Better Together escrita por Little Girl


Capítulo 6
Ano novo, coisas novas


Notas iniciais do capítulo

Oiii... Voltei :)
Queria agradecer a cada comentário que adorei, obrigada mesmo por tirarem um tempo para comentar, vocês nem imaginam o quanto é bom e motivador para mim e a Sweet.
E vamos parar de enrolação e vamos ao que interessa.
Espero que gostem do capítulo.
by: Little Girl


Voltamos! Alguém aqui sofre do coração? Ou coisa do tipo?
Autora aqui adverte, ler esse capítulo pode causar efeito emocional sério!
Não estou a brincar, ok? Estão avisadas! kkk.
Obrigada aos comentários! Por favor, amores, não tenham medo de escrever, adoramos comentários enormes. Leitores fanstasmas apareçam, nós não mordemos.
Sem enrolar como a Little mesmo disse, vamos ao capítulo?
Boa leitura!
By: Sweet Princess



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POV Ally

 

Minha respiração já estava a começar a ficar acelerada e o Austin também não parecia reagir,  então,  antes que a situação ficasse fora do controle,  do meu controle e embaraçada,  resolvi recuar.

— Aus,  você é pesado e tá me melando toda.

— Oi?

— O sorvete...  O sorvete tá derretendo em cima de mim. Da gente.

Ele parece ter acordado, finalmente,  e percebe nossa situação.  Sai de cima de mim e me ajuda a levantar.

Minha roupa que era quase toda branca estava parcialmente com tons de creme e vermelho,  pois o sabor do sorvete era de baunilha com pedacinhos de chocolate.  E a cobertura de morango que ele havia comprado e que “ ele” havia exagerado  na dose caía sobre o meu pescoço,  o tornando completamente inundado com aquela cor e aroma de fruta.

Austin,  por sua vez,  não estava pior que eu,  mas estava visualmente com as roupas prejudicadas.

— Você tá toda suja,  pequena.

— Você também.  Eu vou me limpar, olha meu suéter branquinho?  Tá arruinado !

— Seu suéter,  seu pescoço,  seu cabelo...

— Idiota!  Foi você que me sujou.

— E quem foi que começou? Deixa de drama,  você não é fresca,  Ally.  Vai lá dentro se trocar e eu limpo aqui.

— Você não vai fazer o mesmo?  Você tá todo sujo,  Austin.

— Eu me viro.  Vai,  antes que eu mude de ideia e te deixe limpar o chão sozinha.

— Tá,  seu mandão.   Só não piora as coisas. - rio sapeca e ele hesita rebater vindo em minha direção,  mas eu sou mais rápida e o impeço— Ok,  ok.  Eu já vou.  – passo por ele e quase escorrego.

— Cuidado,  pequena.  – ele segura no meu braço — Ver se não cai também.

 

(...)

Já no meu quarto,  mas precisamente no meu banheiro,  penso em um detalhe que não sai da minha cabeça : era impressão minha ou o Austin me observava de um jeito estranho?  Não pira,  Ally. Lógico que foi só impressão.  Seu dia anda muito perturbado, você ficou perturbada com essa volta  inesperada ao passado,  por isso,  essa confusão de sentimento e emoções.  Totalmente compreensível em um caso como esse,  não é?  Eu sou humana.  É razoável. Mas e o Austin?  Será que ele ficou assim por tudo que revelei ? E se ele se afastar de mim por medo?  Eu sei que ele prometeu continuar igual,  mas...

Meu celular toca.  

Cain.

— Oi,  amor.  – falo em um tom baixo,  não queria que o Austin escutasse e a paz entre a gente tivesse fim. — Tudo bom?

—  Ally,  por que você tá sussurrando?

— Por que eu tô sussurrando?  Eu não tô sussurrando.

— Tá sim.  Eu posso saber o por quê?  

— É impressão sua.  Eu tô bem, amor.  – falo um pouco mais alto, mas nem tanto — E você?  Melhor?

