Girls Talk Boys escrita por Glads


Capítulo 15
New Year




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Naomi

—  Feliz ano novo!  – ouvi Mali gritar assim que me viu no corredor.

Levantei minha cabeça e pude vê que junto de Layse e Lucy, meus primos também tomavam café da manhã sentados em frente ao balcão de mármore da cozinha.

—  Ainda é dia 31, não é um novo ano.  – respondi.

—  Nossa. Que mau humor.  – Mali retrucou.

—  Achei que vocês só viessem mais tarde.  – puxei uma cadeira ficando entre Mali e Calum.

—  É que como vamos passar o réveillon aqui, resolvemos vir mais cedo e ajudá-las com os preparativos.  – Calum respondeu pela irmã.

—  Já até trouxemos nossas roupas.  – Mali riu.

Assenti com a cabeça.

Coloquei um pouco de suco no meu copo.

Embora todos  – até mesmo Layse  – estivessem conversando animadamente, eu só conseguia pensar em como seria 2012.

Já estamos do meio do ano escolar, daqui a pouco vamos para o terceiro ano.

Eu não sei se Layse continuará na Austrália.

Eram muitas questões na minha mente.

Nós voltaremos pro Brasil? O que os meninos farão se a banda não der certo? Qual a faculdade que eu faço?

Meu pai queria quer que eu faça Administração para cuidar dos bens da empresa. Minha mãe quer que eu seja médica, assim como o meu avô materno. Mas o que eu quero?

Entre todas as ideias de curso que passaram por minha mente, Jornalismo foi o que mais me chamou a atenção. Ainda mais depois de ler no blog da escola um artigo da Lydia, uma menina do colégio.

Suspirei pesado.

—  O que foi, Nam?  – Layse perguntou notando que eu estava muito pensativa.

—  2012.  – respondi.

Ela franziu o cenho e rapidamente entendeu o que eu estava querendo dizer.

Na hora em que ia falar algo, Calum a interrompeu.

—  Você tá com medo do fim do mundo? Eu também estou, mas um dia todos nós morreremos e...

Olhei para minha amiga e reviramos os olhos.

—  Você é um bobão.  – Mali murmurou o interrompendo.

—  2012 é nosso último ano na Norwest...  – respondi.

—  Ah. Eu não estou preocupado com isso. A banda fará sucesso antes mesmo de terminamos os estudos, eu e os meninos até combinamos de largar a escola se for preciso.  – ele falava sério.

—  Duvido que mamãe ou papai deixem você se aventurar pelo mundo antes de terminar os estudos, pirralho.  – Mali deu um tapinha no ombro do irmão  – Não se iluda.

—  Vamos viver um momento de cada vez, ok?  – Layse estendeu a mão para mim.

Assenti com a cabeça.

Um clima melancólico se instalou, e só piorou quando Lucy disse:

—  Vou sentir falta de vocês.

—  Nós também sentiremos. Você vai voltar pro Brasil?  – perguntei.

—  Não, eu vou ficar na Austrália. O Wilson me pediu em casamento.  – a minha ex-babá confessou tensa.

—  Você vai casar e não nos contou?  – Layse fingiu está brava.

—  Ele me pediu ontem.

—  O Sr Wilson é um homem de sorte.  – comentei.

—  Quando é o casamento?  – minha prima perguntou.

—  Assim que as meninas terminarem o ensino médio.

Em seguida eu, Layse e Mali nos levantamos e demos um abraço coletivo na senhora.

Quando percebi todas nós estávamos chorando.

—  Ah, não.  – Calum protestou  – Não posso acreditar que vocês estão chorando, mulheres são tão sentimentais.

Mali mandou o irmão calar a boca.

—  Seremos as madrinhas?  – perguntei.

—  Claro.  – Lucy respondeu.

—  Um dia será você anunciando que vai casar comigo, O'Brien.  – Calum piscou para Lay.

Ela corou, mas não protestou.

—  Vamos ao trabalho?  – Lucy perguntou passando a mão no rosto.

