Better Together escrita por Little Girl


Capítulo 5
Discussão, ciúmes e desculpa.


Notas iniciais do capítulo

Advinha quem resolveu parar de preguiça e finalmente postar um capítulo, isso mesmo eu, Little Girl. Então, espero que gostem do capítulo.
Obrigada a cada pessoa que tirou um tempo para comentar (prometo responder os comentários).
*~*~*

Hey, amores, voltamos e a Little veio comigo nas notas! Ehhh!
Mas vamos direto ao assunto, preparadas para o capítulo? Eu não consigo escolher qual das cenas é a melhor. Ele está totalmente incrível e vocês vão amar tanto quanto nós com certeza. Obrigada pelos comentários mega fofos e engraçados. Vocês são demais.
Sem mais delongas, vamos ao capítulo?
Boa leitura!
By: Sweet Princess



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Pov Austin 

 Entrei no meu quarto e não deixei de bater a porta com força. Eu estava morrendo de raiva, eu adorei ter socado a cara do idiota, mas odiei ter caído na provocação dele. Ally iria me odiar. 

—Austin?- chamou minha mãe batendo na porta.- Aconteceu alguma coisa? 

—Tá tudo bem , mãe.  

—Não, está não, você está quebrando seu quarto. O que aconteceu?- insistiu. 

Abri a porta do quarto e dei de cara com a minha mãe de testa franzida.  

—Cain me provocou e eu soquei a cara dele.- falei. 

—Quem é Cain? 

—O namorado da Ally. 

—Oh filho, eu sinto muito. 

—É , eu também. Vou voltar a quebrar o quarto, prometo arrumar depois.- ri debochado e minha mãe fez cara feia- Tudo bem, não quebro mais o quarto. Acho que vou ligar para a Alana. 

—Tudo bem, está com fome? Tem lasanha para o almoço. 

—Vou em alguns minutos.  

 Fecho a porta do quarto e procuro meu celular, quando finalmente acho abro a porta e saio. Desço a escada um tanto devagar, estava sem ânimo até de andar, provavelmente a essa hora Ally deseja minha cabeça.  

 Quando passo pela grande janela de vidro, meu celular toca. Era um número desconhecido.   

—Alô? 

—Austin? É o Dez, ainda não salvou meu número?- perguntou brincalhão. 

—Desculpa, ainda não. Você ligou para isso?- perguntei começando a subir as escadas em direção ao terraço.  

—Não, Ally está furiosa. Você quebrou o nariz do Cain.  

—Foi? Isso não é bom, agora estou mais satisfeito que antes.- Cheguei no último degrau e olhei para a cama em que eu havia passado parte da noite com a Ally.  

—Você foi o cara, pena que a Ally não acha isso.  

—Não é a primeira vez que Ally fica furiosa comigo e nem será a última.  

—Eu nunca vi Ally assim.  

—Eu nunca imaginei ver Ally apaixonada desse jeito. Isso é um saco.- Levei a mão a cabeça, desarrumei o cabelo e soltei um suspiro. 

—Tenho que desligar, nosso pedido está vindo. 

—Nosso? 

—Claro, eu, Trish e Trent. O quê? Achou que perderíamos a fome porque Cain levou um soco? Acredite, ficamos com mais fome. 

 Não deixei de sorrir, Dez e Trish definitivamente odiavam o Cain. 

—Tudo bem, eu vou fazer alguma coisa para me distraí. Bom almoço.  

—Obrigado, você também deveria comer. 

—Eu sei e eu vou, até mais. 

—Até. 

 Sento na cama e olho a tela do celular, era uma foto minha e Alana. Ela sorria e me abraçava. Aquele dia foi o melhor dia do nosso namoro. Foi em um fim de semana só nosso, onde tivemos nossa primeira vez. 

 Procuro seu número na agenda, mas antes de discar, levanto e vou até meu quarto. Não achava certo ligar para a Alana no meu lugar que com a Ally.  