— Estou.  O meu nariz nem tá doendo tanto.

— Que bom.

— Eu queria sair com minha namorada para uma boate nova que promete ser um estouro.  Os garotos todos vão.  Passo pra te pegar que horas?

— Sair agora?  Eu tô cansada, amor, ainda mais pra dançar.

— Ally ?! A galera toda vai.  Eu não posso chegar sozinho e além do mais quero te ostentar como minha garota,  a mais linda e gostosa de todas e a que está comigo é claro.  Não tá sentindo minha falta?

— Sim,  Cain,  é lógico que estou sentindo sua falta,  eu só não quero sair hoje.  

— Mas parece que não está.  Eu tô louco pra sair com você.  Minha pequena,  minha delícia.  Por favor,  vai.  

—Por que a gente não marca outra coisa mais leve.... Só nós dois ?

— Um programinha tipo passear de mãos dadas ? Delícia,  eu adoraria fazer umas dessas  suas coisas  melosas que tanto gosta, mas a gente pode fazer isso outro dia. A estreia da boate é só hoje.

— Viu?  Você também não cede.

—  Você tem noção do convite irrecusável que acabei de te propor,  Ally? Ele é incrível. E você nem agradece , pelo contrário, está  fazendo questão de dispensar. Onde você tá?  Saiu?

— Eu tô em casa e não estou dando desculpa pra não te ver.

— Não parece. Não mente pra mim.

— Eu não tô mentindo.  Amor, me entende,  por favor.

— É melhor a gente encerrar a conversa por aqui.  Não vai querer que eu vá sem você,  né?

—Ok,  eu não quero brigar.  A gente se ver amanhã?

— É o jeito e relaxa que eu não vou para boate sem você.

—Não fica chateado comigo.

— Não fico.  O que me resta é  dormir e pensar em você.

—Eu vou sonhar com você,  prometo.  Beijo.

— Outro bem grande.  Boa noite, Ally.

— Boa noite. Tchau.

Desligo e ainda  permanecia no mesmo estado. Escolho umas roupas confortáveis , me troco rapidamente e volto para sala.

Ao chegar no fim do corredor,  uma visão me distrai.  Um Austin sem camisa atrás do meu sofá.  Eu sei que ele estava só de toalha hoje mais cedo e eu estava presente,  mas aquele momento não conta.  Quando foi que ele ganhou todos esses músculos tão definidos?  Eu não sou cega e sou uma moça de família com namorado.  E se o meu pai chega?  

Eu ando até a sala e ele parece notar minha presença.

— Você demorou,  pequena.  Mas já está tudo limpinho.  Eu fiz um bom trabalho,  não fiz?  

— Mas limpo do que nunca!  - dou um sorriso confiante.  

— Eu sei.  Eu sempre sou o melhor.  – ele pisca sorrindo e eu estiro a língua como resposta.

— Austin,  cadê sua camisa?  

— Ah,  eu coloquei na máquina pra lavar . Dentro de casa tem aquecedor mesmo.  Tem algum problema?

— Não.  Eu só achei que fosse querer ir pra casa.

— Você tá me expulsando,  pequena,  ou eu tô enganado?  - ele cruza os braços e me encara — Colocar seu melhor amigo para fora de casa é muito feio.

— Deixa de brincadeira.  Claro que não. Eu só achei que preferisse se trocar em casa.  Eu te emprestaria uma roupa,  mas...

— Muito engraçadinha.  Eu quero esperar pelo tio Lester e pela tia Penny.  Ainda não encontrei com eles desde que voltei.  Tô sentindo falta.

— Ah... Meus pais? Eles vão chegar tarde,  Aus. Super tarde!  Reunião de negócios na loja. A Sonic Boom.

— Eu ainda sei o nome da loja,  Ally.  Aliás,  quanto  tempo! A gente aprontava muito por lá,  lembra?

—  Claro!  Então,  eu acho que não vale a pena esperar.

