Girls Talk Boys escrita por Glads


Capítulo 44
Sick




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Layse

Eu estava tirando uma foto da Sra. Irwin com meus filhos - Cayse em seus braços e os outros dois em carrinhos de bebês - quando Lauren desceu correndo as escadas da sua casa.

Ela já tem a minha idade quando conheci Calum e está ficando cada vez mais parecida comigo, a única diferença é seu peso, já que Lauren tem corpo, enquanto eu era esquelética.

— MEU DEUS! SOCORRO! SOCORRO! - ela pulava na nossa frente.

Apenas ri e perguntei:

— O que foi? Você inventou de ir no quarto do Ash enquanto ele está com a Lydia lá?

Ela negou e me entregou o celular.

Enquanto lia o jornal, meu irmão surgiu com Lyd em seu encalço.

Sentei no sofá completamente surpresa apertando play no vídeo linkado.

— Lay, você viu?- Ash perguntou e entendi que ele já tinha visto.

Eu assenti esperando o vídeo carregar.

Cayse, nos braços da mãe dos meus irmãos, começou a chorar e ela a balançou levemente fazendo minha filha se acalmar.

A voz de Naomi se fez presente no celular e completamente confusa assisti toda a entrevista.

Calum contou sobre mim, sobre nossos filhos, sobre tudo para o mundo.

— Você está bem, Lay? - Lydia perguntou.

Levantei o rosto para olhar para ela e assenti sentindo um sorriso se formar em meus lábios.

— Eu preciso ir para casa. - anunciei ansiosa para vê meu marido - Tenho que falar com o Cal.

— Minha filha, espero que você entenda tudo o que isso vai trazer. - Sra. Irwin se levantou e colocou minha filha no seu carrinho.

— Sim, eu entendo.

— Vamos, Lay. Eu te levo. - Ash disse pegando a chave do carro.

***

No meio do caminho Mali e a mãe de Naomi me ligaram no meio do caminho, ambas chocadas com a atitude do Cal.

Quando cheguei, Ash me ajudou a levar as crianças até a sala.

— Hey! Já voltou, Lay? - Calum surgiu usando apenas uma bermuda azul.

E tudo o que consegui fazer foi sorri.

Então ele soube que eu já tinha visto e sorriu também.

Não existe nada melhor que a sensação da liberdade.

Como se lesse meus pensamentos, meu marido falou:

— Finalmente livres?

— Maravilhosamente livres. - respondi me jogando em seus braços.

Enquanto nossos corpos se encaixavam, pude ouvir uma risada do meu irmão.

— Os filhos de vocês estão felizes. - anunciou.

— O quê? Por quê? - peguntamos juntos nos virando na direção deles.

— Bom, a Summer tá dormindo, o Caleb tá babando e a Cayse tá rindo porque descobriu a mão.

— Espera... - me afastei do Cal - A Summer tá dormindo? Mas ela já dormiu muito, era para está com fome agora.

Como se me entendesse ela começou a choramingar, mas não de fome e sim de dor.

— Tem algo errado com ela. - Calum expressou meus pensamentos.

Mesmo sem não ter ficado tanto tempo com as crianças quanto eu, ele conhece o tipo de choro de cada um.

Ashton prontamente a carregou e arregalou os olhos dizendo:

— Ela está febril.

Engoli em seco sentindo uma dor horrível no peito e desejando que seja lá o que ela tem, passe para mim.

— Vamos levá-la no hospital. - Cal declarou em meio ao choro da nossa filha.

— Não precisa, talvez ela só esteja enjoada. - falei - Já dei o remédio que a doutora indicou para ela tomar.

— Como assim, remédio? - Cal estendeu o braço e Ashton passou Cayse para ele.

Assim que se aconchegou nos braços do pai, minha filha parou de chorar.

— Ela já ficou assim antes e a pediatra passou esse remédio.

— Mas é grave? Você quer que eu fique aqui para ajudar? - Ashton prontamente se ofereceu.

Eu ri e o abracei de lado.

— Não precisa, a Naomi e o Mike estão aqui. - Cal disse observando atentamente a filha - Pode voltar para a Lyd.