 Não demora muito para que Alana atenda e encha meu ouvido com sua adorável voz. 

—Amor? 

—Oi, meu anjo. 

—Finalmente me ligou. Como está aí? 

—Bem, encontrei a Ally. 

—A famosa Ally?- perguntou com a voz enciumada.  

—É.  

—Legal. Amor, eu queria muito te ver. 

—Eu sei, quer fazer uma vídeo chamada? 

—Sim.- respondeu animada.- Em vinte minutos? Eu realmente preciso te contar algo. 

—Até lá.  

Pov Ally 

—Mas o que aconteceu aqui?- perguntei enquanto olhava Austin ir embora. 

—O maluco do seu amigo me socou. Droga, acho que ele quebrou meu nariz. 

—O que você fez Cain?- perguntou Trish.  

—Ele me socou, é um louco. Não fiz nada.  

—Não acredito.- Trish cruzou os braços e encarou Cain.  

—Você precisa ir para o hospital.- falei. Olhei para Dez que olhava tudo calado.- O que aconteceu Dez?  

—O que? Han... Nada? É nada, foi apenas um mal entendido.  

—Um mal entendido? Como assim um mal entendido? Austin agiu como um louco e acabou quebrando o nariz do meu namorado por um mal entendido? Ele vai ver só. 

Comecei a andar na mesma direção do apartamento. Austin não tinha o direito, estava tudo indo bem. A saudade que eu sentia dele passou. Quando passo por Dez, uma mão me segura. Olhei para trás e Cain me segurava com a mão livre. 

—Ei pode cuidar de mim antes?  

—Claro.- forcei um sorriso. 

—Não quero ir ao médico, eles farão perguntas. Vamos na casa do amigo do meu pai. 

—Tá.  

 Concordei um pouco mais aliviada. Cain queria livrar a cara do Austin e é assim que ele agradece, socando o nariz. 

(...) 

 Toquei a campainha da cobertura apenas três vezes, a loira de olhos verdes abre a porta e sorri.  

—Oi , Ally, entra. 

—O Austin está aqui? 

—No quarto dele.- me virei para ir até lá, mas tia Mimi me chama.- Ally? Tem calma, ouve o lado dele. 

—Eu vou tentar tia Mimi, eu prometo.   

 Quando abri a porta do quarto do loiro me assusto com a desorganização. Lembro de termos deixado tudo organizado quando saímos.  

  Austin não estava no quarto, então desço a escada e vou em direção a  varanda. Subo a escada que vai para o terraço um pouco rápido demais, mas quando enfim chego nem sinal do Austin. Volto lá para baixo e encontro tio Mike.  

—Oi, tio Mike, você por acaso viu o Austin?  

—Ah, oi Ally. Ele entrou no banho faz uns minutos.  

—Certo, obrigada.  

 Voltei para o quarto dele correndo, antes de abri a porta me certifiquei se ele ainda estava no banho e estava, pois ouvi barulho no banheiro que ficava no fim do corredor.  

 Já no quarto dele andei de um lado para o outro. Estava impaciente, Austin estava demorando uma eternidade.  Na escrivaninha seu Macbook  estava aberto. De repente a foto de uma ruiva aparece na tela. Era uma chamada de vídeo.   

 Sem parar pra pensar, pego o fone de ouvido e aceito a chamada. A ruiva aparece na tela vestindo apenas um sutiã branco de renda. Arregalei os olhos e levei as duas mãos a boca.  

—Céus, quem é você?- perguntou a garota tapando os seios com um pano.  

—Quem pergunta sou eu, quem é você?  

—Você está no quarto do meu namorado? Quem diabos é você , garota?- perguntou a ruiva irritada. 

 A conversa no Central park vem em minha mente. Ruiva e olhos verdes, é claro, aquela era a Alana.  

—Sou Ally, você é a Alana?- soei irritada e desafiadora quando não devia.  

