Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 22
Sentimentos Opostos




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Sentindo quase uma liberdade daquela sensação angustiante de esforço físico que já estava atrasando os meus movimentos, eu finalmente alcancei com uma de minhas mãos o buraco acima de mim que discretamente se formava na grade, e como eu fiquei aliviado em confirmar que não só havia mesmo um buraco ali como também um chão no qual eu pudesse pisar, bem do outro lado daquela tela!...
O alívio veio muito rápido, e por isso em uma péssima cronometragem de eventos meu corpo começou a relaxar na hora errada, me faltando forças para conseguir continuar a subir meu corpo inteiro até aquele buraco tão rapidamente quanto eu havia conseguido-o subir até então pela grade.
Eu estiquei pelo buraco uma de minhas mãos tentando encontrar algo sem olhar que desse para me segurar para ao menos terminar de me puxar, mas de repente o que pude sentir na verdade foi algo me encontrando, e uma mão do nada agarrou meu pulso, me puxando com força para cima!

Por um segundo eu ingenuamente fiquei muito aliviado de estar sendo ajudado, mas rapidamente surgiu o medo de que a única coisa que iria estar rondando por ali naquela hora fosse ser o Skrea que estava atrás de nós! Com isso eu comecei a olhar para os lados em desespero, começando a pensar seriamente em tentar soltar meu braço e me atirar dali para uma queda sem volta em direção aos aquedutos mesmo!!
Não importava que ele não fosse me atacar, não importava o quão amistoso um Skrea pudesse querer ser com você, nada vai vir de bom se você apenas cruzar o caminho de um deles! E eu não conheço uma pessoa sequer que também pense diferente disso, já que boa fama é a última coisa que eles vão conseguir ter entre nós humanos...!
Eu recuei meu braço tentando evitar continuar a ser erguido, mas isso só ajudou a pessoa a terminar de me puxar pelo buraco com uma força surpreendente, até que eu pude ser inteiramente puxado para o que parecia ser um outro beco -um pouco mais largo do que o anterior, mas igualmente escuro e vazio.
Meu corpo estava muito debilitado e eu não tinha como reagir mais -diante de qualquer novo perigo-, me fazendo apenas deitar e encolher meu corpo ali mesmo no chão aonde fui deixado, com minhas mãos tremendo pela sensação latente das marcas que as grades haviam temporariamente deixado nelas -definitivamente aquela minha reação era de fadiga, e não de medo.
Mas sabendo bem no fundo que eu podia ter me dado mal no fim de toda essa desventura, e que agora não tinha mesmo mais uma segunda chance para eu escapar, relutantemente eu resolvi encarar aquele novo problema, levantando meus olhos que estiveram cobertos pelo meu manto até então e que haviam impedido meus olhos de verem quem afinal havia me ajudado... porém para a minha surpresa (e alívio), meu salvador não era afinal um Skrea!

Na verdade um suspiro pesado que não vinha de mim entregou aquela pessoa antes mesmo que eu me encontrasse com seus fixos olhos verdes -que me encaravam com certo alívio... Mas antes mesmo que eu pudesse responder à ele com o mesmo tipo de alívio, ignorando o meu estado atual, minhas mãos voaram até a gola de sua blusa puxando-o na minha direção, enfurecidamente colando nossos rostos um contra o outro e olhando diretamente em seus olhos!

— "O que você estava pensando quando me fez tomar esse caminho!?!"

Minha voz saiu ríspida e afobada pela minha respiração que também começava a dar sinais de que eu não estava tão bem assim, provavelmente pela adrenalina estar finalmente passando (para piorar o meu estado)... Gale no entanto engoliu sua própria reação de cansaço também, e me olhou espantado, com uma certa ingenuidade no olhar...
Ele colocou suas mãos nos meus ombros como se quisesse me acalmar, e se afastou apenas um pouco, tentando sorrir da forma menos convincente possível.