— Ally,  tá tudo ok com você? Agora estou  realmente achando que quer me expulsar da sua casa.  Você parece nervosa.

— Nervosa?  Eu?  Não.  É só que...  eu tô cansada.

— Você não dormiu à tarde toda?  Como é que tá cansada?

Droga! Ele me pegou nessa. O quer que eu digo ?

A campainha toca me salvando.

— Amor?

— Oi,  pequena.  Eu...  O que esse cara tá fazendo aqui? – ele fala irritado assim que vê o Austin na sala.

— Ele veio conversar.  Trouxe pizza,  a gente acabou de jantar.

— Era por isso que não queria sair comigo? Vejo que aproveitaram muito bem o jantar.

— Amor... Assim você tá me ofendendo.  

— Cain,  não é nada disso.  A gente...  Eu me sujei com sorvete,  por isso estou assim.

— E eu acredito em coelhinho da páscoa também.  Era por isso que defende tanto seu melhor amigo,  não é ?

— Olha como você fala da Ally na minha frente.

— Eu sou namorado dela,  não se mete.

— Se a conhecesse pelo menos um pouquinho,  não pensaria nem falaria dela desse jeito.  

— Meninos,  por favor,  não briguem de novo.  

— Eu só não quero que ele te ofenda,  pequena.

— Você a chamou de quê? Pequena?

— Yah.  Pequena.  Sempre foi assim.  Muito antes da Ally te conhecer,  quem roubou meu apelido foi você.

— Na porta do restaurante você me pegou desprevenido,  mas não é o caso agora...  – eu fico no meio deles antes que outra confusão se iniciasse.

— Chega,  vocês dois.  Cain para.  Eu já disse que não aconteceu nada. E eu quero ficar sozinha,  vocês não conseguem ficar em paz.

— Você tem razão,  gatinha,  desculpa.  Eu exagerei.  Eu posso ficar?  Eu vim pra te fazer uma surpresa,  já que não queria sair.  

— Pode,  pode sim.  Aus, a gente se ver depois,  tá  ? Obrigada por tudo.

— Sempre às ordens.  Fica bem.  Qualquer coisa grita.  

— Ok.  Pode deixar.

— Tchau,  Austin.  Desculpa qualquer coisa.

— Boa noite,  Aus.

— Boa noite.  – ele me dar um beijo na bochecha antes de sair e pegar o seu casaco no cabideiro para roupas na parede que ficava no hall de entrada.

(...)

 

POV Austin

Era 31 de dezembro. Ano novo em Nova York novamente. Simplesmente a cidade mais procurada para essa data e símbolo dessa comemoração.

Faltava algumas horas para a grande contagem regressiva e a Time Square já deveria está movimentada .  A Trish e o Dez iriam ver a grande descida da “ bola” e até me convidaram para ir junto, não era a primeira vez que eu ia, mas já estava sentindo falta. Mas só tinha um problema : Ally estaria lá. E se a Ally estaria lá, seu namorado irritante também. Eu não me importava, e não ia me sujeitar a me afastar da minha pequena por causa disso, mas também não queria passar o primeiro minuto do novo ano na companhia dele. Inventei uma desculpa e dispensei o convite. Prometi falar com eles depois da meia noite e eles entenderam.

Meus pais não estavam em casa, aliás ninguém em Manhattan parece querer ficar  parado na última noite do ano. Cada um tem um compromisso diferente para ir e dos senhores Moon era dançar em um clube de festa. Viu? Todos têm  sua diversão planejada.  Eu só não sabia qual era a minha.

Na verdade, eu sabia sim, eu não estava no pique para eventos mais badalados, então decidi curtir o concerto de música acústica realizado no Central Park em frente ao Naumburg Bandshell, um coreto em concha com um palco para apresentação.

Apesar do evento contar com muitas pessoas, não havia tumultos e filas, além de gratuito. O espaço ao redor era bem transitório e com espírito bem família, se movimentar e respirar ali não era problema.

