Prezado Sr. Pai, Eu te odeio! escrita por May Winsleston


Capítulo 9
Pranchas, sungas e velhinhos experientes


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas do meu coração ♥ Como estão? Eu estou super feliz com vocês ♥ Obrigada a todos que estão lendo, acompanhando, favoritando e dando uma chance para PSPETO. E um obrigada mais do que especial para: Sweet Girl, Lakel, Lorde Barão, Avalon, Yes Car, Sufya, Satsuki Miyuki, Izamara Costa e Juh Lucena, por comentarem e me fazerem dar pulos e sorrisos de alegria, vocês são maravilhosos! ♥ ♥ Bem, espero que gostem do capítulo de hoje, muitas emoções, kkk! Boa leitura e Bom Carnaval!



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— Você é retardada ou o quê? – a voz elevada da Emma fez com que alguns dos clientes parassem de saborear seus sorvetes e lançassem olhares curiosos à nossa mesa.
— Você disse que não ia ficar brava! – reclamei, lembrando da promessa que minha amiga havia feito para que eu, finalmente, contasse das minhas pequenas, e nada divertidas, estripulias.
— Não estou brava, estou tentando confirmar o fato de você ter pelo menos uns mil parafusos a menos nesse seu cérebro. – minha amiga mordia os lábios e balançava a cabeça impaciente – Alice, isso pode dar cadeia! – alertou – Ou você acha que sua vida é igual a um conto de fadas, onde o vilão se torna bonzinho e fica com a garota estúpida no final? Isso só acontece nos livros e nos filmes, e somente pessoas bobas continuam acreditando neles...
— Eu acho que Malice tem tudo pra dar certo! – Diana interrompeu entre uma colher e outra do seu sorvete de morango.
— Ma o quê? – perguntei, tentando entender o mundo imaginativo da garota.
— Malice! A combinação de Mauricio e Alice. Também poderia ser Alicio, mas Malice é mais bonito. – sorriu, abobalhada. Olhávamos para a sonhadora, e bastante viajante, Diana, com os olhos arregalados.
— Não existe Malice ou seja lá o que for. – falei, por fim.
— Claro que não existe. – a minha estagiária cedeu, fazendo biquinho. – Mas bem que poderia se você quisesse – sussurrou, alto o bastante para que eu pudesse ouvir e para que a Emma ficasse tão vermelha quanto seus cabelos.
— Acho que vocês duas ainda não entenderam a situação, porque parece uma piada para vocês! Alice, se alguém descobrir, além de poder ser presa, você vai perder seu emprego e ganhar uma péssima reputação nas escolas de boa parte do país! – advertiu, tentando controlar sua voz. – Eu te amo, e sempre vou querer o seu melhor, e eu sinto que você está entrando num poço fundo, e ao invés de subir, parece estar cavando ainda mais pra baixo. Não vá se soterrar, amiga. – engoli em seco, e assenti. – E... não se apegue. Eu sei que vai ser difícil se afastar do Nicolas agora, ainda mais por conta desta história de chantagem, mas próximo ano você vai ter que dar um basta nisso tudo, inclusive nessa sua mentira de maternidade. – as duras palavras me perfuraram como pregos. Diana olhava tudo aquilo com um olhar triste, mas ainda assim ela parecia dizer “Você vai conseguir!”. Apenas inspirei fundo enquanto tentava engolir as lágrimas.
Como que por um milagre, meu celular começou a tocar. Lancei um olhar confuso para a tela quando vi o nome do chamador, Diana. Quando olhei para a garota, ela apenas deu uma leve piscadela, retribuí o ato com um sorriso e um discreto “obrigada”.
— Meninas, obrigada por me encontrarem hoje, mas agora eu preciso ir. – disse, já levantando.
— Vai pra casa do garoto, não é? – Emma perguntou, mesmo já sabendo a resposta. Assenti com um sorriso amarelo. – Só tome cuidado, Alice, falo isso porquê te amo.
— Eu sei. – a tranquilizei – Você é tipo uma irmã mais velha, só que mais chata. – rimos.
