O Diabo pede Passagem escrita por SaturnBoy


Capítulo 5
Quinto Contato — Aviva




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Sábado – 10:35 AM

Dolorida, cheia de roxos espalhado pelo corpo, era a minha situação atual. Por mais que eu tentasse criar algum sentindo, minha mente cansada e tentando manter algum fluxo de racionalidade tentava me dizer que tudo era apenas a minha imaginação me pregando peça. Talvez poderia ser o cansaço ou estresse ou quem sabe ainda, alguma outra coisa que possa ter ligado esse pequeno interruptor de loucura em minha mente.

Eu comecei a pesquisar melhor sobre aparições de fantasmas, casas mal-assombradas e todas essas coisas sobrenaturais que ouvimos falar e vemos em filmes de Terror. Mas, em todas as páginas de livros e em sites que encontro na internet, só consigo ver coisas relacionadas a pessoas mortas que voltam e aparecem em fotos ou como vultos. Mas nada é parecido com aquele ser que estava em meu quarto.

Ainda consigo senti-lo me observar de longe. O seu toque frio em minha pele. O bafo de putrefação que vinha da sua boca. O sorriso de prazer que se formava em seu rosto enquanto me arranhava e me deixava a minha pele em carne viva. Essa cena ainda continua em minha mente, me fazendo temer a escuridão.

No mesmo dia – 21:35 PM

Acabei dormindo em cima do meu computador após passar horas pesquisando sobre os demônios falados na bíblia. Nunca fui uma pessoa religiosa, acredito em Deus, mas é só. Não sei se as pessoas sabem, mas se você pesquisar por esses demônios, irá chegar um momento em que você vai estar em um local tão estranho que você irá ver vídeos de pessoas supostamente possuídas; pessoas falando que avistaram demônios em suas casas, entre outros relatos, onde alguns deles são absurdos.

        “Eu estou te vendo...”

Eu escutei aquela voz no meu quarto novamente. Meu corpo arrepiou, me contrai na cama esperando que a parede pudesse me proteger de algo que os meus olhos não pudessem enxergar. Mas aquela voz, parecia ter sussurrado do lado do meu ouvido. Tentei ver se tinha alguém dentro do meu quarto e por mais que estivesse completamente escuro, uma luz passava pela fresta da porta iluminando pouco, mas o suficiente para tentar ver se algo se mexia nas sombras.

     “.... Eu quero brincar com você...”

A voz voltou a sussurrar novamente, mas dessa vez parecia distante. O sussurro deu lugar a algo que parecia um riso. Estava rindo e eu não conseguia ver de onde vinha a risada, porque eu estava escutando em minha cabeça. A risada era algo torturante, pois a sua voz parecia ser mais de uma pessoa, com grunhidos, algo totalmente fora do normal. Meu rosto começou a ficar quente e as lágrimas desceram e eu desabei ali mesmo.


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