Questão de Tempo escrita por


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem gente pela eternidade que demorei em postar um capitulo mas acontecem tantas coisas que acabei deixando um pouco de lado as fics, mas prometo que vou terminá-la, ok?! Quero agradecer a Suellen Pinheiro por me cobrar a postagem da fic e digo que pode continuar cobrando kkkkkkk



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Cap 08 

Stella – Pronto a coloquei no bercinho. – descendo as escadas da sala de casa depois que colocou Sophie no quarto. – É a primeira vez que ela realmente vai dormir confortável. – Stella se colocava ao lado de Mac que olhava pela janela a chuva fina que caía e molhava o vidro da janela. 

O dia passou sem chover mas a ameaça de cair um temporal estava presente com as nuvens acinzentadas que pintava o céu, agora o negro da noite parecia esconder as nuvens e do quanto estava programado para chover. 

Mac – Você e ela precisam dormir bem. – passando a encará-la.  

Ele estava com as mãos nos bolsos, um clarão entrou pela janela com o raio que parecia cortar o céu o que deu mais claridade aos olhos azuis de Mac. Ele voltou olhar pela janela e quando voltou sua atenção para Stella ela estava mais próxima e parecia um pouco assustada. 

Mac – Você está bem? Tem medo de raio e trovão? – mais uma vez um raio corta o céu e a claridade passa pela janela, mas Mac fica com seus olhos em Stella, os olhos dela pareciam brilhar ainda mais. 

Stella – Mais uma das minhas coisas bobas para entrar para o hall. – dando uma olhada pela janela mas logo volta sua atenção para Mac. – Você também precisa dormir, continua com olheiras. – mais um clarão e Stella fecha os olhos brevemente.  

Mac – Você me prometeu um chá. – tentando desviar a atenção de Stella da chuva. 

Stella - Vem vamos para a cozinha. - a estratégia dele havia dado certo. Stella assente e sai caminhando para a cozinha, Mac a segue.  

Stella – Que tal substituirmos o chá pelo vinho? – abrindo a geladeira e vendo a garrafa já aberta por eles na noite passada. 

Mac – Acho que continua sendo uma boa ideia. Mas vai ficar me devendo o chá. – sentando no assento alto do balcão que divide a cozinha.  

Mac se pegou tentando manter uma certa dívida com Stella para continuar com aquela relação. Por alguns breves segundos isso o assustou já que não era dado a relações, mas sua surpresa com aquele pensamento se esvaiu com o sorriso que Stella lhe lançara em concordância com o pedido dele. 

Stella – Tudo bem. – sorrindo. Stella pega as taças coloca no balcão e senta-se ao lado dele. 

Mac – Um brinde? – servindo as taças de cristal com o vinho purpura encorpado. 

Stella – A quê?  

Mac – Eu diria a quem. 

Stella – A quem então? 

Mac – A Sophie. Que apesar do que aconteceu a ela, o que nós ainda não sabemos, ela teve sorte de ter encontrado você. – levantando sua taça. 

Stella – De ter NOS encontrado. – sendo bem enfática ao colocá-lo na relação com Sophie. Depois de um breve silêncio em admiração pelas palavras um do outro Mac e Stella tocam suas taças com delicadeza. 

Mac – Nos encontrado então. – tomando o gole do seu vinho. 

Stella – O tempo está se passando não é? Eu tenho que procurar a polícia. – entristecendo um pouco com a realidade que se aproximava. 

Mac – Isso é verdade, mas já disse que tenho como deixá-la com você até que tudo se esclareça. – Stella apenas o olhava sem dizer nada. – O que tanto olha assim pra mim? 

Stella – Desculpa ... – um pouco sem graça. – ...mas consigo ver o mesmo olhar dela em você. 

Mac – Você ainda não acredita que ela não seja minha filha? – ela apenas balança vagarosamente a cabeça dizendo não mas conservando um pequeno sorriso no canto dos lábios. Mac apenas sorrir timidamente com a sinceridade dela. – Garanto que se Sophie fosse minha filha ela não estaria passando por isso, eu daria todo o apoio possível. 

Stella – Eu sei disso. 

Mac – Sabe? 

Stella – Eu vejo como se preocupa com ela, não foi à toa que comprou todas essas coisas para que ela se sentisse bem, vi como tem amor por ela e pela sua afilhada sei que se caso aconteça algo comigo que eu não possa ficar com Sophi você vai desempenhar bem esse papel de protetor dela. 

Mac – Por que diz isso? – Stella se dá conta do que falara e desvia dos olhos dele. 