— "Achei que você daria conta de fazer esse caminho."
— "O que você acha que eu sou!? Ficar dependurado em uma grade acima de um maldito aqueduto drenado NÃO É "CAMINHO"!!"
— "Eu disse que não seria fácil..."
— "Grr, não admita a sua culpa tão facilmente, você me deve uma depois dessa!"

Empurrando Gale para frente e soltando-o em frustração, eu me virei de lado para ele e segurei com uma mão meu braço que esteve me sustentando nas grades até então, dando atenção para ele e para a dor que eu ainda sentia -e que com certeza ia piorar muito mais no dia seguinte. Grunhindo com raiva por conta daquilo, eu então virei meu rosto para a direção oposta à de Gale e dei mais uns passos tentando entender aonde afinal estávamos...
Afinal, como Gale havia chegado ali? Achei que ele iria tomar um rumo totalmente diferente de mim (já que essa a lógica de quando se tenta "despistar" qualquer coisa, não? Cada um tomar uma direção totalmente diferente...), e que eu não o veria mais tão cedo... Isso porque não só ele tem que se manter em fuga até esses Skreas desistirem de vez, como ele também precisa em alguma hora reencontrar as pessoas da sua gangue e avisar que ainda está vivo...!
"... E normalmente ele só me irrita quando sabe que não vamos voltar a nos rever tão cedo..."

Ainda tentando ignorá-lo porém (e dessa vez, até em meus pensamentos), olhando para os arredores eu pude sentir que o beco em que estávamos era muito bem escondido. Funcionando como uma ladeira, ele dava até um único corredor estreito e mais baixo -que parecia muito pouco usado-, e além de algumas caixas e tábuas finas de madeira largadas pelas paredes do beco como se fossem lixo (não importa o quão habitado ou não os becos sejam, sempre dá para encontrar lixo abandonado neles), uma única parede mais baixa formava quase uma passagem para os telhados dos prédios que nos cercavam, aonde muito provavelmente animais poderiam facilmente subir, ou até mesmo um humano com uma escada em mãos -ou bastante habilidade. Porém além dessas coisas todas, nada mais de interessante parecia haver ali.
Luzes amareladas também vinham do corredor no final do beco como se fossem iluminações normais de rua, mas nenhuma sombra em movimento estava sendo feita nelas -assim como o silêncio que de tão presente, se fazia perceptível-, dando a sensação de que mesmo não estando isolados em uma área abandonada e esquecida da cidade, nós ainda sim éramos as únicas coisas vivas andando por ali naquele instante.
Bom, considerando que não estávamos precisando ser encontrados no momento, aquele era até um bom lugar para eu finalmente relaxar sem medo...
Eu então em curiosidade por aquele local em que jamais havia estado antes, me virei de volta para a tela de onde vim...
Talvez seja o horário, ou a altura em que estávamos, mas por alguma razão agora eu conseguia até ver melhor a lua no horizonte -surgindo sobre os prédios da cidade. Sua luz banhava toda a estrutura do aqueduto, assim como cada construção à vista e também os outros becos do lado oposto ao nosso... era realmente uma bela distância... um belo vazio, em uma cidade tão sobrecarregada de coisas.
"... E nem mesmo assim eu consigo ver, ouvir, ou sentir outras pessoas... como se só tivesse restado nós dois aqui dentro... dessa enorme cidadela."

— "Para aquela direção está o fim da ala oeste... Mas nem mesmo EU piso naquela região."

Gale disse em uma voz vaga -como se na verdade estivesse apenas falando com vento-, também olhando distraído o outro lado da cidade que era grosseiramente cortada pelo aqueduto... Mesmo sem olhar, eu podia sentir que ele havia deixando sua guarda ficar tão baixa quanto a minha graças à todo aquele silêncio e a falta de vida ao nosso redor.
Ele também parecia estar sendo afetado pela mesma sensação contagiante de vazio que eu estava sentido naquele instante, apenas por estar também olhando aquela mesma vista que eu -uma vista que nos fazia sentir distantes das preocupações daquela mesma cidade na qual ainda estávamos.