Estranhei o sorriso malicioso do meu irmão, mas preferi ignorar.

Cayse e Caleb começaram a chorar e Calum eu eu fizemos o que sabemos de melhor, nos virarmos com três bebês.

— Espera um pouco... Você disse que a Nam e o Michael estão aqui, mas cadê eles? - questionei enquanto ele colocava as duas crianças com fome em meus braços.

— Você quer mesmo saber? - ele riu.

— Oh céus! - fechei os olhos - No quarto de hospédes?

— Não, no banheiro. - ele falou ajeitando a bebê.

— Caramba! Eles querem mesmo recuperar o tempo perdido.

— E fazer da casa dos meus pais um motel! - acusou Cal.

— A gente não pode fazer nada se o titio e a titia resolveram fugir do choro constante dos netos... - Naomi surgiu com um vestido simples e os cabelos molhados.

— Não era brincadeira quando eles disseram que só iam ajudar na gravidez da Layse. - Mike apareceu sem camisa enxugando o cabelo com uma toalha branca.

— Não mesmo. - murmurei.

Mas tudo bem, entendo meus sogros... Só não sei se teria coragem de fazer isso com meus filhos e meus netos.

— O que importa é que estamos indo bem. - Calum defendeu seus pais e se sentou ao meu lado.

— E que agora vocês estão livres. - Naomi sorriu eufórica para mim - E eu estou com o Michael!

Ele riu e a puxou para a poltrona onde a fez se sentar em seu colo.

— Vocês não olharam o twitter. Não é? - Mike questionou.

— Não. Até desinstalei as redes sociais do meu celular. - Cal disse.

Caleb terminou de mamar, ajeitei minha blusa e o coloquei em um dos carrinhos.

— Cara. Quando tivermos nossos filhos, temos que comprar esses carrinhos de bebê, Naomi. - Mike anunciou - Eles são essenciais.

Minha amiga corou, mas sorriu animada.

— Então vocês vão se casar? - arrisquei sorrindo.

— Mas é claro! - Michael soou como se aquilo fosse óbvio - Um dia vamos, não agora, mas um dia...

— E a Crystal? - Calum perguntou - Como ela tem lidado?

— Afinal, ela te amava. - completei.

Mike suspirou triste.

— Ela ficou com muita, muita, muita raiva de mim, mas a Bryanna garantiu que foi melhor eu terminar logo do que a pedir em casamento para depois dá errado.

— Você ia pedi-la em casamento? - Nam questionou olhando para ele.

— Não. Ela estava achando que eu ia porque andava estranho desde o show no Brasil.

— Como ela ainda esperava algo depois daquilo? - pensei alto colocando Cayse, que também acabara de tomar leite, no outro carrinho.

— Acho que logo ela fica bem e se você der sorte, não vamos ter uma nova versão de You Suck. - Calum riu.

Revirei os olhos e decidi mandar uma mensagem para Crystal.

Apesar de sempre desejar que Naomi e Mike ficassem juntos, não queria que a Crys saísse profundamente machucada.

— O que a Summer tem? - Nam chamou minha atenção.

Olhei para a minha filha e a vi pálida.

— Eu acho melhor a levarmos no hospital. - Calum disse em um tom nervoso.

***

Em menos de uma hora, chegamos ao mesmo hospital que os trigêmeos nasceram e logo fomos atendidos em uma sala simples, mas cheia de desenhos coloridos pela parede.

— Basta a pequena Summer trocar o remédio por esse outro, ela tem que tomar de 24 em 24 horas por quinze dias. - o mesmo médico que fez o parto entregou o papel para Calum - É apenas uma baixa resistência, logo ela estará bem.

— Muito obrigada. - falei sentindo um alívio fora do normal.

— De nada. - o médico se levantou e apertou nossas mãos - Inclusive, Sr. Hood, acho melhor lhe avisar que a frente do hospital está cheia de paparazzis.

— O quê? - arregalei os olhos - Como eles descobriram que o Cal está aqui?

— Dessa vez não foi pedido sigilo da equipe médica. - o doutor falou - Alguém deve ter liberado a sua presença aqui para a imprensa.

