Eldarya, um mundo novo escrita por Alice Belikov


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, cheguei do trabalho um pouco cansada, espero que gostem.



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Eu perdi a noção do tempo desde que aquele ogro me prendeu aqui, não sei quanto tempo passei aqui,mas sei que parece uma eternidade, eu já estava sem esperanças de sair dali, minhas lágrimas começaram a brochar de meus olhos, deslizando sobre a face e indo de encontro ao chão, mas um barulho me fez levantar a cabeça rapidamente, era barulho de chaves, será que alguém resolveu me soltar? ou será que me condenaram a forca?
— esse é o meu fim.
O barulho se aproximou muito rápido, foi quando eu vi alguém abrindo a cela para mim, ele estava de mascara preta, não consegui ver seu rosto. ele encostou na parede e fez sinal com a mão para eu poder sair.
— eu posso ir embora?
Ele colocou o dedo na boca, pedindo silêncio, foi aí que percebi que ele estava desobedecendo a Mikko, ele estava me ajudando, eu não iria prejudica-lo, eu dei alguns passos para fora da minha cela e vi que realmente estava livre, olhei para trás para agradece-lo, mas ele havia.... sumido, mas isso não importava agora, eu quero sair desse lugar o mais rápido possível, mas a unica saída era a escadaria.
— vou perder 5 quilos com essa subida.
eu subir varios lances de escadas até chegar em uma sala cheia de portas, eu entrei em das portas da esquerda, era um corredor comprido, as pardes estavam pintadas com cores quentes, diferente da cela onde eu estava, eu dei alguns passos e me trombei com um rapaz, cai no chão com tudo, discrição zero, aquele rapaz de cabelos e olhos negros se aproximou de mim com um sorriso malicioso nos lábios.
— Hum.. você tem um cheiro deliciosamente humano, a hora do almoço foi adiantada?
Ai droga, onde eu estou?
— não toque em mim.
Eu falei, me levantando o mais rápido possível e o empurrei, dei meia volta e sai daquela sala.
Ao voltar para a sala cheia de portas diferentes, eu pude ver alguém perto da escadaria, eu me escondi atrás de uma das colunas, ele parecia ser humano, exceto pelo fato de ser bem forte, seus cabelos eram brancos, ele não me viu tive sorte.
— Será que eu não posso dar um passo sem encontrar alguém? sai daqui não ser tão fácil assim.

Eu entrei em uma sala que pareca uma cozinha, havia uma especie de colmeia gigante no meio dela, tinha comida nas prateleiras e na mesa, isso era bom, eu acho, minha barriga estava roncando, mas eu não podia pegar aquela comida sem permissão, eu já estava encrencada o suficiente, decidi não pegar nada e sai daquela sala, mas me esbarrei em um rapaz vestido de branco, ele tinha longos cabelos azuis e orelhas pontudas, eu não pude fugir dessa vez, ele estava atrapalhando minha passagem.
— hum, o que temos aqui?
ele me olhou, parecia está se divertindo com a situação.
— e então o que você está fazendo aqui?
Eu não sabia o que fazer, nem o que falar, foi quando ouvir uma voz feminina.
—Não acredito, você de novo?!
Era Mikko, ela estava acompanhada de três pessoas, inclusive os dois homens que quase me pegaram há pouco.
— mas o que está acontecendo aqui?
Um rapaz que eu ainda não tinha visto perguntou, ele tinha um chifre na testa e suas orelhas também eram pontudas.
— Essa humana entrou na sala do cristal e agora aqui, roubando comida.
— não é verdade, eu não roubei nada.
Eu disse com raiva.
—Ela estava quase fugindo, mas não tinha nada nas mãos.
— isso mesmo, eu não sou ladra.
Mikko me olhou, se olhar matasse, eu com certeza estaria morta.
— você acha mesmo que vamos acreditar em você?
eu queria responde-la com ironia,mas já estava encrencada demais.
— estou dizendo, eu não roubei nada.
— e os alimentos que sumiram?
— não fui eu.
O rapaz de cabelos negros, entrou na conversa.
— hum, foi um garoto do refúgio quem pegou, eu estava indo falar com você sobre isso.
— tem certeza Nevra?
— sim.
— tudo bem então.
Tudo em então? eu fui acusada de roubo e não recebo nem um pedido de desculpa?
— viu, eu disse que não tinha pego nada.
O rapaz de cabelos brancos e que parecia humano, falou nesse instante, me acusando novamente.
