Dangerous Woman - TERCEIRA TEMPORADA (ÚLTIMA). escrita por Letícia Matias


Capítulo 29
29


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoaaaal! Tudo bem com vcs?Eu espero que sim!
Hoje essa escritora chata aqui tá completando 18 anos!!! Uau. Tô velhona. Socorro!! Hsuahahu
Espero que gostem desse capítulo ;)



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Eu estava quase terminando meu trabalho com a árvore. Ela estava ficando realmente linda. Tinha tirado a touca e prendido o cabelo em um coque alto. Estava sentindo calor agora que tinha ligado o aquecedor do apartamento.
Estou parada ao lado do balcão tomando uma xícara de café preto.
–Espero realmente que você não seja esquentadinho assim, sabia? - falo olhando para minha barriga. - Ou esquentadinha. - acrescento.
Torno a olhar para a árvore. É estranho estar falando com a minha barriga.
A árvore já está toda decorada com bolas douradas, vermelhas e brancas. As luzinhas brancas também já estavam ao redor dela, só faltavam alguns canudos para enfeitar alguns galhos.
Recomeço a mexer na sacola e imediatamente a campainha toca. Penso que deve ser Kyle. Mas me surpreendo ao abrir a porta e ver que é ninguém mais ninguém menos do que Sean. Seu sorriso se alarga ao me ver. Ele parece ainda mais alto se aquilo fosse possível. Estou pasma e surpresa.
–Surpresa! - ele diz.
Continuo olhando para ele por um momento apertando a maçaneta da porta. O sorriso de Sean vai se esvaindo.
–Nossa, você está bem surpresa mesmo.
Pisco algumas vezes e gaguejo. Penso na minha barriga, no que está dentro dela.
–Eu... desculpe. Oi! - sorrio para o meu irmão e o abraço.
Ele sorri e me dá um abraço apertado.
–Acho que cheguei em boa hora. - ele entra no apartamento e fecha a porta. Observa a árvore de Natal. - Está linda.
Sorrio um pouco desanimada.
–Obrigada.
Sean estreita os olhos e coloca a mochila preta em cima do sofá.
–Você está bem?
–Sim. - tento parecer indiferente. - Quer um café? -pergunto indo para a cozinha e já pegando uma xícara para servi-lo.
–Claro, quero sim.
Sirvo metade da caneca vermelha com café preto. Sean senta-se na banqueta e pega a caneca da minha mão.
–Como está a Tilly? - pergunto me escorando na pia e cruzando os braços.
–Ah ela está bem. Está na casa dos pais.
Concordo com a cabeça.
–Você vai passar o Natal com eles?
–Mamãe e papai foram convidados por eles para irem para Chicago e passar o Natal lá, mas sabe como a mãe é. Não sei se ela vai.
Arqueio as sobrancelhas e concordo com a cabeça.
–Tem falado com eles?
–Não. - respondo. - Desde o Dia de Ação de Graças.
–Ally...
–Sean, não. - ergo a mão para pedir que ele pare de falar. - Por favor.
Ele fica me olhando.
–Você vai ficar aqui até quando?
–Ah... vou voltar para Chicago na segunda de manhã. Podemos passar o domingo juntos.
Concordo com a cabeça.
–Seria ótimo.
–Você pode ir pra Chicago também.
Balanço a cabeça negativamente.
–Não dá. Mas eu agradeço o convite.
Sean me olha de um jeito estranho, me analisando minuciosamente como Kyle vive fazendo. Observo seus olhos se estreitarem e ele olhar em volta. Seus olhos pairam nos cacos do abajur no chão.
–E o Kyle, onde está?
–Saiu. - digo. -Logo deve aparecer aí.
–Vocêa brigaram?
Dou de ombros.
–Não é nada, na verdade. É só por causa de um CD idiota.
Me sinto mal chamando o presente mais legal que eu ganhara de idiota, mas eu estava irritada com Kyle e se ele chegasse com a cara machucada eu seria capaz de socá-lo.
