Better Together escrita por Little Girl


Capítulo 12
Sonhos e volta ao passado


Notas iniciais do capítulo

Voltamos.
Amores, esse capítulo foi muito, mas muito divertido de escrever, um capítulo que já tínhamos planejado e que estávamos empolgadas para fazê-lo.
Tanto é que ele já estava pronto faz uma semana... Kkk.
Então, aproveitem muito.
Boa leitura.
E obrigada pelos comentários.



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POV Ally

Acordei no meio da noite e não estava em casa. Olho para o meu lado e Austin dormia relaxado. Seus cabelos mais bagunçados que o de costume e cabeça levemente tombada para o lado, um dos seus braços passava sobre mim.

Havia tido um sonho ruim . Levanto devagar ainda assustada e desço para cozinha , precisava de água.


— Calma, Ally, foi só um pesadelo. Só um pesadelo. – repetia para mim mesma enquanto descia as escadas.

No balcão, pego um copo e relembro não o sonho, mas uma lembrança antiga que veio em minha mente.

— Mais alto, mais alto.
— Mais alto? Minha estrelinha assim realmente chega ao céu. – mamãe me balançava em uma tarde ensolarada no parque.
— Mais alto, mamãe. – gargalhava e não ligava para mais nada.
— Meu amor, mamãe está cansada. Precisamos ir embora.
— Mas eu não quero ir. A gente pode levar pra casa?
— Não, sua danadinha. Onde já se viu? Depois a gente volta, ok?
— Você jura?
— Juro, meu amor. Agora vamos.
Pulo em seus braços e ela me pega feliz.


— Ally! Ally, cuidado. – desperto e vejo que Austin havia tirado a garrafa da minha mão. Tinha derramado, distraída.
— Desculpa, acho que dormi em pé.
— Não tem problema – enxugava tudo — Mas o que foi? Eu acordei e não te vi na cama.
— Um pesadelo, eu não consigo me lembrar, mas a última coisa que distingo bem é minha mãe.
— A tia Penny? - ele me puxa para si, entrelaçando minha cintura.
— Sim. No sonho, ela me deixava sozinha e não me escutava. Ela partia e não sei como, eu sabia que era para longe.
— Ei, foi só um sonho ruim, não é real. Calma. – acaricia meu rosto com carinho.
— Eu sei. Lembra quando a gente era criança e eu amava balanços?
— Claro! Você me fazia te empurrar várias vezes. Parecia até que queria voar. – sorrimos.
— Veio uma lembrança disso agora antes de você chegar aqui . Mamãe estava lá e... era tão bom. – a seriedade retorna e eu me lembrava outra vez dela.
— Pequena, você não acha que tá na hora de me contar mais sobre essa história? Dividir esse assunto comigo.
— Não gosto de falar disso. Mamãe foi embora e pronto. Não tem o que falar.
— Ally...
— Por favor, Aus. Não.
— Você sabe que pode confiar em mim, não sabe? Eu só quero te ajudar.
— Você vai querer me convencer também. – me afasto—Eu não quero. Ela me abandonou, Austin. Me abandonou! – queria chorar ao mesmo tempo que estava exaltada.
— Ally...
— Se você for continuar com...
— Shi! Pequena, calma! - ele me traz para perto novamente , me abraçando — Sou eu, Austin. Se acalma. Tá tudo bem. Eu tô aqui.
— Como é que eu faço para esquecer? Faz parar, por favor.
— Eu não vou insistir, tudo bem? Mas eu odeio te ver assim, meu amor.
— Eu vou te contar, eu juro. – separo o suficiente para encarar seus olhos — Desculpa.
— Não precisa pedir desculpa.
— Não fica bravo. Você já me ajuda ficando aqui comigo.
— Vamos dormir? Amanhã vai ser um longo dia.

Aceno e ele pega minha mão.
(...)

Última aula. Literatura ... Alana. Não sei como conseguia aguentar. Entro na sala e vou para as carteiras do meio, antes mesmo do meu namoro com o Austin , sentávamos sempre em lugares opostos por questões de sobrevivência. Sim, eu não me responsabilizava em manter o controle, não nos suportávamos .