— mas roubaram uma lágrima de dragão na sala de alquimia.
Mikko apontou para mim, explodindo de raiva.
— Você garota, nos devolva essa lágrima agora.
— mas eu nem sei o que é isso e não peguei nada.
— Chega de de conversa, Jamon, leve essa garota para a cela agora.
— não, eu não vou voltar para aquela cela, eu não roubei nada e vocês não tem como provar que fiz algo de errado, por tanto, não vou voltar para aquela cela, nem morta.
— não fale comigo assim garota..
Mikko iria falar algo, mas o homem com chifre tomou a frente.
— Mikko, por favor... nós poderíamos ao menos ouvir o que ela tem a dizer, o que você acha?
— hum.. vocês que sabem.
Ela respondeu com um tom de curiosidade na voz.
— perfeito, jovem, por favor conte tudo.
Todos estavam me olhando, esperando eu começar, isso estava bem constrangedor.
— o que vocês querem saber?
Eu perguntei.
— Como você conseguiu chegar aqui?
o homem com um Chifre perguntou.
— eu estava na floresta, quando vi um circulo de cogumelos, eu entrei nesse circulo e vi vários vagalumes e do nada vim parar aqui.
— um circulo de feiticeira.
Disse o rapaz que de cabelos azuis.
— espere.. a magia te trouxe para a sala do cristal?
Mikko me peguntou.
— sim.
— isso é... impossível, a sala é protegida.
— Eu sinto que ela não está mentindo.
Disse o rapaz de cabelos negros.
— eu não quero causar nenhum problema a vocês, eu só quero voltar para casa, então me mostrem a saída e está tudo resolvido.
— infelizmente, isso é impossível.
Disse o rapaz de cabelos azuis.
— como assim impossível?
— o circulo funciona em uma só direção.
— e o que isso significa?
— significa que você não pode voltar para casa.
— Quer?
Mikko nos imterrompeu.
— podem levar de volta para a cela.
Jamon veio para perto de mim para pegar no meu braço. eu dei vários passos para trás, para me distanciar dele.
— não, vocês estão surdos? eu não volto mais para lá.
— Eu estava pensando... como você conseguiu sair da cela?
disse o rapaz de cabelos branco.
— É mesmo. você diz não saber de nada, mas foi capaz de sair de lá.
completou o de cabelo azul.
— alguém abriu a cela para mim.
Eu não queria entrega-lo, mas não tinha outra opção, eu queria sair daqui o mais rápido possível e ele usava mascara, ninguém deve conhece-lo ou reconhece-lo.
— quem?
Mikko me perguntou.
— Eu acho que era um homem... ele estava vestido de preto e tinha uma máscara.
— droga, ele voltou, Jamon venha, vamos inspecionar o local.
Parece que ela desistiu de me prender.
— e ela, coloquem na prisão.
Falei cedo demais, Jamon sai mais Mikko e o rapaz de cabelo branco sai em seguida, o de cabelos negros estava preste a sai, mas dar meia volta e vem na direção do rapaz de chifre atrás de mim.
— Kero, o pequeno me disse que havia escondido a comida você poderia procura ela para mim?
— é você quem deve cuidar disso não?
— não, isso não é minha responsabilidade.
Ele me olhar com aquele olhar malicioso e saiu da sala, parecia feliz.
— eu vou fazer o inventário da sala de alquimia, talvez mais coisas tenham sumido, o que acha Kero?
Disse o rapaz de cabelos azuis, bom agora eu sei o nome de duas pessoas Mikko, Kero o rapaz com chifre.
— está bem.
o rapazz de cabelos azuis saiu da sala.
só restou eu e Kero.
— Então, você poderia me acompanhar por favor?
—Qual a parte do eu não volto mais para a cela que vocês não entenderam?
— por favor ma acompanhe.
— nem morta.
— ok, por que você não quer voltar para lá?
— por que eu não fiz nada de errado?
— Tudo bem então, me ajude a achar o alimento escondido, quem sabe a Mikko não muda de ideia.
— com certeza ela não vai mudar.
— eu posso tenta convence-la.
— você faria isso?
— claro, você vai me ajudar?
— ok.
Eu e Kero saímos para procurar o alimento, eu não sei se era imaginação minha, mas o Kero parecia ser muito gentil, eu aproveitei para fazer algumas perguntas.
— você poderia me dizer um pouco mais sobre esse lugar?
