foi um prazer te conhecer Stella, essa gatinha também. – acariciando o rostinho de Sophie. – Não negue. – falando baixo ao passar pelo chefe.

Mac – Eles encheram muito a sua paciência?

Stella – Nada. Eles estavam dando atenção somente a Sophie, nem ligaram pra mim.

Mac – Eu queria pedir desculpas pela senhora Whitney. Preciso explicar...

Stella – Não Mac, não tem nada que explicar.

Mac – Mas eu quero. – colocando a bolsa de Sophie no sofá também. – Conheci a família Whitney há muito tempo, quando eu entrei para a polícia patrulhava as ruas em Chicago e tinha um parceiro, o nome dele era Harry e numa ação ele acabou morrendo nos meus braços, na época ajudei a família como deu mas ai me alistei na marinha e reencontrei a irmã dele, Christine faz pouco tempo e consequentemente a Susan, elas tem um restaurante aqui em Nova York. Ela é uma boa senhora mas tem visões distorcidas do que será melhor para a sua filha me incluindo em seus planos.

Stella – Obrigada por me contar.

Mac – Eu só tenho respeito por ela mas acho que depois de hoje, ficou complicado. – respirando fundo. – É melhor irmos tem alguém que já dorme mas nada melhor que seu berço. – acariciando de leve o topo da cabeça de Sophie.

Stella – Vamos.

....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Questão de Tempo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.