— Oi, Ally!- aquela voz irritante fala a minha frente.
— Você perdeu o senso de direção?
— Respira, Alana! Você consegue.- a garota não saia da sua pose arrogante. Esperava ela continuar. A professora ainda não tinha entrado. — Ok. Ally, você me daria a honra de vim a minha festa de aniversário no sábado?
— Desculpe, eu não entendi. Você só pode tá brincando, né?
— Não, infelizmente, não. Seguinte, é óbvio que o Austin só vai se você for, então... tá aqui seu convite. As minhas festas são sempre inesquecíveis. Até mesmo com você presente.
— Não vejo a hora de ir. -ironizo e dou um sorriso cínico, a vendo sair irritada. O sinal toca. Com certeza, estava se corroendo por dentro.
(...)

— Amor... Aus, para. – não tirava atenção da tela enquanto meu namorado beijava meu pescoço. Estava deitada com a cabeça no seu colo na sala de sua casa— Meu amor, eu quero muito assistir ao filme.
— Eu posso te contar o final sem problemas, aí a gente sai daqui e namora com mais privacidade lá em cima. – ele me beija com alguns selinhos molhados.
— Nada disso, foi por esse motivo que estamos assistindo ou melhor ... tentando assistir aqui embaixo. Cadê o controle? Eu vou voltar a cena.- levanto para buscar .
— Ally, você vem aqui para casa desse jeito e ainda quer que eu me concentre no filme?
— Ué, que jeito? Eu estou normal a todos os dias.
— Não está coisa alguma. Você está linda com esse vestido, você acha que eu não reparei? Quem te deu tem muito bom gosto.

Sorrio tímida. Austin me analisava atentamente. Tinha sido presente do nosso primeiro mês de namoro. Um vestido vermelho floral modelo tubinho.


— Você tá linda. – sussurra no meu ouvido — Aliás, eu tô amando te ver com esses tipos de vestido, a mudança de estilo realmente te fez muito bem .
— Ah, é?
— Uhum. – ele me beija e eu cedo. Era tão bom quando éramos só nós . Nossos momentos.

Ouvimos o som de passos nas escadas e afasto sem muito alarde do Austin.


— Pombinhos, estamos de saída. Juízo.
— Nossa, tia Mimi está deslumbrante.

Ela vestia um belo vestido longo preto tomara que caia.


— Uma completa rainha, mãe. Eu posso saber onde a senhora vai com tanta elegância?
— Me divertir, meu filho, como vocês mesmo falam, aproveitar a noite, porque eu mereço.
— Aniversário de casamento com a minha esposa, Austin. Atrasado por conta dos negócios, mas nós merecemos.

Tio Mike desce , de acordo com a ocasião também.


— Me ajuda com o colar , querida?
— Claro , tia Mimi.
— Vocês já jantaram? – senhora Moon volta a falar — Querem algum dinheiro?
— Mãe, não precisa. Esquece a gente, não precisa se preocupar. Vamos pedir pizza mais tarde.
— A gente vai sobreviver. Aproveita sua noite.
— Os meninos têm razão, amor. Eles já são bem crescidinhos.
— Ok. Então, beijo.
— Tchau e se comportem, ouviu? - tio Mike dar um piscadinha para o Austin que sorri e me abraça por trás — Não temos hora para voltar.

Eles saem.


— Onde a gente tava? – ele me vira para ele , se aproximando.
— Procurando o controle remoto. – aproveito que tinha me levantado e me afasto dele, naturalmente.
— Procurando o controle. – ele repete indignado e me segue — Vem cá, sua espertinha.
— Austin, sai! - falo manhosa — Eu não quero beijo, eu quero filme.
— Ah, você quer filme? - ele me agarra com força — Temos um impasse, eu necessito de você nesse exato segundo com urgência, e agora?
— Decidimos qual é a prioridade ?
— Decidimos qual é a prioridade. – e não demora para selar nossos lábios , me tirando o ar, e pedi passagem para a língua em seguida. Anda para frente até sentarmos de novo no sofá e lentamente nos deitarmos. Era maravilhoso.

