Snake Charmer escrita por Connor Hawke


Capítulo 7
Somente para seus Olhos


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Ignorando a minha restrição de não postar mais nenhum capítulo novo até receber a análise de Snake Charmer que eu pedi no Batata Crítica, resolvi postar esse capítulo, afinal eu estava sem o que fazer, já que eu escrevi mais 2 capítulos além desse.

Boa leitura!



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Capítulo 6

 

Somente para seus Olhos

 

5 da manhã, me levantei com o coração batendo acelerado e a respiração ofegante. Eu acordara de um pesadelo com Voldemort e a tal profecia que Hermione citara anteriormente.

 

Aquelas palavras não saiam da minha cabeça:

 

"Aquele com o poder para dominar o Senhor das trevas se aproxima...quando o coração for partido,os poderes selados dentro dele, despertarão. Ele descobrirá poderes dos quais desconhece. Então, se ascenderá como a fênix de suas cinzas, e subjugará o senhor das trevas para proteger aqueles que ama. És único e poderoso por si só. Seu coração é tão puro como a luz que ofusca as trevas."

 

Olhei ao meu redor e os outros alunos, até mesmo Scorpius, estavam dormindo. Eu era o único acordado aquela hora.

 

De repente, minha gata Allegra veio até mim e subiu nas minhas pernas. A mesma começou a afofar a região e em seguida, repousou ficando enrolada em torno de seu próprio rabo.

 

Passei a mão nela com muito cuidado para não acordá-la, e fiz um agrado.

 

"Durma bem, Allegra", falei para ela.

 

E então desmaiei na cama e tentei voltar a dormir, com Allegra no meio das minhas pernas, dormindo.

 

Meus olhos se fecharam e eu ainda escutei minha coruja corujando.

 

7 da manhã

 

Acordo, Allegra sai da minha cama e então, vejo Scorpius já vestido com o uniforme uniforme da casa. Ele me dá bom dia.

 

"Bom dia, Emistre!"

 

E eu respondo:

 

"Bom dia, Scorpius"

 

E então ele disse:

 

"Está na hora de se levantar. Vá vestir o seu uniforme".

 

Então eu me levantei e fui me trocar. Depois, voltei já trajando o uniforme da casa.

 

Eu me aproximei dele, e..dei um beijo de bom dia na boca do mesmo. Ele, após receber aquele beijo meu, me retribuiu. Nos afastamos depois disso, para ninguém desconfiar de que nós fossemos amantes. Nós éramos apenas amigos que se amavam de um jeito diferente.

 

Depois de ter sofrido uma desilusão amorosa e vindo para Hogwarts, eu senti que lá haviam pessoas que me amavam, diferente daquelas que pareciam me ver como um monstro no colégio dos Trouxas que eu estava.

 

"O café da manhã já deve estar sendo servido. Vamos para lá e esperaremos os outros alunos lá.", sugeri a Scorpius.

 

"Bem pensado"

 

Quando chegamos no salão principal, onde ficava as mesas das quatro casas, notamos que somente alguns alunos das outras casas estavam presentes naquela hora.

 

As mesas ainda estavam vazias pois a comida ainda não havia sido servida. Os professores ainda não haviam se apresentado no salão.

 

Eu e Scorpius sentamos na mesa de nossa casa na outra ponta, olhando bem de frente para as outras mesas.

 

Notei que haviam duas garotas de outra casa, Grifinória. A primeira eu já reconheci pois estava na cerimônia de seleção das quatro casas quando vim para cá. Era a ruiva, Rose Weasley.

 

A outra garota eu não conhecia, mas era uma garota de cabelos castanhos, e olhos da mesma cor. Ela vestia o uniforme de sua casa, assim como Rose.

 

As duas pareciam cochichar sobre mim. Tentei ouvir o que elas sussurravam.

 

"Está vendo aquele garoto ali?", Rose estava se referindo a mim certamente.

 

"Aquele que está com o Scorpius?", a outra garota inquiriu. "O que tem ele, Rose?"

 

"Ele estava no trem que pegamos para vir para Hogwarts. Eu estava com meu irmão Hugo e nós nos levantamos de nosso vagão e espiamos o que estava acontecendo no fundo, no outro vagão...", Rose comentou.

 

"E dai?", a garota não identificada quis saber.

 

"Bom, dai que eu vi ele com os Dementadores. Achei muito estranho, pois ele pareceu não esboçar nenhuma reação, tipo, medo de confrontá-los.", Rose continuou.

 

"E o que isso tem de mais, Rose?", a tal garota quis saber.

 

"Ele parece ser do mau.", Rose deduziu.

 

"Deixa disso, Rose. O garoto é muito bonitinho. Eu gosto dele.", a outra garota retrucou.