— "... Eu também nunca fui lá, desde que me mudei para cá a 5 anos... E sinto que nunca vou ter uma razão também para ir até lá..."
— "... Heh, essa ala já ocupa todo o nosso tempo... É quase como se nem mesmo fizéssemos todos parte da mesma cidade, falando dessa maneira. Mal ouvimos notícias das outras regiões, não conhecemos ninguém de lá, e tenho quase certeza de que os problemas de lá não conseguem sequer nos alcançar aqui..."
— "... Será que funciona das duas formas? Será que se formos para lá, os problemas daqui também não nos seguirão...?"
— "Pff, não me diga que você quer tentar fazer uma fuga romântica comigo?!"
— "Grr, é claro que não!... Por que você sempre precisa achar uma forma de zombar do que eu falo!?"
— "Hehehe, não fique bravo...! Eu só quis mexer com você um pouco."
— "Tsc! Eu... Eu estava pensando em outras coisas... coisas bem diferentes."
— "Hum, "Outras coisas", né..."
— "..."
— "... Você tem algo que quer deixar para trás, Yura?..."
— "... E você não tem?"

Eu perguntei para Gale, tendo apenas o seu silêncio como confirmação. Porém lentamente também comecei a me sentir perplexo com o que eu mesmo estava sentindo. Algo dentro de mim, quero dizer... muitas coisas dentro de mim que eu queria ser capaz de esquecer jamais deixaram de ressoar no meu peito, mesmo que eu finja conseguir seguir em frente, essas coisas todas ainda pesam nos meus ombros de tempos em tempos... como um fantasma que eu esqueço que me assombra.
"Ressentimento... eu jamais fiz questão desse sentimento existir. Mas realmente existe."
E quase como em um transe, após aquela conversa sem propósito em que eu e Gale nos prendemos por um instante, nós dois apenas continuamos ali em silêncio, observando a cidade -imóveis- sem precisar trocar mais palavra alguma... dando um tempo finalmente para os nossos corpos se recuperarem em meio ao frio da noite que cortava por entre nossas roupas e atingia nossos corpos sem esforço algum -como se não tivéssemos escolhido aquele momento para descansarmos, mas sim como se aquele momento tivesse nos escolhido.

Eu tinha muito para perguntar ainda para Gale, mas minha cabeça apenas abaixou um pouco enquanto eu apreciava aquele instante de repouso mais um pouquinho. Lidar com Gale definitivamente era tudo, menos repouso, e no momento era também a coisa mais importante da minha lista para eu simplesmente conseguir deixar para lá e não o fazer... E provavelmente ele também (por alguma razão) pensasse de modo similar a mim, já que não forçou também nenhum novo assunto ou atitude, parecendo apenas me aguardar tomar qualquer nova decisão dentro do meu próprio tempo -fosse esse o tempo que fosse.
"Talvez porque finalmente agora dê para voltarmos à agir sem pressa..."
Mas com o tempo, o frio começou a me incomodar -já que eu uso poucas roupas-, e acabei cruzando meus braços passando a me sentir gradualmente entediado com o silêncio agradável porém prolongado... Sentindo que não dava mais para ficar adiando uma nova conversa, eu resolvi finalmente falar qualquer coisa com ele.

— "Você realmente tem muito tempo livre em mãos, para ficar parado aqui comigo, não? Achei que sua prioridade essa noite estava sendo fugir."
— "Eu não te deixaria para trás..."
— "Me conta outra, você me mandou nessa direção para que eu me virasse sozinho, senão jamais teria sugerido que nos separássemos. Agora porque depois disso tudo você resolveu ter uma mudança de atitude e veio atrás de mim?"
— "... Sabe como é... fiquei com saudades."