— Ainda quer ver o filme? - ele sorri debochado e o puxo para mim sem mais respostas.

A campainha toca. Não ligávamos. Austin me aperta mais na cintura e sinto os beijos no meu pescoço que tanto amo.


— Gente chata parece que tem o dom de prever quando atrapalhar. – meu loirinho diz. — Você quer atender ? Meus saíram mesmo.
— A gente precisa? Eu não tô com a menor vontade.
— Você me deixa louco, sabia? Não, não precisamos. – e voltamos a nos beijar, mas tempo depois a insistência continua.
— Droga! Fica aqui que eu vou matar quem quer que seja e já volto.

Ele sai de cima de mim e eu passo a mão na minha boca e ajeito meus cabelos, voltando a órbita.


— Mas que demora, meu camarada! Isto é jeito de recepcionar os amigos?
—Brad? Bob! O que estão fazendo aqui?

Eles sorriem e se abraçam.


— Cansamos de esperar, cara. Quero conferi com meus próprios olhos o que Nova York tem tanto de interessante.
— Brad, acho que eu sei a resposta para essa pergunta – o outro irmão, vulgo Bob fala. — O Austin estava muito bem acompanhado. Ally, não é? – ele vem até mim.
— Sim, prazer. Você é o Bob?
— O próprio. Você é muito gata pessoalmente. Agora eu sei por que trocou a Alana, Austin. Desculpa ter atrapalhado o que...
— Bob! – Austin me abraça de lado.
— Não liga pra ele, Allyzinha. Ele não tem noção do ridículo e não sabe quando parar. Lembra de mim?
— Claro! Brad! Espero ter te ajudado com o trabalho do colégio.
— Adivinha quem tirou A? Estou te devendo eternamente, literatura não é o meu forte.
— Pequena, esses dois sem noção são os meus dois melhores amigos de Portland. Espero que eles não me decepcionem com tanta idiotice, eu falei muito bem de vocês para Ally.
— E não vai. A gente só tem que cuidar do nosso caçula aqui e tá tudo certo. – aquilo provocou gargalhadas de todos, menos do Bob.
— Eu não vi graça. Austin, vocês não vão para festa da Alana? Viemos para isso também.
— Então, a gente não vai.
— Não? Como, não? - é a vez de Brad se pronunciar.
— A Ally e Alana não são amigas. E eu também não faço questão de ir.
— Eu já entendi tudo — Brad continua — Allyzinha, eu te entendo, mas não vai deixar seu amigo querido e recém chegado na cidade na mão, não é? A noite com Brad Mills é única e incomparável, com todo respeito, Austin. Eu sou ótimo para aumentar o astral e faço questão de aumentar o seu também.
— Brad...
— Por favor. Austin me ajuda.
— Pequena, o Brad é bem insistente e eu acho que ele tem razão. A Alana não é mais nada minha, só você. Os garotos com a gente vai ser divertido, eu garanto. E outra, vai ser a primeira festa que vamos como namorados, eu tô louco pra viver isso.
— Viu? Eu juro, gatinha, que comigo lá você nem vai lembrar que se trata do aniversário da Alana.
— Ok. Vocês me convenceram. Eu vou ligar para as meninas nos encontrarem lá, tá?
— Liga no caminho e já descemos juntos, meu amor.

(...)

Chegamos. Alana tinha divulgado uma festa inesquecível e parece que tudo seria extravagante como a aniversariante , a começar pelo local escolhido, uma das boates mais agitadas da cidade. Ela havia privatizado para o evento.

Após darmos nossos nomes na entrada, as cores ,música alta e luzes generalizadas invadiam todo espaço. Sim, ela tinha caprichado.