Ideal para fugir da movimentação e aproveitar  com calmaria.

 

Descia as escadas quando a campainha toca . Quem poderia ser logo agora ?

— Ally ?

Ela chorava muito e não demora muito para agarrar o meu pescoço e me abraçar urgentemente.

— Hey, pequena, não chora. Vem, entra. – eu fecho a porta ainda com ela abraçada a mim — Se acalma.  Me conta o que aconteceu ? – eu me afasto um pouco dela e a levo para o grande sofá. Ally soluçava e aquilo já partia meu coração.

— Eu... Eu só... Eu não tive culpa.

— Eu vou pegar um copo d'água para você. – ela segura  meu braço .

— Não vai. Eu não quero água.

— Ally? Você tá nervosa, pequena... Ok, então me conta. Alguém te fez alguma coisa ?

— Não! – ela não deixava de derramar lágrimas e mal pronunciava as palavras.

— Então me explica, minha linda. Assim eu não tenho como entender e te ajudar.

O silêncio reinava.

— Foi o Cain, não foi ?

Ally baixa o olhar e ela não precisava dizer mais nada. Lógico que aquele imbecil fez alguma coisa.

—  Foi horrível, Aus. – ela diz controlando o choro. —  Ele... A culpa foi minha.

— Ally, você só tá me deixando preocupado, não tá dizendo coisa com coisa. Por que a culpa foi sua ? – eu duvidava muito que fosse.

— A gente tava indo encontrar o pessoal na Time Square. O Cain tava super fofo comigo desde hoje à tarde, eu acho que é por que você não ia junto com a gente, ele devia tá feliz por isso. E eu apesar, de não ter gostado de não passar o ano com você logo agora que você voltou, não podia reclamar. O Cain não faz o tipo romântico comigo o tempo todo, ele é mais  reservado, então nessas ocasiões, eu fico mais apaixonada ...

— Ally, vai direto ao assunto. Eu não tô entendendo onde quer chegar. –  isso e o fato de não querer detalhes do namoro dela com esse babaca.

— Ok. No caminho, ele parou o carro em uma conveniência para comprar um chocolate que eu estava muito a fim de comer e ele também gosta.  Só que... Na volta, antes de dar partida... – ela começa a chorar novamente — ... Ele tentou ... Aquilo.

Eu levanto do sofá com uma raiva enorme e o sangue fervendo pelas veias. A culpa disso era minha.

— Ally,  eu vou matar aquele imbecil!  Ele não tem esse direito. Ele não te me...

— Ele me disse que a gente já namorava tempo suficiente e que não estava  aguentando  mais esperar e...  – ela estava abalada no meio das lágrimas .

— Não chora.  Já  passou.  – eu a abraço bem apertado.  Era o que ela necessitava no momento  — Eu tô aqui com você. Ele te machucou,  pequena? -afagava seus cabelos com carinho.

— Não, quando  viu que eu não ia deixar , ele me mandou sair do carro dele...  Eu peguei o primeiro táxi e vim pra cá.  Eu não quero ir pra casa,  Aus.  

— Ally...

— Você tava de saída,  não estava?  - ela parece se atentar a minha roupa pela primeira vez,  sai do abraço se levantando — Eu não quero te prender.  Eu vou ficar bem,  eu posso ir pra outro canto...

— Você só pode tá louca se acha que eu vou te deixar sozinha.  Vem,  vamos lá para o terraço. Eu sei do que você precisa.

(...)

— Olha quem chegou para espantar sua tristeza e jogar fora qualquer pensamento ruim?  -  subo de volta com meu violão dentro da capa e preso ao meu peito,  uma sacola e uma bandeja com chocolate. Tentava arrancar um sorriso da minha amiga visivelmente mais calma.

— O que é tudo isso,  Aus?