Sean assente.
–Como foi a viagem? O México é bonito?
–Bastante. - sorrio de lado. - Deve levar a Tilly lá.
Sean assente e eu saio da cozinha. Volto minha atenção à árvore na sala e continuo a enfeitá-la com os canudos que aindanfaltam.
–O que foi, Alice? Você está... diferente.
Olho para o canudo branco e vermelho em minhas mãos. Olho para o rosto ansioso do meu irmão. Seus cabelos espetados e castanhos estão desgrenhados. Não sei se devo contar, mas seu olhar é inquisidor sobre mim.
–Estou grávida. - digo.
A boca de Sean se escancara imediatamente e ele pousa a caneca no balcão. Ele levanta da banqueta e me fita paralizado boquiaberto. Essa era a reação que eu temia.
–Como é?
Não falo nada. Continuo a olhá-lo e respiro fundo. Amasso o canudo em minhas mãos.
–Alice... Como assim grávida?
–Grávida! - digo perdendo a paciência. - Você já sabe como funciona. - suspiro.
Não aguento o olhar do meu irmão sobre mim. Ele parece não acreditar e estar me censurando. De certa está pensando o quanto sou irresponsável e outras coisas.
–Alice isso é tão... inapropiado! Você tem vinte anos e...
–Você acha que eu não sei? - o interrompo. - Acha que eu não estou... assustada com isso? Como acha que eu estou me sentindo?
Ele me olha em silêncio.
–Olha, eu entendo tudo o que você quer me falar mas não é disso o que eu preciso. Eu preciso que você não me olhe dessa maneira e não diga que sou irresponsável.
Sean suspira exasperado.
–Alice, eu sou seu irmão e seu melhor amigo. Eu sinto muito mas nem sempre vou ser compreenssível.
Sinto meus olhos começarem a arder. Sinto-me raivosa. Lá vem as malditas lágrimas novamente! Argh!
–Eu só não entendo. Vocês tinham dado um tempo e...
–Eu já estava grávida. No feriado eu já estava grávida. Mas o teste tinha dado negativo.
Sean coloca as duas mãos em sei rosto.
–O que você vai fazer? - ele pergunta. O som da sua voz sai abafado.
–Não sei. - respondo sinceramente.
– E quanto ao Kyle? Onde ele está? Ele sabe, ele...
–Sim, Sean ele sabe! Você pode, por favor, não me tratar como uma criança?
–Eu só estou preocupado, Alice. Você é minha irmã e está... - ele não termina de falar.
Nos encaramos.
–Sabe como nossos pais vão reagir a isso...
–Quer saber? Foda-se! Eu que me banco agora e não eles. Eles não têm nada a ver com isso...
–Não é bem assim, Alice...
–É sim! Não vou aceitar a mamãe vir falar qualquer coisa para mim. - as lágrimas saem dos meus olhos. - Ela não tem esse direito. Nenhum de vocês têm! Não é disso que eu preciso. De nenhum de vocês. Eu caminho com as minhas próprias pernas há algum tempo já. Eu e Kyle fazemos isso e daremos um jeito. Agora, se você tem alguma palavra de apoio para me dar, eu agradeço. Caso o contrário, peço que não fale nada. - meu tom de voz é histérico e choroso à essa altura.
A campainha toca no mesmo momento. Eu bufo e viro-me de costas para Sean. Destranco a porta e vejo Kyle parado com uma sacola branca e grande na mão. Ele franze o cenho a ver meu rosto vermelho e banhado em lágrimas e olha para Sean há alguns metros de mim. O silêncio se instala. Os dois se encaram.


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Notas finais do capítulo

#tenso hein.
o que vocês acham que vai acontecer no próximo? Me contem aí nos comentários!
Beijos.
amo mt vcs
lê ♡



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