Better Together escrita por Little Girl


Capítulo 11
Acerto de contas & Relacionamentos


Notas iniciais do capítulo

Voltamos! Quem está louca pra saber a resposta da Ally?
Obrigada muito para quem comentou. Vocês são demais.
Não quero prolongar. Confiram já mais um capítulo.
By: Sweet



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Pov Austin


—Austin... eu preciso pensar.

Não sei o que estava sentindo agora, mas com certeza pareceu que meu coração iria parar e eu cairia morto ali em frente a ela.


—Você precisa?- perguntei decepcionado.
—Claro... que não preciso. É claro que eu aceito ser sua namorada.
—Aff ,não teve graça.

E não teve mesmo, senti que iria chorar e ela fazendo brincadeira chata.


—Teve sim. Você fez uma cara de cachorro abandonado.- ela passou os braços em meu pescoço e ficou na ponta dos pés.- Eu sou completamente apaixonada por você Austin Moon, seria louca se minha resposta fosse não.

Eu a beijei, nossos lábios se tocavam com suavidade e logo ela pediu passagem para a língua, eu cedi sem pensar duas vezes. A apertei, enquanto minha mão brincava com o cabelo dela.

(...)

Estávamos deitados na cama no terraço que havia sido forrado antes de cair a nevasca. Ela estava em meu peito de olhos fechados enquanto eu a observava atentamente. Minha namorada era linda, a mulher mais linda que já vi.


—Vai ficar me olhando mesmo?- ela encolheu mais no meus braços e arrumou o edredom que estávamos cobertos.
— Não estou te olhando.- falei sorrindo, ela ainda não havia aberto os olhos
—Está sim, seu coração bate mais forte quando me olha.- ela corou.
—Você tem razão, me pegou. Eu amo olhar para você.
—Eu sei.- ela abriu os olhos- Aus, sobre hoje a tarde...
—Tudo bem...- tentei falar, mas ela me impediu.
—É serio, eu apenas morri de raiva de imaginar você tocando aquela ruiva nojenta e quis ser tocada igual. Não sei o que...
—Shiii... Tudo bem, vou esperar seu momento.
—Eu prometo não demorar.
—Ei, eu já disse que vou esperar seu momento. Confia em mim, eu não tenho pressa.- Me ajeitei para ficar próximo ao seu rosto.- Eu te amo, minha pequena.

Ela sorriu e eu a beijei.

(...)

No dia seguinte, eu estava cuidando do meu cabelo quando Ally entrou em meu quarto prendendo o cabelo em um rabo de cavalo. Ela havia acabado de sair do banho, o cheiro do seu sabonete era maravilhoso. Buscou seu casaco em minha cama e o vestiu.

Eu estava dando o toque final quando ela se aproximou e me abraçou por trás, pela cintura.


—Você sempre demora assim?
— Por isso acordei primeiro que você.- larguei a escova de cabelo e virei para ela.- Você está linda.
—Obrigada, eu preciso passar em casa e pegar minha mochila da escola. Você vai comigo?
—Claro, mas primeiro vamos tomar café da manhã?
—Ótima ideia, estou morrendo de fome.
—Nossa que problema, vamos te alimentar então.- a puxo para um beijo antes disso. Ela sorri e me guia “ a força” para fora do quarto.

(...)

Sentei na primeira carteira e Trish ao meu lado, era a primeira aula e eu não tinha essa com Ally, e nenhuma outra até o intervalo.

Vi Piper entrar na sala e logo depois Trent entrou. Trish abaixou a cabeça para evitar o olhar que ele a lançou.


—Tudo bem com você? Eu quebro o nariz dele, é só pedir.- falei para Trish.
—Por favor, quebre o nariz dele.- disse Piper sentando atrás da baixinha.
— Tudo bem, gente, está tudo bem... – ela olhou para Trent e o viu conversar com uma garota-... ou irá ficar, eu prometo.- ela deu um mínimo sorriso.

O sinal tocou, indicando que a aula começaria, nesse momento Cain entrou. Tinha um sorriso pretensioso estampado na cara, quis tirar na porrada.

Odiava o fato de Ally um dia me ver naquele idiota. Ele andou até parar na carteira atrás de mim e sentar. A professora de literatura entrou e começou a passar o assunto.

Na metade da aula ,ela passou o mesmo trabalho que havia passado para turma da Ally. Terminou que ela aceitou que fizesse Trish, Piper e eu.