— Tudo que a gente precisa para fazer o nosso ano novo aqui mesmo.  - eu colocava a bandeja numa mesinha de madeira em frente a cama. — Começando por esse fondue de chocolate.  Trouxe tudo que achei lá em baixo para acompanhar.  Morango,  queijo,  marshmallow e doritos. –mostrava enquanto tirava cada potinho de dentro de uma das sacolas e colocava em cima da mesinha.

— Doritos?  

— Claro!  Por que não?  Já viu combinação melhor ?

— Já . Qualquer coisa menos doritos.  Não tem nada haver doritos com fondue.

— Deixa de implicar, pequena.  Você vai amar essa união de sabores perfeita.  E eu deixei o melhor pro final.  Balas! – despejando vários sacos em cima da cama.

— Você assaltou uma loja de doces?

— Olha que eu te deixo sem nenhuma.  Já escolheu nossa primeira música?  - sentava junto com ela e retirava meu violão.

— Não,  eu acho que não tô no clima, Austin!  Você canta e eu escuto.

— Nada disso,  você vai cantar comigo...  Eu tive até uma ideia.  Lembra dessa aqui? – começo a tocar os acordes.  A letra combinaria perfeitamente com a gente.

When the crowd wants more

I bring on the thunder

'Cause you got my back

And I'm not going under

 

Quando a multidão quiser mais

Eu trago o trovão

Porque você tem minhas costas

E eu não vou

 

You're my point

You're my guard

You're the perfect chord

And I see our names together on every billboard

 

Você é o meu ponto

Você é minha guarda

Você é o acorde perfeito

E vejo nossos nomes juntos em cada outdoor

 

Ally entra na canção comigo e nossa sintonia de vozes trabalha no mesmo compasso.

   

We're headed for the top

We got 'em on lock

We'll make 'em say "Hey!"

'Cause there's no stopping us

When we hit the same but different

Were never gonna quit

And we'll keep rockin', oh!

 

Estamos indo para o topo

Nós os temos em bloqueio

Vamos fazê-los dizer "Hey!"

Porque não há como nos parar

Quando atingimos o mesmo, mas diferente

Nunca iriam sair

E nós vamos manter rockin ', oh!

 

There's no way I can make it without you

Do it without you

Be here without you

It's no fun when you're doing it solo

With you it's like whoa

Yeah and I know

I own this dream

'Cause I've got you with me

There's no way I can make it without you

Do it without you

Be here without you

 

Não há como eu possa fazer isso sem você

Fazer sem você

Estar aqui sem você

Não é divertido quando você está fazendo isso sozinho

Com você é como whoa

Sim e eu sei

Euuuu tenho esse sonho

Porque euuuu tenho você comigo

Não há como eu possa fazer isso sem você

Fazer sem você

Estar aqui sem você

— Whow!  Ficou incrível,  Aus.

— Mérito todo seu.  Você é minha compositora favorita,  esqueceu?

— Eu tinha esquecido como era isso.  A gente nunca mais tinha tocado minhas...  nossas músicas.  

— Valeu a pena.  Ainda somos uma dupla imbatível e...  eu consegui te fazer sorrir .

Ally sorri novamente. Aquilo era um bom sinal.  

Somos interrompidos pelo meu celular vibrando.

—  30 segundos para meia noite.  Vem.

Fomos para lateral do terraço e finalizamos a contagem regressiva.  Uma explosão de fogos coloridos invadiu o céu, celebrando a data.

— Feliz ano novo!  - dissemos em uníssono.

Depois da Ally terminar de observar a chuva de fogos encantada parecendo uma criança maravilhada,  voltamos ao nosso banquete particular e passamos a noite com nosso antigo hobby de compor.

(...)

Fazia alguns dias desde o ano novo , o que significava fim das férias de natal e volta para a escola.  A minha transferência e toda parte de papelada já estava acertada pelos meus pais.  Hoje seria mais um novo aluno do Bryant East High Manhattan.  A Ally estava empolgada em me mostrar todo colégio e iria na diretoria comigo para buscar o meu novo cronograma de aulas.  Marcamos de chegar cedo para dar tempo de fazer tudo.  Ela desde aquele último episódio estava dando “ um tempo” do namoro com o Cain.  Se dependesse de mim,  isso seria definitivo. E como as coisas estavam acontecendo pela Ally também.