 

"Eu ouvi dizer que ele lutou sozinho com um Basilisco, isso não é incrível?", a mesma completou.

 

"Ele lutou sozinho com um Basilisco? Não, isso não é possível. Esse moleque deve ser um charlatão que nem aquele professor, como é mesmo o nome dele? Gilderoy Lockheart?" Rose parecia nada impressionada com o fato de eu ter enfrentado o Basilisco sozinho, o que eu realmente fiz.

 

Como eu gostaria de comer aquela Grifinória descrente no café da manhã. E eu não estou falando no sentido literal, pois isso seria canibalismo, e totalmente desumano. Eu estou apenas sendo sarcástico.

 

Mas, eu não vou negar que eu realmente gostaria de comer a Grifinória como uma cobra come os ratos indefesos.

 

Comecei a gargalhar desse pensamento meu.

 

Scorpius virou para mim e me perguntou o motivo das minhas gargalhadas.

 

"Ei, Emistre. Do que você está gargalhando?".

Eu cortei as gargalhadas e repliquei.

 

"Nada. Eu acho que estava pensando alto".

 

Então Scorpius percebeu que eu olhava fixamente para Rose Weasley.

 

Bem, eu não sou de cuspir no prato que se come, mas...até que a Grifinória parecia dar um bom caldo. A amiguinha dela também.

 

Mas um verdadeiro caçador espera que a sua presa venha até ele. Pelo menos, é o que dizem por ai.

 

Então eu fiquei fuzilando Rose com meus olhos e algumas vezes eu voltava meus olhares para a amiguinha dela que ficava caidinha por mim.

 

Aquele jogo mental certamente iria fazer com que uma delas fosse até mim comer o alpiste na minha mão.

 

Scorpius estranhou a maneira como eu e Rose nos olhávamos.

 

"Ei, Emistre! O que você está fazendo?", ele perguntou.

 

Eu o ignorei e continuei fuzilando Rose com meu olhar sedutor que quase a despia só de olhar para ela.

 

Foi então que notei que a mesma começara a ranger os dentes. Ela tinha ficado bastante invocada com aquilo.

 

Então ela se levantou.

 

"O que você está pensando em fazer, Rose?", a amiga a interrogou.

 

"Eu vou tirar satisfação com esse Sonserino charlatão!", Rose disse irritada.

 

Eu comecei a rir muito daquilo.

 

"Emistre, ela está vindo para cá", Scorpius me avisou.

 

"Eu sei, Scorpius. Se eu desejar, eu transformo ela em uma estátua de gelo. Mas...não vejo porquê fazer isso.", comentei.

 

Logo, Rose se aproximou de mim e de Scorpius.

 

Ela parou e cruzou os braços. Então a mesma olhou fixamente para mim.

 

"Posso ajudá-la, Grifinória? Perdeu alguma coisa?", falei com ar de zombeteiro.

 

"Qual é a sua, Sonserina? Hein?! Você fica me encarando de um jeito que eu não gosto, e ainda por cima você deve se achar o máximo por ter lutado sozinho com um Basilisco", Rose praguejou.

 

"Não me faça rir, garota.", eu a contestei.

 

"Olhe para essa cara, eu estou contando uma piada?", a mesma me contestou.

 

Eu apenas me calei.

 

"O que foi agora? O gato comeu sua língua?", ela me provocou verbalmente.

 

De repente, mesmo sabendo que não devia, eu quis dar um basta naquilo.

 

Me levantei da mesa e a encarei.

 

"O que vem de baixo não me atinge", falei em tom de deboche.

 

"Como é que é? Você está querendo tretar comigo? Pode vir, eu não tenho medo de você!"

 

"Não. Eu não quero de ver reduzida a uma estátua de gelo..você é linda demais para virar gelo..", eu a convenci de que apesar das minhas provocações, eu não queria nenhum mau para ela.

 

"Você é filha da Professora Weasley,não?", eu apenas quis confirmar.

 

"Sou sim.", Rose atestou.

 

Então eu me aproximei lentamente dela e afastei os braços delas do corpo.

 

"Deixe-me sentir o seu cheiro".

 

Aproximei meu olfato dela e senti um cheiro adocicado que exalava da pele sedosa dela.

 

"Você cheira á água de rosas, muito delicado. Eu gosto disso.", comentei.

 

Vocês devem achar que eu havia incorporado o Drácula naquele momento. Mas não, era só o meu Sex Appeal gritando alto, ele gritava tão alto que quase me fazia entrar em erupção.

 

Rose me afastou dela. Devia ter achado a minha aproximação muito brusca.

 

"Vem aqui, garota. Eu sei que você gosta de mim..", falei para ela.