Eu copiava tudo o que a professora passava na lousa quando Cain fala em meu ouvido:
— Como está sua amiguinha?

Me virei para ele.


—Desculpa, mas de quem você está falando?
—Ally, você sabe que no fim ela voltará para mim, não sabe?
—Escuta só, porque eu só vou falar um vez. Ally agora é a minha namorada, se eu souber que você se engraçou para ela eu parto você ao meio e na porrada. Você me entendeu?

Ele me olhava com raiva, sabia bem que não era a ameaça que tinha o afetado. Eu que era o namorado da Ally agora. Ela era minha e não dele.

No fim da aula dei um até logo para Trish, não teria mais aula com ela o resto do dia, e segui caminho com Piper para a aula de história.

Quando, finalmente, chegou o intervalo, eu corri para o armário da morena e a encontrei, guardando seus materiais. Me aproximei e quando estava perto, larguei minha mochila no chão e a agarrei pela cintura e inspirei seu maravilhoso perfume.


—Achei que ia morrer de saudades.- falei.
—Não seja dramático, foram apenas algumas aulas.

Ela fechou a porta do armário, depois se virou e sorriu. Eu não aguentei e beijei seus lábios de leve, estávamos na escola e qualquer afeto tipo esse era permanentemente proibido.


—Vamos antes que eu te agarre aqui e acabamos na detenção por isso. – ela sorri. Eu falava sério. — Não vai guardar a sua mochila no armário?
— Não, preciso de muito material para próxima aula e não dar tempo de voltar para buscar tudo sem me atrasar.
— Ok, então deixa que eu levo.
— Não precisa, não tá pesado. Juro.- ela adorava ser independente, mas dessa vez eu deixei passar. Só dessa vez.
— Então, vamos, namorada.

Estiquei a mão para ela que recebeu de bom grado. Era ótimo poder mostrar a todos que agora eu era dela e ela minha.

Me abaixei e alcancei minha mochila. Começamos a andar até que damos de cara com o ex da Trish conversando com a mesma garota.


—Ela foi o motivo. – disse Ally.
—É sério?
—É, ela é um pesadelo e ele um babaca, ainda bem que Trish se livrou dessa praga. Ainda tenho vontade de quebrar a cara dele.
—Nossa, essa Ally brava me deixa louco.- falei manhoso.- Não quero comer agora, vem cá.

Puxei a morena para uma sala vazia, a maioria dos alunos faziam isso, sempre.

Na nossa antiga escola, fui flagrado com Piper ameaçado de suspensão, provavelmente nessa escola não seria diferente. Mas eu não ligava, valia o risco.


—Mas o que você está fazendo?- perguntou assim que me viu fechar a porta.
— Matando a saudade.

Eu a agarrei e beijei sua boca. No começo, ela relutou, ainda continuava certinha e medrosa, mas depois ela se entregou. Minhas mãos brigavam com seu casaco, eu queria tocar sua pele. Já a pequena me abraçava enquanto seus dedos brincavam com os fios do meu cabelo, o que havia demorado séculos para arrumar logo cedo, mas eu não dava a mínima.

Larguei minha mochila e ela fez o mesmo, deixando cair no chão. As coisas estavam esquentando, suas mãos agora estavam em minha costas por baixo da minha camisa e onde ela tocava formigava.

A empurrei para a mesa do professor e a sentei ali. Minha briga com suas roupas estava ficando ridícula, então puxei sua blusa e não tardei em enfiar minha mão.

Parei de beijá-la e direcionei meus beijos para seu pescoço e apreciei seus gemidos baixos. Levei minha mão livre até seu cabelo e desfiz o rabo de cavalo, por mais linda que ela ficasse, eu ainda a preferia de cabelos soltos.


—O que estamos fazendo, amor?- falou com dificuldade, sua respiração estava descompensada, igual a nossos corações.
—Nos amando.

Então, eu enfiei meus dedos entre seus cabelos e apertei. Tornei a beijar sua boca, forte. Ally arfou quando puxei seu cabelo e apertei sua cintura. Sua mão agora estava em meu abdômen por dentro da camisa e lá ela passou as unhas. Eu gemi em sua boca, aquela sensação era maravilhosa.

Me pressionei mais no meio de suas pernas. Eu estava avançando um sinal que prometi não fazer, mas não consegui me controlar quando estávamos tão próximos assim.