— você está em Eldarya o quartel general da guarda de Eel
— Eldarya?
— o mundo dos faeries! Vocêjá deve ter ouvido falar.
— vocês sãos fadas?
— hum... digamos que sim.
— pensei que fadas não existisse?
— Você não parece surpresa.
— digamos que já vi muitas coisas bem estranhas aqui nesse lugar.
Ele parecia constrangido.
— mas o que é guarda de Eel?
— a guarda é encarregada de cuidar de todo tipo de conflito ou problema de nosso mundo, a responsabilidade de manter a ordem e o equilíbrio da magia é nossa.
— complicado tudo isso.
— nem tanto, guarda de Eel está dividida em quatro, e as pessoas que você viu há pouco são os líderes de cada uma delas.
— hum, você poderia me falar mais sobre estas guardas?
— sim, o que você quer saber?
— tudo?
— tudo de uma só vez? impossível!
— então me fale sobre essa divisão de guardas.
— ok, como eu te disse, cada guarda tem um líder, a guarda reluzente é reservada para uma certa elite, ela reúne as pessoas mais importantes do QG, os membros são os líderes das outras três guardas, e a líder dessa tês guardas é a Mikko, você já deve saber quem é.
— sim, impossível esquecer esse nome... e a pessoa também.
— ela parece ser uma pessoa ruim, mas é uma pessoa gentil no fundo.
— bem no fundo.
— eu não vou conseguir te fazer mudar de ideia quanto a ela, não é mesmo?
— digamos que não.
— ok, eu desisto.
— quais são outras guardas?
— além da reluzente, temos três outras guardas que estão no mesmo nível. A única diferença é que elas possuem especialidades diferentes e missões que correspondem á capacidade dos seus membros.
— interessante.
— a guarda Absinto é especializada em alquimia e poções e possui especies refinados no grupo,como os elfos, por exemplo e o líder é Ezarel lembra dele? o de cabelos azuis.
— sim, ele que me achou na cozinha.
— ele mesmo.
— e as outras guardas?
— você é impaciente.
— um pouco.
— temos também a guarda da sombra, ela é especializada nas explorações, mas também tudo que diz a respeito as noções de discrição, informações.. o Nevra é o líder dela o de cabelos negros que nos pediu para achar a comida roubada, você se lembra?
— sim.
Muito lindo por sinal.
— e por ultimo aguarda obsidiana, a maioria de seus membros são da espécie mais forte de Eldarya e ninguém os vence no combate, o líder é o Valkyon o de cabelos bancos, talvez você não tenha percebido, ele não fala muito.
— sim, eu me lembro dele.
Também era um gatinho, Rose ia gostar de conhece-los.
— agora você sabe um pouco mais sobre as guardas, ainda se sente perdida?
— não muito, mas quem é Jamon?
— é o braço direito de Mikko, ele cuida da segurança do QG.
— entendi, e você se chama kero?
— Você se lembra do meu nome?
— sim.
— na verdade Kero é só um apelido, me chamo Keroshane, eu faço parte da guarda reluzente, junto com a Mikko e o Jamon, eu cuido da parte relacionada a biblioteca.
—esse cargo combina com você.
— Obrigado, mas eu não sei seu nome.
— me chamo Alice
— é um nome mito bonito.
— obrigada.
Eu e Kero procuramos a alimento perdido até o acharmos debaixo de uma arvore, em uma especie de jardim, nos levamos de volta para a cozinha, minha barriga roncou nesse instante, ele me deu um pedaço de pão e eu comi rapidamente, eu estava com mais fome do que imaginava, quando terminei de comer, fiquei olhando para aquela colmeia gigante, tentando entende-la, foi quando o Ezarel chegou.
— Kero você conseguiu achar o....
Ele olhou para mim e parou de falar, um sorriso surgiu nos lábios dele.
— você está muito encrencada garota.
eu sabia que ele falava a verdade e isso me fez ficar paralizada, ele não era como o Kero e com certeza eu iria para a cela dessa vez.
— espere Ezarel, ela me ajudou, foi ela que achou a comida perdida.
Disse Kero.
— verdade?
— você poderia me ajudar a convencer a Mikko a deixa-la aqui ou na cidade, até que possamos envia-la de volta para a casa dela.
— e o que eu ganho com isso?
— É...
— uma porção dobrada de mel e alguns biscoitos seriam bem vindos.
— ok, eu te dou a minha parte.
— então vamos lá.
