Pode Tentar Entender? escrita por Mister_danita


Capítulo 8
Capítulo 8 - The other side.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é diferente dos passados, vocês já vão entender porque. Idéia da minha twin flavia_pupie
Ah, queria agradecer muito pelos reviews, vcs não tem idéia em como eu fico feliz em recebe-los *---*



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Era tudo novo para mim. Há algum tempo tenho sentido algo muito forte por ela. Algo que até hoje, só havia sentido com Katherine. Ou talvez algo mais forte. 

Quando a vi morrendo, entrei em desespero. Não conseguia pensar em um mundo onde ela não estivesse mais. Mesmo que Elena jamais fosse minha, precisava dela viva. Não suportaria acordar todos os dias da minha sentença eterna e saber que nunca mais a veria.

Por isso a transformei. Ela ainda não estava morta, então só precisei dar o meu sangue a ela. 

Quando ela acordou, não pude me controlar mais. Pouco me importava se Stefan estava ali ou não. Não esconderia isso por mais tempo. Disse a ela o que eu escondia a muito tempo. Mas fiquei com medo de sua reação. 

Elena ficou estática. Depois disse que precisava comer. Levamos Stefan para casa e prometi que a ensinaria a caçar. 

A observei o caminho inteiro, a procura de respostas. Como ela estava linda. Não conseguia desviar o olhar. 

Elena não queria tomar sangue humano, mesmo que fosse necessário. Caçamos alguns coelhos, mas eu sabia que não era o suficiente. Então fui arranjar sangue para ela.

Acho que ela ainda não havia se acostumado com a condição dos vampiros, ou a audição. Não sei se era ou não para eu ouvir o que ela disse. Mas eu ouvi. 

E foi a primeira vez que eu fiquei sem ação. Elena disse que queria ficar comigo. Aquilo parecia um sonho. 

Como ela conseguia me deixar daquele jeito eu não sei, mas ficava simplesmente maluco com ela. Vê-la limpando o sangue dos lábios daquele jeito quase me enlouqueceu.

-Desculpa, você quer limpar pra mim?- ela me perguntou 'inocente'. 

Eu não acreditava. Depois de tudo, finalmente teria Elena? Era bom demais para estar acontecendo. Mas estava. E Ela chegava cada vez mais perto. Não perderia essa oportunidade.  Entrelacei minhas mãos pela sua cintura. Precisava dela o mais perto possível.

Era perfeito. Era como se ela tivesse sido feita sob medida para mim. Continuamos nos beijando até que só isso não foi mais o suficiente para nenhum dos dois. 

Os seus gemidos eram excitantes. Queria que aquele momento durasse para sempre. 

Foi a nossa primeira vez juntos. E com certeza não seria a última. Pelo menos não por mim. 

 

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Acordei antes que ela. Me vesti e fiquei contemplando aquele rosto angelical.  

A noite passada havia sido fantástica. Talvez a melhor de toda a minha vida. Mas tinha que encarar a realidade. Quando nós voltássemos, tudo voltaria a ser como antes. Elena iria voltar para Stefan.

Refletia sobre isso quando ela acordou. 

A animação na voz dela quando disse que deveríamos ir embora me fez ficar com medo. Cada vez mais meus temores eram confirmados. Ela percebeu que algo me incomodava. 

-O que foi Damon?- ela perguntou se aproximando. 

-Quando voltarmos, vai ser tudo como sempre foi. Você vai voltar para ele.

O seu silêncio só confirmou minhas suspeitas. Ela ficou surpresa com o que eu disse.

Mas agora ela quem me surpreendia. Como sempre, claro. 

Eu achava que ela só havia ficado comigo por pena, ou por que achava que me devia algo, por eu ter a transformado. E eu não queria isso. Não poderia obrigá-la a ficar comigo.

Só que ela queria. E isso me assustou mais ainda. Eu sempre fui o vilão, jamais esperei que Elena me quisesse com ela.

E de novo ela se aproximava.  Eu amava aquilo nela. O fato dela tomar a iniciativa. Normalmente eu o faria sem problema nenhum. Mas tudo era diferente, se tratando de Elena. Mas eu fui mais rápido. Em menos de um segundo estávamos de novo naquela arvore. O mais perto possível. 

Não queria me separar dela, mas ainda tinhamos que cuidar de Stefan. 

Durante o caminho de volta ela permaneceu calada. Talvez estivesse arrependida. Algo em mim ainda insistia que ela voltaria para Stefan, no minuto que o visse. Ela ainda o amava. Isso era fato. 

Quando finalmente chegamos, pude ver o rosto de Elena claramente. Ela não estava bem.  Aparentemente ela viu que eu também não estava.

Antes de entrar, ela me deu um selinho. Admito que me pegou de surpresa, mas o que ela disse me deixou estático. Senti minha pele se arrepiar. Aquela era uma sensação nova para mim.  