A porta é aberta e eu larguei Ally tão rápido quanto começamos. Os lábios da Ally estavam vermelhos e seus cabelos desgrenhados.

Na porta, estava Piper e Dez, eles estavam gargalhando muito. Rolei os olhos e ajudei Ally a descer da mesa. Piper e Dez ainda sorriam quando passamos por eles.


—Estão rindo de quê?- falei sério e depois dei um sorriso malicioso.- A sala está livre para vocês agora.

Caminhei mais um pouco até perceber que havia esquecido nossas mochilas.


—Legal, nossas mochilas.- reclamei chateado, eu queria ter continuado o que estávamos fazendo.
—Tudo bem, vou mandar uma mensagem para Piper e pedir que ela pegue. Tudo bem?- ela pegou o celular e mandou uma mensagem.- Pronto, eu estou morrendo de vergonha. Aus, nós perdemos o controle. Se eles não tivessem aparecido...
—Não teríamos feito nada, eu juro. Mas com certeza teríamos aproveitado mais.- me aproximei e beijei a sua testa. -Ah! Quer ir ver uns carros comigo depois da aula?
—Você vai comprar um carro e quer minha opinião?
—Claro, eu prometi. Lembra?

(...)

Pov Ally

Era simplesmente magnífico Austin lembrar da sua promessa e melhor ainda cumpri.

A última aula havia acabado, eu não tinha essa aula com nenhum dos meus amigos, era meio solitário. Cain dividia essa aula comigo.

A turma correu para ir embora e professora não estava se sentindo bem e foi praticamente a primeira a sair. Eu guardava o último livro quando ouvir Cain falar.


—Você me trocou por aquele babaca.
—Não viaja, eu não te troquei. Quem pisou na bola foi você.
—E seu amiguinho generoso correu logo para te consolar. Aproveitador.
—Eu vou embora.- levantei para segui meu rumo, mas Cain segurou meu braço.
—Eu te amo, gata, você sabe disso. Me dê mais uma chance.- ele se aproximou e eu me afastei o quanto pude.- Eu sei que você quer isso...

Então, o cretino me beijou, mantive minha boca fechada. Ele me puxou e me prendeu em seus braços, eu o soquei no peito, estava odiando aquilo. Eu agora sentia nojo do loiro.

Ele passou a língua em meus lábios e eu abri a boca, mas para apenas capturar seu lábio inferior e morder com força. Cain rosnou de dor e me largou com força por cima de umas carteiras e eu acabei caindo.

Nesse exato momento, vejo Austin e Dez entrarem. Na boca de Cain o sangue ainda saia um pouco.


—O que você fez seu babaca? Eu disse que te quebraria.

Austin me ajudou a levantar e estudou meu rosto. Dez já havia fechado a porta e agora olhava feio para Cain.


—O que ele fez?- perguntou segurando meu rosto e me olhando nos olhos.
—Ele... ele... ele me beijou a força e eu mordi a boca dele.

 

Austin estava com fúria nos olhos, eu sabia que minha confissão do que tinha acabado de acontecer só aumentou sua raiva pelo Cain, mas mesmo assim ele se controlava por minha causa, apertando as mãos em punho.


— Fica aqui, pequena. – ele me empurrou para perto de Dez e não demorou para levar Cain ao chão. Austin brigava muito bem. Seus poucos socos por todo rosto do Cain, não davam margem para ele tentar reagir. — Fala, seu escroto, cadê a marra agora? Você só ataca quem não consegue se defender? Eu te falei para ficar longe da Ally.
— Eu só dei o que qualquer vadiazinha desse colégio quer... A Ally se faz de difícil, mas no fundo é igual a...- a frase não foi terminada, Austin atacou novamente com muito mais força. Me aconcheguei nos braços do meu amigo para não olhar tanta agressividade. Ele só estava vingando a mim. E agora Cain participava da briga.

Não reparei quando Dez me soltou e andou até os dois , mas a porta sendo aberta em seguida retomou minha atenção.


