Better Together escrita por Little Girl


Capítulo 7
Noite de jogos


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltamos! Recuperadas do capítulo anterior? Kkk. Ficamos feliz por terem sobrevivido, apesar dele ter sido um grande arrasador de corações.
Sem mais delongas, segue o próximo capítulo



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Pov Ally

Eu apertava sua camisa em cada lado que segurava. Meu coração estava descompensado e eu quase tive a sensação que o dele não estava diferente. Ele suspirava como se tivesse corrido uma maratona, mas ao contrário disso ele estava parado. Me olhando nos olhos com as mãos em meu rosto, tão delicado que eu estava quase implorando que ele nunca se afastasse.

Sua respiração estava ficando próxima. Mais do que eu esperava. Ele estava se aproximando, lento, quase em câmera lenta. Iria me beijar? Finalmente, havia chegado o dia que tanto imaginei? Que tanto desejei?


—Austin...
—Eu não sei o que estou fazendo.- falou sussurrando, seus olhos estavam fechados.- Mas eu vou fazer.
—Austin...

Tentei impedir mais uma vez, mas ele avançou. Rapidamente virei meu rosto, fazendo com que seu beijo pegasse em minha bochecha.


—Pequena, por favor.- choramingou.

Aquilo era meu fim, nosso fim. Eu o beijaria quantas vezes ele pedisse agora. Ele havia vencido. O abracei forte e fiquei na ponta dos pés. Nesse momento nossas respirações eram uma só. Quase podia senti seus lábios...

—Ally? Ally!- chamou Trish.
—Por favor, Austin.

Olhei ao redor e estava na sala de aula com todos me encarando, inclusive o Austin. Muito bem, Ally Dawson, começando o ano com chave de ouro. Foi tudo um sonho.

(...)
—Você vai me contar agora?- perguntou Trish enquanto andávamos até o meu carro. Dez e Austin viriam logo depois.
—Não sei do que está falando.
—Você sabe sim, anda, me conta logo.
—Tudo bem. Alana vai morar em Manhattan. Eu fiz cena e Austin me perguntou se eu ainda gosto dele.
—Você gostava do Austin?- perguntou parando.
—Continua andando, sua doída.- peguei em seu braço e a puxei para continuar andando.- Eu gostava, ou melhor ainda gosto.
—Céus e você contou a ele?
—Eu posso terminar?


  Flashback on

Ele olhava em meus olhos enquanto a pergunta que me fez, faz meu coração quase pular pela boca. Se eu ainda gosto dele? Essa é fácil de responder. Eu gosto. Gosto com todas as minhas forças e ele está tão perto está acabando com meu emocional.


—Ally?
—Austin, eu... Puff, é c-claro que não. Nós somos amigos, quase irmãos. Acho que só fiquei com ciúmes que ela vá roubar você de mim.

Sai do seu abraço, mas Austin me segurou e me puxou para perto novamente. Nossas respirações estavam descompensadas. Ele estava próximo demais.


—Ally, você ainda gosta de mim?- perguntou novamente.

Eu juro, quis negar com toda minha força. Quis me afastar e chamá-lo de melhor amigo, mas não consegui. O contrário , a resposta saiu flutuando da minha boca.


—Sim.

Fechei os olhos e esperei ser chamada de louca e de irmãzinha, mas o contrário disse aconteceu. Senti sua respiração em meus lábios. Seus lábios fizeram cócegas nos meus quando mal se tocaram.

Antes mesmo de nos aproximar novamente, a voz de Dez ecoa em nossos ouvidos.


—Austin? Onde você está.... Ah , achei vocês, a Trish está procurando vocês para comer.

Austin se afasta e parecia sair do transe. Quase pedir por favor, para que ele continuasse.
—Vamos lá, Dez.- disse Austin acompanhando Dez, mas antes disso pegou em minha mão e me guiou.

Flashback off

—Deixa eu ver se entendi direito, você contou ao Austin que ainda gosta dele e depois vocês quase se beijam?
—Isso mesmo. Na aula ,eu sonhei que ele ia me beijar até você me acordar. Você e o Dez me saíram um ótimo empata beijo, mesmo que um tenha sido só em sonho.
—Você é doida, como você conta ao garoto que gosta dele? E agora, Ally? Vocês são melhores amigos.
—Eu sei, não precisa me lembrar, mas ele estava tão perto e me olhava nos olhos. Já parou para ver como os olhos deles são fascinantes?
—Você está ferrada!
—Não precisava me lembrar disso também.
(...)