— obrigada a vocês dois.
— não agradeça, você ainda é uma prisioneira e suas chances de Mikko mudar de ideia é paticamente nula.
Disse Ezarel.
— você é sempre "otimista" assim?
— sempre garota, agora vamos a Mikko deve tá na sala do cristal.
Nos saimos da sala, estavamos indo para a sala do cristal, Ezarel estava sorrindo o tempo todo e Kero parecia muito nervoso, o que me deixou muito mais nervosa. Mikko estava na sala do cristal acompanhada de Nevra, ValkYon e outro rapaz que eu ainda não tinha visto, ele era loiro com uma franja preta
— Leiftan, está tudo em?
Mikko perguntou.
— não se preocupe, eu estou bem.
— Não acredito, ele já conseguiu entrar aqui duas vezes. pelo menos você o expulsou a tempo...
— Eu não sei quem ele é, mas será que não tem consciência da loucura que está fazendo?! ele nos colocou em perigo.
Disse o Nevra, ele parecia furioso e ao mesmo tempo preocupado.
— eu não sei o que leva a fazer isso, eu sinto muito, se eu tivesse pegado eu saberia mais sobre ele.
eu acho que eles estavam falando sobre o cara mascarado que me ajudou.
— não tem problema, você conseguiu evitar o pior, agora vá até a enfermaria ver se está tudo realmente bem, eu cuido do resto.
Disse Mikko, ela parecia preocupada com aquele rapaz, será que Kero tinha razão sobre ela?
— já que você insiste, mas fique tranquila, eu estou bem.
— espero.
Mikko percebeu a minha presença e o jovem louro começou a ir embora, Nevra começou a sorrir ao nos ver, enquanto Valkyon continuava impertubável, o homem que se chamava Leiftan parecia surpreso, aliás, como todos quando me olham nesse mundo pela primeira vez.
— Eu pedi que a levassem para a cela.
Disse Mikko, me encarando.
— bom, nós pensamos que...
Kero parecia muito nervoso.
— KEROOO?
—ela me ajudou e eu pensei que não tinha mais necessidade de coloca-la na cela.
— você pensou?!
Mikko acendeu a chama do seu bastão e parecia contrariada... Enquanto o Kero parecia mais intimidado.
— ela parece gentil e... uma ajudante a mais seria bem útil, não?
— para você todo mundo é gentil e eu não vou mudar de opinião.
Kero começou a gaguejar e olhou para Ezarel, pedindo ajuda... Mas ele parecia está se divertindo com a situação, a ajuda veio de outra pessoa.
— por que não damos uma segunda chance a ela? nunca se sabe.
Disse Leiftan.
— verdade, além disso, ela é muito bonita.
Disse Nevra.
—além disso é uma humana... nós poderiamos utilizar como isca em algumas missões.
disse Valkyon, mas eu não gostei da parte da isca, normalmente elas acabam sendo mortas, devorada por algum carnivoro assassino.
— e se ela não for boa o bastante, poderemos abandona-la na floresta.
Disse Ezarel, eu definitivamente, odeio esse cara.
—se ela não tiver sido devorada antes.
Disse Valkyon, eu estava começando a reconsiderar a cela.
— Vocês estão falando sério? já que é assim, vocês serão os responsáveis por ela, não quero que ninguém venha reclamar se algo der errado! eu não quero saber.
Disse Mikko abandonando a sala.
— eu não tinha pensado nisso. Nós vamos ter que cuidar dessa garota, alguém se habilita?
Disse Ezarel.
—apenas se ela tiver as habilidades necessarias.
Disse Valkyon
— para me servir o café da manhã e cuidar de mim, por que não?
Disse Nevra, ele está achando que sou sua escrava?
— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?
Eu disse e todos me olharam.
— a chefe pediu para que tomassemos conta de você, você está na guarda Eel, parabéns.
Disse Ezarel.
— bom, o Kero vai te fazer algumas perguntas bem chatas para saber qual guarda você vai trabalhar. Nos vemos mais tarde.
— mas eu não quero fazer parte de nenhuma guarda, só quero voltar para minha casa.
—digamos que você não tem opção.
— quer? vocês estão brincando, não e?
— não.
Todos sairam da sala, me deixando sozinha com Kero.
— Kero, isso é verdade?


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Notas finais do capítulo

espero que gostem, com todo o carinho pra vocês, ah o próximo capítulo, vai ser diferente do jogo,ok? beijos.



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