— O que está acontecendo aqui? Parem já com essa confusão! - o diretor grita imponente.
— Foi ele que me agrediu e começou tudo isso. – Cain dispara. Ambos já estavam de pé.
— Ah, claro e você é o inocente – Austin rebate e eles começam uma discursão exaltada.
— Já chega! Um de cada vez. Senhorita Dawson, por favor, esclareça você as coisas antes que eu enlouqueça . Foi o senhor Moon mesmo que iniciou a briga?
— Sim, diretor, mas por um motivo nobre.
— Que seria?
— Ela vai defender o namorado, isso não vale.
— Eu não lhe dei o direito a fala, mocinho. Calado! Prossiga, senhorita.
— Então, o Austin só começou a confusão, porque o Cain me agarrou e me empurrou com força. Além das provocações típicas é claro.
— Não precisa continuar, Ally. Já foi o suficiente.
— Você não vai acreditar nela, não é? Isso é favoritismo.
— Ally é uma das nossas melhores alunas, tem um histórico de notas e de comportamento excelente , ela não tem motivos para proteger ou favorecer alguém. Confio no seu julgamento. Já você, meu caro ,não podemos dizer o mesmo, não é? Não é a primeira vez que está metido em encrencas.
— Se você quiser meu testemunho, diretor, eu vi tudo também. O Austin não fez nada de errado.
— Não será necessário. Austin, por hora só levará uma advertência. Não foi totalmente certo o que fez também, violência não leva a lugar nenhum independente da razão. Eu vou levar em consideração o seu bom histórico e as palavras da Ally, mas que isso não se repita.
— Vai ser só isso? Eu sou rico e...
— Para minha sala, Cain. Agora.

Ele bufa e sai junto com o diretor.


— Essa briga foi épica, vai ficar para história do colégio. Pena que não deu tempo para quebrar mais a cara dele. Você seria expulso.
— Vontade é que não faltou. Você tá bem, meu amor? – ele volta a atenção para mim e me analisa dos pés a cabeça.
— Eu tô bem. Mas e você? Olha só esse maxilar inchado.
— Nada que um beijo seu não cure.
— Austin?
— Eu passo na enfermaria se você quiser, faço um curativo depois, mas o que me importa agora é você. Tem certeza que não tá machucada? Se aquele idiota tiver feito algo...
— Esquece o Cain. – ele estava realmente preocupado— Eu juro que estou bem. Esquece isso.
— Se você diz que sim, então vamos nos apressar. Ainda temos um compromisso inadiável, eu não esqueci. – eu sorrio pela sua insistência nessa nossa lembrança do passado. Ele dar um aceno para o Dez e saímos daquela sala.

(...)

Já era noite quando chegamos na garagem do prédio. Depois de muito tempo, um modelo de carro foi escolhido, meu loirinho era dono de um lindo Porsche preto conversível.


— Onde a senhorita pensa que vai ?
— Sair do carro, oras.
— Sem me dar um beijo ? – ele pergunta, erguendo uma sobrancelha.
— Era assim que você fazia em Portland com a Alana ou as outras meninas que dava carona? - finjo indignação e cruzo meus braços.
— Não , elas tinham que me dar um beijo “ antes” de entrar no carro. – ele sorri debochado e recebe tapas no seu peito. Brincadeira sem graça. Desço brava.
— Idiota!
— Pequena, calma! - Austin dar a volta depressa e me alcança. — Eu tava brincando, meu amor. Ok... Com um fundinho de verdade, mas sabe que você é especial.
— Sou? Eu não acho. – tento me afastar dos braços dele que me apertavam com firmeza.
— Para com isso. Pra quem eu pedi opinião sobre meu primeiro carro de verdade ? Você. Quem me convenceu parar na volta só para comprar chocolate, sendo que já havíamos acabado de jantar em um restaurante que a senhorita devorou metade da minha sobremesa? Você. – não deixo de ri sapeca com essa observação.
— Isso não conta. Eu só não pedi sobremesa, porque achava que estava satisfeita... até ver o seu prato.
— Eu faria tudo de novo só pra te ver sorrindo assim. Linda!

Ele cola nossos lábios com um beijo calmo.