Me despedi e saí da sorveteria. O dia estava quente, então peguei um taxi e em pouco tempo já estava no Jurerê. “Para evitar incomodá-lo”, o troglodita pediu que o Henrique fizesse uma cópia das chaves para mim, mas por educação, medo, e um pouquinho de pirraça, eu sempre tocava a campainha antes de entrar na residência dos Miller.
— Bom dia – anunciei, na porta. Logo um garotinho de pijama azul e branco correu ao meu encontro.
— Mamãe voltou! – gritou, enquanto pulava nos meus braços e me apertava num abraço.
— Sabe, eu te dei as chaves da casa exatamente para evitar barulho. – Mauricio disse, saindo da sala, apenas com a calça de algodão, e vindo em nossa direção. Desviei o olhar de seu abdômen, antes de parecer uma idiota, e foquei a atenção no meu filho.
— Eu esqueci que estava com elas. – menti, dando de ombros. O troglodita soltou um suspiro impaciente e voltou para a sala batendo os pés no chão. Ri. – Então, pequenino, o que faremos hoje?
— Nicolas quer blincar! – exclamou, aos pulos.
— Brincar... E onde podemos brincar? No parque, na quadra, ou talvez na praia? – os olhos do garoto brilharam, e eu já sabia do nosso destino.
— Plaia! – gritou, animado.
— Praia, então! – decidimos. – Mas antes de sair, vamos tomar nosso bainho, escovar esse bafinho e comer? – ele assentiu, sorrindo. Subimos as escadas, e eu escolhi uma roupa para o Nicolas, enquanto ele estava na banheira. Depois de trocado, fomos em direção à cozinha. Para meu azar, e para a felicidade do Nicolas, o troglodita estava sentado numa cadeira do balcão.
— Então, vão para praia. – comentou, enfim.
— Sim. – confirmei, seca. – Eu não vi o Henrique hoje, eu gostaria de uma carona...
— Dei um dia de folga a ele. Achei que passaríamos o dia inteiro aqui juntinhos, docinho. – revirei os olhos para sua provocação. – Mas pra quê carona? A praia do Jurerê é bem perto daqui.
— Eu preciso pegar um biquíni, não vim pronta para praia.
— Se quiser podermos ir para uma praia de nudismo. – sugeriu com um sorriso maldoso. Lancei meu melhor olhar de “Serio, seu babaca” para o troglodita, e ele riu. – Calma, não precisa me assassinar em sua mente. Talvez a Paula ou a Sandra tenham esqueci...
— Não vou usar as roupas de suas vaga...
— Mamãe, eu tô com fome! – Nicolas interrompeu, antes que eu pudesse lhe dar um mau exemplo.
— Eu lhes darei uma carona então, afinal é pra isso que servem os maridos, não é, docinho. – forcei um sorriso e comecei a bater os ovos numa vasilha. – Vou me arrumar. – anunciou, saindo da cozinha. – Ah, também estou faminto, querida!
Fiz uma careta e continuei preparando a omelete do meu pequeno. Após fritá-la, fiz questão de esconder os ovos, na prateleira de baixo, atrás de algumas verduras, lugar que eu sabia que o Mauricio não tocava. Um sentimento de culpa tocou em minha mente, mas logo foi substituído pelo prazer da vingança. O que podia fazer, a carne é fraca, né?
Assim que o chantageador desceu, eu e o Nicolas ainda estávamos na cozinha.
— Então meu docinho vai mesmo me deixar com fome? – perguntou, fazendo cara de cachorro abandonado.
— Bem que eu queria fazer, sabe, mas acabaram os ovos. – menti, a voz o mais doce possível. Mauricio olhou para as prateleiras vazias, logo depois abriu a geladeira e a examinou, confirmando, no fim, minha falsa afirmação.
— Sei... – soltou, desconfiado. – Que sorte de eu ter comido antes de vocês, não é mesmo?
— Vamos? – chamei, puxando o Nicolas para a saída, sendo, consequentemente, seguida pelo troglodita. Na garagem, haviam 5 carros, incluindo a BMW azul que sempre me pegava no trabalho.