Calum estudou minha feição, deu de ombros e disse:

— Bem vinda a outra parte da minha vida.

— De qualquer forma, Sr. e Sra. Hood, nem no nascimento deles vocês tiveram paz.

Assenti relembrando como haviam alguns paparazzis na frente do hospital no dia que recebi alta. Por sorte, ficamos sabendo antes e Calum teve que esperar meia hora depois de mim para sair de lá.

Infelizmente, não descobrimos quem havia vazado aquela informação.

— Sim, as fãs acharam que eu estava doente. - meu marido riu relembrando.

— E minha filha chorou implorando que eu contasse se tinha te visto aqui e quão grave era sua doença. - o homem riu - Bom, o que importa agora é que essa mocinha ficará bem, mas lembrem-se, qualquer coisa, podem voltar aqui comigo. Inclusive, peguem o número da minha clínica particular, para atendimentos periódicos.

Com a mão livre, peguei o cartão da mão dele e guardei no bolso.

— Mais uma vez, obrigada. - Calum disse.

***

Aninhei Summer em meus braços e ela parecia com tanto medo quanto eu.

— Apenas segure minha mão, ignore eles e siga até o carro. - Cal me avisou - Você escolheu assim, Lay.

Respiramos fundo e abrimos a porta do hospital.

Vários flashs começaram.

Alguns fotógrafos estavam escondidos, outros nem sequer se importavam de virem para cima de nós.

Em um ato instintivo protegi minha filha daquela luz horrorosa e apressei o passo em direção ao carro estacionado próximo há um canteiro de rosas.

De repente, uma mulher baixinha pula na minha frente e começa a tentar tirar fotos apenas da Summer.

Com a luz incômoda minha filha começa a chorar.

Calum tenta a empurrar levemente enquanto diz:

— Por favor, senhora, se afaste.

Tento acalmar minha princesa

A mulher finge não ouvir meu marido e volta para cima de mim, ou melhor, da Summer.

Vejo que Calum está perdendo a paciência e antes que ele faça uma besteira, ajeito minha filha de modo que a luz não a incomode, abro um sorriso e deixo a fotógrafa mal-educada bater algumas fotos.

Cal apenas sorri como se dissesse "Você não tem jeito mesmo" e loga posa ao meu lado para mais fotos.

A fotógrafa vibra de alegria e quando os outros paparazzis começam a se amontoar na nossa frente, Calum me puxa e me faz entrar na parte de trás do carro.

Prendo Summer em sua cadeirinha e quando Cal entra no banco do motorista, ele me olha pelo retrovisor, sorri e diz:

— Eu te amo.

— Eu te amo. - repito na mesma intensidade.

Ele dá a ré no carro, coloco o meu cinto de segurança e ainda conseguimos ver e ouvir os flashs do lado de fora, mas isso pouco importa, estamos finalmente livres.

— Lay, o que você acha de fazermos um ensaio de fotos? - Calum sugere - Um ensaio da nossa família...

Encaro Summer que sorri e surpreendentemente começa a balbuciar algo.

— Parece que a minha filha concordou. - Cal continua - Será que a mãe e os irmãos dela também vão?

— Ah, eu acho que eles vão. - brinco - Mas só se for aquele amigo do Michael, o Jorden Keith.

— Layse Hood, você poderia impor qualquer condição, eu faria todas por uma simples foto com você.

Paramos em um sinal.

— Todas? - sorrio de canto esticando minha mão e a colocando sobre a sua coxa.

— Todas. - ele responde e subo a mão mais um pouco - Mas por favor, não desconcentre o motorista.

Rio e me encosto ao meu lugar vendo Summer atenta a tudo.

— Minha filha, ainda bem que você vai esquecer o que viu. - falei.

Calum gargalhou e voltou a acelerar o carro.

— Medo que ela descubra que a mãe não é uma santa?

— Qual é, Calum Hood, você é meu marido. Um de seus deveres sagrados é me satisfazer.

Vi Cal apertar as mãos no volante.

— Podemos continuar essa conversa em casa?

Me aproximei dele lentamente e sussurrei em seu ouvido:

— De preferência na cama, meu amor.

[...]


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