Depois de algumas horas limpando a casa, ajeitando a louça que seria usada e Lucy preparando a comida, nos jogamos no sofá.

—  Eu não sabia que tinha tanta coisa pra limpar.  – Mali falou cansada.

—  Se eu soubesse, só tinha vindo na hora da festa.  – Calum respondeu suado.

—  Vocês reclamam muito.  – Layse sentou no chão.

—  Agora estamos livres, até a noite.  – me joguei ao lado de Mali.

—  Enquanto isso, eu vou na casa do Michael.  – Calum anunciou se levantando.

—  Mas ele não ia viajar pra casa da tia dele?  – perguntei.

Desde aquele dia, em que Michael revelou ser apaixonado por mim e me acusou de não perceber nada, nós não nos falamos mais.

Ontem mesmo conversei com Layse a respeito disso. Eu estava me sentindo muito indecisa. Indecisa entre Ashton e Michael.

—  Ele ia, mas a tia dele teve um imprevisto e os Clifford passarão o réveillon em Sydney mesmo, é provável que o Mike venha pra cá já que os pais dele querem ir à praia e ele não. Quem sabe ele não trás a Lydia...

—  Que Lydia?  – franzi o cenho.

—  A possível namorada do Michael, aquela do grupo de dança do colégio...

Não consegui dizer nada.

Só podia ser brincadeira. Justo a menina que escreveu o artigo que me inspirou a pensar em Jornalismo!

Eu estava me corroendo de ciúmes sem mesmo ter visto o casal.

—  Ela não é nossa vizinha, Calum?  – Mali se pôs a falar  – Ela é muito bonita.

—  É uma longa história.  – Calum riu malicioso – Ele foi agradecer a ela por publicar aquele texto sobre a banda no blog da escola e de repente, eles já estavam se beijando.

—  Por que meninos tem que ser tão idiotas?  – soltei indignada, indo em direção ao meu quarto.

Droga!

Logo agora que comecei a gostar do Mike daquele jeito...

Ninguém veio atrás de mim e agradeci mentalmente, precisava ficar sozinha.

Eu estava deitada na cama há um bom tempo, quando meu celular tocou insistentemente em cima da mesinha lilás.

Me levantei e vi que era uma ligação da minha mãe.

—  Oi, mãe.  – atendi em português tentando me acalmar.

—  Oi, anjo.

—  Tudo bem com vocês aí no Brasil?  – perguntei.

—  Sim e com você?

—  Ta-também.  – minha voz vacilou.

E minha mãe percebeu.

Foi então que contei tudo para ela. Desde minha insegurança com o novo ano, até eu estar dividida entre Ashton e Michael.

—  Essa escolha apenas você pode fazer. Ouça o seu coração, meu amor. O que ele quiser, o que ele decidir que é o melhor, você faz. – ela aconselhou.

Respirei fundo e mordi os lábios.

—  Eu te amo, mãe. – falei pensando na mãe de Lay e como ela pediu para que eu aproveitasse enquanto minha mãe estava aqui.

—  Também te amo, filha.

—  Vou ter que desligar, já é de noite na Austrália, tenho que me arrumar.  – levantei da cama  – Obrigada pelo conselho.

—  Sempre estarei aqui. Feliz ano novo e se cuida, viu? Tô com saudade. Tchau, amor.

—  Eu também. Tchau, mãe  – disse e desliguei a ligação.

Fui até o banheiro e tomei um longo banho.

Em seguida comecei a me arrumar.

Quando finalizei minha produção, me senti confiante como nunca.

Não vou deixar uma garota acabar com o meu dia.

O branco do vestido contrastou perfeitamente com minha pele bronzeada. Seu comprimento ia até meu joelho, era colado e realçava perfeitamente minhas curvas. O decote era um pequeno detalhe na cintura.

Calcei uma sandália dourada.

Meus cabelos ficaram soltos e a maquiagem é simples, passei apenas rímel e um batom rosado.

—  Sapatilha ou salto?  – Layse entrou no meu quarto com dois pares de sapatos em mãos.

