Ele escrita por Calpúrnia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá! E estamos aqui para mais um capítulo. Eu queria agradecer muito a todos que estão acompanhando mais um projeto meu. Ele é exatamente o que eu mais gosto de escrever sobre: sentimentos. Eu espero que você gostem da densidade dessa história. Hoje, com uma participação especial. Será que vocês adivinham quem é?
Boa leitura!



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Domingo, 22 de fevereiro de 2015 – Minha.

Escrito por G. de Oliveira

Era desnecessário dizer como estava se sentindo, mas vê-la sorrindo era simplesmente indescritível. A forma como seus lábios de abriam estarrecidos e lentamente, as covinhas que, de repente, se acentuavam, os olhos que brilhavam tão forte, tornando difícil de não notar. Era um gesto simples esse, o sorriso dela, mas, para Ele, era a melhor arma que ela tinha, uma arma que sempre o deixava encurralado e Ele adorava isso, mais do que tudo.

Mas havia um problema. Não era Ele o motivo daquele sorriso brilhante, e sim seu irmão. Seu querido irmão mais velho, que Ele sempre admirou e desejou poder ter um pouco daquela perfeição, mas nunca deu realmente certo, porque ser perfeito nunca foi para Ele. E seu querido irmão, com aquele sorriso Colgate muito ridículo e falso, estava fazendo sua Sakura rir. Não chegava a ser uma decepção em si, mas Ele não conseguia evitar a revolta dentro de si, porque aquele não era o lugar dela, ela não tinha que estar perto daquele falso modelo Colgate. Ela poderia estar feliz, poderia rir perto dele, porém aquela atitude dele de tentar fazer com que ela pertencesse a ele era ridícula. Pelo jeito, seu irmãozinho não tem um pingo de amor à própria vida.

Ele se controlou para não sair correndo e enfiar um bom soco naquela cara de modelo falsificado que faz branqueamento todo santo mês para parecer que é limpo. Ridículo. Mas se Ele negasse que Sakura estava se divertindo, seria ainda mais ridículo, porque era isso que estava acontecendo. Ela sempre disse que odiava caras como o irmão dele, quer dizer, do tipo do irmão dele, com aquele ar de “eu sou perfeito e todos me amam”, mas aquele cretino... Ele tinha de admitir: seu irmão tinha uma luz que cativava qualquer um, inclusive Ele, o irmão mais novo – especialmente Ele. Com Sakura não seria diferente. Não seria um problema se ela não fosse sua.

Era um belo momento para Ele se decidir: socar a si mesmo ou ao irmão. Como era mais fácil socar o irmão, então que começasse assim, porque sua raiva estava deixando-o completamente cego. Como ele podia se atrever a colocar aquelas mãos em Sakura? E como ela podia deixar que ele fizesse isso? Por mais distraída que ela fosse, ela tinha que impor limites naquela aproximação totalmente desnecessária entre eles.

Depois do primeiro passo, ficou fácil dar início aos próximos. Quando Ele viu, já estava diante dos dois, pegando Sakura pelo braço e agarrando sua cintura firmemente, mostrando que era sua mão que deveria estar ali, e não a de seu irmão. Simples assim.

— Vejo que estão se divertindo. — disse Ele, em seu tom mais gélido e rouco.

Ambos perderam os sorrisos divertidos no mesmo instante, e houve um silêncio mortal, nenhum deles falava ou se mexia. Sakura estava atônita, o corpo endurecido pelo susto e o medo do que Ele faria com o próprio irmão. Ela o conhecia muito bem, sabia que faltava pouco para sua raiva explodir. E isso era inacreditável: Ele realmente estava com raiva, muita raiva. Muito ciúme. Até onde Sakura tinha conhecimento, crises assim eram impossíveis de se ver, mas se isso estava acontecendo, então significava que...

— Claro que sim. – o mais velho sorriu, enfrentando o mais novo sem qualquer hesitação. — Sakura é uma mulher incrível para se conversar.

Sakura sentiu a mão dele apertando-a ainda mais contra Ele, deixando tão perto, que ela poderia se fundir em um com Ele. O receio crescia cada vez mais, ela sentia no ar aquela disputa de irmãos macho alfa que não terminaria nada bem. Mas ela não conseguia evitar a explosiva felicidade em seu peito por saber que Ele estava ali, todo possessivo com ela, impedindo-a de ficar perto do próprio irmão, tudo por causa do ciúme.

— Hm. Vamos, Sakura.

— Mas...

— Vamos. — disse Ele, firme e possessivo, dando uma última olhada raivosa para o irmão, para logo em seguida arrastá-la de lá.

Sakura tentou seguir os passos apressados dele o máximo que podia, mas era um pouco difícil. Ficaram andando de um lado a outro e quando ela se preparou para dizer que estava cansada, Ele, simplesmente, parou. Ela não soube o que fazer com aquela situação, se o chamava ou o deixava assim. Bom, sabendo da raiva que fervia dentro dele, era melhor deixa-lo bem quieto.

Mas Ele sempre foi uma caixinha de surpresas. Sakura sempre ficou chateada com o fato de que Ele odiava demonstração de amor e carinho em público, mas pela primeira vez, no meio daquele parque lotado, Ele a abraçou forte, tão forte que ela pensou que morreria sufocada. Sakura nunca foi abraçada daquela forma por ninguém, não com tanta urgência, medo, desespero e amor.

Ele abraçou-a muito forte, ainda que tivesse muito medo de machuca-la. Era difícil de admitir, mas foi a primeira vez que Ele sentiu tanto ciúme em sua vida, tanta raiva da pessoa que sempre mais amou e admirou no mundo e que agora tentava roubar a sua joia mais preciosa. Eram tantas primeiras vezes num dia só que Ele precisou saber que Sakura ainda estava ali, perto dele, com ele e por ele.

Se era provocação ou se seu irmão estava apaixonado por Sakura, Ele não se importava com nada disso, porque não mudaria em nada o que sentiam um pelo outro. Ele sabia que Sakura jamais sentiria pelo mais velho o que sentia por Ele, porque era real, era deles e de mais ninguém.

Ele se afastou o mínimo possível, apenas para encostar sua testa à dela, e dizer:

— Nunca, escutou? Nunca mais fique próxima dele assim. Você não é dele.

— Pare de me tratar como um objeto! Não seja ridículo.

— Ele não te ama. Eu amo.

Ele sabia o efeito que aquelas palavras causariam em Sakura, mas não tinha mais medo de dizê-las. Ela merecia ouvi-las e merecia senti-las, com toda sinceridade. No final das contas, ela era dele, e Ele dela.

Δ


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Eu gosto bastante desse capítulo. Apesar do Sasuke ser um possessivo horrendo, eu gostei bastante. E meu mozão (desculpa aí, Izumi) Itachi apareceu; meu sonho escrever algo sobre ele. De qualquer forma, espero que tenham gostado. Muito, muito obrigada por ler!
Até mais! ♥ ♥ ♥



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