Irritado com as respostas nem um pouco sérias dele eu o encarei bem irritado, fazendo Gale me olhar de volta com um jeito afetuoso -muito para a minha surpresa.
Ele cruzou seus braços soltando um leve riso como se soubesse desde sempre que seria inevitável eu ficar me deixando levar pelas suas brincadeiras fora de hora. Eu na verdade não me irritava com as brincadeiras de Gale em si, mas sim com seu hábito de disfarçar todos os assuntos que eu abordava com ele, em momentos aonde uma resposta séria seria mais do que bem vinda.
Gale então andou até onde eu estava, colocando sua mão sobre o manto que cobria a minha cabeça, esfregando-a um pouco. Seu sorriso bobo continuava o mesmo.

— "Eu apenas vi que dava para fazer isso e fiz."
— "?"
— "Quando nos separamos, realmente veio um Skrea na minha cola da forma que eu imaginei que viria. Mas eu consegui dar rapidamente um jeito nele e senti que aquele era o último nos seguindo... Então resolvi passar por aqui para ver se você ainda estava vivo, e ter certeza de que você também estava livre de problemas."
— "Você diz além dos vários em que você me colocou hoje? ...Hump, não acho que eu precise tanto ser o foco da sua preocupação, ainda mais com toda a sua gangue espalhada por aí provavelmente tentando também a sorte contra outros Skreas."
— "Bom, só se eles arrumaram briga com novos Skreas então, porque tenho quase certeza que aqueles que nos seguiram eram os únicos 2 ou 3 ainda em boas condições para virem atrás de nós."
— "...Não me diga que todos os Skreas que você irritou então vieram logo atrás de nós dois-...? Espera! Como assim "boas condições"?"

Gale abriu sua boca por um instante quase me respondendo naturalmente, mas ele do nada se calou ao que lentamente olhou de lado para mim, alcançando meus olhos e fazendo uma expressão novamente atrevida. Ele deslizou sua mão e seu braço pelas minhas costas, apoiando-se sem dificuldade no meu ombro, e me puxando um pouco mais para perto dele.
Não era pelo frio que eu estava deixando facilmente ele se grudar tanto em mim, mas sim porque eu sabia que sempre que eu quisesse informações dele, então eu iria precisar aceitar as suas regras e brincar junto.
Se virando então totalmente para a minha direção, Gale segurou com a ponta de seus dedos o meu queixo, levantando meu rosto na sua direção e ficando extremamente perto de mim, sussurrando.

— "Digamos que... existem mais do que uma única forma de causar problemas para um Skrea se você estiver disposto a tentar... e no momento eu tenho comigo a melhor de todas elas."

Desafiando meu olhar crítico e severo que não estava nada contente com essa afirmação, Gale com seu jeito arrogante se aproximou da minha boca, apenas sorrindo cinicamente e finalmente se afastando sem chegar a encostar em mim, colocando sua mão dentro de um dos bolsos na sua cintura como se estivesse se assegurando do que estava ainda lá dentro, e então fazendo um gesto com a cabeça que na mesma hora me fez entender!
"Os Venenos?! Espera, ele não-...!"

— "Mas... Quando perguntei antes para você, você disse que não tinha feito nada-!"
— "Disse que não "causei" nada que fosse trazer uma nova guerra... e realmente sei que não causei."
— "... Mas ainda sim fez algo..."
— "Claro, eu não abordaria um grupo de Skreas sem motivo algum, não é?"
— "Você se deu ao trabalho de tentar um ataque não convencional... mas que mesmo assim não deu certo porque eles vieram atrás de você."
— "Quase isso... Eu sabia que alguns deles acabariam vindo atrás de mim, então só precisei realmente ter certeza de quais que iriam ficar na minha cola e quais que ficariam para trás."
— "Gale, o que você tentou fazer com eles afinal...?"
— "Não está óbvio...?"
— "...Nem um pouco, eu quero os detalhes! E eu sei que você está escondendo esses detalhes de mim propositalmente! O que tem por trás disso tudo que eu não posso saber!? Porque está se dando ao trabalho de me enrolar tanto assim, sem abrir o jogo inteiro logo de uma vez!?"
— "Porque você é importante para mim... e eu tenho as minhas razões para te deixar livre desse assunto Yura. Se você cruzar essa linha eu não vou poder prometer a sua segurança, especialmente se você acabar ficando no meu caminho."