— Como é que eu consegui, hein? Ficar tanto tempo sem te ter desse jeito , como minha namorada ? – ele me dar um selinho molhado e me olha. — Você quer fazer o quê amanhã?
— Tipo um programa de casal?
— Claro! Eu já perdi muito tempo longe de você. O que você quer? Um passeio de carruagem no Central Park? Ver a vista no Empire State? Um jantar no restaurante mais caro da cidade? Você escolhe.
— Bobo! Não precisa desse exagero todo, sabe que não me importo com isso.
— Se eu pudesse eu mandaria construir um castelo só pra minha princesa morar. Você quer?
— Não, seu louco.
— Então, escolhe. Eu quero te mimar muito. Qualquer coisa que quiser.
— Passar o dia com você já está ótimo. A surpresa ontem foi linda, eu já tenho o namorado perfeito. O Cain nunca parecia se interessar por essas coisas, nunca tinha tempo pra mim.
— Ele é um idiota de marca maior. Sorte a minha! - ele sorri e beija meu rosto—Dorme comigo hoje de novo?
— De novo? Aus, seus pais vão começar a notar minha presença frequente. Eu morro de vergonha, não é certo.
— Deixa de ser boba, eles não ligam. Eu amo quando dorme agarradinha comigo.
— Eu também amo dormir com você, mas hoje não.
— Ok, senhorita envergonhada. A sua sorte é que eu gosto até nisso em você. Beijo até a gente chegar lá em cima pode?
— Se você consegui chegar primeiro ao elevador, pode. – eu sorrio e começo a correr. Nosso dia tinha sido perfeito.


POV Austin

A primavera finalmente chegou e o clima junto com ela começou a esquentar. A diferença de temperatura, apesar de ainda permanecer um pouco frio, já era notória, o que me fazia muito bem.

Meu notebook mostra uma chamada em vídeo. O perfil tava sem nome, mas a foto não me restava dúvidas.


— Hey, cara! Quanto tempo! – falo sorridente.
— Quanto tempo? Você falou com meu irmão há dois meses e desapareceu. Não tem mais tempo para os amigos, né? - ele fala brincalhão.
— Brad, você continua o mesmo. Aprontando muito? As últimas notícias que recebi ao seu respeito eram as piores. – rio — Quando é que vai parar de arrasar os corações das pobres garotas de Portland ?
— Quem disse que sou o Brad? Todo mundo nos confunde, que droga! Eu estou cansado disso. Até você, cara.
— Já parou de show ? Boa tentativa, mas vocês são inconfundíveis. – e era verdade. Brad era visivelmente mais metido e confiante. Um típico galanteador barato, e surpreendentemente ajuizado. Deve ser por ser o mais velho dos gêmeos. Bob, por sua vez, seguia o exemplo do irmão, porém era mais imaturo para não dizer criança. Detalhes de personalidade que se aprende e se percebe com o convívio, não era difícil diferenciá-los.
— Ok, meu charme é incomparável, não tenho culpa. Mas diz aí? Aquela morena gata que o meu irmãozinho me mostrou ainda está disponível ou você parou de ser idiota e deu uns bons pegas naquela noite? Vocês moram no mesmo prédio, né? Isso já ajuda. O elevador tá aí pra isso, meu camarada.
— A Ally e eu estamos namorando há um mês. Pode tirar seu cavalinho da chuva!
— Ah, é? Parabéns, mas eu não sou ciumento. A gente pode dividir. A Ally é uma delícia e você me deve por roubar primeiro a Alana, eu gostava dela, cara.
— Você está pedindo uns bons socos nessa sua cara de pau. E outra, você troca de relacionamento mais rápido como o Bob troca os pratos de comida na mesa.
— Assim, você me machuca, Austin. – ele põe a mão no peito fingindo estar chateado. — Então quer dizer que está um rapaz sério e comprometido? Nem com a Alana demonstrava tanto ciúme.
— Eu sei. A Ally é diferente, impossível de explicar. Eu amo muito minha pequena.
— Wow. O caso é sério, você devia se ver no espelho agora, está com a maior cara de bobo.
— É, doutor, esse diagnóstico se chama amor. Eu estou perdidamente apaixonado pela Ally e digo mais, acho que é incurável.
— Eu perdi meu amigo de vez. É por isso que eu não me envolvo demais em relacionamentos sérios. Pra quê?
— Não sabe o que está perdendo.
— Meu coração é de todas, meu caro. Mas não se preocupe, não me meto com a garota que parece te fazer tão feliz.
— Eu agradeço.
— Eu queria ter tempo para prolongar nossa conversa, você faz falta, cara, mas tenho um trabalho de literatura para terminar ainda hoje. O seu parceiro aqui precisa manter as boas notas. Mas temos que marcar de nos ver, é sério. Será que a namorada te libera? Portland quer você de volta.
— A gente pode marcar sim. Tenta não morrer de ansiedade até lá . – ironizo, fazendo graça. — E a Ally vai comigo é claro. Ela vai amar conhecer a cidade.
— Turista gata sempre é bem vinda. Opa, foi mal. Era só brincadeira.