Eu sabia que na verdade ela queria saber se eu estava melhor depois de ter saído da sala com raiva.

—  Salto.  – apontei para o calçado prata indicando que estava tudo ok agora  – Vai dar um contraste perfeito com o verde do seu vestido.

A roupa da minha amiga era simples, mas elegante ao mesmo tempo.

Seu vestido era um pouco mais curto que o meu.

Ao deixar o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, Layse fez com que automaticamente o seu colo fosse ainda mais valorizado por aquela roupa.

Então analisei a cor do vestido.

No Brasil, especialmente no ano novo, acredita-se que as cores das roupas que usamos nessa data, servem para atrair o que queremos no momento. Por exemplo, amarelo atrai dinheiro; vermelho atrai amor, entre outras coisas.

Eu sabia que Layse não acreditava nisso, só estava usando o verde - que acreditam atrair esperança - porque era a cor preferida da mãe dela.

Aquela cor combinou perfeitamente para o momento em que minha amiga estava vivendo.

—  Obrigada. Você tá linda.  – ela disse.

—  Você também.  – respondi.

Quando eu e Layse chegamos na sala, todos da minha família já estavam presentes, até mesmo meus tios.

Os adultos iniciaram um assunto sobre a atual política do país.

Encarei meus primos e minha amiga e juntos concordamos silenciosamente que precisávamos sair dali.

—  Vocês estão umas gatas, mas Layse está roubando a cena.  – Calum soltou assim que saímos do apartamento.

—  Eu sei, irmão. Eu vi você babando quando pôs os olhos nela.  – Mali bateu no ombro do garoto.

—  Obrigada, Cal.  – Layse agradeceu,um pouco corada  – Você tá uma gracinha.

Olhei para minha prima e gargalhamos.

—  Gracinha? É como se eu tivesse recebido um elogio da vovó.  – Calum fez careta passando a mão em sua camisa vermelha.

Gargalhamos ainda mais.

—  Vamos ficar parados no corredor?  – Mali cessou os risos, cruzando os braços.

—  É isso ou ficarmos ouvindo o papo chato sobre política.  – respondi.

—  Se vocês fossem de maior, bem que poderíamos ir em uma festinha.  – minha prima disse.

Logo eles começaram a discutir sobre as expectativas para o novo ano, mas eu não consegui prestar atenção em nada. Minha atenção estava totalmente presa em Michael saindo de mãos dadas com uma garota, ou melhor, com a Lydia. E eles viam na nossa direção.

Minha vontade era de sair correndo para dentro de casa, mas lembrei do que mamãe havia dito na ligação.

—  Oi.  – Michael nos cumprimentou.

—  Oi.  – respondemos.

—  Essa é a sua gata? É oficial agora?  – Calum riu malicioso.

Revirei os olhos.

—  Quase oficial, estamos nos conhecendo, não é Lydia?  – Mike puxou ainda mais a garota para perto dele.

—  Sim. É um prazer conhecer vocês pessoalmente.  – ela riu  – Sempre vejo vocês no colégio, mas não tínhamos oportunidade de nos falar.

—  Não tínhamos ou você não queria ser vista com os estranhos, como nós?  – pensei alto.

A vaca de cabelo castanho não podia ser só boa em escrever artigos para o blog, ainda tinha que abraçar o Michael!

Mike me olhou assustado.

Lydia corou extremamente.

—  Nunca liguei para isso, mas é que realmente nossos horários não coincidiam.  – ela explicou.

—  Desculpa.  – murmurei a contra gosto depois de Layse me repreender pelo olhar.

Lydia não tinha culpa de nada.

Se eu realmente fui uma tonta e não percebi os sentimentos de Mike, a culpa é só minha.

Preciso aceitar isso.

—  Vamos entrar? Meu deu vontade de ouvir os nossos pais e Lucy conversando cobre política. - Mali abriu a porta do apartamento puxando Lydia pela mão.

Sentindo o clima tenso, todos entraram deixando Michael e eu para trás.