-Eu te amo.- ela disse, enquanto entrava na sala.

Dessa vez eu reagiria. Já estava cansado de ficar feito um bobo, toda a vez que ela me surpreendia.

-Elena?

-Sim?

-Nós temos mesmo que ver meu irmão agora? -estava a apenas alguns centímetros de distância dela. 

-Só se você tiver uma idéia melhor.  

Ele sorriu malicioso. 

 

Chegamos ao quarto de Stefan. Elena pareceu um pouco abalada. Não demorou para Stefan acordar, graças ao cheiro do sangue. 

Quando ele a abraçou, tive que me segurar para não me atirar em cima dele. Só o queria o mais distante possível de Elena. 

 Mas não podia fazer isso, então sugeri a ele que fosse caçar. Elena não reagiu quando ele se aproximou. Naquele momento eu entendi. Nunca daria certo. Ela ainda o amava demais para isso.  Não poderia deixa-la infeliz. Se ela quisesse ficar comigo, teria dito a verdade antes. Antes de concordar em sair com ele. 

Elena começou a falar, mas eu a interrompi. Não queria ouvir que ela preferia o Stefan. Era claro para mim, podia ver em seus olhos que ela o amava. E foi isso o que eu disse a ela, antes de ir embora. Não ia conseguir ficar ali. Alguma coisa dentro de mim doía muito.  

 

Fui direto para o Mystic Griil. Era lá onde eu costumava ficar, quando tinha uma crise existencial. Engraçado, eu sempre caçoei de Ric por isso.

Acho que bebi demais, até mesmo para um vampiro. EU só queria esquecer. Eu precisava esquecer aquele rosto, aqueles lábios, aquele gosto... Mas parecia impossível. A cada copo de bebida (nem conseguia me lembrar qual era) a via com mais clareza. Seu gosto ainda estava na minha boca e eu precisava desesperadamente tirá-lo de lá. 

Havia tempos que eu parara de matar. Nunca mais o fiz, por causa de Elena. Mas estava com muita sede. E queria parar de sentir. Havia uma garota no bar. Ela me observava desde que eu entrara. E sorria. No início ignorei,  não queria saber de ninguém, só precisava de Elena. Mas nunca a teria. Mas agora já não ligava mais. Só queria dar um fim àquela dor. E tirar aquele gosto da minha boca. Não precisei fazer muito para que a garota se aproximasse. Na verdade foi muito rápido. O beijo dela nem chegava aos pés do de Elena. E por mais que eu não quisesse admitir, só consegui continuar, pois pensava em Elena o tempo todo. Estava muito perto de seu pescoço. Era só um movimento. Sentia sua veia pulsar. Mas não podia fazer isso ali. 

No entanto, não tive tempo de fazer mais nada. Já havia notado a presença de Bonnie ali há algum tempo, mas quem entrava agora era a última pessoa que eu queria que me visse agora. 

Aparentemente ela já estava ali a algum tempo, não dava mais pra consertar. Mas não a deixaria naquele estado. Pude ouvir a conversa delas. O que ela disse doeu mais do que qualquer coisa que aconteceu comigo. Ela sabia que eu podia ouvir. Mas o que eu fiz era muito pior. Esperei elas sairem para ir atrás delas.

Elena parou. Seu rosto se retorcia de dor. Ela estava sofrendo muito. E eu conseguia sentir a dor dela, como se fosse minha. De repente ela se tornou minha também. Me sentia péssimo. Tinha vontade de pegar uma estaca de madeira e cravá-la no meu peito. Como fui capaz de fazer aquilo com ela? Agora ela estava caída de joelhos. Eu me sentia definhar, mas ainda não podia me aproximar. 

-Elena, o que aconteceu? 

-Eu... Eu acabei de acordar do meu melhor sonho. E descobri que odeio a realidade. 

-Como assim? Do que está falando? 

-Ele não me ama. Nunca me amou. Tudo não passou de um sonho Bonnie!

Agora não podia mais aguentar. Não iria ficar parado ouvindo ela dizer aquilo. Como ela podia duvidar que eu a amava? 

-Elena? 

Ela olhou para cima, com os olhos borrados, pela maquiagem. 

-O que você quer aqui?- Bonnie estava possessa. Mas eu merecia qualquer coisa que ela quisesse fazer comigo. -Vá embora. 

-Eu não posso. Não antes de conversar com ela. 

-Tudo bem Bonnie, pode ir.- Elena falava como se não tivesse mais forças. 

Eu não aguentava ver aquilo. Não podia mais aguentar. 

-Elena, eu...


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Notas finais do capítulo

gostaram? ficou grande né?
Ah, vcs vão me matar por ter terminado assim? uhahahua