Ele não tinha jeito.

Falava com Brad pelo Skype até ouvir batidas na minha porta. Me viro para ver quem é.


— Atrapalho?
— Nunca, pequena. Entra.

 

Ela vem até a mesinha do computador que estava e fica atrás de mim, entrelaça suas mãos no meu pescoço, se abaixando um pouco para ver a tela.


— Então essa é a famosa e digníssima Ally? Por foto você já era linda, por tela de computador é deslumbrante.
— Você é um dos gêmeos amigo do Austin, não é?
— É sim, pequena. Esse abusado aqui é o Brad.
— É um prazer, senhorita. Brad Mills ao seu dispor. Alto ,moreno, cabelo castanho natural. O irmão mais inteligente e incrivelmente o mais bonito da fraternidade como pode perceber.
— Brad, menos.
— Deixa, Aus, eu achei engraçado.
— Viu, Austin, ela me achou engraçado. Ter graça é uma das minhas qualidade, Allyzinha. Eu posso te chamar assim?
— Não, não pode. Eu acho que já deu por hoje. Nós já estávamos encerrando a chamada, não é, Brad? Ele tem um trabalho para terminar de fazer.
— Tenho mesmo. Literatura gótica. O castelo de Otranto, conhece ?
— Do Horace Walpole ?Eu não sou fã desse tipo de literatura, mas é o clássico dos clássicos desse estilo, o pioneiro. Foca nesse livro que tem um A garantido.
— Valeu pela dica. Não vou esquecer.
—Tchau, Brad.
— Tchau, Austin. Alguém já te disse que olhar não tira pedaço ? Eu só estou sendo gentil e educado com sua namorada.
— Não liga pra ele, Brad. Ele é ciumentooo! – minha pequena sorri e dar um beijo na minha bochecha — Mas mesmo assim é um amor! Foi bom te conhecer. Tchau.
— Eu digo o mesmo. Tchau, Ally .- a vídeo chamada é finalizada.
— Eu posso saber o que foi isso? Você e o Brad pareciam os melhores amigos de infância da vida toda. Que intimidade foi essa?

Ally começa a rir.


—Eu posso saber qual é a graça?
— Você. – ela se senta no meu colo — Amor, o Brad é o seu amigo. Eu só achei ele legal. Você não quer que eu me dê bem com seus amigos?
— Não é isso, Ally, eu só...
— Ciúme. Admite.
—Talvez eu tenha sentido um pouquinho.
— Só um pouquinho? Aus, você só faltou...
— Ok, Ally. Eu senti ciúme sim. Muito. Onze numa escala de 0 a 10.
— Você fica lindo desse jeito, sabia ? Não precisa sentir, não tem a possibilidade de eu trocar você por um moreno alto e sensual.
— Ally?! – eu a repreendo, enquanto ela ria.
—Brincadeira! Eu só me interesso por um loirinho com os olhos castanhos esverdeados mais lindos bem aqui na minha frente.
— Eu acho muito bom. Até porque se não está lembrada você é minha, só minha. Eu acho que te fiz uma música sobre isso.
— Ah é? Eu não me recordo. – ela me olha divertida.
— Ah ,não se recorda? - eu a aperto mais pela cintura, impedindo já sua possível fuga.
— Nem um pouco. – ela sorri sapeca — Faz tanto tempo, sabe? Acho que não lembro.
— Então vai ter que pagar por isso e é agora. - meu tratamento para esses casos é iniciado, Ally se contorce com minhas cócegas. Nunca me cansava disso.
— Austin, chega. – ela tentava falar no meio as altas risadas, seus olhos já lacrimejavam um pouco. — Você ganhou, eu admito.
— Ah, é? - eu pauso minha tortura então. Observava minha morena recuperar o fôlego — O problema é que deveria ter pensado nisso antes de brincar com uma coisa tão séria Ainda tem que sofrer as consequências.
— Por favor, Austin. Não. – ela grita de susto quando eu a pego no colo e em seguida a jogo na minha cama.
— Você fica linda sem tanta roupa de frio, sabia? - e com isso capturo seus lábios com urgência. Ela se entrega sem hesitar e me puxa mais para si, vou de bom grado. Ally sabe me provocar até não querendo. Sua naturalidade inocente mexia comigo de um jeito louco e incrível. A intensidade dos nossos beijos aumenta e eu não resisto em atacar seu pescoço, o que a faz apertar meus cabelos com força. Com a adrenalina em meu corpo e no transe que parecíamos estar inebriados, desço para a barra da sua blusa e sinto sua pele quente ficar trêmula com meus toques, começo a depositar lentamente pequenos beijos na sua barriga, subindo o trajeto até que ela reage.

