Snake Charmer escrita por Connor Hawke


Capítulo 8
Lágrimas do Dragão (Capítulo especial)


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Esse capítulo é narrado pelo Draco Malfoy. É como uma carta para o Emistre.

Esse capítulo foi inspirado na música "Tears of the Dragon" de Bruce Dickinson. Vou deixar o link para quem quiser ouvi-la enquanto lê o capítulo.

https://www.youtube.com/watch?v=D_8epbz-qZ8



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Meu nome é Draco Lúcio Malfoy, no passado fui casado com uma maravilhosa mulher, seu nome era Astoria Greengrass, que veio a se tornar minha esposa. Nós tivemos um filho, Scorpius Malfoy.

 

Desde que meu pai, Lúcio e minha mãe, Narcissa, morreram, eu me tornei o líder da casa da Sonserina.

 

Mas, eu confesso que eu passei por tempos muito difíceis desde que minha esposa se foi.

 

Não tem um dia que eu não chore ao lembrar dela.

 

Apesar de ter o meu filho Scorpius, eu me sinto muito sozinho.

 

A garota que eu sempre tive muita afeição, Hermione Granger, acabou por se casar com um Weasley, da casa da Grifinória.

 

Eu sempre sonhei em ter Hermione como minha esposa, mas...meu pai a desprezava, e qualquer intenção minha de me aproximar da senhorita Granger, era "ridícula" para ele, algo...improvável ou impossível de acontecer.

 

Em todos esses anos, eu tenho sentido que eu estou sozinho no escuro e não tenho ninguém para me consolar. Então eu penso:"Se somente eu tivesse Astoria de volta na minha vida?"

 

A questão é, eu não tenho como usar um vira-tempo e trazê-la de volta para o meu mundo.

 

Então, eu um dia fui a casa dos Weasley, mesmo odiando a ideia de pisar em território Grifinório.

 

Escolhi um terno grafite risca de giz com uma gravata prateada, e sapatos pretos, e parti.

 

Eu bati na porta da casa, e eis que me surpreendo com quem abre a porta para mim.

 

Hermione me recebe com um sorriso carismático no semblante. Ela brilhava como um anjo diante da minha presença.

 

"Olá, Draco!", a mesma me cumprimentou.

 

"Olá, senhora Weasley! Posso entrar?", eu falei meio deslocado.

 

"Claro. Por favor", Hermione disse já me indicando para entrar.

 

"Obrigado", agradeci.

 

Assim que entrei na casa, a mesma fechou a porta atrás de mim ao estilo Trouxa mesmo.

 

Eu fiquei olhando ao meu redor. A casa dos Weasley parecia muito aconchegante. Lembro que tinha uma lareira, um carpete redondo de uma cor tão Grifinória..

 

Isso foi quando a mesma já estava estabelecida no mundo dos Trouxas e havia tido dois filhos com seu marido, Ronald Weasley, Hugo e Rose, que estavam aguardando anciosos o dia em que finalmente iriam conhecer Hogwarts, onde os pais um dia estudaram.

 

Hermione me pegou olhando para o nada.

 

"Você...quer uma bebida? Uma dose de uísque, água? Talvez uma cerveja de uma marca Trouxa gelada?", Hermione disse sendo solícita.

 

Eu olhei para ela e disse:

 

"Muito obrigado. Eu acho que...você tem algum vinho?", perguntei um pouco trêmulo de nervosismo.

 

"Claro, eu vou pegar um pouco lá na adega.", Hermione me avisou.

 

"Tudo bem. Sem pressa.", eu repliquei.

 

Hermione se retirou e foi buscar a bebida.

 

Foi então que ouvi barulho de passos, e então me deparo com alguém vindo em minha direção.

 

Meu instinto dizia para eu me defender do possível perigo iminente. Eu como estava com minha varinha, ameacei sacá-la, mas um pensamento me impediu. Usar magia no mundo dos Trouxas era contra as leis do mundo mágico, e eu poderia ir para St. Mungos por isso.

 

Mantive-me em posição de guarda e atento para o que pudesse estar vindo na minha direção.

 

Logo, vejo um homem de pijama azul listrado, esfregando o rosto e bocejando. Ele vem na minha direção e para.

 

Achei que ele estava sonâmbulo. Então o mesmo abre os olhos e ao se deparar comigo, ele se apavora. Em seguida solta um berro.

 

"Shhh! Para quê o berro? Você quer que os outros Trouxas saibam que tem um bruxo aqui?", eu tentei silenciá-lo.

 

Então ele se aquietou e logo me reconheceu.

 

"Malfoy! O que diabos você está fazendo aqui?", o mesmo inquiriu. Ele me olhava com desprezo.

 

Olhei para aquele homem dos fios ruivos, e o reconheci de imediato. Respirei aliviado por não ter que usar a minha varinha.

 

"Ronald Weasley!"

 

"O que você quer? Por quê veio até aqui?", Ron quis saber.

 

"Bem, eu...vim até aqui, pois eu estava sozinho em casa com o meu filho Scorpius, nós...estamos nos preparando para ir para Hogwarts e receber os novos alunos. Hannah Abbott me mandou uma carta dizendo que estava planejando reorganizar o corpo docente de Hogwarts, chamando os ex- alunos para administrar as 4 casas de Hogwarts. Eu fui escolhido para a Sonserina, e..pelo que vi, sua esposa irá representar a Grifinória...", o informei.