 

"Sai, seu pervertido!", ela se queixou.

 

"Posso te beijá-la?", quis saber.

 

"Não, sai!", ela resistia.

 

"Não seja tímida. Eu não mordo", falei para ela.

 

Logo, a amiga de Rose veio e interferiu.

 

"Ei, o que está fazendo com a minha amiga?", ela contestou.

 

"Nada. Eu não estou fazendo nada. Não foi você que disse que tinha me achado muito bonitinho?", eu lembrei a garota.

 

"Sim, mas eu não estou gostando do que você está fazendo com a minha amiga.", a mesma me devolveu.

 

"Qual é o seu nome, garota?", eu fiquei curioso.

 

"Jezabella, Jezabella Foxtrot", ela se apresentou.

 

"Jezabella Foxtrot", eu acho que me lembro de ter ouvido o nome durante a seleção das quatro casas.

 

Lembrei! Ela estava entre os estudantes da Grifinória.

 

"Eu me lembro de você, Jezabella.", eu comentei após puxar aquele nome da minha memória.

 

"E você é o Emistre Ecchiore, o "Encantador de serpentes". Eu lembro de tê-lo visto na seleção das quatro casas.", Jezabella comentou.

 

"Então você já ouviu sobre mim?", eu a interroguei.

 

"Sim. Pessoalmente eu acho você um gato, mas pare o que quer que esteja fazendo com a minha amiga. Ouviu?"

 

"Claro. Absolutamente.", eu fingi concordar com ela.

 

"Olha, não vamos brigar, garotas. Talvez nós possamos chegar num acordo?", eu insinuei.

 

"Eu não sei...", Jezabella pensou um pouco.

 

"E você, Rose, o que acha?", falei para a então minha rival de casa.

 

"Eu vou pensar a respeito...", ela me disse.

 

"Claro. Me procurem mais tarde no pátio do colégio.", eu falei para elas.

 

"Tudo bem...", Jezabella consentiu."Vamos voltar para a mesa, Rose, os professores já devem estar chegando."

 

"Claro."

 

Assim que Rose e Jezabella voltaram para a mesa do café da manhã, uma porta do salão se abriu, e os professores começaram a chegar e já foram se sentando na mesa do corpo docente.

 

Em seguida, os outros alunos foram chegando também e foram indo em direção a mesa de suas respectivas casas.

 

Luna foi até mim antes de se juntar aos outros alunos da Corvinal.

 

Ela chegou me cumprimentando.

 

"Oi, Emistre!", ela exclamou com seu humor radiante.

 

"Olá, Luna!"

 

Luna então abraçou a minha cintura como um "Bom dia!". Depois se afastou.

 

"Então, você está bem?", a mesma quis saber.

 

"Eu estou ótimo. Tive um pequeno desentendimento com essa garota da Grifinória, mas...nada que uma boa conversa não resolva.", falei para ela.

 

"Quem? Com quem você brigou?", Luna ficou curiosa.

 

"A Weasley, Rose e a amiga dela, Jezabella Foxtrot", revelei.

 

Luna voltou sua atenção para a mesa da Grifinória e procurou pelas duas garotas que assim que a avistaram, acenaram um "Oi!" para ela. A mesma retribuiu o aceno.

 

Então ela se voltou para mim.

 

"O que foi que você fez para elas, Emistre? Elas são tão legais.", Luna retrucou.

 

"Nada. Eu só joguei o meu charme nelas, mas...essas Grifinórias são tão difíceis de serem convencidas", eu brinquei.

 

Então eu comecei a gargalhar e Luna acabou se juntando a mim.

 

"Babaca!", Luna me xingou.

 

"Eu sei, Luna. O que eu posso fazer, se eu sou assim tão irrestível? Eu só posso agradecer a minha mãe por ter me feito assim", eu falei de um jeito tão Shakespeariano.

 

"Você é tão narcisista, Emistre! Mas eu gosto de você.", Luna falou de um jeito mimado.

 

Então fomos interrompidos pela Diretora Hannah Abbott, que resolveu estabelecer a ordem no recinto.

 

"Ordem no salão! Senhor Ecchiore, senhorita Lovegood, por favor, vão para suas mesas. O café da manhã ira ser servido agora!", Hannah exclamou.

 

"Te vejo depois,tá?", Luna me avisou.

 

"Tudo bem, Luna", eu disse já me retirando.

 

Fomos para nossas mesas e nos sentamos.

 

Foi então que a Professora Weasley resolveu fazer um anuncio e cochichou com os outros professores e a diretora, que consentiram em deixar que ela se pronunciasse.

 

Hermione saiu de sua cadeira e foi para o meio do salão.