Estava na sala assistindo tv quando minha barriga roncou e alguém bateu na porta. Levantei com preguiça, já eram seis da tarde.

Abri a porta e dei de cara com a cabeleira loira. Não estamos nos falando direito desde o incidente na sala de química. Ele sorriu e ergueu uma caixa embrulhada em um saco de papel.


—Comida?
—Sim, sushi da melhor qualidade.
—Por que eu sinto que você quer me ganhar pela barriga?
—Talvez você esteja certa.
—Vem, entra.

Fomos para a cozinha e arrumamos a mesa em silêncio. O clima continuava tenso e eu estava morrendo de medo que não mudasse.

Ele tirou o embrulho da embalagem, revelando sushis apetitosos. Peguei refrigerante e copos. Nos sentamos e comemos ainda em silêncio. Aquilo me incomodava e parece que ao Austin também, pois ele resolveu falar.


—Ally, eu... Olha... Bom..
—Austin, olha só. Eu sei que somos melhores amigos, não vamos deixar aquilo ficar entre nós.
—Ally ,você não entende. Eu estou confuso. Minha melhor amiga gosta de mim e eu... eu estou confuso demais.
—Espera ,confuso?
—É, confuso. Nós nos aproximamos muito de uns tempos para cá. Olha , Ally, eu gosto muito da Alana, mas acho que gosto de você também...
—Não fala mais nada, eu não vou ficar entre você e a Alana, nem vou fazer você escolher.
—Você não entende ,Ally, hoje na sala eu quase te beijei e você nem imagina o quanto eu desejei que o Dez não tivesse chamado a gente.
—Austin, somos amigos, melhores amigos e estivemos separados por anos. Eu acho que isso é apenas confusão de aproximação... É claro que é isso, estamos apenas nos conhecendo novamente e pensando em sentimentos errados.
—É, você pode ter razão.- disse abaixando a cabeça.

Aquilo me partiu o coração, eu não estava enganada, eu gostava dele de verdade. E acho que ele também aprendeu a gostar de mim. Como eu queria que isso tivesse acontecido antes.


—Ei, seu loiro falso, não fica assim. Vem cá e me dá um abraço.

Levantei e estendi os braços. Ele levantou e me abraçou apertado e beijou o topo da minha cabeça.


—Adoro você.- disse ele.
Fechei os olhos e o apertei mais.
—Também adoro você.
(...)
Pov Austin

Enfim , era sexta e eu já havia chegado do colégio. As coisas entre mim e a Ally estão melhores, mas ainda assim estão confusas. Eu gosto dela, mas Alana é a minha namorada e a acho perfeita demais.

Eu estava jogado na cama do terraço e nem percebi quando Alana se jogou na cama ao meu lado.


—Mas o que...
— Amor, aqui é lindo.
—Eu também acho, mas o que está fazendo aqui em cima?
—Sua mãe avisou que você estava aqui e me ensinou o caminho. Sabe o quê mais? Esse lugar é perfeito para ser o nosso.

Engasguei com minha própria saliva. Não, aquele lugar não era nosso. Era meu e da Ally.


—Não, esse é meu canto de pensar.- pensei um pouco, droga, fui meio grosso.- Meu quarto pode ser nosso canto, vamos lá ver?
—Ah, amor, sério? Aqui é tão lindo. Olha essa cama e essas flores.
—Não ,meu anjo, esse é meu lugar para ficar sozinho.- levantei, dei a volta para ficar de frente para ela e estiquei a mão.- Vamos lá, vou te mostrar nosso canto.

Alana sorriu e aceitou a mão. Quando chegamos na varanda demos de cara com Dez, Trish e minha pequena. Ally nos olhava torto como se tivéssemos sido pegos no flagra. Mas claro, aquele é o lugar dela e Alana havia invadido o lugar dela.


—Oi , gente.- disse Alana.- Sou Alana, namorada do Austin.- ela apertou a mão de todos e quando chegou na Ally deu um olhar superior para ela, eu não gostei nada.- É muito bom finalmente conhecer você sem cenas exageradas.

Ally sorriu, estava na cara que ela estava sendo falsa, e segurou a mão da Alana.