— Austin,  meu filho,  assim você se atrasa.  Não marcou de chegar cedo com a Ally? – ela aparece na porta do meu quarto.

— Eu já estou indo,  mãe.  – organizando a minha mochila.

— Eu vou com seu pai ver a abertura da loja,  mas já deixei seu café pronto.  Se é que vai conseguir comer se continuar demorando desse jeito.  Para de arrumar esse cabelo e desce pra comer,  meu filho.

— Seu filho precisa ficar lindo,  não precisa?  - rio debochado pelo reflexo do espelho.

— Você e essa sua mania.  Não demora,  porque meu filho precisa é estudar.  Graças a Deus que a Ally vai voltar a estudar com você.  

—  Hey?  Eu mantive minha média nesses anos.  – minha mãe me olha com as sobrancelhas arqueadas — Tá bom,  não foi fácil, mas eu mantive.  

— Eu preciso sair. Bons estudos,  meu amor.  Juízo e não demora.

Ela me dá um beijo no ar e sai.

Depois de alguns minutos,  eu desço apressado e tomo um copo de suco em goles rápidos.  Estaria atrasado se não acelerasse.  Como uma panqueca e escuto a campainha.

— Ally!  - sorrio.  

Me levanto e vou atender.  

— Ainda são sete e quarenta e cinco,  pequena,  nem estou tão atrasado assim...  As aulas só começam...  Alana?  - abro finalmente a porta surpreso.

 

 

Olhava para aquele par de olhos verdes e brilhantes. Não conseguia acreditar no que estava vendo, nunca quis tanto minha ruivinha longe de mim. Não tenho raiva dela, mas Ally não vai gostar nada e depois do que descobri não quero mais magoá-la.  

—Não vai me dar um beijo?- perguntou sorrindo de orelha a orelha.

—O que você está fazendo aqui?- pareci mais grosso do que realmente queria.

—Por que você está assim? Não queria me ver?

—Não, quer dizer sim. Alana, o que você está fazendo aqui?

Olhei para trás e lá vi Ally parada segurando uma alça da mochila. Alana percebeu algo, porque olhou para trás e deu de cara com Ally.

—Alana?- perguntou Ally horrorizada.

—Quem é você garota?- perguntou Alana irritada.

—Eu... Ahn... eu vou indo.

Vejo Ally ir embora, seu salto fazia barulho pelas escadas até não ser mais ouvido. Alana voltou a me olhar, ainda parado segurando a maçaneta da porta.

—Quem é ela?

—Ela é a Ally.- falei e levei as mãos a cabeça e bagunçando o cabelo que demorei horas arrumando.

—Ally? A sua melhor amiga?- Alana parecia abalada e... desconfiada?

—O que você falou para ela?

—Nada, e-eu juro.

—Você gaguejou? O que você falou para ela naquela droga de fone de ouvido?

—Não falei nada, já disse.

—Não se faça de santa, estava na cara o medo que Ally ficou assim que te viu.

—Eu não falei nada, olha eu vou embora. Você está se comportando como um idiota. Só passei aqui para dizer que vou morar aqui, em um apartamento a umas quadras daqui.

Alana abriu a porta e eu cai em si. Ela vai morar aqui? Como? Mas que droga.

—Você o quê?

Ela não respondeu, ao contrário disso. Bateu a porta em minha cara. Fiquei parado olhando para a porta fechada e meus últimos dias com a Ally passam como um filme.

Desde o dia em que Ally chegou chorando aqui em casa que nos aproximamos mais. Eu não sei, mas o que temos vêm ficando cada vez mais forte. No dia em que ela me contou que gostava de mim, fiquei confuso, mas a cada dia , a cada olhada, sinto que ela não esqueceu.

O meu celular toca e eu atendo assim que vejo o número da Alana.