 

"Atenção a todos! Eu tenho um pequeno comunicado a fazer.", a mesma se pronunciou.

 

Todos nos calamos para ouvir o que ela tinha a dizer.

 

"Ontem à noite eu estive com o senhor Emistre Ecchiore em minha sala e...algo me chamou a atenção.", Hermione comentou.

 

Os outros professores começaram a cochichar entre eles e com a diretora.

 

"Então eu ouvi uma profecia, que dizia:

 

Aquele com o poder para dominar o Senhor das trevas se aproxima...quando o coração for partido,os poderes selados dentro dele, despertarão. Ele descobrirá poderes dos quais desconhece. Então, se ascenderá como a fênix de suas cinzas, e subjugará o senhor das trevas para proteger aqueles que ama. És único e poderoso por si só. Seu coração é tão puro como a luz que ofusca as trevas. ", Hermione citou.

 

Os outros professores começaram a refletir sobre a profecia, o que talvez ela pudesse significar.

 

Draco Malfoy então resolveu interromper o anuncio da professora Weasley.

 

"Com licença, professora Weasley. Você acredita que alguém possa tomar o lugar do Senhor das trevas?", Draco insinuou.

 

"Bem, Draco, eu não proferi essa profecia, mas talvez seja esse o significado dela.", Hermione rebateu.

 

"Então, o que você sugere?", Draco retrucou.

 

"Bem, eu gostaria de sugerir a diretora Abbott que me deixe lecionar particularmente para o senhor Ecchiore.", Hermione sugeriu.

 

"Eu acho que é uma ótima ideia", Neville apoiou.

 

"Eu dou meu voto a favor", Cho continuou.

 

"Meu voto é não. Eu sou líder da Sonserina, e eu que deveria dar essa aula para o garoto, caso eu assim desejasse, por tanto, eu voto contra", Draco se pronunciou.

 

Após escutar os votos dos outros professores, Hannah Abbott resolveu se pronunciar.

 

"Senhora Weasley, você é uma boa professora, mas...as normas de Hogwarts dizem que todo aluno deve participar das aulas, e o senhor Ecchiore até agora não se manifestou em nenhuma aula...", Hannah observou.

 

"Eu sei, isso é verdade. Mas, Emistre é um garoto especial. Eu conversei com o mesmo, e questionei como um garoto como ele conseguiu usar o feitiço Reducto, que não é lecionado no nível dele. E também sobre um misterioso feitiço que não se encontra em nenhum livro didático do colégio, que ele disse se chamar Glaciare..", Hermione se defendeu.

 

"Glaciare? Que tipo de feitiço é esse?", Draco resmungou.

 

Os outros professores cochicharam sobre aquilo.

 

"Continue...o que ele respondeu, senhora Weasley?", Hannah a pediu.

 

"Que ele não sabe dizer. Ele apenas conjurou os feitiços, do nada. Mas, a senhora deve estar ciente, assim como eu do fato de que os pais dele trabalham para uma unidade do Ministério da Magia na Itália...", Hermione prosseguiu.

 

"Sim, eu estou ciente disso. Eu mesma falei com os mesmos por telefone, e enviei uma carta comunicando que o mesmo fora aprovado para estudar nessa Instituição.", Hannah comentou.

 

Hannah então prosseguiu.

 

"Se eu autorizar que você dê aulas particular para o garoto, você se limitará a apenas isso? Não quero que algo mais íntimo surja disso. Está disposta a isso?"

 

"Claro. Eu me limitarei a apenas lecionar para ele quanto a feitiços e as partes teóricas da magia.", Hermione comentou.

 

"E se eu escolher indicar o senhor Ecchiore ao senhor Potter? O que você faria?", Hannah a interrogou.

 

"Bem, eu não me oporia, mas...acredito que como o Harry frequenta ocasionalmente o colégio para lecionar, eu estou mais apta a lecionar para o Emistre.", Hermione salientou.

 

Hannah refletiu a respeito.

 

"Diretora Abbott?", Hermione pareceu frustrada e achou que estava falando com o vácuo.

 

"Tudo bem. Eu aprovo a sua solicitação para lecionar em aulas privativas para o senhor Emistre Ecchiore da casa de Sonserina.", Hannah consentiu.

 

"Obrigada, diretora", Hermione agradeceu.

 

"De nada, senhora Weasley", a diretora devolveu.

 

Eu fiquei observando tudo o que estava acontecendo.

 

Hermione então focou seu olhar em mim e me passou um recadinho rápido.

 

"Emistre, me procure depois para começarmos nossas aulas", ela me disse.

 

"Tá certo, professora Weasley", eu repliquei.

 

Logo depois, Draco se sentiu ultrajado com aquela aprovação da diretora e resolveu contestar.