—Eu também acho.- respondeu.
—Vocês já viram o terraço? É divino. É maravilhoso conhecer o cantinho do meu amor.
—É um ótimo terraço. Aquela cama do meio é show e muito confortável. Na noite que dormi lá parecia que estava nas nuvens.- Ally provocou e eu quase sorri.
—Você já foi lá?- perguntou Alana começando a se irritar.
—Claro, na primeira noite do Austin aqui no prédio, e na segunda e nas outras também. Adoramos relembrar o passado lá.
—O quê..
—Tá bom.- disse antes que elas se matassem- Venham ver o resto da casa.- chamei Alana e os outros.
—Não precisa, já conheço bem essa casa. Vou pedindo as pizzas. – disse Ally provocando novamente, só que dessa vez Trish não aguentou e acabou dando uma gargalhada.

Puxei Alana escada acima e fui seguido por Dez e Trish, que ainda não conseguia parar de rir.


—Por que ela vai pedir pizza?- perguntou Alana irritada.
—Eu não sei.
—Ah ,é que tia Mimi deixou ficarmos e nos divertirmos um pouco.- respondeu Dez.
—Você pode ficar Alana, será divertido.- disse Trish debochada.

Aquilo não era nada bom.

(...)

Esperávamos as pizzas chegarem, Ally estava com a Trish na cozinha preparando milk shake, enquanto Dez e eu arrumávamos a sala. Havíamos decidido fazer uma noite de jogos. Seria divertido . Alana havia subido para pegar algumas opções de jogos no meu quarto. Aliás, estava demorando demais.


— Então, meninas, esses milk shakes saem ou não saem? Eu estou com fome! - Dez grita da sala mesmo. A cozinha ficava em outro cômodo separado.
— Hey, somos só duas e a gente tava caprichando na decoração. – Trish aparece, saindo da porta da cozinha com uma bandeja nas mãos — E outra, não se grita com uma dama.
— Você tem razão, maninha. Eu vou pedir desculpa para Ally! - eu abafei uma risada.
— Seu... Eu sou sua irmã!
— Calma, vocês dois. Vamos deixar essa energia toda para os jogos. – eu digo.
— O Austin tem razão – Ally vem com o restante das bebidas — Já decidiram o que vamos jogar primeiro? – ela me oferece uma taça e deixa a bandeja em cima da mesa de centro que já se encontrava afastada na sala. Pega uma para ela logo em seguida, ficando na minha frente.
— A Alana está terminando de escolher alguns, mas já trouxemos o twister. Um clássico que não podia faltar .
— Se a Alana não estragar ... – ela fala quase só para ela , já que o nosso casal de irmãos favoritos estava distraído em uma briguinha qualquer entre eles.
— Eu ouvi isso, pequena! – me aproximo mais dela, que brincava com seu canudo para não me encarar nos olhos — Olha pra mim... Precisava provocar a Alana daquele jeito? Todas as noites , Ally? - arqueava uma sobrancelha para enfatizar minha ironia com um sorriso singelo no rosto.
— Tá, a gente sabe que não é verdade, mas foi ela que começou. Você viu. Eu só revidei.
— Ally, Ally. Eu pensei que fosse mais ajuizada.
— E eu ainda sou, tanto é que estou seguindo a Física. Terceira Lei de Newton, conhece? “Para toda ação existe uma reação de igual ou maior intensidade, na mesma direção e em sentido contrário". Ou seja, se ela me provocar, eu faço pior.
— Você não existe. – eu acho graça da braveza da minha pequena. Tão linda. — Só não exagera, por favor. Eu sei que sabe implicar como ninguém quando quer ,e eu não esqueci sua excelente relação de dar até inveja com a Piper. A Alana não é esse bicho de sete cabeças que pensa, ela é legal .... só precisa dar uma chance e ela é minha namorada, Ally, vocês vão ter que conviver. Posso contar com você?
— Eu prometo tentar, mas só por que você tá me pedindo. Falando nela... Sua namorada esqueceu o caminho de volta?

— Amor, você não sabe o que eu achei?!! – minha ruivinha descia as escadas sorridente e com uma pilha de DVDs e caixas de jogos nas mãos.

Eu me afastei da Ally e me aproximo dela. Sua animação não parecia ser relacionada a qualquer jogo, lógico que não e eu estava certo, pois ela logo me mostra o objeto da sua euforia.


— Nossa foto daquele fim de semana maravilhoso, lembra? O lugar era tão lindo . Você já contou a eles?
— Não.
— Então, eu conto. Vocês vão amar... É uma história bem interessante , engraçada... épica.

