Dangerous Woman - TERCEIRA TEMPORADA (ÚLTIMA). escrita por Letícia Matias


Capítulo 28
28


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!! Como vocês estão hoje? Espero que todo mundo enteja bem.
Aqui está mais um capítulo para vocês e nesse vai acontecer uma coisa que acho que vocês estavam esperando um pouquinho kkkkk
Hope you like it!!



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No sábado, no dia seguinte após termos chegado em Nova York novamente, Kyle e eu fomos a um médico. Não foi surpresa ao vermos o resultado do exame de sangue. De fato eu estava grávida. A surpresa talvez fora pelo fato do tempo da gravidez, quase dois meses. Enquanto o médico falava conosco, Kyle segurava minha mão debaixo da mesa e tudo o que eu pensava era que eu tinha transado com Matt enquanto eu tinha um feto dentro de mim. Aquilo fez com que eu me sentisse mal, completamente enjoada e suja. Claro que se Kyle perguntasse, não falaria nada sobre isso. Era um aborrecimento a ser evitado.
Eu deveria começar um acompanhamento mensal agora, aquela coisa de grávida de sempre. Eu tentava me manter focada, mas acho que não ouvi metade do que o médico dissera e apertava a mão de Kyle constantemente. Aquilo era tão estranho... toda aquela situação me fazia querer arrancar meus cabelos fio-a-fio.
Quando saímos da sala do médico, me sentia exausta e louca para ir para casa. Kyle parecia um pouco ansioso enquanto andávamos lado a lado de mãos dadas num corredor vazio pelo hospital.
—Está tudo bem? - ele pergunta quebrando o silêncio.
Paro de andar e respiro fundo. Encosto-me em uma grande janela de vidro e sustento o olhar esverdeado dele sobre mim.
—Só estou... ansiosa. Eu não sei. - dou de ombros. -Estou com medo de como as pessoas vão reagir.
—Quando você diz as pessoas, você quer dizer seus pais?
Solto as mãos de Kyle e coloco meus cabelos atrás da orelha. Fito meu par de All Star vermelhos e depois fecho os olhos tentando fazer com que as lágrimas que estão querendo sair de meus olhos, permaneçam em seu devido lugar.
—Você viu como eles são. - falo com a voz embargada. - Principalmente minha mãe. Eles vão... surtar!
—Não precisamos contar.
Olho para Kyle com as sobrancelhas unidas.
—Pelo menos não agora.
Sinto como se um peso enorme estivesse em meus ombros.
—Como pode estar tão... calmo? - pergunto balançando a cabeça.
Kyle olha para cima e respira fundo antes de se aproximar mais de mim. Ele coloca as mãos nos meus cabelos.
—Bem, pra começar, acho que o fato do meu pai não querer me matar por isso, já é um começo.
Sorrio de lado. Ele estava certo.
—E, o fato mais importante, Alice, é que eu amo você. Só quero que se lembre disso. Nós vamos conseguir. Daremos um jeito independentemente do que as pessoas acharem. Se você quiser casar, nós casamos... O que você quiser.
Sorrio entre as lágrimas e sinto seus braços se fecharem ao redor do meu tronco.
—O que quer fazer agora? - ele pergunta.
Observo uma enfermeira com uniforme verde passar rapidamente pelo corredor vazio onde estávamos.
—Ir para casa seria bom. Talvez montar a árvore de Natal.
Kyle olha para mim e sorri.
—Posso ajudar?
Dou risada e limpo o rosto com as costas da mão.
—Deve ajudar.
—Então vamos nessa, boneca. Temos um longo trabalho pela frente.
***
Nós saímos em busca de uma árvore de Natal para comprar porque eu não tinha uma. Kyle disse que não se incomodava com isso e não compraria uma para seu apartamento. Eu achei aquilo estranho pois ele dissera que gostava dessa época do ano. Comentei esse fato e ele apenas deu de ombros e disse que dava muito trabalho montar tudo e decorar. Segundo ele, ele não tinha um dom para decorar árvores.
—Isso é bem estranho vindo de um artista plástico. — alfineto a caminho do meu apartamento. A neve parou de cair por algumas horas, mas o chão ainda está coberto com um manto branco escorregadio.
—Ah qual é! - ele sorri olhando para rua a frente.
—É sério, Kyle! Você... pinta e desenha, é criativo. Está me dizendo que não consegue montar uma árvore de Natal?
—Só acho que há coisas mais importantes a se fazer.
Arqueio as sobrancelhas.
—Claro, este é o espírito.
Ele sorri.
—Você vai ficar longe da minha árvore. - ameaço.
—Eu vou ajudar você a montar. Prometo. Mas não me responsabilizo se ficar feio.