— Um ótimo jeito de estrear Nova York. Vamos para pista? As meninas nova yorkinas me esperam.
— Vai, lá, irmãozinho. Ainda tá cedo, eu vou ficar com o Austin e Allyzinha é claro.
— Menos, Brad. Você quer beber alguma coisa, meu amor? O pessoal ainda não chegou.
— Pode ser.
— Vai lá e eu tomo conta dela, Austin. Pode deixar. O que foi? Os caras vão cair em cima com uma princesa dessa na festa.

Eu sorrio pela brincadeira e muito mais pelo ciúme sem motivo do meu loirinho.


— Eu vou ficar bem, amor. Não demora. – dou um selinho e ele sai para o bar.
— Ally!
— Oi, Alana.
— Brad, você realmente veio. Minha dupla repetida favorita, o Bob já vi que já está na pista.
— Bela festa! - percebo ele dizer seco, um pouco até sem emoção. Eles não eram amigos?
— Você ainda não viu nada, olha só o que ganhei da minha madrasta! - um lindo colar de ouro branco com um coração no pingente. — Eu amei. Eu tenho muita sorte. Divirtam- se. Ah! Olha meus pais aqui. Ally, Brad...
— Mamãe?

POV Austin

Com bebidas nas mãos eu ia em direção onde estava minha morena e o abusado do Brad. Não precisei chegar nem perto para ver Ally correr em minha direção, ela chorava, meu coração acelerou, não me importava que Alana fosse mulher eu bateria nela por fazer minha pequena chorar.

Larguei as bebidas em qualquer canto e comecei a andar mais rápido em direção a ela, mas passou como um furacão por mim sem ao menos parar.


—Ally- gritei, para que ela me ouvisse, segurei seu braço, mas ela balançou o braço se libertando. Logo depois uma pessoa bateu em meu ombro, ela virou para pedir desculpa, mas logo arregalou os olhos.- Tia Penny? Mas o que...

Não terminei de falar, ela correu, provavelmente atrás da Ally. Comecei a andar na direção delas, mas sou parado por Brad.


—O que aconteceu? Deixa, eu vou lá.
—Não, você não vai. Deixe elas resolverem essa merda sozinhas.
—Mas o que aconteceu?
—A Penny é minha madrasta.- disse Alana ,se juntando a nós.
—Como?- Droga de universo que resolveu conspirar contra minha namorada.
—É, meu pai está com Penny há mais de três anos.
—Três... anos? Como não ficamos sabendo?
—Eu não sei, mas você lembra da nossa primeira vez que eu disse desconfiava que papai estava com uma mulher?

Fiquei em silêncio apenas olhando para ela, o papel ridículo que ela fez. Alana era ridícula, claro que eu havia percebido que ela fez questão de lembrar da nossa primeira vez e na frente de Brad.


—Que mundo pequeno, não?- disse Brad.
—Pequeno demais.
—Austin?

Ouvi alguém me chamar e vi Dez, Trish e Piper.


—Finalmente vocês chegaram.
—Austin, o que a tia Penny está fazendo aqui?- perguntou Piper, ela parecia assustada.
—Ela é madrasta da Alana.
—Não acredito, depois de tudo ainda descobre isso.
—O que você disse?- olhei para Piper e a loirinha olhou para o chão.- O que você sabe, Piper?
—Eu não vou contar problema que não é meu.

Olhei para Dez e Trish, eles negaram.