 A porta do quarto é aberta e Austin entra enrolado apenas na toalha branca. Quando me ver ele para e segura a toalha. Ao ver Alana me olhando pela tela do notebook ele corre para trás de mim sem ao menos ligar se estava de toalha.  

—Alana?  

—Austin, quem é ela? E por que você está apenas de toalha? – ele não ouvi porque eu estava com o fone, então eu desconecto e Alana praticamente grita com o Austin.  

 -Eu estava no banho, Ally é minha amiga e veio apenas conversar. Eu nem sabia que ela estava aqui.  

 Eu apenas observava em silêncio a discussão deles, olhava fixo para ela. A ruiva vestia apenas um sutiã, por quê? Ela queria fazer uma surpresa? Sim, ela queria. Eles já fizeram algo.  

 Lágrimas escorrem dos meus olhos e eu não consigo controlar, mas eu deveria. Eu estava fazendo cena, Austin é meu amigo. Agora eu tenho o Cain, o que eu sentia pelo Austin morreu. 

—Tira essa menina daí, Austin.- exigiu.  

—Alana, depois falo com você.  

 Austin passou o braço livre por mim para alcançar o objetivo, seu mouse, antes que Alana falasse algo ele desliga a chamada. Fiquei parada olhando a tela do notebook, a foto de proteção era uma divisão, ele e Alana, eu e ele. Tínhamos tirado essa foto na noite que nos encontramos. 

—Ally?- Chamou Austin quase como um sussurro. Ele virou a cadeira para ele e me viu chorando.- Ei , não chora. 

 Um soluço escapa. Eu não estava mais com raiva dele, estava magoada demais para isso.  

—Vocês já...  

—Ally...- Austin tentou falar, mas seu olhar já dizia tudo. 

—Por que ela estava apenas de sutiã?- Ele olhou para o chão e engoli seco, queria negar, mas não podia.- Eu tenho que ir, preciso pensar.  

 -Ally... 

 Antes que ele falasse algo, saio do quarto e bato a porta.

(...)

— Eu sou uma idiota! Uma idiota! - repetia pra mim mesma enquanto tentava abrir a porta de casa. Chave maldita. Por que não entra de uma vez? Eu continuava a chorar, mas bem mais controladamente. Enfim, abro a porta e vou depressa para o meu quarto. Essa hora ninguém estava em casa mesmo. Pulei na cama e só bastou isso para o meu celular tocar.

— Austin! - eu só confirmei o que já esperava ao ver seu nome e foto na tela. Ele detestava me ver chorando. — E o quer que eu te digo, Aus? Que eu desabei no choro por mágoa? Tristeza de melhor amiga? Eu não sou sua namorada, nunca fui.

Simplesmente desligo o aparelho e tento esquecer o que acabou de acontecer, não tinha condições de atendê-lo agora.

(...)

Acordei devagar, piscando os olhos várias vezes e me espreguiçando no colchão. Acabei dormindo. Que horas deveria ser? Mas mal me sento e pego meu celular em cima da minha cômoda para conferir isso quando algo me impede. A janela do meu quarto estava com a cortina aberta e a escuridão lá fora já deixava notório que eu tinha dormido de mais. Levanto assustada e ando em direção a sala, ligando o celular no caminho.

10 chamadas perdidas do Austin.

Duas mensagens do próprio.

Mensagem 1

Pequena, me atende. Você saiu super mal daqui de casa e não quero te ver assim. Vou terminar de me arrumar e passo aí daqui a pouco, ok? Ainda precisamos conversar.

Mensagem 2

Ally, já cansei de bater na porta e ninguém abre. Até a campainha já toquei...— Não tive como controlar um pequeno sorriso no meu rosto nessa parte. O Austin nunca tocava a campainha da minha casa.

Você ainda tá chateada comigo por causa do Cain? Eu deixo você me bater se for preciso, mas não me ignora e fala comigo. Eu quero conversar com você, pequena. Me procura assim que vi essa mensagem.