Eu olho de relance para Ally e ela estava incomodada. Estava fazendo um grande esforço para não demonstrar é claro , mas eu a conheço, ela não estava bem com aquela situação e não era para menos.
— Então, o Austin queria acampar e planejou um lugar bem bonito para me levar junto com ele e em Oregon não é difícil de encontrar um lugar assim. Tudo é tão lindo e repleto de natureza. Chegou o fim de semana e o local escolhido era de tirar o fôlego, ficava em frente a uma cachoeira lindíssima, não é , amor? – eu concordava com tudo e intercalava meu olhar algumas vezes para a minha melhor amiga nervosa que estava o tempo concentrada em sua bebida de morango cremosa.
— Estava tudo perfeito até que eu não consegui evitar reclamar dos mosquitos e da distância que levava para chegar nos banheiros do camping. Para não ter que estragar nossa pequena viagem e primeira viagem juntos, o Austin me levou para uma pousada perto dali. Não era tão chique e confortável como eu merecia, mas era o que tinha. E o Austin pagou o melhor quarto e nós juntinhos ali naquele clima da estação, ameno, um frio gostoso... No fim, saiu tudo perfeito. Eu tenho o melhor namorado do mundo ! – ela me beija e eu retribuo.
— Ownt! – ouço a voz do Dez. Só podia ser ele mesmo.
— Uma história bem cativante mesmo. Vocês formam um lindo casal. E essa pizza que não chega? - Ally fala o mais natural possível e se levanta . Ela estava fugindo , eu sei.— Eu vou pegar mais milk shake na cozinha . Alguém mais quer?
— Eu vou com você, amiga. – Trish pega a taça vazia e a segue .
(...)

Já havíamos jogado Twister, Just Dance, até Quem eu sou, o que foi muito engraçado, pois a Trish só faltava matar o Dez nas vezes em que ele entregava o tema a ser adivinhado com suas dicas.


— Ah, cansei. Vamos jogar algo mais descontraído e particularmente mais interessante.... – Trish se joga no sofá enquanto eu, Dez, Ally e a Alana no chão.
— Tipo? – Ally indaga.
— Verdade ou desafio. - ela sorri maliciosa.
— Sério? - minha pequena parece intrigada.
— Muito sério! Valendo de tudo um pouco . Assim é que tem graça. Mas relaxa, amiga, não precisamos descer o padrão para baixaria.
— Eu gostei! - fala Alana ao meu lado animada.
— Eu começo já que dei a ideia. Cadê a garrafa?
— Tem essa do refrigerante.
— Serve. Prontos ou não, que comece o jogo. – ela gira e a pessoa da vez é o Dez — Eba! Verdade ou desafio?
— Verdade é lógico! Seus desafios para minha pessoa saem muito caros.
— Ok, Ok. Só por isso vou pegar leve... Seu primeiro beijo foi no verdade ou desafio ?- ela sorri debochada.
— Sim, meu primeiro beijo foi no Verdade ou Desafio. Satisfeita, maninha? Eu sei que você sabia.
— Yah! Eu sabia, mas agora é oficial . Foi na Jully da sexta série, não foi?
— Uma pergunta por vez e sua chance já se esgotou. Sua vez, Ally.
— Mas quem é Jully da sexta série ? – pergunta Ally com um sorriso travesso, ela ficava fofa quando sorria desse jeito . — Eu fiquei curiooosaa!
— Docinho, colabora comigo, vai. Gira a garrafa antes que eu seja obrigado a ser malvado com você nas perguntas.
— Ok. Austin!
— Estou perdido! - brinco com ela. Ela ri.
— Exagerado! Verdade ou desafio?
— Você sabe tudo sobre mim mesmo... Desafio.
— Ok, você que pediu. Deixa eu pensar... Eu te desafio a gritar da varanda uma coisa engraçada. O mais real possível.
— Posso escolher a frase? - o ruivo ao meu lado pergunta, Ally aceita e ele sussurra no meu ouvido.
— Você me paga, pequena. – eu me levanto e me preparo para o meu mico.
— Pode ir, loirinho.
— Não tem papel em casa e eu quero a minha mãe! Socorrooo! Mamããããe!

A risada ecoava solto na sala depois que repeti várias vezes aquela cena.


— Hey, não era pra gravar.
— Impossível, cara, eu tinha que gravar isso. Você tava hilário!

Voltamos a jogar e depois de duas rodadas, era a minha vez de novo e finalmente caiu para Ally.


— Verdade ou desafio ?
— Desafio.
— Eu te desafio a cantar uma música. Uma música que te faça sentir bem.
— Ok. Me empresta o seu violão.

Eu o entrego já que ele estava na sala e ela toca com perfeição. Avril só podia.