 

"O quê?! Diretora Abbott, eu exijo uma explicação! A Weasley é uma Grifinória, ela não deveria lecionar para um Sonserino.", Draco berrou.

 

"Controle-se, Malfoy. Eu tomo as providências aqui, não o senhor.", Hannah o cortou.

 

"Isso não está certo! Vocês todos estão conspirando contra a casa da Sonserina!", Malfoy acusou.

 

"Cala a boca, Malfoy! Hannah é a diretora, ela decide!", Neville contestou.

 

"Cala a boca você, sua doninha lufana!", Malfoy praguejou.

 

"Silêncio!", a diretora berrou.

 

Todos se calaram.

 

"Vamos todos nos acalmar. Não há motivo para alarde. Agora, vamos tomar o café da manhã.", Hannah demandou.

 

E assim, o café da manhã se deu início e todos nós começamos a nos deliciar com nossas refeições.

 

Durante o café, Scorpius começou a me questionar sobre a minha atitude com as garotas antes do café e sobre como eu havia conseguido ter aulas particulares com uma Grifinória, já que as duas casas não se davam muito bem.

 

"Você é mesmo o "Encantador de serpentes", Emistre. Não sei como você tem tanta sorte...", Scorpius falou com certa inveja.

 

"Bem, eu estou ciente que tenho um charme irresistível. Não entendo como aquela garota Trouxa me rejeitou no colégio...", me vangloriei.

 

"Trouxas, são Trouxas, Emistre. Eles não acreditam em magia, e muito menos aceitam qualquer coisa fora da realidade deles..", Scorpius explanou para mim.

 

"Entendo..", retruquei.

 

Então continuei a tomar o meu café.

 

Depois, fiz uma breve pausa.

 

"Scorpius, você sabe que eu o amo, não?", eu o lembrei.

 

"Sim, Emistre. Eu também. Apesar dos barracos que você provoca", Scorpius admitiu.

 

Mais depois do café, no intervalo, antes de começar as aulas dos alunos, eu estava no pátio, deitado na grama, refletindo enquanto olhava as nuvens passeando no céu.

 

Luna me encontrou e deitou ao meu lado na grama.

 

"E ai, Emistre?", ela me cumprimentou.

 

"E ai, Luna?", rebati.

 

"Então, agora você tem aulas particulares com a Mione?", Luna me interrogou sobre o caso.

 

"Pois é...eu a admiro muito, apesar de sua casa ser a Grifinólia", comentei.

 

"Mione é legal. E eu acho que só porque você está na Sonserina, você não precisa ser como outros alunos dela, você sabe, uns babacas arrogantes.", Luna me rebateu.

 

"Como assim?", fiquei intrigado.

 

"Bom, teve aquilo que aconteceu e você me contou, e também não precisa odiar as outras casas como eles. Você é superior a eles, não se rebaixe ao nível deles.", Luna me aconselhou.

 

"Obrigado pelo conselho, Luna. E eu na verdade não odeio as outras casas, eu só sou seletivo quanto a quem eu quero me relacionar", explanei.

 

"Entendo. Quem você considera como parte do seu círculo de amigos?", Luna quis saber.

 

"Eu ainda estou montando o meu círculo, mas eu gosto de você, do Scorpius, gostei da Tonks... e agora das duas Grifinórias, mas ainda não sei se elas serão minhas amigas..", comentei.

 

Foi só mencionar o nome de Tonks, e a garota surge de repente, como o diabo e se junta a nós no gramado.

 

"E ai,pessoal?", Tonks nos cumprimentou.

 

Luna se levantou um pouco, se apoiando nos cotovelos e olhou para Tonks que estava a minha direita.

 

"Oi, Tonks!", a mesma a cumprimentou.

 

Tonks se levantou um pouco e a cumprimentou.

 

"Olá, Luna!"

 

Então as duas garotas voltaram a suas posições.

 

"Então, o que foi toda aquela conversa no café da manhã?"

 

"Então, Mione disse que ouviu essa profecia enquanto estava com Emistre na sala dela..", Luna explanou.

 

"Eu sei disso, Luna. Eu ouvi a profecia, mas..eu gostaria de saber o que realmente houve."

 

"Bem, Tonks. Basicamente, ninguém aqui parece acreditar que eu lutei contra um Basilisco sozinho, mas eu realmente lutei.", eu falei para a Lufana.

 

"Então, como você o fez exatamente?", Tonks ficou curiosa.

