Pode Tentar Entender? escrita por Mister_danita
Notas iniciais do capítulo
ah, eu sei que postei ontem + tava ansiosa pra postar mais. E acho que vocês também :B
ah, vocês vão me matar depois de lerem huahua
outra coisa, agora vou colocar uma musica pra cada capítulo, tipo pra fazer trilha sonora. :B
a desse é essa aqui: http://migre.me/Gttz
e queria agradecer a --MaryHellyp- pela recomendação *--*
Elena
-Ele não me ama. Nunca me amou. Tudo não passou de um sonho Bonnie! - gritei me atirando em seus braços. Tudo o que eu queria fazer naquele momento era chorar. Chorar e torcer para que todas aquelas lembranças se fossem junto com as lágrimas que insistiam em molhar o meu rosto de um modo incessante.
Bonnie fazia carinho na minha cabeça, tentando me consolar. Se ainda fosse humana, não sei se suportaria a dor.
-Elena?
Aquela voz... Não podia ser, como ele se atrevia a aparecer ali? Eu queria gritar, queria bater nele, mas não tinha força para nada. Nem conseguia falar. Meus olhos estavam borrados pela maquiagem, deixando a visão um pouco turva.
-O que você quer aqui?- Bonnie se levantou para encará-lo. Toda a raiva que ela sentia dele exposta em sua voz- Vá embora.
-Eu não posso. Não antes de conversar com ela. -havia algo diferente na voz dele. Ele parecia estar sofrendo também.
-Tudo bem Bonnie, pode ir.- Foi só o que eu consegui dizer. Tentava desesperadamente recuperar minhas forças, mas parecia inútil.
-Elena, eu preciso te explicar o que aconteceu agora no bar.
-Você não precisa. Já entendi tudo.
-Não entendeu nada. Espera, melhor nos sentarmos. - Ele me ajudou a levantar com uma facilidade enorme. Como era bom sentir o seu toque de novo. Nem que fosse pela última vez.
-Obrigada.- disse quando ele me sentou no banco da praça.
-Não é verdade. O que você disse para Bonnie. - ele se sentou ao meu lado.
-Não precisa mentir, nem ter pena de mim. Eu sei que sou uma idiota.
-Você não tem nada de idiota. Eu que sempre faço tudo errado, que não penso nas consequencias.
-Eu nem tenho porque estar assim, quer dizer, nós não tinhamos mais nada mesmo, não é? - senti algo nele mudar. Sua expressão se tornou fechada de repente.
-Acho que tem razão. Eu mesmo disse isso, não é? Você volta para o Stefan, e eu continuo vivendo como sempre. Me desculpe, por tomar o seu tempo. - ele estava indo embora. Eu não pretendia que as minhas palavras surtissem esse efeito.
-É, agora que o seu jogo terminou, melhor fingirmos que nunca aconteceu.- disse me levantando também.
Tudo aconteceu muito rápido. Em um segundo estava limpando o joelho da minha calça, no outro estava prensada numa árvore. Era a primeira vez que eu não gostava que ele fizesse aquilo. Dessa vez havia raiva em seu rosto
-Nunca...-ele engoliu a saliva- Nunca diga que foi um jogo, está bem?- sua voz saía com dificuldade.
-Damon, está me machucando. Me solta!
-Ok. Não se preocupe. Prometo nunca mais encostar em você.
Ele sumiu. Agora sim, não tinha mais força nenhuma. Deixei o meu corpo cair embaixo da árvore. Tudo estava ficando escuro. Talvez por culpa daquelas estúpidas lágrimas que insistiam em tapar a minha visão. Mas aos poucos fui perdendo a consciência e não consegui ver mais nada.
Só ouvia a voz distante de Matt e Bonnie. Eles me chamavam, desesperados. Porque? Eu estava tão bem. Estava com Damon, naquela floresta mágica, embaixo da nossa árvore. O que eles queriam? Eu finalmente estava feliz.
Damon deslizava delicadamente sua mão pelo meu rosto, enquanto sorria para mim. Aquele sorriso maravilhoso que eu tanto amava. Ele dizia a mesma frase sem parar, numa voz melódica. Era sempre "Eu te amo, eu te amo, eu te amo"...
Estava nevando ali, mas estávamos abraçados, não tinha como sentir frio.
A voz de Bonnie e Matt continuavam a me chamar. De repente senti meu corpo tremer, como se estivessem me sacudindo. Aquilo era muito irritante. E estava me afastando de Damon. Sua imagem foi ficando cada vez mais distante e escura. Eu só queria voltar para perto dele! Estava frio sem ele.
-Damon! Damon!- eu gritava, tentando faze-lo voltar.
Fechei os olhos por um instante, na esperana de vê-lo de novo, quando os abrisse. Mas só via Bonnie e Matt. E várias outras pessoas curiosas atrás deles.
-Elena! O que aconteceu? - perguntou Matt, aliviado por eu ter acordado, enquanto me abraçava.
Matt era o meu melhor amigo. Sempre me sentia melhor com ele. Mas ainda estava frio. Muito frio. E eu sabia que esse frio não ia passar. Talvez nunca mais.
-Nada eu só... Só quero ir pra casa. - não era mentira. Só queria me afundar no meu travesseiro e chorar até não ter mais lágrimas.
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Damon
Não fui direto para casa. Não podia chegar lá e encontrar Stefan.
As coisas simplesmente não se encaixavam. Se Elena tinha voltado com ele, o que ela estava fazendo no bar aquela hora? E porque ficou tão mal com o que aconteceu? Então era verdade. Pelo menos ela me amava. Mas não tanto quanto ao Stefan, provavelmente.
Porque ela se importava tanto se foi ou não um jogo? O que isso importava, se ela não queria ficar comigo?
-Damon? - Stefan me chamou, logo que eu entrei em casa.
-Oi, Stefan.
-Preciso falar com você.
-Sobre?
-Acho que você sabe.
-Não.
-Elena.- eu sabia que era sobre ela, mas a mensão daquele nome me fez fraquejar por um momento.
-O que tem ela?
-Eu disse para você ficar longe dela.
-E o que eu fiz?
-Alguma coisa. Eu não vou deixar você ficar com ela. Não assim tão fácil. Então não se acostume. Elena será minha de novo.
O que ele estava dizendo? Elena tinha terminado com ele? De repente tudo começou a fazer sentido. O porque dela estar no bar e de ter ficado tão triste... Tudo vinha claramente na minha cabeça.
Eu sou um idiota.
Agora eu provavelmente havia perdido-a para sempre. A mulher que eu mais amei. E o pior, a entreguei embrulhada e com laços para Stefan.
-Porque você não aceita que eu sou melhor? Ah, e acho que quem tem que decidir com quem ficar é a Elena. E não você. Então, boa noite, irmãozinho.
Fui para o meu quarto. Não queria ter que aguentar Stefan.
Não conseguia acreditar que cheguei tão perto de tê-la e a perdi, por uma idiotice minha.
Passei a noite toda lembrando da noite passada. A sua pele, o seu gosto, o seu toque... Tudo agora parecia um sonho. Um sonho frio. Estava frio sem ela.
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então?