—Amor, por favor, me desculpa. Fui um idiota. Não sei porque agir desse jeito. Me dá mais uma chance para a gente conversar.

Alana estava em silêncio, não ouvia nada mais que barulho de carros e pessoas falando. Ouço um suspiro e fungada logo depois, aquilo destruiu meu coração.

—Eu estou na portaria.- respondeu e fungou mais uma vez.

—Estou descendo.

Desliguei antes que ela falasse mais alguma coisa. Subi correndo para o meu quarto e peguei minha mochila.

Quando cheguei em frente ao elevador, apertei o botão diversas vezes como se adiantasse, parecia que estava levando uma eternidade para chegar. Ao chegar no térreo, vejo Alana sentada em um dos três degraus da entrada. Sua cabeça estava encostada na parede.

Segurei um alça da mochila e levei a outra mão ao bolso. Tomei coragem e me aproximei. Desci os degraus e fiquei de frente para ela.

—Ei!- chamei com a voz mais doce possível. Tirei a mão do bolso e estiquei para ela.- Me desculpa?

—Austin, você...- ela parou e passou as mãos nos olhos.- Você gritou comigo por culpa dela.

Me abaixei e fiquei de frente para ela.

—Amor, me desculpa vai... Olha, Ally é a minha menininha, minha irmãzinha- a palavra “irmãzinha” amargou em minha boca.- Amor... Eu conheço Ally desde pequeno.

—Austin, eu não sei se vou suportar ver você e a Ally agarrados o tempo todo.

—Ei, eu e a Ally não somos tããão colados.- me sentei ao seu lado e a abracei.- Eu juro.

Jurar. Eu não podia simplesmente jurar. Era verdade, Ally e eu éramos colados até de mais.

—Posso acreditar em você?

—Claro, meu anjo.- Peguei seu queixo e a fiz olhar para mim.- Eu amo você.

—Eu também amo você.- disse e me atacou , colando nossos lábios.

Eu retribui o beijo. Fiz um enorme esforço para fechar os olhos. Meus pelos não se arrepiaram, não senti as borboletas na barriga... Eu não senti nada.

Um pigarreio nos afasta, levanto a cabeça e vejo Dez nos observando. Levantei e puxei Alana junto.

—Você ainda não foi para a escola?- perguntei para cortar o clima chato.

—Não, a Trish não me acordou. Ally já foi?

—Acho que sim. Dez, essa é Alana, minha namorada. Alana, esse é o Dez, nos conhecemos quando voltei para cá, ele está se tornando um amigo fiel.

—Ah, oi Dez.- Alana estendeu a mão e Dez agarrou imediatamente.

—É um prazer, enfim, te conhecer. O Austin fala muito de você.- disse me olhando, eu sabia  o porquê, eu nem havia dito nada sobre Alana para ele.- Então, Austin, nós temos que ir.

—É mesmo.- me virei para Alana e beijei seu nariz- Meu anjo, eu preciso ir.

—Tudo bem, vejo você hoje ainda?

—Vamos ver, okay? Agora beijo.- dei um beijo rápido em sua boca.- Tchau.

Nos afastamos de Alana indo em direção a estação de metrô.

—Mas o que...

—Longa história. O foco agora é a Ally, acho que temos problemas, de novo.

(...)

—Ally.- chamei assim que a vi no horário do almoço. Desde que cheguei que não nos vimos, não tivemos uma aula juntos.- Ally... Ally fala comigo.

Eu já estava quase a alcançando quando  ela parou e virou em minha direção. Ela sorriu, mas eu a conhecia bem, aquele não era um sorriso verdadeiro. Ela está triste. Parabéns, Austin, seu burro.

—Oi, aquela era a Alana?- perguntou puxando a manga da sua camisa. Ela vestia uma camisa de mangas compridas branca, calça preta e botas também pretas de cano curto e de salto grosso,  não tão alto. Ela continuava a puxar a camisa, estava nervosa.

