Holbrook escrita por Jen


Capítulo 18
Capítulo 18 - Sentimentos de Lexie Louhuman


Notas iniciais do capítulo

E eu sinto cheiro de romance no ar!
Pois é, o nosso casal finalmente vai ter o seu momento romance, que talvez esteja prestes a ser interrompido. Mas isso vocês vão ver depois :')
Espero que gostem e não se esqueçam dos comentários, certo? E por falar em comentários, obrigada Mar Delena, Chrys, Manu e Regina pelos últimos coments ♥
Beijos e boa leitura



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Eram nove horas da noite e eu estava deitada em minha cama olhando para o teto em um completo tédio enquanto mexia com os meus pés. Olhei para o relógio me certificando da hora e encarei a janela procurando pelos meus mais novos "seguranças particulares". Obviamente pela altura não avistei o carro e então me levantei abrindo a janela e, claro por seu profissionalismo, atraindo a atenção de ambos. Eles me olharam esperando que eu dissesse algo e tudo que saiu foi:

— Vou ir ver Derek.

Permaneci parada apoiando minhas mãos na parte de baixo da janela com meus braços esticados, eles assentiram e o moreno com seus dois metros de altura murmurou algo sobre me esperar na porta da frente. Eu soltei o coque que prendia meus cabelos e os penteei enquanto caminhava até meu closet, quando o abri procurei pelo vestido claro com sua saia rodada de renda na sua cor pérola. Eu havia tomado banho a menos de uma hora então não havia necessidade de um outro, portanto, só troquei minha roupa, peguei a bolsa e avisei a minha família que iria ate o apartamento de Derek, que aliás, era altamente luxuoso o que me levava a duas questão: Ou a CIA o bancava ou ele era algum milionário que desistiu parcialmente do luxo, o que me leva a outra questão: Quem se cansa do luxo?

Quando sai pela porta da sala caminhei até o carro parado em frente minha casa e entrei no mesmo, fiquei a viagem inteira em silêncio, afinal de contas com eles não era como com o Derek. Obviamente se Holbrook fosse o motorista eu estaria tagarelando sem parar e ele retribuindo sem reclamar. Até Chloe entrou na nossa onda e começou a nos contar até sobre o seu cafe frio que tomara e havia ficado indignada.

Eu estava observando cada detalhe da cidade pela janela do carro e quando dei por mim estávamos em frente ao prédio do Derek, eu cumprimentei o porteiro e fui informada que já que estaria com Holbrook os outros agentes iriam embora e que isso já havido sido avisado a sede da CIA, eu apenas assenti e entrei indo até o balcão com um outro segurança.

— Pode avisar ao senhor Holbrook que Lexie está aqui?

Sorri simpática e o homem retribuiu me dizendo que eu podia subir, Derek já havia dado ordens de que Lexie não precisava de notificações. Eu sorri meio boba e logo cai na real, obviamente era por seu trabalho e revirei os olhos pela minha leve ilusão. Caminhei até o elevador e parei no oitavo andar, o de Derek.

Quando cheguei em frente, sua porta estava meio aberta e eu em uma súbita falta de educação resolvi ir metendo a mão e entrar. Quando abri a porta e já estava em pé na sala de Derek encontrei ele com um garota loira, e muito bonita por sinal, sentada na bancada da cozinha. Ele me olhou e eu fiquei extremamente sem graça por talvez ter interrompido algo. Eu disse a ele que a porta estava aberta, que eu entrei e perguntei se estava atrapalhando, ele negou com a cabeça que eu não o havia feito e por dentro suspirei de alivio ouvindo a garota ironizar em sua frase dizendo seu nome. Eu a cumprimentei e em seguida ela trocou algumas palavras com Derek e foi embora. Eu aproveitei e logo chamei Derek para sair antes que a tal Mia voltasse e resolvesse fazer parte do nosso programinha particular. Ele concordou com o convite e nós saímos para caminhar.

Nesse exato momento estávamos no parque admirando a decoração do lago junto ao da praça inteira, em seu modo rústico.

— Eu acho que não teria tanta criatividade assim. Sabe?! Inventar essas luzes no lago e os patos. - Derek deu uma pausa analisando o lago enquanto pensava. - Talvez os patos.

Ele deu uma risada abafada e eu mexi na saia rodada olhando para o chão e mordendo o lábio inferior.

— Você se subestima. Eu aposto que teria a ideia da luz, os patos e mais alguma coisa qualquer.

Eu falei com toda a sinceridade, pois eu mesmo que em pouco tempo, conhecia Derek, ele tinha mania de se auto-subestimar mas na verdade ele era incrível.

— É, talvez algumas flores e fogos de artificio - Ele brincou batendo de leve em meu ombro com o seu e eu dei uma gargalhada o encarando.

— Você e a Chloe sumiram. Mas como não fui avisada de nada sei que ainda estão no caso.

— Estamos! Você só vai ter que se acostumar um pouco sem a gente. Temos um caso à parte na frança e até resolvermos isso estaremos ausente.

