Como Não Conquistar O Seu Senpai escrita por MiddyMoon


Capítulo 4
Lição 4: Não demonstre


Notas iniciais do capítulo

Na tela da TV, no meio desse povo! ♫ (◠‿◠✿)
Brincadeiras a parte! ♡
Aqui está mais um capitulo para vocês peixinhos dourados! Tenham uma boa leitura! (❁´◡`❁)



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Eu não estava preparado para uma comoção desastrosa como a que acontecera. Os olhos de Lu Han marejavam e seu desespero tomava conta da sua expressão. O mais baixo levantou com pressa abrindo a porta e imediatamente correndo para o primeiro andar do qual desci junto a ele.

— Vai demorar demais tentar pegar um ônibus — Segurei sua mão e peguei meu celular discando um numero conhecido. — Prepare o carro, agora — Ordenei sério e o garoto a minha frente nem preocupou-se em colocar seus sapatos indo em direção ao carro pronto para dar a partida assim que entramos. — Para o Hospital Geral de Seul, rápido.

Assentei-me no banco de trás ao lado do moreno que estava pálido e com a preocupação a flor da pele.

— Vai ficar tudo bem — Ele fitou-me e imediatamente as lagrimas começaram a cair de seus olhos e o soluço acompanhava o choro.

— Ela é tudo que eu tenho — Encostou sua testa em meu ombro apertando com suas mãos minha camisa. — Se eu perdê-la agora...

— Não vai — Seu pessimismo e a tristeza me deixavam atônito, afaguei seu cabelo e gradualmente o senti mais calmo. A importância de sua mãe em sua vida era como se eu também fosse quebrar se ele a perdesse.

Quando chegamos ao hospital saímos do veículo as pressas, esperando que nada de ruim tivesse acontecido enquanto os olhares das pessoas observavam aquele garoto de pés descalços.

— Lu Han! — Uma mulher levantou-se de uma cadeira na sala de espera próximo ao balcão e imediatamente abraçou-o.

— Tia, o que aconteceu com ela? — A mulher entristecida suspirava.

— Ele desmaiou, onde você estava? — Parecia culpá-lo. — Por que não estava com sua mãe? — Ele mordera seu lábio inferior julgando-se.

— Foi minha culpa — Expliquei chegando mais perto daquela pessoa depois de observar a situação. — Eu o chamei para ir a minha casa estudar — O olhei de relance enquanto o mesmo parecia assustado com minha reação.

— Posso vê-la? — Perguntou cabisbaixo, mas ela demorou um tempo para tirar os olhos sérios de mim.

— Sua mãe está dormindo, é melhor deixá-la descansar, acho melhor ir para casa — Sugeriu. — Vou ficar aqui, assim que ela acordar eu te ligo.

Sua mente atordoada no inicio ficara mais calma ao saber que nada acontecera de tão grave com sua mãe, sua respiração tornou-se calma e só então ao olhar para baixo percebeu seus pés sujos.

— Sehun, obrigado por me levar até aqui, acho que vou pra casa por agora — Sorriu um pouco entristecido, era estranho ver um garoto de um jeito tão selvagem naquele estado.

— Você vai dormir em minha casa hoje, não tem como deixar você sozinho — Talvez sua mente fosse perturbá-lo e seria difícil ter uma noite de sono assim.

— Eu já te causei muitos problemas — Fitava o chão, o que me impedia de ver seu rosto.

— Seria mais um problema se você desmaiar de sono — O olhei severo e seus olhos se levantaram fitando a mim.

— Não pensei que ia se importar tanto com um baderneiro, senhor QI — Era tantos apelidos que recebia dessa pessoa.

— Eu sou praticamente responsável por você também, de algum modo — Suspirei pesado com o pensamento e caminhei até o carro.

— O que foi esse suspiro de derrota? — O mais baixo me seguia reclamando do que eu havia dito.

— É que às vezes o universo brinca comigo — Me redirecionei para o moreno que estava com um rosto um tanto raivoso e desferi um peteleco em sua testa que o fez botar suas mãos no local atingido.