Olho pela janela sorrindo. A cidade parece um cenário de algum filme natalino. Há tantas luzes e árvores enfeitadas pela cidade. As vitrines estão decoradas com Papais Noéis, duendes e renas.
—Eu preciso comprar um presente pra você. - comento distraída.
—Não se preocupe com isso.
Olho para seu rosto. Kyle olha olha para mim e aperta minha mão.
—Você é o meu presente.
Sinto minhas bochechas esquentarem.
—Por que está tão romântico?
Ele dá de ombros.
—Se quiser posso ser grosso.
Dou risada e aperto o botão do rádio para ligá-lo. Quando Frank Sinatra invade os alto-falantes com sua música natalina clássica, aumento o volume.
Kyle olha para mim e revira os olhos.
***
Kyle entra com a árvore debaixo do braço e eu tranco a porta amarela do meu apartamento.
—Onde você quer que coloque?
Faço bico e olho em volta da sala.
—Aqui do lado da televisão seria legal, não acha? - pergunto e me encaminho até o pequeno espaço. - Não. Aqui vai ficar melhor. - ando até o lado da porta, bem no canto da parede. -Aqui.
—Sim senhora. - Kyle diz com esforço e coloca a árvore em pé.
Ela é um pinheiro com um pouco de neve falsa por toda sua extensão.
—Quer um café? - pergunto. - Só vou tirar essas botas e já volto para começarmos a montar.
—Tudo hem. Eu coloco o café na cafeteira.
Concordo com a cabeça e vou para o meu quarto. As malas ainda estão feitas. Preciso arrumá-las. Tiro as botas e as guardo no closet. Continuo com a touca branca de crochê e o suéter rosa de manga cumprida. Coloco uma calça preta de moletom e coloco meias nos pés.
Quando volto para a sala, Kyle está com um CD na mão. Paro abruptamente e ele olha para mim.
—Como conseguiu isso? - ele pergunta olhando para mim.
Engulo em seco. Não tem como mentir para ele. Por sua cara posso ver que no fundo ele sabe da resposta. Mas eu não queria falar sobre aquilo. Sei que estragaria tudo.
—Então? - ele me pressiona.
Ando até ele e pego o CD de sua mão. Torno a colocá-lo em cima do balcão, onde ele não deveria estar, e olho para Kyle. Digo só uma palavra.
—Matt.
E então a casa começa a ruir. O humor de Kyle muda visivelmente. Ele adota uma expressão carrancuda e começa a andar de um lado para o outro.
Fecho os olhos quando ouço ele derrubar o abajur em cima do criado mudo ao lado do sofá. O clima já era outro.
—E você ainda me pergunta o porquê de eu querer sumir de Nova York!
—Se você abaixar o tom, podemos conversar sobre isso. - olho para ele e depois para o abajur no chão.
Kyle olha para mim e passa a mão pelos cabelos vermelhos.
—Eu tenho vontade de pegar ele e...
—E o que vai adiantar, Kyle? - pergunto. Cruzo os braços em frente ao meu corpo. - O que vai adiantar? Se serve de alguma coisa, eu amei ainda mais o CD quando você disse na praia que fora você quem o tinha conseguido.
—Não serve de nada. -Kyle bufa. - Eu não suporto mais isso. Eu não suporto.
Observo ele recolocar a jaqueta de couro que tinha tirado e andar até o balcão. Ele pega a chave do carro.
—Onde você vai? - pergunto.
—Sair um pouco.
Ele está completamente emburrado e vermelho.
—Você vai ir bater nele? - pergunto.
Kyle olha para mim.
—Por que se importa?
Reviro os olhos.
—Quer saber, Kyle? Quer ir bater nele? Isso vai fazer você se sentir melhor? Então vai. Só sai de perto de mim com essa cara.
Começo a me sentir irritada.
—Isso é tão infantil! Será que não consegue ver? Mas quer saber? Se você quiser ir bater naquele idiota, então vai.
Kyle parece surpreso com a minha reação. Passo por ele e abro a porta. Ele fica me olhando.
—E aproveita e compra um abajur novo pra minha sala porque eu não mandei você quebrar ele.
Cruzo os braços em frente ao meu corpo e fico esperando Kyle passar pela porta. Ele parece hesitante, mas passa pela porta de cara feia. Reviro os olhos furiosa e bato a porta com força. Aquilo era tão estúpido e infantil! Eu não moveria mais nenhum dedo para impedir que os dois se matassem.
Vou até a sacola grande e branca de enfeites que havia comprado e começo a remexê-la.


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Notas finais do capítulo

Uma hora ou outra o Kyle tinha que ficar sabendo que foi o Matt que deu o CD né?
Eu espero vocês amanhã no próximo capítulo e vai ser um capítulo muuuuuuuito bom. E, como amanhã é meu aniversário, quero todo mundo aqui comentando o que achou do capítulo(desse e no capítulo de amanhã também kkkk)
Amo vocês,
Lê ♥



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