—Aus... Aus, para! - sua voz estava assustada e ao olhar seu rosto pude ver como ela estava tensa. 

— Hey, o que foi? - me sento e a puxo junto. — Não fica assim, pequena.
— Desculpa. – ela desvia sua atenção para baixo, não demorando para encher aqueles lindos olhos com lágrimas dessa vez de tristeza. — Eu juro que eu queria, que eu quero... M-mas eu não consigo. Não agora, não desse jeito.
— Shiii! Não chora, meu amor. Não precisa se explicar.- passo a mão pelo seu rosto e colo nossas testas— Eu te prometi que iria esperar seu tempo, não foi?
— Porque você é um fofo. Mas e se não aguentar? E se terminar comigo...
— Só se eu fosse louco. - prossigo, a interrompendo— Eu nunca vou terminar com você , pequena, muito menos por esse motivo idiota.
— Você deve tá me achando uma boba, né? - ela se afasta um pouco de mim — É que... eu sempre achei a primeira vez um momento especial. E desde que o Cain tentou aquilo comigo... Eu não gosto nem de lembrar.
— Não lembra. Vem cá. – a puxo para meu colo e a aconchego nos meus braços , ela se aninha no meu peito — Eu não sei quando vai acontecer, onde vai acontecer, mas eu te garanto que vou a deixar a mais especial possível, nem que para isso eu tenha que assistir a todas as comédias românticas que existam no mundo e que tanto gosta.
— Não precisa, ela vai ser única. E só de ser com você já vai ser mágica. – ela sorri e eu retribuo.
— Então, vamos combinar uma coisa? A gente deixa rolar e a senhorita não precisa ficar pressionada. Combinado?
— Combinado.
— Então, o que quer fazer agora?
— O que eu quiser? - via brilho no seu olhar e fiquei feliz por isso. Minha pequena estava de volta com aquele sorriso sapeca que amo.
— O que quiser.
— Pipoca. Muita pipoca e assistir filme aqui no seu quarto.
— Sim, senhora. Fica aqui que eu já volto com um balde gigante.
— Aus, espera! - já estava perto da porta quando ela me chama.
— Sim, pequena.
— Me abraça. – ela pedia manhosa e receosa. Ainda estava abalada com o que tinha acontecido.
— Claro, meu amor! - sorrio e me aproximo, a apertando contra mim com carinho.
— Eu te amo. Muito. Acredita.
— Eu também amo você, pequena. Minha pequena preciosa.
— Eu posso te pedi outra coisa? - aceno com a cabeça sem a soltar do abraço — Fica aqui comigo, acho que não quero mais pipoca , só ficar aqui com você.

Deito na cama e trago minha Ally junto comigo. Ela não demora para se aconchegar ainda mais nos meus braços e acaba dormindo. Ela precisava de carinho naquele momento e conhecendo a história da minha pequena, eu não hesitaria em ajudar.

 


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Notas finais do capítulo

E então? Nos contem tudo.
Divisão do capítulo :
Primeira parte até Ally responder para Austin o que tinha acontecido na sala com ela e Cain: Little
Do primeiro parágrafo antes da briga começar até o fim, euzinha, Sweet.
O que acharam? Vocês acreditaram no susto que a Little fez da Ally " pedir pra pensar "? Kkk. Eu acreditei. Juro. Ela me usou de cobaia, kkk, para ver minha reação. Quem sentiu a mesma coisa, me conte, please. Kkk
E a briga? Eu amei escrever minha primeira briga do capítulo. Kkk.
Austin sempre muito fofo.
E Auslly esquentando o relacionamento.
O que acharam do Brad?
Ally meio traumatizada.
Bjs, amores. Até mais.
Comentem, favoritem, recomendem.
Dúvidas é só mandar

Atenção!!!!
Para quem ainda não ler minha nova fic Auslly aqui pelo nyah, preciso de leitores, please. Quem acompanha e não comenta preciso da colaboração de vocês.
Agora é só... Kkk
Tchauzinho. Até a próxima.



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