Já era sete da noite. Pelo tempo e por não ter me procurado mais, ele devia ter resolvido me deixar em paz . Minha barriga clama por comida, não tinha almoçado nem ingerido nem uma migalha desde que cheguei. Estava faminta!

Fui na geladeira e peguei a primeira coisa que vi, um prato de torta de frango. Muito recheio, pouca massa, típico padrão e perfeito para a minha fome.

A campainha toca antes que eu conseguisse terminar de cortar um pedaço para por no micro-ondas.

Droga! Pego uma maçã e já vou a devorá-la. O que foi? Eu estava com fome.

Espera! E se fosse o Austin? Eu não tava mais brava, mas ainda não queria encará-lo. Verifiquei no olho mágico antes de abrir e não vi ninguém. Trote? Sério?

Abro a porta e nem sinal da criatura!

Antes de fechar novamente, alguém me impede, colocando o pé na passagem.

— Pizza e sorvete? - ele se escondia atrás das embalagens.

— Austin!

— Eu tava a ponto de arrombar a porta para ver se me atendia. – abaixava as sacolas , mostrando o rosto. — Mas eu pensei melhor e ponderei a ideia.

Ele me dar um sorriso de lado.

— Paz, pequena? Eu só quero conversar e a pizza tá esfriando.

— Entra!

Sentamos no sofá. Quer dizer... Ele sentou, eu fiquei em pé.

— Não vai comer?

— Eu não tô com fome! -cruzo os braços.

— Ok, sobra mais pra mim – ele volta a atenção para retirar a pizza e depois para o olhar em mim — ... e eu não tenho medo de birra infantil, você sabe disso. Se tá tentando me fazer ir embora, pode esquecer. – e com isso morde um pedaço de uma fatia visivelmente apetitosa.

— Tem certeza que não quer? É com borda recheada. Você ama e é de pepperoni.

— Eu já comi. Já disse que não quero. Brigada !

— Ok, mas antes deixa eu guardar o sorvete antes que derreta. Eu posso?

— Claro! Você sabe o caminho.

Ele segue para a porta de madeira da cozinha que era no estilo bangue bangue, e dividia a sala desse espaço.

Eu me sento no sofá e ele volta segundos depois.

— Ally, eu... Bom... Eu... – ele não sabia o que falar. Não é pra menos, ele não havia feito nada além de socar o Cain.

— Por que você socou o Cain? - perguntei logo para fugir do assunto.

— Não vim aqui para falar disso. – ele mordeu a pizza e minha barriga quase gritou.

— Mas eu quero falar, por que você socou o Cain? - cruzei os braços e fiz cara feia.

Austin levantou e respirou fundo.

— Ele falou o que não devia.

— Tipo... ?

— Não importa, Ally. Foi uma grosseria e eu já resolvi. Já que é para ir direto ao assunto, por que você chorou ao ver Alana?

— Não importa. – bati o pé e dei as costas para ele. Só em ouvir o nome dela a imagem dela só de sutiã vinha em minha mente.

— Pequena, eu não vim aqui para transformar isso em outra briga. Eu só ... Eu não quero mais brigar.

Comecei a sentir minha garganta se fechar, o choro era quase iminente, mas eu não queria chorar na frente dele de novo. Por impulso andei em direção ao meu quarto e ele me segue.

— Ally! Pequena, não faz assim. Volta aqui e me escuta.

Eu consigo andar mais rápido e fecho a porta antes que o Austin me impeça.

— Ally! Ally, abre essa porta.

— Não! - já sentia algumas lágrimas descerem, mas eu as limpo depressa. — Austin, sai. Eu não quero falar agora. Eu não devia ter te deixado entrar.

— Claro que devia. Eu tentei me comunicar a tarde inteira com você. Abre, por favor. Eu não vou sair até a gente se acertar. Ally, olha que desta vez eu arrombo mesmo, ouviu? - ele falou a última parte brincalhão para tentar aliviar a tensão — Eu sei que você deve tá rindo nesse exato minuto. Abre, pequena.