— Vamos no Evoque. – decidiu. Apenas o segui. Depois de insistir que a cadeirinha era importante para o Nicolas, o pai do garoto finalmente cedeu e transferiu o objeto do BMW para o Range Rover. Era um sábado ensolarado em Floripa, e assim que saímos do condomínio residencial, percebemos que a maioria das pessoas tinha tido a mesma ideia que a gente.
— Caramba! – exprimi do banco de trás – Talvez seja melhor voltar.
— Nada disso! – rejeitou, Mauricio. – Vamos pegar um atalho – sorriu, me lançando uma piscadela.
Ele pegou o retorno e voltou na direção do condomínio, indo na direção contrária ao Centro, onde eu morava. Passamos pelas mansões e já era possível ver a praia, antes de estacionar na dita cuja, Mauricio parou numa loja grande e elegante. Rodou e puxou a chave da ignição e saiu do carro. O observei parado, ao lado de fora do carro. Mas aqui não é praia. Pensei. Ele quer que a gente saia? Como se pudesse ler meus pensamentos, e com toda a educação do mundo, Mauricio puxou a porta do carro e disse:
— Vocês vão sair ou vão esperar morrer sufocados?
— Sempre gentil! – falei, irônica, tirando o cinto e puxando o Nick no colo. – É... A praia é pra lá. – apontei pro grande mar azul há poucos quilômetros de distância de nós.
— Eu sei, mas você precisa de um biquíni.
— Ah! – exclamei. Entrei na grande loja vermelha e dourada. E fiquei imediatamente maravilhada com os modelos que existiam ali. Eram simplesmente divinos. Uma garota negra de cabelo black veio ao meu encontro e perguntou se eu precisava de ajuda, neguei, mas como uma boa vendedora a garota me acompanhou enquanto conversávamos. A procura e o diálogo começaram a ficar divertidos, e acabei perdendo a noção de quanto tempo já tinha ali. – Lu, eu amei esse aqui, mas ele é quase o meu salário! – rimos.
— Quer um mais baratinho ou vai respirar fundo e fazer uma loucura? – brincou.
— Acho que tô bem perto de fazer uma loucu...
— Mamãe! – o pequeno Nicolas entrou correndo na loja, seguido pelo homem que atraiu os olhares de todas as mulheres, e alguns homens, que estavam presentes naquele recinto. – Vamos pla plaia, mamãe!
— Mulheres e compras. Porque apenas não pega um e paga? – disse, entediado, enquanto tirava os óculos escuros e os pendurava na gola V branca.
— Porque as coisas não são tão simples assim, Sr. Sou Bilionário. Mas a Luna já vai me mostrar outros modelos.
— E esse na sua mão? – perguntou, apontando para o biquíni branco com detalhes de flores.
— Esse é quase o meu salário, acho que ainda não estou pronta pra gastar tudo isso numa roupa. – ri. Mauricio fez uma careta e puxou a peça de minhas mãos.
— Luna, correto? – a garota apenas assentiu, boquiaberta. – Vamos levar esse! – anunciou, em direção ao caixa.
— Mauricio, ele é muito caro! – sussurrei, tentando acompanhar seus passos. – Eu não posso pagar por ele.
— E quem disse que você vai pagar? – ele tirou uma carteira marrom do bolso direito, e sacou de lá um cartão escuro. – A mãe do meu garoto quer vesti-lo agora. Tem algum lugar para ela se trocar aqui? – a loira do caixa me olhou de cima a baixo e com desgosto apontou para um canto da loja. Após o pagamento, Luna se aproximou de mim e seguimos juntas para o trocador.
— Nossa, seu marido é lindo demais! Você ganhou na loteria, hein. E seu filho é um fofo, a sua cara. – elogiou, coitada, iludida por Mauricio. Sorri, agradecendo e fechando a porta do provador. O biquíni favoreceu meus seios de um jeito incrível, e meu corpo pareceu bem mais bonito do que realmente era. A Diana iria enlouquecer nesse lugar.
