Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 2
Por Rye...


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim! *-*

Boa Leitura! ♥



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Pov Peeta.

— COMO ASSIM ELA NÃO SE LEMBRA? – Johanna grita.

— Eu não sei... eles disseram que foi efeito do acidente. – Digo sentindo lágrimas em meus olhos.

— Não, ela não pode ter nos esquecido! – Diz Effie chorando desesperada.

— Sinto muito Effie... – Digo fungando, as lágrimas já desciam com força em meu rosto. — Eu estou me sentindo um... inútil, derrotado.

— Fique calmo garoto. – Diz Haymitch colocando a mão sobre meu ombro. — Ela vai se recuperar.

— E se não Haymitch? – Digo. — E se ela nunca mais se lembrar? Como eu vou viver, como Rye...

Sou interrompido por um chorinho desesperado, a babá entra na sala da Mansão Presidencial com Rye nos braços. Tem sido assim nos últimos dias, Rye chora quase o tempo todo, segundo Clara isso se deve à ausência da mãe, ele sente a falta de Katniss.

— O que aconteceu filho? – Digo aproximando-me dele e o pegando nos braços.

— Ele está chorando a um tempinho já. Eu o examinei para ver se era alguma dor, já dei a mamadeira e troquei a frauda. Ele não para. – Diz a babá com um pouco de desespero na voz.

— Tudo bem... eu fico com ele agora. – Digo abraçando o meu pequeno. — Obrigado.

— Ele sente a falta de Katniss. – Diz Johanna.

— Sim, sente. – Digo. — O que eu vou fazer? Como vou fazer agora que ela não se lembra de nada? Nem mesmo do nosso pequeno.

Rye olha para mim com os olhinhos azuis cheios de lágrimas.

— Você tem que ser forte Peeta. – Diz Annie. — Por Rye.

— Eu sei... eu sei.

Pov Katniss.

Lágrimas quentes e grossas rolavam de meus olhos. Não podia acreditar, isso tem que ser mentira. Já tinha algumas horas que minha mãe estava dentro do quarto comigo. Ela havia me contado tudo. Segundo ela, eu havia me voluntariado para ir no lugar de Prim, e Peeta foi comigo como tributo masculino. Ela disse que ele tentou me proteger desde o primeiro momento e que depois eu salvei a vida dele, me contou também que eu fingi amá-lo e que no final eu realmente comecei a sentir algo por ele. Ela me contou que no final eu não quis mata-lo e por isso sugeri que nós dois morrêssemos, disse que isso foi visto como ato de rebeldia e que por isso eu acabei arrumando problemas com Snow. Disse que teve um Massacre Quaternário e que lá eu meio que assumi um pouco do meu sentimento por ele, disse que depois Peeta foi levado pela Capital e foi torturado por minha causa. Disse também que ele voltou me odiando e mencionou alguma coisa como “flashbacks” onde ele tentava me matar. Disse que quando ele foi resgatado estava acontecendo uma Rebelião e que no final dela, Prim morreu.

Minha cabeça dava voltas e mais voltas e quanto mais eu chorava mais doía. Minha patinha tinha morrido e ao que tudo indica foi por minha culpa.

Depois de tentar me acalmar e chorar um pouco também, ela começou a me contar do período após o fim da Rebelião, onde Paylor do Distrito 8 havia assumido a Presidência de Panem. Me contou sobre os meus surtos e também me falou sobre minha depressão e minhas tentativas de morte. Depois ela começou a falar obre minha aproximação com Peeta. Mas nada me importava, Prim estava morta. Minha vida não tinha mais sentido, todo o meu esforço de anos foi por água abaixo, eu falhei miseravelmente.

— Filha, por favor, não faz isso de novo. – Ela diz chorando inconsolável. — Você ficou durante meses trancada em casa se matando de depressão Katniss, sem comer direito, sem dormir e sem viver. Não se castigue mais... sei como se sente, principalmente em relação a Prim, mas você não falhou. Fez o que pôde por ela até o fim.

Mas eu não conseguia me controlar, meu choro começou a ficar mais alto até virar gritos e soluços agoniantes, senti algo frio entrar em minha veia e tudo ficou escuro novamente.

Pov Peeta.

A noite caiu como uma pluma, não jantei direito, Rye não parava de chorar e eu o levei para dormir comigo. Deitei o pequeno do meu lado e passei meu braço em torno de seu corpinho. Comecei a cantar uma melodia que Katniss sempre cantava para ele quando estava nervoso e ele rapidamente caiu no sono e depois eu também.

Estávamos em casa. Havíamos acabado de chegar do hospital, Katniss havia dado à luz a Rye, ela estava sentada na poltrona com ele nos braços e eu me sentei ao lado deles, admirando o nosso pequeno.

— Sabe... quando nos casamos eu achei que não poderia ser mais feliz... – Eu dou uma pausa. — Fico encantado em saber que estava errado, aqui, com você e nosso filho... eu vejo que ainda podemos ser muito felizes. – Digo sorrindo largamente e pegando na mãozinha de Rye.

— Eu te amo... obrigada por nunca desistir de mim. – Ela diz, sorrindo para mim.

— Jamais vou desistir de você... eu te amo. – Digo, mas quando vou me aproximar para beijar seus lábios, sua imagem se desfaz. Olho ao redor do quarto de Rye mas não vejo nada, nenhum sinal dele e de Katniss. Reviro todos os cômodos da casa e nada. Assim que saio de casa, vejo Katniss e Rye sendo puxados por Snow para dentro de um carro cheio de pacificadores. Tento ir atrás deles, mas já é tarde, eu os perdi. Perdi os dois. Perdi tudo.

Acordo-me em um sobressalto, passo as mãos com os olhos ainda fechados sobre a cama procurando o corpinho pequeno de Rye, mas apenas sinto o lençol frio. Levanto-me bruscamente, gritando por ele. Nem me dou ao trabalho de vestir alguma coisa, saio somente com uma calça de moletom e sem camisa. Entro no quarto onde ficam os bebês e vejo a babá dando mamadeira a ele, ela está de pé e parece estar assustada.

— Filho! – Digo tomando-o para meus braços e o apertando contra meu corpo.

— Sr. Mellark. – Ela sussurra.

— O que você fez com meu filho? – Pergunto em um sussurro.

— Perdão senhor, estava na hora dele tomar a mamadeira. – Ela estava assustada. — Eu chamei o senhor, mas o senhor não acordou.

— Deveria ter me chamado até que eu acordasse. – Digo com a voz embargada. — Não sabe o susto que me deu.

— Perdão senhor, eu estou aqui para servi-los da melhor forma possível, e cuidar das crianças para vocês descansarem, eu vi o senhor dormindo e lhe chamei, mas o senhor não acordava. O que eu podia fazer? – Ela disse.

— Tudo bem Lucy. Acho que eu surtei um pouco. Deixa que eu termino a mamadeira dele.

Ela me entrega a mamadeira e eu volto ao meu quarto. Quando termino ele já está dormindo, deito ele no meu canto e fico mexendo em seus cabelos castanhos até pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar!

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ♥