— ... – Quem mandou você fazer essa cena, Ally? Agora aguenta! Mas eu não conseguia. A resposta para essa pergunta era muito difícil pra mim.

— Escuta, eu não sei o que eu te fiz. Se for por causa do Cain...

— Não é por causa do Cain! - eu falei já com a voz embargada pelo choro que acabou vencendo essa batalha.

— Ally, você tá chorando? Pequena, eu já tô preocupado de verdade agora. O que foi que aconteceu? Abre a porta, Ally. Eu não tô brincando. Foi alguma coisa que a Alana te falou?

Eu respiro fundo e apesar do medo de ficar cara a cara com o Austin, não podia fugir pra sempre. O melhor era encará-lo.

— Pequena, ainda bem. Não fecha de novo... Só me escuta. Se a Alana tiver dito algo que te ofendeu... que não gostou... Qualquer coisa... Me fala. Só não me esconde.

— Aus, eu...

— Foi isso que aconteceu, não foi?

— Não. Eu não liguei pra nada que ela me disse. Mas...

— Mas?

— Promete que não vai rir ou...

— Ally, sabe que pode me contar qualquer coisa. Não precisa ter...

— Eu gostava de você, Austin! Eu era uma garota completamente apaixonada por você! Pelo meu melhor amigo. Sempre fui. Pronto, falei. – disparo tudo de uma só vez em alto e bom som sem hesitar por um minuto. Eu precisava despejar aquelas palavras subitamente antes que perdesse a coragem.

— Você era o quê?

— Era por isso que não queria que você soubesse. Você tá me achando uma boba, né?

— Não, Ally. Eu só... Eu tô surpreso. Só isso.

— Eu sei. Entra. – eu fecho a porta e nos sentamos na cama — A gente cresceu junto, Aus. Sempre fomos bem ligados.

— Você sempre foi minha melhor amiga, minha protegida...

— Sua irmãzinha. – digo mais para mim do que para mais outro alguém, mas ele não deixa de escutar — Você sempre me viu assim, Aus. Eu sei e não reclamo. Mas hoje... Hoje quando vi a Alana daquele jeito ... Eu não sei o que deu em mim. – me levanto e ando até perto da janela — Ficou tudo misturado, as memórias do passado, da antiga Ally, era como se eu tivesse voltado a ser aquela menininha... A que era louca por você e nunca te confessou. – eu já chorava novamente e não me importava em esconder. Não conseguia pronunciar mais nada. Sento no pufe ao lado e tento me acalmar.

—Eu nunca... – ele veio até mim e se ajoelha a minha frente — Por que nunca me contou, pequena?

— Eu não podia arriscar. Nossa amizade era mais importante. Aliás, eu nunca fui igual as meninas que você gostava, nunca fui igual a Piper...

— Ei. Para com isso, Ally. – ele segura meu rosto — Eu não fiquei com você por causa disso. Você sempre foi linda. E eu nunca te falei o contrário.

— Você só tá dizendo isso...

—... porque é a verdade. Você sempre foi linda. – ele enxuga minhas lágrimas devagar — Você é linda, Ally. O fato de nunca ... Nunca ter rolado nada entre a gente não tem nada haver com isso, ok? Minha pequena dá de dez a zero em qualquer garota por aí. – ele sorri de leve e me faz repetir o gesto.

— Você nunca percebeu, não é? - eu precisava saber. Já tinha me aberto mesmo. — Nunca percebeu que eu gostava de você?

Ele desvia o olhar para baixo antes de me responder.

— Pequena, eu... eu sempre te vi como minha cúmplice, a pessoa que eu mais confiava no mundo e...

—... e nunca percebeu. Não precisa terminar de responder, Aus, eu já entendi.

— Ally...

— Tudo bem. Tudo isso é passado mesmo. Eu não sinto mais o que eu sentia por você. Você viajou, eu cresci, você namora e eu também. Eu já esqueci, Aus.

— Então não mudou nada entre a gente?