— Por que fez isso?! — Adentrei o carro junto a ele que parecia ainda mais feroz, sorri mesmo sem perceber. — Não acredito, você sorri!

— Não foi um sorriso — Cruzei os braços tentando disfarçar o pequeno gesto.

— Ah, claro que foi, você tão orgulhoso — O sorriso de Lu Han abriu-se, e senti uma estranha sensação de sucesso em tirar de seu rosto a expressão entristecida.

Não estava tão fria aquela noite que voltávamos para minha casa, o garoto encrenqueiro que abria a janela deixava os cabelos castanhos balançarem com o vento e por um momento não consegui desviar meus olhos dele, era como um imã, ele esbanjava liberdade.

Ao chegar novamente ao lugar onde morava, adentrei o local, mas a figura mais baixa impedia-se de entrar.

— O que houve? — Perguntei com estranhamento.

— Meus pés estão sujos... — Desviou o olhar com o rosto avermelhado.

Suspirei aproximando-me de Lu Han que me olhava como se suspeitasse de algo, então para a surpresa de meu atual aluno levantei seu corpo o colocando em meu ombro.

— Ei me solta! — Suas mãos seguravam minhas costas enquanto eu subia as escadas abrindo a porta do banheiro o colocando dentro do Box.

— Vou te trazer roupas, então apenas tome um banho — Proferi sério. Distanciei-me de onde estava pegando algumas roupas em meu guarda-roupa e retirando uma toalha de um dos armários.

Acheguei perto da porta de madeira da qual quando me aproximei consegui ouvir o som do chuveiro ligado. Evitando olhar para o boxe, botei a roupa em cima de um cesto branco.

— As roupas estão aqui em cima.

— Ah, obrigado — Ele parecia totalmente despreocupado quanto a uma pessoa vê-lo em uma situação como aquela.

Não havia passado tanto tempo até que minha pessoa assentada na sala de estar se deparasse com um garoto vestido com roupas um tanto largas para o mesmo. Segurei o riso.

— Do que está rindo? — Cruzou os braços esperando a resposta.

— Não é nada — Tentei diversificar minha expressão. — Acho que vou fazer alguma coisa para comer — Me retirei do conforto do sofá e caminhei até a cozinha, mas senti que Lu Han me seguia, parecia um filhote.

— Não sabia que cozinhava — Assentou-se em um banco amarelo atrás do balcão de granito negro. Parecia observar tudo atentamente, mas logo fitou algo que o fez alegrar.

— São doces? — Perguntou com os olhos brilhantes.

— Sim, a mulher do meu pai os trás — Continuei enquanto lavava as mãos — Não gosto muito de coisas com açúcar por isso eu acabo jogando-os fora — O rosto do mais baixo de indignação me fez soltar um riso singular.

Cheguei perto do pequeno pote e o coloquei em cima do balcão, parecia que realmente gostava de doces pela sua felicidade.

— Pode ficar, vou ir arrumar as camas, afinal, não é muito bom dormir no sofá e pelo jeito seu jantar será isso — Ri. — Só não coma demais, eu não quero te levar ao hospital.

— Espera, não pode comer apenas um? É tão chato comer sozinho — Emburrou-se. Depois de um tempo acabei cedendo, e estava até que agradável o sabor. O rosto alegre da pessoa a minha frente me dera um sentimento diferente e estranho.

— Tem um gosto diferente — Notei após um tempo que minha visão estava um pouco atordoada.

— Sim, acho que tem álcool — Proferiu normalmente.

— Só pode ser brincadeira — Mordi o lábio inferior e tentei andar um pouco, mas minhas pernas vacilaram quanto a isso.

— Você realmente tem um ponto fraco então — Riu debochado. Sua mão pegava meu braço o fazendo rodear seu pescoço para me auxiliar enquanto a outra se apoiava em minha cintura. — Você é forte, mas é pesado — Dizia enquanto me ajudava a subir as escadas e gradualmente me levando ao meu quarto onde me fez sentar em minha cama. — Vou ficar aqui com você.