Ele me olhou por alguns segundos voltando a encarar sua frente e eu murmurei um "ah" baixo.

— Tudo bem! Mas espero que voltem logo porque sinceramente aqueles homens não falam nada. Parecem até robôs - A última frase eu sussurrei para ele com o corpo inclinado em sua direção e colocando minha mão esquerda próxima em minha boca, como se a tampasse em um segredo. Ele riu e retrucou mais uma vez em seu tom de brincadeira imitando os meus gestos.

— Talvez eles sejam. - Ele sorriu me encarando e eu fiquei tão sem graça que disse qualquer coisa boba como "Quer algodão doce?" apontando para a barraca pronta a sair correndo. Ele olhou o homem que segurava os palitos próximo a sua maquina de açúcar e concordou com a cabeça segundos depois.

Derek nos últimos dias me deixava sem graça com o seu olhar, parte por eu me sentir altamente atraída por ele e em sua outra parte por ele me olhar de uma forma diferente, talvez com a mesma atração.

Eu fui até a barraca e ele caminhou atrás de mim em passos mais calmos. Pedi os algodões e tentei nos manter conversando todo o tempo para evitar a olhada constrangedora. Conversamos incansavelmente e quando pegamos nossos algodões os devoramos por estar simplesmente delicioso. Quando em um fim de conversa eu estava rindo, encarando o chão em minha frente e ele ria junto a mim, nós sentamos em baixo a uma árvore. Ele me encarou novamente daquele jeito, mas dessa vez com admiração também. Eu encarei seus olhos incrivelmente claros corando levemente, mas não desviei o olhar nem por um segundo. Ele se levantou e ficou parado em minha frente, estendeu sua mão em minha direção e me surpreendeu com seu pedido.

— Você me da a honra de dançar comigo?

Eu sorri automaticamente e me levantei segurando em sua mão e no chão para me apoiar, fiquei em pé em sua frente ainda com o sorriso e coloquei minha mão, que antes estava no chão, em seu ombro. Ele colocou sua mão livre um pouco acima da minha cintura e nós começamos a dançar, sem música, pois nãos precisávamos de uma.

Eu encostei meu rosto em seu ombro e ficamos ali por uns bons minutos atraindo olhares, com um ar convincente de verdadeiros apaixonados, o que eu estava começando a acreditar que éramos, pelo menos da minha parte. Eu olhei novamente em seu rosto e ele afastou o meu corpo do seu me conduzindo em um giro, ele voltou a segurar meu corpo próximo ao seu e quebrou o silêncio.

— Chicago.

Ele soltou e eu não entendi cerrando um pouco os olhos com um sorriso nos lábios e uma expressão mista em confusão e divertimento.

— Você perguntou onde eu morava - Ele deu uma pausa - A algumas semanas.

— Ah sim! Chicago - Foi a minha vez de dar uma pausa - Sempre quis conhecer.

— Morei lá por quatro anos. Foi divertido.

— Morou sozinho?

— Com uma noiva, cada um em seu apartamento. De faculdade, líder de torcida - Ele arqueou a sobrancelha em uma explicação e voltou a me encarar normalmente.

— Certeza que era o capitão do time.

Ele riu baixinho me fazendo sorrir também.

— Acertou. Capitão do time.

—O que deu errado?

— Hum?

Ele me perguntou com a mesma expressão confusa em que eu estava a alguns segundos.

— Com sua noiva.

— Ela era líder de torcida e estava acostumada com a vida do jeito que ela queria. Ela sonhava com a casa perfeita da barbie e eu dentro dessa casinha. Talvez filhos. Uma vida perfeita entre nós dois, então quando eu fui recrutado pela CIA e comecei a sumir por causa das missões e mudar os planos de casamento, ela pensou que eu planejava dispensá-la. Foi ai que ela o fez por mim sem aceitar qualquer explicação ou negação da minha parte quanto as suas suposições.

Ele falou por fim e eu o encarei por alguns segundos sem saber o que dizer, bom, eu sabia o que falar mas não o que falar pra ele, até que eu soltei totalmente sem querer o que devia permanecer guardado só pra mim.

— Não parece real uma garota desistir de você.

Quando dei por mim do que havia dito pelo sorriso surpreso no rosto do Derek, eu corei mais uma vez querendo me afundar no chão, foi ai que ele inclinou seu corpo junto ao meu fazendo eu me deitar para trás na nossa dança por alguns segundos e sussurrou alguns instantes depois.

— Algum cara já desistiu de você?

Ainda por vergonha eu falei rapidamente quase como em um sussurro.

— Vários.

Ele suspirou me encarando por alguns segundos e então falou por fim.

— O que foi uma completa loucura.

Se eu pudesse me ver obviamente me veria com um brilho no olhar junto a uma admiração e definitivamente a paixão. Primeiro eu havia sentido uma atração por Derek, e depois claramente uma paixonite, mas agora, bom, agora sem dúvidas era uma paixão sólida e propensa a se tornar amor.


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