Stella – Ah falo isso caso o juiz não deixe que ela fique comigo, sabemos que aos olhos da lei eu não sou a melhor pessoa para isso, tenho um emprego que toma todo o meu tempo e agora até sem hora para sair, não tenho marido, nem filhos e nem familiar próximos. 

Mac – E sua irmã? 

Stella – Mora em Nova Jersey. 

Mac – Deixa essa parte comigo que eu resolvo. 

Stella – Mas ainda tenho tempo, não é? 

Mac – Pouco tempo. O que pretende fazer? 

Stella – Não sei...eu não sei. – puxando um pouco mais de ar dos pulmões, constatando que realmente não sabia o que fazer para resolver tal situação. 

Mac – Você vai saber. Mas se chegar aqui qualquer pessoa dizendo ser alguém da família da Sophi promete que vai me ligar antes de fazer qualquer coisa? 

Stella – Claro que sim. – mais uma vez ela sorrir. 

Mac dá um gole de seu vinho e se condenou por ter proposto essa troca, pelo menos com o chá ele sabia exatamente o que fazer e nada estava atrapalhando suas sensações, mas com o vinho, estava mais leve e o sorriso dela parecia ainda mais meigo, os olhos por trás das lentes mais brilhantes e o pior de tudo ela estava muito perto. Mais uma vez ela estava perto demais. Ele podia sentir o cheiro dela, uma fragrância cítrica, de ervas...não sabia definir mas era um cheiro diferente e o deixava completamente hipnotizado...seus pensamentos começaram a condenar Danny, ele estava errado...ela é uma bruxa sim má ou não, não importa mas era uma bruxa que mantinha todos os seus sentidos presos nela. 

Mac nem percebeu quando sorriu sozinho ao pensar que Stella é uma bruxa. 

Stella – O que foi? - o olhando com curiosidade ao vê-lo sorrir. 

Mac – O quê? 

Stella – Você rindo sozinho. 

Mac – Não foi nada. 

Stella – Vai me conta. – tocando o braço dele. Mac sentiu a pele arrepiar com o toque apesar de estar de camisa e terno. – Mac relaxa, você parece estar tenso. Algum problema? 

Mac – Não, claro que não. Apesar de ter conhecido você outro dia me sinto bem aqui. – tomando um pouco mais de vinho. 

Stella – Então tira esse terno, vai. – ele a encara sério. – Ei eu estou falando para você tirar esse terno e não ficar sem roupa. – levantando e puxando o terno para que ele tirasse. Mas os pensamentos de Mac não deixaram de considerar a chance de ficarem os dois sem roupas. 

Stella começava a colocar culpa no vinho de tudo que fazia, não sabia como teve coragem de falar com Mac daquela forma mas queria de algum jeito arrancar aquela seriedade dele. 

Stella – Vem cá, vira aqui pra mim. – ele gira na banqueta ficando de frente para Stella. – Sem gravata. – tirando a gravata dele e abrindo os primeiros botões da camisa. 

Ela não deveria ter feito isso, Stella estava arrependida ao se deparar com os olhos dele tão compenetrados nela. Mac estava muito próximo, os olhos ficaram presos, as respirações descompassadas. Ele tira os óculos dela devagar. 

Stella – Não. – falando tão baixo que mais parecia um sussurro. Mac fica de pé o que fez os corpos se tocarem, nem eles tinham percebido o quanto estavam próximos. 

Mac – Esse seu cheiro me deixa louco. – sem condições alguma de evitar a atração, o desejo, a vontade que tomava conta de seu corpo, sua mente. 

Stella – É um cheiro comum. – virando de costas para sair contando com sua última dose de sanidade, mas Mac a segura e a puxa de encontro ao seu corpo. Mais uma vez ela usava um coque o que deixava seu pescoço à mostra o que o fez passear o nariz para sentir seu cheiro. Stella fecha os olhos se sentindo atraída como um imã naqueles braços. 

Mac – Para mim não é comum. – falando no ouvido dela. – É completamente diferente assim como você. – ele a faz virar de frente. 

Stella – Você...você... – Mac podia sentir ela tremer em seus braços. 

Ele não consegue mais manter qualquer tipo de distância, a boca carnuda dela ali o chamava para um beijo. Eles se beijam intensamente, com vontade, a respiração era descompassada. As mãos de Stella escorregavam pelas costas dele, brincavam na nuca. Mac a abraçava forte, beijava aquela boca, passeava pela sua orelha, descia pelo pescoço. Tudo o que sentiam era um misto de embriaguez com uma vontade louca de se terem. Ainda se beijando Mac encosta Stella contra o balcão e depois a faz sentar, ali as mãos dele já passeavam pelas pernas dela num beijo alucinante. Stella desabotoava a blusa dele já passeando as mãos pelo seu peito enquanto as bocas não se deixavam. 