 

"Bem, eu me encontrei com Voldemort. Ele estava com aquela...assistente dele, Bellatrix Lestrange, acho que é o nome dela...enfim, Voldemort disse que queria me testar e mandou o Basilisco me atacar, ele me atacou quebrando os meus ossos com seu aperto, mas não foi nada de mais, então eu congelei ele usando esse feitiço que eu faço com a mente, Glaciare. Eu posso congelar os objetos e coisas com a mente. Basicamente eu consigo regular a temperatura do meu corpo, então isso ajuda a conjurar o Glaciare...e depois eu usei Reducto..", eu parecia estar falando grego na última parte.

 

"Hermione disse que nós não aprendemos Reducto no primeiro ano, então ela estranhou quando disse que usei esse feitiço também.", continuei.

 

"O quê?!", a lufana parecia não acreditar em mim também.

 

"Eu também não acreditei quando vi ele usando esse tal Glaciare", Luna retrucou.

 

"Mas isso é insano! Digo, no bom sentido, claro.", Tonks comentou.

 

"Eu sei. Eu gosto do Emistre. Ele é especial..", Luna declarou.

 

"Encantador de serpentes..", Tonks tirou sarro de mim.

 

Logo, As garotas da Grifinória, Jezabella e Rose chegaram no pátio e nos avistaram.

 

Nós três nos levantamos como se fossemos um trisal.

 

E então encaramos as duas garotas.

 

Luna e Tonks limparam as roupas tirando algumas gramas que tinham grudado nelas.

 

Eu nem me importei com a minha roupa.

 

"Olá!", as garotas nos cumprimentaram.

 

"Oi, Rose!", Luna a cumprimentou.

 

"Oi, Luna!", Rose a retribuiu.

 

"Olá, meninas!", Tonks as cumprimentou.

 

Então eu as cumprimentei também.

 

"Oi, Jezabella, Rose!"

 

Nós parecíamos uma gangue de cowboys de faroeste encontrando nossos rivais em um duelo no meio da praça, como os filmes de Giuliano Gemma.

 

Nos encaramos fechando bem os olhares.

 

Só faltou a musiquinha tocando e aquela bola de feno rolando atrás.

 

"Então, garotas. O que vocês querem?", quis saber.

 

"Nós duas viemos aqui porque resolvemos conversar um pouco com vocês.", Rose explanou.

 

"Vocês querem conversar? Então falem.", eu disse como um verdadeiro cowboy do velho oeste enquanto fixava o olhar em Rose, a bitch ingrata, porém gostosa da Grifinória.

 

"Nós...queremos ser amigas de vocês", Rose revelou.

 

"Por mim não tem problema.", Luna consentiu.

 

"Hmm...deixe-me pensar a respeito", eu retruquei.

 

"Eu aceito, mas..no amor, o Encantador de serpentes é meu!", Tonks se pronunciou.

 

Então, Tonks começou a esfregar uma das mãos no meu braço direito, fazendo um agrado.

 

"Então, qual é a resposta de vocês?", Rose quis saber.

 

"Nós decidiremos isso em um duelo de magia", sugeri.

 

"Defina o dia e a hora, Ecchiore. Eu vou vencer esse duelo!", Rose retrucou.

 

"Amanhã, 18:00", defini.  

 

"De acordo", Rose assentiu.

 

"De acordo. Mas, isso nós vamos ver", eu rebati.

 

As duas garotas então se retiraram dali, deixando eu à sós com Luna e Tonks.

 

"Você vai vencer esse duelo, Emistre. Você venceu um Basilisco", Luna me lembrou.

 

"Eu estou confiante disso, Luna", falei para ela.

 

"Que excitante! Um duelo de magia, quero ver como o "Encantador de serpentes" se sai", Tonks comentou.

 

Quando vi, a hora do intervalo já tinha voado.

 

Nisso, a professora Weasley apareceu no pátio. Ela devia estar me procurando, já que eu esqueci de procurá-la.

 

"Senhor Ecchiore, eu estava te procurando para começarmos a sua primeira aula particular.", Hermione retrucou.

 

"Desculpa, professora. Eu esqueci.", me desculpei com ela.

 

"Me pergunto o que o senhor estava fazendo com duas garotas no pátio..", ela então levou a mão no cenho e prosseguiu. "Na verdade, eu não quero saber.."

 

"Na verdade, eu só estava curtindo o céu azul, digo, me socializando com elas.", respondi.

 

"Tudo bem", Hermione assentiu. "Agora, vamos para a minha sala."

 

Então eu me despedi das garotas e fui com a professora estudar.

 

[...]

 

No dia e hora marcado, todos nós nos reunimos no clube de duelos fundado por um antigo professor de Hogwarts, Gilderoy Lockheart.

 

Nessa espécie de plataforma, estava eu de um lado representando a Sonserina, e do outro Rose Weasley, representando a Grifinória.

 

Vocês devem estar se perguntando, como você foi duelar sem conhecer as regras do jogo? Minha resposta é, eu aprendo rápido. E eu sei me cuidar.