— Nada. Na verdade, eu queria esquecer essa cena toda que eu fiz, você deve ter me achado uma louca.

— Claro que não! Foi bom ter me contado, não precisa ter vergonha. Se sente mais aliviada? Mais tranquila?

— Muito. Eu só não quero que você ache que eu ainda... Você sabe. Não quero que fique estranho comigo.

— Depende. Você aceita dividir o resto daquela pizza maravilhosa comigo? Essa é a minha condição.

— Bobo!

— Amigos?

— Os melhores. – ele me abraça apertado e continuamos assim por um tempo.

— Ally, sobre o Cain...

— Esquece. Eu nem lembro mais. E eu acredito em você.

— Que bom. – ele sai do abraço e me encara — Agora vamos comer aquele manjar? Você deve tá morrendo de fome. – eu abro a boca para retrucar, mas ele me impede — Ally, eu sei que não comeu nada. Sempre soube. Tinha uma torta de frango enorme no balcão da cozinha e ela estava intacta. Além do mais, você só faltava pular e atacar a pizza lá na sala. Eu te conheço, só não queria dar o braço a torcer.

— Agora que não é segredo, você trouxe sorvete de quê? Eu tô salivando desde que você entrou. Vem! - eu o puxo pela mão e ele gargalha satisfeito.

(...)

A pizza já tinha ido embora em questão de minutos. Agora devorávamos o sorvete no pote mesmo, Austin me observava quieto.

— O que foi ? – pergunto curiosa.

— Nada.

Eu pego mais uma colherada e lá estava ele de novo com os olhos em mim .

— Aus, assim, eu não consigo comer em paz. Por que você tá me olhando tão concentrado ? Minha boca tá melada ? Minha roupa?

— Não. – ele ri da minha preocupação — Desculpa. Eu só estava pensando.

— Pensando em quê?

— Na... Em nada. Besteira.

— Aus? Eu sei quando tá mentindo. Me conta.

— Não é importante... Pra falar agora.

— Certeza?

— Sim. Agora, a senhorita dá pra liberar o sorvete? Você tá comendo praticamente sozinha.

— Mentira! Você que é um distraído e eu não tenho culpa se é o meu sabor predileto .

— Ally, eu sei muito bem disso, mas eu trouxe pra gente – ele intercalava a mão, apontando para nós dois —,você já devorou a metade. Passa pra cá.

— Não! - seguro o pote mais pra mim. Parecia uma criança fazendo beicinho.

— Ally?!

— Não e não. Ele é meu. – sorrio divertida e levanto junto com minha cremosa sobremesa nas mãos.

— Ally, volta aqui, sua danadinha.

— Não. - eu rodeio a sala com o Austin na minha cola, ria muito. — Você não trouxe para me alegrar? Então, ele é meu. Só meu.

— Sua espertinha, é assim que você me agradece ? Deixa de ser egoísta. Você vai negar uma colherada para seu melhor amigo tão legal pra você?

— Ok – cada um estava na ponta do sofá — Um pouquinho. Uma colherada. Promete?

— Sim.

— Eu levo para você e não vale trapacear. Se for bonzinho, eu posso até pensar no seu caso. -eu me aproximo a passos lentos até ele — Abre a boca .

Ele come de bom grado, mas não perde a chance de tentar puxar o pote com agilidade. Uma tentativa, pois nessa confusão toda acabamos caindo no chão. Ele por cima de mim dessa vez. Era óbvio que eu não estava no meu juízo perfeito. Estávamos muito próximos um do outro e a culpa era minha por ter iniciado tudo isso. O pior é que eu não podia dizer que não estava gostando. Austin me olhava em silêncio. Ally, e agora?


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Ficaram curiosos? Eu também, Sweet não me contou nada ainda do que pretende fazer no próximo capítulo :(

Divisão do capítulo: Me, Little Girl, esquevi até a parte onde a Ally saiu chorando do quarto do Austin. O resto foi a Sweet.
Beijinhos, até mais.
Ass: Little Girl.



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