Stella – Para Mac. – sussurrando no ouvido dele com a respiração ofegante. Mac ouve, para os carinhos e fica ali parado por um tempo como se quisesse se esconder em seu colo. Ele levanta o rosto aos poucos, seus olhos se encontraram com os dela mas no lugar da vergonha que pudesse surgir naquele momento eles se encaram por um tempo, Mac acaricia o rosto dela. Eles se beijam mais uma vez mas um beijo calmo, terno, carinhoso. 

Mac – É melhor eu ir embora. – pegando seu terno e sua gravata que estavam jogados no chão sem olhá-la. 

Stella – Mac. – ela ainda tinha um tom de voz contido. 

Mac – Não sei o que me deu Stella. – parado na porta da cozinha mas ele não virava-se totalmente para ela, apenas de perfil. – Desculpa isso não vai... 

Stella – Mais acontecer. – completando a frase dele. 

Mac – Isso. Eu preciso ir. – saindo de vez da cozinha, mais algum tempo Stella pode ouvir a porta da frente fechar. 

Ela corre para o quarto, olha Sophie e entra no banheiro seu corpo estava em brasas, precisava de uma boa chuveirada para se acalmar, seu coração batia descompassado em seu peito, sentia uma onda de calor invadir seu corpo e pulsava forte na sua região intima. As roupas estavam jogadas no chão do banheiro enquanto a agua fria lhe molhava inteira, ela se apoia na parede do banheiro fechando os olhos mas seus pensamentos são invadidos pelas lembrança de Mac, das mãos dele percorrendo seu corpo, da boca dele deixando uma trilha de beijos molhados pelo seu pescoço, pela voz grave em seu ouvido a fazendo arrepiar. 

— Stellinha eu estou aqui. – aquela voz debochada de repente entrou em sua mente a fazendo assustar. 

Stella – Não! – abrindo os olhos assustada. Ela deixa que a agua caia diretamente em seu rosto mas uma voz diferente ecoava em sua mente, um rosto frio e olhos negros trazidos pelas lembranças a fez congelar. Tomada pelo medo ela se afasta da água até suas costas tocar os azulejos frios, uma claridade entrou pelo banheiro e depois o barulho do trovão a assustou mais uma vez. Sua mente agora estava confusa, pelo espelho do banheiro ela via uma silhueta masculina, o medo lhe consumia, as lagrimas vertiam de seus olhos. 

Stella – Tudo de novo não! Não! Não! – escorregando pela parede até alcançar o chão. 

O choro de bebê vindo do quarto fez Stella voltar a realidade de onde estava, ela ergue a cabeça, respira fundo e se concentra no que estava acontecendo, não deixaria o passado vencê-la, tinha um bebê do outro lado, no quarto, precisando de sua atenção agora. Ela desliga o chuveiro, sai do box e pega um roupão. 

Stella – Sophie precisa de mim. – se olhando no espelho. Ela passa uma toalha em volta da cabeça e vai para o quarto. 

.... 

No carro dirigindo sem muito destino Mac experimentava sensações que o deixavam sem ar. No vidro do carro as gotículas de chuva escorriam, as luzes dos faróis dos outros carros pareciam fleches lhe cuspindo instantes vivenciados naquela cozinha, aqueles olhos verdes o perseguiam, seu corpo reagia e o pior estava sem controle, só a lembrança do cheiro daquela mulher o deixava sem folego. A lembrança do toque em sua nuca o fez arrepiar mais uma vez, aqueles benditos olhos verdes eram a sua perdição, ele estaciona o carro próximo ao clube que costumava tocar, precisava se acalmar e nada melhor do que tocar depois de algumas doses de whisky. 

Aquela noite ele se concentrou ao máximo para poder tocar e assim conseguiu manter sua sanidade mas até mesmo naquele lugar lembrava de Stella, esperava que a qualquer momento ela entrasse e fizesse um escândalo como no dia que se conheceram.  

Mac – Me traz um whisky duplo e sem gelo, Jerry. – achando um espaço no bar e fazendo seu pedido ao barman. 

A bebida é posta no copo, Mac tomou quase tudo em um gole lhe causando uma sensação de calor e torpor, ele respira fundo deposita as notas no balcão e sai logo em seguida. 


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