O Diabo pede Passagem escrita por SaturnBoy


Capítulo 8
Oitavo contato — Início




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1 semana antes

     Estava concentrada estudando para algumas provas que iriam acontecer na próxima semana – Calculo, Física, Português I e Química. Todas para mim são difíceis, pois acho que posso ter TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) para essas matérias.

     Algo me tira a atenção, em minha estante próximo aos meus objetos peculiares percebi uma agitação. É um desses momentos que você não consegue ver nada, porém você sente algo estranho que arrepia toda a sua espinha. Essa foi exatamente a sensação que senti naquele momento.

     Levantei da minha cadeira e fui olhar para ter a certeza se tinha algo fora do normal, mas como esperado, tudo estava perfeitamente em paz. Voltei a me concentrar em meus estudos, quando olhei perifericamente e consegui ver o pião rodando sozinho.

     Fechei meus olhos com força e voltei a abri-los e percebi que não tinha pião rodando, não tinha nada voando, a não ser a minha mente que estava vagando por todos os locais menos para os locais que importavam, os livros.

 

30 minutos depois

     Estava lendo alguns textos de Química quase dormindo em cima dos livros, quando ouço em meus pensamentos “Eu quero tanto você”. Dou um pulo da cadeira e olhei em minha volta para saber se tinha alguém dentro do quarto comigo – Estava solitária.

               “Me ajuda... Socorro! ”

               “Socorro...”

     Uma criança? Como pode ter uma criança em meu quarto? Fiquei vasculhando o meu quarto para ter a certeza que não tinha ninguém. Talvez poderia ser algum primo distante que tinha se escondido e ficou preso, mas eu estava errada.

     Liguei para Joana que estava provavelmente estudando também, já que somos da mesma turma. Contei a ela sobre essas vozes estranhas e ela disse que poderia ser apenas cansaço por estar lendo e estudando muita coisa. Pensei a mesma coisa, porém pedi a ela que me explicasse então como eu ouvi uma criança pedindo ajuda dentro do meu quarto. Na verdade, parecia ser mais dentro da minha cabeça, como aquelas vozes que ouvimos quando vamos fazer algo, mas algo fala dentro de você “não faça”. Exatamente esse tipo de voz. Joana era uma das poucas pessoas que eu conhecia que não tinha medo de coisas assim. Eu também não tinha, porque esse tipo de coisa nunca aconteceu comigo.


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