 

"Sim, eu estou ciente disso. De novo, por quê você está aqui?", Ron me contestou.

 

"Bem, eu sei que você e Hermione estão casados, mas...eu vim aqui pois eu queria vê-la. Depois de tanto tempo, eu estava com saudades. Eu só queria jogar conversa fora..", explanei.

 

"Tem certeza de que é só isso que veio fazer aqui, ou ainda tem mais?" Ron retrucou.

 

"Eu lhe asseguro, eu só vim pela nostalgia mesmo.", atestei "E apesar da nossa rivalidade, eu vim aqui na paz, pois hoje eu estou de bom humor.."

 

"Tudo bem, vou fingir que eu acredito no seu discurso...", ele balbuciou.

 

"Na verdade, eu estou dizendo a verdade quando digo que tenho me sentido sozinho em casa com o meu filho Scorpius", revelei. "E é por isso que eu vim aqui."

 

"Olha, Ron, eu preciso te confessar uma coisa...nem mesmo a minha falecida esposa sabia disso.", comentei.

 

"O quê seria, Malfoy? Desembucha!", Ron disse impaciente.

 

"Eu quero que você saiba, que apesar de tudo o que eu te fiz, ou disse a você, foi porque na verdade eu sempre gostei de você, mais que da Hermione. Os teus fios ruivos são como uma chama que faz meu coração palpitar só de te ver...", declarei.

 

"Aonde você está querendo chegar com isso?", ele estranhou o modo abrupto como eu disse aquelas palavras.

 

"O que eu estou dizendo é que...eu te amo muito. Você faz meu coração de gelo derreter. E nesse momento eu sinto que não há mais esperança na minha vida. Eu me sinto sozinho no escuro e não tenho ninguém para me consolar depois que minha esposa faleceu. Então eu vim aqui, pois eu gostaria de te pedir em namoro.."

 

"O quê?! Eu sou casado, tenho filhos para cuidar...", Ron salientou.

 

"Eu sei, eu também tenho um filho, Ron, mas...estou viúvo e sozinho. Eu não tenho amigos...", eu justifiquei.

 

Logo, lágrimas começaram a cair do meu rosto.

 

Eu olhei fixamente para Ron, com cara de choro, e ele estava petrificado. Não sabia o que fazer, e eu também não.

 

Quando Hermione chegou com a garrafa de vinho nas mãos, e me viu com Ron, a mesma surtou. A garrafa caiu no chão e se quebrou, derramando todo o líquido que estava dentro dela no chão da casa.

 

Hermione ficou devastada com o que havia presenciado.

 

Eu e Ron voltamos nossa atenção para Hermione, e..

 

"Ron, o que está acontecendo aqui?", ela exclamou.

 

"Eu não sei...mas olha, não é nada do que você está pensando, querida."

 

Depois desse dia, Ron me contou que havia se separado da esposa pois queria passar uns dias comigo na mansão dos Malfoy. E disse também que aceitava namorar comigo.

 

Eu fiquei tão feliz que até chorei.

 

Então, por quê eu estou contando essa história?

 

É por causa daquele que chamam de "Encantador de serpentes", o tal Emistre Ecchiore.

 

O garoto veio para Hogwarts, e então eu o vi sendo selecionado para a casa da Sonserina, e eu dei os parabéns à ele.

 

Quando fui chamar Scorpius para tomar o café da manhã, e encontrei ele com o Ecchiore na cama, e os outros garotos me contaram que ambos tinham um caso, eu imediatamente lembrei desse meu caso com Ronald. Porém, eu não podia demonstrar fragilidade ao saber que meu filho também estava tendo um caso.

 

Eu precisava mostrar uma postura firme e honrosa. Acredito que isso tenha sido o resultado de muita repressão que eu sofri por conta do meu pai. Então mandei o Ecchiore para a detenção, e o fiz escrever 12 vezes a frase: "Eu não vou mais mexer com o filho do Malfoy" com a pena preta.

 

E eu gostaria de dar um recado ao senhor Emistre Ecchiore:

 

Você não é o único com o coração partido, meu amigo.

 

Eu entendo o seu sofrimento, e é por isso que eu não quero que você me veja como um vilão na sua vida.

 

A razão para eu ter votado contra a questão da professora Hermione te dar aulas particulares, foi por causa disso. Não é sua culpa. Eu confesso que eu errei declarando o meu amor por Ron na frente da Hermione, e fui o motivo da separação deles. Porém, eu não podia fazer com que me denunciassem, caso soubessem do meu caso com Ron.

 

Quando ouvi Hermione citar a sua profecia, eu fiquei devastado. Sim, eu não me conformava, e ainda não me conformo, com a ideia de que um forasteiro possa vir a substituir Lord Voldemort. Eu deveria ser aquele que continuaria o trabalho de Lord Voldemort, não alguém como você. Mas, mesmo assim, eu te respeito, pois você foi o único que chamou minha atenção por ter escolhido a Sonserina como casa. Eu o agradeço muito.

 

Ainda sim, acredito que você deveria ter sido treinado por mim, e não uma Grifinória como a senhora Weasley.

 

Desculpe, eu não tenho nada contra você, mas isso é pessoal.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Achei que "Tears of the Dragon" se encaixou muito nesse capítulo.

Eu escrevi esse capítulo não só para explicar a formação do corpo docente de Hogwarts, como também revelar o motivo do Draco ter repreendido o Emistre durante os capítulos.

Até mais!



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