 

"Stupefy!", exclamei conjurando o feitiço.

 

Uma rajada de energia verde saiu da ponta da minha varinha e atingiu Rose uma vez.

 

continuei disparando o feitiço contra a garota.

 

Depois foi a vez de Rose se defender.

 

"Stupefy", ela exclamou e eu comecei a me esquivar dos ataques de magia dela.

 

A vez voltou para mim.

 

"Expelliarmus!", exclamei e oscilei minha varinha lançando o feitiço contra rose umas seis vezes.

 

Rose então me congratulou.

 

"Muito bem, Ecchiore. Você é um bom duelista."

 

"Obrigado.", agradeci.

 

Então foi a vez de Rose se defender.

 

Nos atacamos conjurando Stupefy e Expelliarmus.

 

No final da primeira rodada, eu acabei vencendo a garota.

 

Segunda rodada

 

Nós nos cumprimentamos e depois continuamos a nos atacar intensamente no salão.

 

Eu parecia estar me saindo muito bem naquilo.

 

Rose foi ficando atordoada, e acabou rebatendo com os mesmos feitiços que eu.

 

Eu me esquivava de todos os disparos e a atacava com os feitiços.

 

Conjurei então uma cobra com minha varinha para atacá-la.

 

Ao perceber a cobra ali, Rose ficou petrificada. Percebi que a garota devia ter medo de cobras. Ela quase mijou de medo, mas ela se manteve no lugar.

 

Eu comandei o animal a atacá-la na língua das cobras como o Senhor das trevas fez com o Basilisco.

 

A cobra silvou para Rose e lançou seu veneno na direção dela.

 

"Eu preciso fazer alguma coisa", Rose deve ter pensado.

 

"Eu estava louco para ver você mijando de medo...", falei sarcástico.

 

"Socorro!", Rose começou a suplicar.

 

No meio da multidão que assistia o duelo, Draco Malfoy, que estava ao lado de Hannah Abbott, começou a comentar sobre a partida.

 

"Isso é tão...empolgante. Eu sinto orgulho de ter o Ecchiore na casa da Sonserina."

 

"Faça-a se apavorar,Ecchiore!", ouvi Draco berrar.

 

"O que vai fazer agora, Rose?", eu a aticei.

 

"Droga! Maldito Sonserina!", Rose praguejou.

 

"Alarte Ascendare!", Rose exclamou conjurando o feitiço.

 

Minha cobra foi jogada para o alto e caiu morta no chão.

 

"Você perdeu essa, Ecchiore", Rose esfregou na minha cara antes de continuarmos.

 

Então, resolvi pegar pesado. Descartei a minha varinha e ela caiu no chão. Todos ali presentes ficaram chocados com a minha atitude.

 

Um coro de vozes disse algo como: "Ele largou a varinha! Mas não é contra as regras do duelo?"

 

"Por quê largou a sua varinha, Ecchiore? Está com medo de perder? Ou prefere quebrar as regras e perder ponto para sua casa? Pegue a sua varinah de volta.", Rose me ameaçou.

 

Na multidão, Draco ficou curioso quanto ao que Emistre havia feito.

 

"Por quê ele largou a varinha?"

 

"Não vai pegar sua varinha de volta?", Rose insistiu.

 

"Não me subestime, Rose!", eu exclamei.

 

Então, Rose cruzou os braços com a varinha ainda nas mãos.

 

"Vamos ver o que você vai fazer agora."

 

Eu fechei meus olhos, comecei a regular meus batimentos cardíacos, fazendo meu coração ir batendo mais devagar até quase parar.

 

As pessoas ao meu redor exclamavam: "O que ele está fazendo?"

 

Luna que assistia a partida, ficou apavorada ao perceber que Emistre ia lançar o feitiço Glaciare em Rose, então a mesma subiu na plataforma e se colocou na frente de Rose com os braços abertos.

 

"O que você está fazendo, Luna? Saia da frente! Eu quero ver o que o seu querido Emistre vai fazer!", ouvi Rose discutir com Luna.

 

"Eu já vi o que ele está prestes a fazer. É muito perigoso! Você vai acabar se machucando!", Luna contestou.

 

"Como assim?"

 

"Emistre, pare! Não faça isso! Não use o Glaciare!", ouvi Luna me implorar.

 

Abri meus olhos. Eu estava tão frio quanto um Ice Berg.

 

"Sai da frente, Luna! Eu quero que a Rose veja do que eu sou capaz! Ela me subestimou!", berrei.

 

"Emistre, pare! Eu te imploro!", Luna suplicou já quase vertendo lágrimas.