Recoloquei meu vestido azul de alcinha e fui na direção do meu “marido”, que parecia bem extrovertido ao lado da loira que pareceu me odiar.
— Vamos, Mauricio! Não queremos desperdiçar o tempo da praia, não é? – um sorriso falso tomava meu rosto.
— Claro, docinho. Mal posso esperar para ver se o biquíni serviu bem, mas ainda podemos ir naquela praia que eu te falei, na qual você nem precisaria de roupas. – revirei os olhos, irritada. Segurei o Nicolas e agradecendo mais uma vez à Luna, cutuquei o pai do meu filho. O troglodita se despediu do projeto de mulher carambola e me seguiu até o carro branco. E começamos uma pequena e equilibrada discussão para saber para qual praia iríamos.
— Vamos pra Daniela – comecei. – Lá o mar é calmo e com poucas ondas.
— Nada disso! Eu não trouxe minha prancha à toa. Vamos pro Jurerê.
— É óbvio que não! Lá vai estar lotado. É capaz de perdermos o Nick! Vamos pra mais calma.
— Não! Sou eu quem estou dirigindo, eu decido!
— Eu sou a mais responsável, eu decido!
— E eu o mais velho.
— Por que não deixamos o Nick decidir? – sugeri, enfim. Era óbvio que ele ia ficar do meu lado. – Então, pequeno príncipe, vamos pra praia da mamãe ou do papai?
Ambos olhamos pro garotinho que nos observava com olhinhos brilhantes.

                  •• ••
— Ah, como eu amo a praia de Jurerê! – caçoou afundando a ponta da prancha na areia.
— Não acredito que meu filho me traiu. – falei, derrotada, observando o garotinho montar um castelo na areia.
— Não se sinta mal. É que eu normalmente consigo o que quero. E eu vou surfar um pouco agora. – ele tirou a camiseta e correu para a praia com a prancha na mão. O observei de longe. Não devia pensar isso, mas devo admitir, Diana estava certa. Se não fosse pelo seu interior podre, Mauricio Miller seria um forte candidato à homem perfeito. Ombros largos, pele morena, abdômen definido, cabelos negros que até mesmo bagunçados eram lindos e incríveis olhos castanhos. Que pena que ali só daria jeito se nascesse de novo.
— Filho, vamos nadar um pouquinho? – o garotinho apenas assentiu e fomos para a água. Apesar de cheia, a praia era boa. Depois de um tempo juntos, Mauricio decidiu se juntar a nós, ele colocou o Nick sobre sua prancha e ambos “surfaram” algumas ondinhas, e por momento, entre risos e alegrias, parecemos realmente com uma família. E apesar da minha resistência ao troglodita, era nítido o poder que ele tinha sobre o Nicolas. O garotinho o admirava e amava, Mauricio só precisava se tornar mais presente na vida do menino. – Príncipe, você está todo vermelho! – notei. – Acho melhor pegar o protetor, eu já volto. – Corri para nossa mesa e de dentro da bolsa branca tirei um protetor solar. Corri de volta para a água, antes de ouvir uma voz conhecida gritar meu nome.
— Alice!
— Au-Au-Aurora! – meu coração acelerou ao ver a coordenadora da escola Primeiros Passos andar em minha direção. – Você por aqui! – Droga, droga, droga!
— Eu quem diga! Que raro te encontrar fora da escola, e ainda mais no Jurerê. – gargalhou – A mãe da Malu nos convidou para passar o dia na praia. E você, está com alguém?
— Eu? É... Eu, eu...
— Mamãe! – o garoto de cabelos encaracolados gritou ao fundo. O pai o seguia. Antes que Aurora pudesse perceber ou até mesmo entender o que estava havendo ali, lancei um olhar de súplica para Mauricio, que compreendeu o que estava acontecendo, assim que seus olhos se encontraram com os da coordenadora do colégio.
— Ora, aquele não é o... – começou Aurora.
— Nicolas! – Mauricio puxou o braço do garoto, pena que tarde demais.
— Nicolas? – Bia perguntou, se aproximando com Malu e a mãe da menina.
— Bia, Malu?! – exclamei, nervosa.