— Não acho uma boa idéia — Pronunciei fitando a pessoa que acabara de assentar ao meu lado. — Não sou uma boa companhia quando estou assim — O alertei.

Sentia que os sentidos se distanciavam devagar, o olhar confuso de Lu Han e o receio de fazer algo fora do meu jeito normal neste estado.

— Por que diz isso? Eu já lidei com pessoas bêbadas — Sorriu radiante como se tivesse acabado de fazer um grande feito.

O rosto levemente rosado e o jeito arrogante que parecia ser de natureza não contradizia com o chocolate ao lado de sua boca, da qual por impulso me aproximei de sua face lambendo o resíduo adocicado.   

— Mas não lidou comigo — Fitei seus olhos castanhos enquanto observava sua expressão surpresa junto ao rubor que se mostrava em suas bochechas.

Acresci-me por cima do seu corpo enquanto minhas mãos deslizavam por baixo de sua camisa sentindo o estremecer por cima de sua pele.

— Sehun... pare... — Parecia que sua ferocidade diminuía com meu toque, cedendo a caricias como se ele torna-se por um momento dócil.

Desferi beijos em seu pescoço e pela proximidade ouvi pequenos gemidos que tentavam se segurar. As marcas avermelhadas que deixava se exibiam em sua pele.

Levantei-me um pouco por cima de seu corpo e seus olhos entreabertos que agora fitavam a mim me fizera voltar aos sentidos perdidos naquele momento. Afastei-me de Lu Han que se levantara da cama.

— Desculpe — Me manifestei sincero após momentos de silêncio.

— Foi culpa minha, me senti incapaz de afastá-lo — Parecia ter raiva de si mesmo. — Irei dormir no sofá... — Respirou fundo enquanto saía do quarto.

— Não foi culpa sua — O mirei enquanto o mesmo parava em meio à porta e simplesmente não dizia nada andando até as escadas.

A noite passava lenta e a insônia me atormentava, até perceber que finalmente amanhecera o dia, vi em meu celular que era segunda-feira e a indisposição me irritava.

Quando desci as escadas Lu Han não estava mais ali, as roupas dobradas e um bilhete de agradecimento pela estadia fora o que escrevera, mas porque eu me sentia tão frustrado?

Vesti-me para voltar ao colégio onde quando entrei na sala me deparei com o garoto de cabelos castanhos do mesmo jeito que o conheci pela primeira vez, quieto, olhando para algo através da janela.

Era como se nem ao menos nos conhecêssemos, tudo passara monótono e mesmo no intervalo nos desencontramos ou nos esbarramos sem ao menos dizer uma palavra, e isso me irritava, era uma situação da qual nunca me senti tão alterado por ela, ou por alguém.

As aulas passaram devagar, os ponteiros lentos do relógio mudavam, mas mesmo no silêncio da sala minha mente era a que mais fazia barulhos, porque eu estava tão irritado? Logo a pessoa que pensei nunca ter qualquer tipo de sentimentos por outra.

O ultimo sinal tocara, e sem resistir me aproximei do moreno que desviava seus olhos. As pessoas saiam gradativamente da sala de aula, o céu alaranjado do final da tarde coloria o chão e as mesas de madeira clara.

— Se estiver com raiva de mim diga de uma vez — Proferi severo.

Suas mãos apertavam a alça de sua mochila e sua cabeça se inclinara para baixo.

— Sehun, eu não estou com raiva de você, estou com raiva de mim mesmo — Respirou pesadamente — Porque eu... — Demonstrou receio em dizer — Eu gostei... Porque eu estou frustrado por ter sido dominado com tanta facilidade, porque...

“Eu acho eu estou começando a gostar de você.” 


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Notas finais do capítulo

Hello again honeys! (´ ꒳ ` ✿)
Espero que tenham gostado do novo capitulo da fanfic! Vejo vocês no próximo!
Beijos rosados com glitter dourados! ( ´ ▽ ` )/



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