—Vocês também sabem?
—Não.
—Bom, eu não quero saber dos assuntos ferrados da sua namorada. Vou receber meus convidados. A propósito, obrigada por virem a minha festa.- ela deu um sorriso e saiu.
—Arg... Cobra, ela tentou destilar o veneno dela em Ally, mas eu não deixei.
—Obrigado proteger minha namorada.- sorri fraco e bati nas suas costas.
—Obrigado por ter me livrado da Alana.- disse debochado.
—Palhaço.- Olhei na direção que elas foram- Eu estou preocupado com ela.
—Eu não sei o que está acontecendo, mas Ally é forte.- falou Trish.
—É, eu sei, mas deixa eu apresentar meu amigo. Gente, esse é Brad e esses são Dez, Piper e Trish. Piper eu já conhecia antes de ir morar em Portland, Dez e Trish conheci depois que voltei.
—Cara, a loirinha é uma graça.
—E minha namorada.- falou Dez enciumado.
—Opa, foi mal. E você , fofinha, tem namorado?
—Tinha, mas ele me trocou.- respondeu Trish.
—Maravilha, bem vinda ao clube dos trocados.- debochou Brad.- Então, vamos beber?
—Não sei não...- começou Trish mas o abusado logo a interrompe.
—Álcool é o melhor amigo de um trocado.
—Estou dentro. Dez, você vai querer alguma coisa?
—Apenas refrigerante, estou dirigindo. Amor, vai querer algo?
—Sim, coquetel de melancia com vodca.
—Boa pedida, loirinha. E você, Austin?
—Não vou querer nada.- respondi.
—Uma boa cerveja, então. Vamos, fofinha.
Então, Brad saiu puxando Trish. Dez me olhou feio e Piper sorriu.
—Ele é louco, mas é legal.
—Um babaca abusado.- resmungou Dez.
—Ele realmente se interessou por Piper, mas odeia as comprometidas. Pode ficar tranquilo.
—Me tranquilizou muito.- falou irônico.

Alguns segundo depois, Bob aparece com cara de perdido.


—Cara, eu procurei vocês perto da pista de dança e vocês não estavam lá. O que aconteceu?
—Onde está a Trish?- perguntou Dez.
—E meu coquetel?
—Trish? Coquetel? Quem são vocês?

Não consegui conter o riso. Explodi em uma gargalhada alta, deixando Dez, Piper e Bob confusos. Mas logo a feição de Bob mudou, ele entendeu que havia sido confundido com Brad.


—Prazer, sou Bob. Irmão gêmeo do Brad. – Ele esticou a mão para Dez e o ruivo apertou.

Eu continuava a ri e Piper se juntou a mim. Bob tinha um mínimo sorriso, enquanto Dez ainda estava desconfiado.

Logo sou agarrado por trás por uma pessoa mais baixa. Olho para as mãos e eu conhecia muito bem aquelas unhas pintadas de vermelho.


—Amor.- disse me virando.- Como você está?
Eu beijei sua testa e a abracei.
—Está tudo bem agora.- Me afastei para ver seu rosto, ela havia retocado a maquiagem. Estava linda, como sempre.- Qual é a graça?
—Bob confundindo Piper e Dez. Amor, onde está a tia Penny.
—Foi falar com Alana, falou que já vem falar com você.
—E está tudo bem?
—Está.- ela deu um mínimo sorriso e saiu de trás de mim.

Eu não prestava atenção na conversa, só a vi começar a sorrir.


—Austin?- gritou Brad atrás de mim.
—Ai, não grita.
—Eu te chamei várias vezes. Eu entendo que Ally é a maior gata, mas não precisa parar no tempo por ela.- ele me indicou uma garrafa de corona- Aqui, isso é ótimo.
—Ah, eu quero uma bebida também.- disse Ally.
—Pode ficar com minha margarita, Allyzinha.
—Margarita? Acho melhor irmos pegar outra coisa, que tal cerveja também ?
—A margarita está ótima.

Ela levou o copo até a boca e deu um gole, depois passou a língua no lábio inferior onde havia ficado um pouco de sal.


—Delícia.- sussurrou.
—Okay, essa foi a coisa mais pornográfica que já vi até hoje.
—Vaza daqui, Brad.

Ele sorriu e saiu. Não perdi tempo e agarrei minha morena e beijei sua boca. Estava com gosto de cerveja e limão. Pedi passagem para a língua e ela cedeu. Estávamos no meio de uma multidão e perto de nossos amigos, mas eu não ligava e pelo que parecia, nem ela.


—Opa, arrumem um quarto.- disse Trish.

Ally parou de me beijar e caiu na gargalhada, não deixei de sorrir também.