— Pró Alice? – as três recém-chegadas falaram, assim que perceberam minha presença naquela bagunça.
— O que a senhora faz aqui? – apesar da pergunta ser feita pela Malu, todos me olharam, esperando uma resposta que fizesse sentido. Bem, eu também esperava isso.
— Eu? Eu... Vim ver meu namorado! – menti.
— Seu namorado? – a mãe da Malu questionei, curiosa. – Ele? – indicou seu dedo indicador ao Mauricio.
— Não! – respondemos juntos – Não. – continuei – aquele cara com a prancha amarela. – apontei para um cara qualquer na praia.
— O que está vindo em nossa direção? – Aurora, indagou. Droga!!!
— Eu disse prancha? Não, eu quis dizer aquele, com... – olhei o primeiro homem que usava algo amarelo e estava longe de nós – a sunga amarela! – consertei.
— Aquele senhor? – a mãe da Malu sondou com uma careta na cara, assim que meu “namorado” virou e eu percebi que o homem devia ter idade pra ser meu pai.
— Prefiro os mais experientes, sabe. – ri, sem graça, tentando driblar aquela situação.
— Mas papai, a mam...
— Nicolas, você não acabou de me pedir um sorvete? – Mauricio interrompeu.
— Não. – respondeu, sincero como sempre.
— Ah, você que é o famoso pai do Nicolas, não é? – a mãe da minha aluna perguntou, se aproximando.
— Não sabia que era famoso. – desconversou. – É, a Daniela está me esperando!
— Daniela? – perguntei.
— É. A calma Daniela! – abri a boca ao entender a referência. – Preciso ir, senhoras, senhoritas. – cumprimentou a todos e saiu com o Nicolas, para pegar a prancha afundada na areia.
— Já vou amor! – gritei pro nada. – Preciso ir, meu namorado me chama. – sorri e corri para a mesa, peguei nossas coisas e fui em direção ao carro, sem olhar para trás, e quando finalmente o fiz, para o meu alívio, os únicos rostos conhecidos que avistei foram os do Nicolas e Mauricio.
— Caraca. – soltou, descendo o menino do colo e pegando a chave do carro em minha mão. – Impressão minha ou você só atrai confusão?
— Foi você quem queria vir pro Jurerê.
— Okay! – levantou as mãos, se dando por vencido. – Vamos pra Daniela então.
— Não. Vamos pra casa, por favor, estou cheia de fortes emoções por hoje . – pedi – Que tal uma lasanha de calabresa agora hein, Nick?
— Lasanha! – o garotinho pulou animado.
— Gosta de lasanha, Mauricio? – ofereci. O moreno me olhou de canto de olhou e por fim um sorriso se formou no canto de sua boca.
— Se eu disser que sim, a massa da lasanha vai sumir repentinamente? – caçoou, se referindo aos ovos do café da manhã.
— Não dessa vez, então aproveite! – ele assentiu rindo. Eu prendi o Nicolas em sua cadeirinha, e ao invés de sentar no fundo com ele, abri a porta do carona e me ajeitei no banco largo.
— Que surpresa! Achei que iria voltar como chofer. – dei de ombros.
— Resolvi mudar um pouco. E, Mauricio – ele me olhou, seu rosto um pouco queimado pelo sol – Obrigada, pelo biquíni, pela carona e por me tirar daquela confusão na praia. – rimos com a lembrança do momento.
— Não tem de quê! – ele colocou a chave na ignição e ligou o carro. – E... Obrigado também – falou, por fim, enquanto virava a cabeça e observava o menino adormecido no banco de trás – Hoje foi divertido. O garoto é incrível. E... eu não sei se viríamos à praia hoje ou se faríamos algo juntos se não fosse por você. – assenti, as bochechas levemente coradas. Mauricio ligou o rádio e saiu com o carro. Olhei pela janela e repreendi meu coração, que teimava em acelerar cada vez mais e mais.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram??

Link do biquíni: https://alanamagalhaesmakeup.files.wordpress.com/2015/01/biquinis-para-o-verao-2014-4.jpg



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