 

"Eu te amo, Emistre! Você não precisa fazer isso!", a mesma tentou me conter.

 

"Se você me ama, Luna...saia da minha frente!", contestei.

 

"Deixe o Ecchiore, Luna. Eu cuido disso."

 

Luna voltou sua atenção para Rose.

 

"Não, Rose, você não vai resistir"

 

De longe, a voz de Draco interferiu.

 

"Eu quero ver isso, saia da frente, Lovegood!"

 

Então Luna se zangou.

 

"Nós vamos ter uma conversa sobre isso depois. Espero que não machuque a Rose.", Luna berrou comigo.

 

Então, Luna saiu da frente.

 

"Pode vir, Ecchiore!"

 

Glaciare!

 

Cristais de gelo se formaram na plataforma e a medida que foram se espalhando os cristais foram crescendo e se tornando cada vez mais espetados.

 

Os cristais de gelo foram se aproximando de Rose.

 

"O quê?!", Rose ficou impressionada com os cristais de gelo.

 

"Como ele faz isso?"

 

Rose então, virou as costas e correu. Os cristais de gelo seguiram atrás dela.

 

Na multidão, Draco ficou bastante impressionado com o feitiço mental de Emistre.

 

"Então esse é o Glaciare? surpreendente!", Draco comentou.

 

Logo fui me acalmando e os meus batimentos cardíacos foram se estabilizando e o gelo foi se liquefazendo até derreter e virar água.

 

Rose parou de correr,virou para trás e olhou para o chão molhado.

 

"Ecchiore!", a mesma praguejou o meu nome.

 

Ela foi correndo, toda furiosa e acabou escorregando no chão molhado e sua bunda após tocar o chão, acabou ficando bastante dolorida. Rose havia ralado a perna no escorregão, e se contorcia toda.

 

"Maldição!"

 

"Bem, senhor Malfoy, acredito que sua casa perderá pontos, já que o senhor Ecchiore abandonou a varinha, e deixou ferida uma colega de classe", Hannah avaliou.

 

"Não dessa vez, Abbott. Eu pessoalmente acredito que o senhor Ecchiore tenha se saído muito bem. Aliás, bem até demais. "Eu me surpreendi muito com essa apresentação. Mais especificamente quanto ao tal feitiço chamado Glaciare.", Draco comentou.

 

"Minha casa não perderá nenhum ponto essa noite.", o mesmo continuou.

 

Apesar de relutante, Hannah Abbott acabou pontuando para a Sonserina."

 

"Está bem. 12 pontos para a Sonserina". Hannah concluiu.

 

Os outros alunos surtaram ao ouvir aquilo.

 

Acho que eu ainda devo uma explicação para a Luna.

 

Rose acabou sendo levada em uma maca para a enfermaria e o duelo foi suspenso.


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Notas finais do capítulo

Aqui, Emistre se revela narcisista e arrogante, sendo até mais arrogante que Draco Malfoy. Eu diria que essa evolução dele se dá por estar na casa da Sonserina, e pelo que ele sofreu ao ser rejeitado no passado e por ser repreendido devido ao uso do Glaciare.

Nota:

Escolhi "Somente para seus olhos" como título, pois li a origem do termo original sem tradução, que é "For Your Eyes Only", ou até mesmo uma variação do termo, "Eyes Only", que representa uma mensagem ou algo muito íntimo que somente uma determinada pessoa pode ler, pois a mensagem possuí alguns detalhes íntimos que se vier a público, ninguém vai entender ou pode alterar os fatos. O termo "For Your Eyes Only" se popularizou por causa do romance de James Bond escrito por Ian Flemming, mas foi cunhado em 1940 na Segunda Guerra Mundial, porém, teve origem nos poemas e na poesia e nas artes literárias, em contos mais explícitos. E achei que se encaixou no contexto desse capítulo, pois é mais um relato íntimo de como o Emistre se sente.

Giulianno Gemma é um ator italiano dos filmes de faroeste, e a referência é devido ao Emistre ser italiano. A minha teoria é que Emistre é fã de filmes de faroeste e em algum momento da vida dele ele deve ter assistido alguns filmes do gênero. Mas, vocês são livres para imaginarem como quiserem. Apesar do Emistre ser um pouco baseado em mim, tem alguns traços dele que não bate comigo, por exemplo a questão dos filmes de faroeste. Eu gosto um pouco, mas não sou fã e também não vi muitos filmes do tipo.

Então é isso, espero que tenham gostado^^

A parte do duelo foi muito legal de fazer. Eu gostei desse capítulo.

No próximo capítulo tem mais surpresas. É um capítulo especial narrado pelo próprio Draco Malfoy, como se fosse uma carta para o Emistre. Logo postarei ela aqui.

Até mais!



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