—Então o que estão achando daqui?- perguntou Piper, enquanto seu namorado nada possessivo a abraçava por trás. -A festa está bonita, a dona que não é legal.- disse Piper e Brad piscou para ela concordando.
—Já chega. Austin, se seu amigo piscar mais uma vez para minha namorada vou arrancar o olho dele.
—Amor, calma.- pediu Piper.
—Brad, se controla. A festa está cheia de garotas.- falei.
—Realmente, desculpa Dez.- falou sincero.
—Tudo bem, só não pisa na bola.
—Tá, vou lá pegar outra bebida.
—Brad, minha margarita acabou.- falou Ally. Ela não estava bêbada, nem perto disso, mas queria ficar.
—Eu te trago outra.
—Não, você não...

Não consegui completar, tia Penny apareceu em nossa frente acompanhada do Sr. Will.


—Tia Penny.- eu a abraço.- Senti sua falta.
—Eu também, me deixe olhar para você.- eu me afastei dela e ela me encarou.- Está um homem agora. E lindo.
—Obrigado. Oi , Sr. Will.
—Oi, fiquei sabendo que terminou com minha filha.
—É, não estávamos dando certo. Então, tia Penny, me diz como você está?
—Ótima, bom saber que vocês finalmente estão junto.
—Sim.- respondi sorrindo.
—Finalmente.

(...)

No quarto copo de margarita, que Brad havia dado, Ally dançava rebolando. Fazia questão de esfregar em minhas partes masculinas. Devo confessar que já estava ficando incomodado. Ela nunca dançou, muito menos assim.

Um pouco próximo a nós, Brad beijava uma garota, a quarta, eu acho. Alana nos olhava com uma cara nada boa.


—Amor, chega mais perto.- pediu Ally, me abraçando.
—Pequena, acho que já está bom por hoje
—Por quê? Aqui está tão divertido.

Ela me puxou e não controlei meu peso, acabei tombando para frente, Ally trombando com Alana e derrubando toda sua bebida no vestido da ruiva.


—Você está louca? Olha o que você fez com meu vestido ?
—Nem ligo.- disse Ally, sorrindo e voltando a me abraçar.
—Por que fez isso? Ah, já sei, está com inveja de mim, porque sua mãe prefere a mim.- zombou Alana.
—Grande coisa, seu homem prefere a mim.-Ally gargalhou logo depois.


—Sua idiota.

Alana partiu para cima de Ally, mas Brad a segurou e eu fiz o mesmo com Ally.


—Ally, já chega.- falei.
—Solta ela Brad ou Bob,- a morena sorriu.- solta ela, deixa ela vim até aqui, estou louca para dar outra surra nessa mentirosa. Sua nojenta.- Ally cuspiu.

Já havia se formado uma roda ao nosso redor, vi Penny e Will descendo dos camarotes.


—Ally, vamos embora.- pedi mais uma vez, a puxando, mas ela se debateu.
—Você se acha, não é?- disse Alana também se debatendo nos braços de Brad, que também sussurrava coisas para Alana.
—Melhor que você? Com toda certeza.
—Já chega, vamos sair daqui.

A puxei com força e consegui me mover dessa vez. Peguei a pequena no colo e a levei para fora da boate.


—Me solta.- pediu
—Ei, fica calma, você fez uma cena desnecessária lá dentro. Bebeu mais do que o normal, vamos parar. Agora!

Eu estava irritado demais com ela, não queria que ela tivesse causado desse jeito, essa não é a minha Ally.

De repente, ela começa a chorar. Meu coração quebrou, eu odiava vê-la chorar.


—Ei, para.

Ela acabou soluçando e eu a abracei.

—M-me leva para casa?
—É claro, amor, até a lua se você quiser. Só vamos para longe dessa festa.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Chocados? Perplexos?
Eu disse que estava especial.
Divisão do capítulo :
POV Ally : Euzinha, Sweet
POV Austin : Little
Sim, gente todas as tretas, Ally embriagada, kkk, foi a Little. Ela arrasa.
Comentem muito.
Até a próxima.
Bjs.



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