—  Vamos entrar?  – sugeri sem encará-lo.

—  Claro.  – ele deu de ombros.

Minha prima tinha uma facilidade enorme para fazer amizade, isso explicava ela e Lydia estarem animadíssimas conversando no sofá.

Layse ria das tentativas de Calum puxando papo com a netinha do Senhor Wilson que abraçava discretamente Lucy enquanto conversavam com meus tios.

Olhei para Michael ao meu lado e suspirei.

Ele riu ao perceber.

Envergonhada levantei dali e fui até meu quarto para pegar meu celular e tentar me entreter com aqueles joguinhos extremamente irritantes e viciantes.

Liguei a luz do quarto.

Quando pus as mãos no meu celular, a luz se apagou e a porta, que eu deixei aberta, fechou.

Pulei com o susto.

Quando eu ia gritar, a luz se acendeu novamente e então eu vi Michael.

—  Você quer me matar?  – olhei ainda assustada para ele.

—  Não.

—  Eu não te dei autorização para entrar no meu quarto, muito menos para me seguir.  – aleguei me expressando com as mãos

—  Eu não ligo.  – Mike deu de ombros.  – Eu só preciso te entender.

Franzi o cenho.

—  Pensa que eu não sei que a sua grosseria com a Lydia era ciúmes de mim? E pensa que eu não notei você suspirando e mordendo os lábios quando olhou para mim?

—  Você se acha muito.  – ri nervosa desviando o olhar dele.

—  Por um momento achei que você estivesse afim de mim. Você está?  – percebi um sorriso em seus lábios.

—  Não!  – falei rápido fechando os olhos e cruzando os braços.

Me repreendi em seguida, não era essa a resposta.

—  Ah. Que bom.  – ele riu estranho  – É bom, porque assim posso namorar Lydia.

—  Então por que você não vai lá com a sua namoradinha? Por que está aqui comigo?  – perguntei indignada.

Provoque. Provoque. Provoque.

Foi então que eu coloquei em prática o que minha cabeça gritava.

—  Eu não... - Mike começou.

Dei alguns passos até ficar com o corpo colado no dele.

—  Você não está lá, porque ela não sou eu. Ela não é a garota que você ama. Ela não é a garota que você sempre sonhou. Ela não é a garota que faz seu coração bater mais forte.  – passei minha mão por seu peito coberto por uma blusa branca.

Ri ao perceber que o coração dele, realmente, batia acelerado.

—  Você tá brincando com o fogo...  – ele advertiu fechando os olhos.

—  Eu gosto de fogo.  – sussurrei em seu ouvido.

Sua respiração desregulou.

—  Gatinha...  – o apelido, que só ele usava, saiu como um sussurro.

As mãos de Michael pousaram na minha cintura, onde havia uma pequena abertura e ele ficou fazendo pequenos movimentos naquela região, o que me causou um arrepio.

—  O que foi, Mike?  – apoiei os braços nele e arranhei sua nuca.

Ele me encarou fixamente. Então uniu nossos lábios.

Diferente da primeira vez em que nos beijamos, agora ele não estava sendo nem um pouco cauteloso. Eu gostei daquilo.

Nossas bocas se uniram e no mesmo instante aprofundamos o beijo. Mike explorou cada canto da minha boca apressado, como se o mundo fosse acabar a qualquer momento e tudo o que eu conseguia fazer era sentí-lo como nunca havia sentido antes.

Michael segurou ainda mais forte minha cintura, em resposta puxei levemente o cabelo dele.

Quando percebi ele estava nos virando e me prenssando entre a porta e ele.

O ar nem parecia algo necessário naquele momento.

Ashton. Ashton. Ashton.

—  Chega!  – o empurrei ofegante  – Nós não podemos fazer isso. A Lydia tá te esperando na sala e eu ainda gosto do Ash.

—  Eu espero que ele goste ao menos metade do que eu gostei de você.  – Mike disse passando a mão no rosto.

Afastei meu corpo da porta e o vi saí dali ajeitando o cabelo.