She's like so whatever
You can do so much better
I think we should get together now
And that's what everyone's talking about

Ela é tão sem graça
Você consegue coisa bem melhor
Eu acho que nós deveríamos ficar juntos agora
É o que todos estão comentando

Hey, hey, you, you
I don't like your girlfriend (no way, no way)
I think you need a new one
Hey, hey, you, you
I could be your girlfriend

Hey, hey, você, você
Não gosto da sua namorada (sem chance, sem chance)
Acho que você precisa de uma nova
Hey, hey, você, você
Eu poderia ser sua namorada

Hey, hey, you, you
I know that you like me (no way, no way)
No it's not a secret
Hey, hey, you, you
I want to be your girlfriend

Hey, hey, você, você
Sei que você gosta de mim (sem chance, sem chance)
Não é nenhum segredo
Hey, hey, você, você
Eu quero ser sua namorada

Ally fazia caras e bocas a medida que cantava a letra da música. Seu olhar sempre encontrava o meu no refrão. Ela estava provocando com toda certeza ao mesmo tempo que parecia querer transmitir um sinal nas entrelinhas das estrofes muito bem escolhidas.

A música se finaliza e a Trish não deixa de aplaudir.


— Bela escolha, amiga! - Trish ri enquanto tenta parecer séria — Você devia cantar mais vezes, sua voz é linda.
— Eu também acho. – digo enquanto sinto a mão da minha namorada apertar a minha com força.

POV Ally

Depois do meu último desafio decidimos dar por encerrado. Trish e Dez se despediram e eu fiquei mais um pouco. Austin disse que queria falar comigo e me pediu para esperar no nosso lugar especial. Ele aproveitou que Alana tinha ido ao banheiro e falou tudo isso pra mim numa conversa rápida. Se ele estava se encontrando comigo escondido? Eu não sei, mas a curiosidade de saber qual seria o assunto falou mais alto e eu subi enquanto ele dava tchau para a namorada.


— Pensando muito no Austin, Ally? – a voz cínica que eu conhecia muito bem veio atrás de mim .
— Alana. Eu não...
— O que foi daquela música? Sério? Justo aquela? Não podia ser uma mais explícita? - fala irônica cruzando os braços.
— Eu amo a Avril , não sabia? Sou fã há muito tempo e gosto de todas as músicas dela. Se não curtiu, eu não tenho culpa. – eu vou em direção as escadas e Alana me segura pelo braço.
— Boa tentativa, Ally, mas vamos ser sinceras, eu não gosto de você e você não me suporta.
— Não é que eu não te suporto, você que não me dar escolhas.
— Wow, como ela é destemida! Tem a coragem de me responder a altura. Eu estou morrendo de medo. Você acha que é quem ?
— Me solta, garota!
— Ou o quê? Você vai contar para o Austin?
— Eu sei me defender muito bem sozinha, eu garanto. Você quer pagar pra ver?
— Não. – ela me solta — Até por que eu não preciso. Você vai sair do meu caminho e o Austin ainda vai ficar do meu lado.
— Ah é? O Austin não é cego. Você nunca ficará entre a gente.
— E nem você, Allyzinha. Ou melhor dizendo... Irmãzinha. – ela sorri— Você sabe que é assim que o Austin no fundo te considera, não é?

Aquilo me fez ficar sem reação, o Austin sempre me enxergou dessa forma, ele se considerava meu irmão mais velho e eu a sua menininha. Apesar daquela nossa última conversa, ele continuava com a Alana.
— Viu? - ela parece notar meu vacilo passageiro — Você até que é bonita, Ally, esse estilo moderno meio rock meio romântico ficou muito bem em você. Tem bom gosto. Combina com essa nova Ally. – ela sorri ainda mais cínica para mim — O que foi? Tá na cara que não era assim antes, o Austin falava muito de você desde que nos conhecemos e a melhor amiga tímida dele com certeza não tinha essa confiança toda de agora.
— Eu posso saber onde quer chegar com todo esse discurso ridículo? Eu não te devo satisfação. Aliás , o Austin conhece esse seu lado arrogante? Aposto que não.
— E a Ally destemida ataca novamente. É melhor não brincar comigo ou você vai pagar por cada atrevimento, começando agora... – ela pega minha pulseira subitamente.
— Devolve, Alana, ela não é sua. – estico o braço para pegar e ela levanta o objeto nas mão sem nenhuma hesitação. Estava adorando fazer isso.
— Essa coisinha sem graça que nem você? Eu estaria te fazendo um favor se eu me livrasse dela por  você, que tal? - ela faz menção em jogar para fora do terraço.
— Sua louca! Nem pense nisso. Eu não tenho culpa se você tem inveja de mim e do Austin !
— Inveja? Eu?
— Aposto que ele nunca te deu um presente especial ou melhor dizendo... Fez uma tatuagem com significado muito melhor.
— Eu não me irritaria... Ou Hasta la vista, baby! Adeus pulseira.
— Não. Não, por favor. Me devolve, Alana.
— Sabe que eu gostei do por favor. Repete.
— Nem em sonho...
— Ah, é? Então...
— Ok, ok! - Odeio dizer isto, mas estava desesperada. — Eu...
Ela começa a rir euforicamente.
— Ai, Ally. Precisava ver seu desespero. Toma essa droga. – ela joga no chão — Era só uma prova do que eu sou capaz. Você pode ter mudado por fora, mas no fundo continua a mesma indefesa, sem graça , sem sal. A mesma irmãzinha  do Austin, enquanto eu, sim, sou mulher de verdade para o MEU namorado, uma coisa que nunca vai ser.