—Ah... sim. Aquela era a Alana.- respondi.

—Ela é b-bonita.- ela engole seco. Ela está gaguejando, isso não é bom.- Ela veio visitar você?

—Ela... Droga, como vou dizer isso a você!? Ela...Ela...

—Ela...- ela me observou mais um pouco. Olhou em meus olhos e entendeu tudo.- Ela vai m-morar aqui em Manhattan?

—Vai.

Vi Ally dar dois passos para trás e me encarar logo depois.

—Maravilha, assim posso ser amiga da namorada do meu melhor amigo.

Foi muito rápido como ela virou e correu. Tentei ir atrás, mas não consegui alcançá-la. Mesmo assim, continuei a andar por cada canto daquele enorme colégio.

Ela não havia deixado de gostar de mim, eu estava certo agora. Mas não entendo ficar tão machucado em ver ela assim. Eu já fiquei triste, quando éramos mais jovens, mas nunca arrasado desse jeito.

A voz de Cain ecoa nos meus ouvidos quando passo por uma sala, o corredor estava vazio, possibilitando que eu ouvisse bem. A voz dele era mansa e baixa. Estava flertando.

—Vamos lá, morena, você sabe melhor do que todos que eu amo você. Aquilo no carro foi só um deslize ,um desejo bobo.

—Essa não é uma boa hora, Cain.

—E qual será a hora?- olhei pela brecha da porta. Era a sala de química, Ally estava escorada em umas das mesas e Cain estava bem próximo a ela.- É por causa do loiro? Você gosta dele?

— Não tem nada a ver , Cain. É assunto meu.

—Tudo bem, mas me dê outra chance.

—Não.

—Ah vai, por favor.

Agora ele havia passado do limite, estava agarrando minha pequena.

—Me larga , Cain.

—Larga ela, agora!- disse entrando na sala.

Cain largou Ally e se aproximou me encarando. Ele me desafiava, mas seus olhos destilavam medo.

— Você não deve se meter.

—Por que não? Ally é minha amiga. Se eu tenho que defender sua honra , eu farei.

—Você se acha , não é?

—Cara, na boa , some daqui, não me faz quebrar seu nariz de novo e acabar suspenso no meu primeiro dia de aula.

—Eu vou, mas não é por essa ameaça ridícula, mas sim por que eu não aguento mais a sua cara.

Cain passou por mim e antes de sair me olhou com um sorriso debochado. Tentei correr atrás dele, mas Ally segurou o meu pulso e me abraçou.

—Eu... Austin, eu não sei o que deu em mim para sair correndo daquele jeito.

—Não, você sabe bem.- segurei em seu queixo com o polegar e fiz ela olhar para mim. Seu olhos são tão lindos e sinceros. Levantei a mão e coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.- Você ainda gosta de mim, não é?


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Notas finais do capítulo

Eu avisei, não avisei? KKK.
Vocês estão vivas e bem, não estão? Por favor, se manisfestem nos comentários para eu ter notícias de vocês.
Divisão do capítulo:
1. Da primeira parte até Austin abrindo a porta e vendo e falando ''Alana?'', euzinha, Sweet.
Sim, Ally chegando arrasada na casa do Austin fui eu. Eu confesso! kkk, Sou culpada. Mas o momento fofo de Ano Novo dos dois suavizou, não é?kkk

2. Reação do Austin ao ver a Alana até o final do capítulo, Little Girl.
Sim, aquela pergunta de matar o coração é responsabilidade dela. KKK. Passamos o capítulo todo querendo matar uma a outra.

E é isso, pessoal, gostaram? Amaram? Nos contem o que mais gostaram, suas reações a cada cena... Tudooo! KKK.

Favoritem, recomendem(será que merecemos?), comentem.
Nos vemos na próxima.
Aviso: próximo capítulo está imperdível, sim, esse só foi uma prévia, vocês ainda não viram nada.
Não nos matem!
Bjs e até mais.
By: Sweet



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