Fiquei alguns minutos me recompondo.

Cheguei na sala ainda atordoada e com o coração a mil.

—  Vocês demoraram, hein?  – Calum soltou uma risadinha.

Fuzilei meu primo pelo olhar e procurei Layse para tentar me acalmar.

Mas ela não estava ali.

—  Ela está no quarto com Luke.  – minha prima explicou, percebendo que eu procurava por minha melhor amiga.

Franzi o cenho.

Logo Mali me puxou para sentar ao seu lado e me explicou tudo. Desde Luke chegando no apartamento até o beijo em que ele deu em Layse. Aquilo explicava Calum está fazendo piadinhas e batucando os dedos na própria perna nervoso.

Depois da conversa com minha prima, não demorou para que Layse e Luke aparecessem na sala de mãos dadas.

—  Eu deveria saber.  – Calum murmurou e saiu para a sacada.

Layse viu e foi atrás do meu primo, mas o barulho dos fogos de artifícios não permitiu que ela falasse com ele.

2012 havia chegado.

Fomos até à sacada e juntos vimos o céus se encher de cores.

—  Feliz ano novo!  – da sala uma voz ecoou.

Girei sobre os calcanhares e vi Ashton.

Ele estava lindo.

Meu coração começou a bater aceleradamente.

Uma parte da minha cabeça só conseguia pensar em como ele ficava ainda mais lindo sorrindo. A outra parte, me fazia sentir culpada, porque ainda pouco eu estava beijando Michael e agora estava pensando em como Ashton é maravilhoso e de que eu deveria sim, aceitar o seu pedido de namoro.

Antes de chegar até mim e à Layse, ele falou com todos.

Depois de abraçar Layse rapidamente, ele olhou para mim e sussurrou:

—  Oi, Nam.

Só então percebi que enquanto ele abraçava e falava com a irmã, eu estava o encarando descaradamente.

—  Oi.  – respondi dando um meio sorriso.

—  Você tá linda.  – ele ajeitou uma mecha de cabelo que caía por meu rosto.

Layse soltou um risinho malicioso e nos deixou a sós.

—  Obrigada.

—  Ah, feliz ano novo!  – Ash me puxou para um abraço.

Era para eu ter respondido algo, mas eu fiquei anestesiada com aquele abraço, e como se não bastasse Ashton fez questão de afastar meu cabelo pro lado e fazer com que sua respiração batesse em meu pescoço.

—  Dizem que começar o ano novo beijando traz muita sorte.  – Ash sussurrou.

—  Sério? Nunca ouvi nada sobre isso  – disse pensativa e nervosa.

—  É porque eu acabei de inventar isso agora. Que tal se experimentarmos?  – Ashton riu  – Vai que dá certo...

—  Esse é o jeito que você arranjou para conseguir um beijo meu?  – arqueei as sobrancelhas  – Ia enganar uma garota inocente?

Ele riu e deu de ombros se afastando só um pouco.

Dei um passo para frente e deixei nossos rostos muito próximos.

Em questão de segundos, ele iniciou o beijo e esqueci até que Michael estava ali, vendo tudo.

No início Ashton estava sendo calmo e cauteloso, cada movimento parecia pensado. E quando uma adrenalina e um desejo, ainda desconhecido, tomaram conta do meu corpo, eu puxei delicadamente o cabelo dele e colei mais nossos corpos.

Como uma forma de responder e demonstrar que estava com a mesma sensação, Ashton me prensou na parede, assim como Mike fez a alguns minutos.

Nós estávamos em perfeita sintonia.

Foi então que a voz do meu primo se sobressaiu e acordou não só a mim, como Ashton daquela espécie de transe.

—  Eu te amo, Layse O'Brien.  – Calum falou alto demais  – Você quer casar comigo?

—  Espera. O que você disse?  – Ash me soltou e se virou para meu primo encostado na janela com Lay ao seu lado.

Troquei um olhar de cumplicidade com Layse.

2012 mal havia começado e já estava me surpreendendo.

[...]


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