Agora chega, eu não tenho sangue frio para escutar tudo calada, ainda mais por essa falsa de cabelos ruivos na minha frente.
— Ally! - sinto o Austin me segurando por trás , agarrando os meus dois braços e impossibilitando minha futura reação.
— Ai, meu amor, como é bom te ver! – ela abraça de lado meu loirinho.
— O que tá rolando aqui?
— Eu não sei. Uma hora estávamos conversando, na outra, a Ally queria me bater.
— Você está de brincadeira, né? Ela ia jogar minha pulseira do alto do prédio, Austin. Sem contar as coisas horríveis que disse.
— Que coisas, Alana?
— Não sei, eu não disse nada de mais. Eu só disse que eu achava legal essa coisa antiga e forte que existe entre vocês, como você considera a Ally como sua irmãzinha. Eu queria começar de novo com a Ally, sabe? Acabar com nossas diferenças. Aí eu pedi pra ver a pulseira dela, a que vocês dois têm igual, ela escorregou da minha mão por um deslize e a Ally se irritou de repente. Desculpa, Ally, foi sem querer.
— Ally, é verdade?
— Não! A Alana fez de propósito e ...
— Ally, desculpa, mas você tá exagerando. Eu tô te falando a verdade, Austin.
— Quer saber! Foi exagero da minha parte mesmo. Eu já vou indo. Tchau pra vocês.
— Ally, espera, pequena. Não tá chateada comigo, né?
— Não. Não estou chateada, não estou brava , só estou cansada.
— Tem certeza que está bem? Tudo bem entre vocês?
— Tá sim, Aus. Eu só me estressei por ciúme que eu tenho com a pulseira que me deu. Boa noite!
— Eu te levo até lá embaixo. Alana, vamos? Aliás, não achei seu celular no meu quarto.
— Sério? Eu acho que tá dentro da bolsa e eu não procurei direito.

(...)
— Boa noite, Ally. Bons sonhos. Austin será que sua mãe libera de eu dormir aqui? Tô com tanta vontade de dormir com você de novo.
Respira, Ally! É só provocação. Ela ainda vai ter o que merece.
— Alana, eu acho melhor não.
— Mas eu te espero lá no seu quarto , tá? Quero dar um beijinho de boa noite reservado antes de ir.
Ela sobe a escada nos deixando a sós.
— Eu já vou... Tchau.
— Ally, espera. Não mente pra mim. Tá tudo bem com você? Sabe que eu acredito em você, não sabe? Se a Alana realmente....
Eu sorrio como uma boba. De alívio na verdade.
— Relaxa, Aus, esquece essa história. Eu já esqueci. É muito bom saber que posso confiar em você e que acredita em mim.
— Sempre! - ele me puxa para um abraço apertado — Boa noite, minha pequena.
Saio da casa do Austin com uma alegria dentro de mim e duas certezas: Austin continua do meu lado e eu tenho uma cobra domesticada bem próxima a mim.

 


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Notas finais do capítulo

Divisão do Capítulo :
Primeira parte até o Austin subir com o pessoal para o andar de cima para mostrar o apartamento, Litte Girl.

Segunda parte do capítulo, eu ,Sweet Princess.

Vivas? Kkk. Caprichem nos comentários.
Esperamos por vocês lá.
Próximo capítulo está quase pronto. Sim, comemorem. Kkk
Bjs e obrigada por comentarem.



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