Ouvir Gale dizer aquilo com um tom preocupado porém ameaçador me fez automaticamente recuar um pouco para trás, me afastando dele. Era aquele momento em que aquele seu jeito ambicioso de querer concretizar seus sonhos sob qualquer custo começava a novamente me intimidar... Dizendo que se importava, que se preocupava, mas ainda sim não considerando medir esforço algum para manter essas suas próprias palavras caso eu cruzasse o caminho de seus planos... Como confiar de verdade em uma pessoa com sentimentos tão opostos assim?...
"Mesmo que no fundo eu até quisesse poder confiar nele..."
Eu já estava ficando realmente perturbado, em nenhum momento como hoje eu vi Gale tão determinado a manter um segredo de mim -mesmo depois de tanta coisa que aconteceu... como se pela primeira vez ele realmente estivesse dando peso aos seus atos, diferente de todos os pequenos e irrelevantes crimes que cometera até hoje. E saber que Skreas estavam envolvidos nisso, enquanto eu estava sendo posto de fora, me deixava ainda mais transtornado! Gale já tinha um histórico de radicalismo e segregação no seu modo de pensar, e por isso eu não conseguia simplesmente me convencer de que ele não pretendia em algum momento trazer uma guerra para essa cidade -caso ele se empolgasse demais com seus próprios planos-, diferente de tudo que ele até hoje já chegou a fazer.

Eu me virei na direção da parede evitando ter Gale no meu campo de visão por um instante enquanto eu ainda tentava pensar sobre isso. Eu já estava tendo toda a certeza de que precisava ficar afrente dessa história, mesmo que Gale quisesse me deixar no escuro. E se ele realmente não fosse me falar nada, então eu iria ter que tentar descobrir o resto dessa história com outras pessoas mesmo! Afinal havia no mínimo ainda uma testemunha viva, e eu já havia conseguido informações o suficiente para começar a juntar as peças -mesmo que pudesse demorar um pouco mais do que se eu apenas recorresse à ele logo para me contar tudo, como eu realmente queria que fosse.
Não importa do que ele tente me convencer, mesmo que ele continue dizendo que realmente a única consequência -do que seja lá o que ele fez- tenha sido esses 2 Skreas na nossa cola, nada realmente me provava que em uma próxima vez iria ser igual. Se Gale estava usando seus venenos, então ele realmente estava tramando algo além da minha imaginação -já que apenas com venenos, não tem como ele matar nada- (O metabolismo e o sistema imunológico dos Skreas os tornam extremamente resistente à maioria das toxinas que facilmente afetariam um humano, fazendo com que os venenos -mesmo que bem efetivos- não cheguem a ser letais para eles). Então se não foi uma tentativa de matá-los, o que afinal ele pretendia conseguir -para que valesse a pena até mesmo colocar sua gangue inteira em risco?!
Bem, de qualquer forma... mesmo não tentando matá-los, aquilo ainda podia ser muito sério, já que Skreas são imprevisíveis demais -para o meu gosto- na hora de considerarem seus conflitos com nós humanos.
"Já é querer muito por hoje eu ter que assimilar que uma raça que deveria ser racional está muito mais ocupada tendo acessos violêntos e crises de sentimentos dos quais não foram feitas para ter...!"
Então no fim, ter qualquer certeza de que os atos de Gale não iriam em algum momento implodir em uma guerra estavam além da minha compreensão... Além da minha compreensão sobre o mundo, e além da minha compreensão sobre a mente do próprio Gale.


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