Snake Charmer escrita por Connor Hawke


Capítulo 9
Noite Faminta


Notas iniciais do capítulo

Olá, Pessoal! Tudo bem?
Esse é o penúltimo capítulo de Snake Charmer. Eu sei que a trama poderia ter se aprofundado mais, mas como teve pessoas que não botaram fé em mim com essa fic, então no próximo ela deve terminar. Eu só queria agradecer quem comentou que gostou dessa fic.

Boa leitura!



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Capítulo 7

Noite Faminta

Prisão de Azkaban

Em uma cela da prisão de Azkaban,em meio a escuridão, um par de olhos azuis brilhava intensamente como a luz do luar. O ser escondido nas sombras solta vários grunhidos, rosna e respira ofegante.

Lord Voldemort, acompanhado de sua assistente, Bellatrix Lestrange andam pelo corredor da prisão e seguem em direção a cela onde se encontrava o ser de olhos azuis.

Ao se aproximar das barras da cela, Voldemort faz um feitiço para iluminar aquele que estava encoberto pelas sombras.

"Lumos Maxima!", uma luz branca se acende na ponta da varinha de seu portador e o mesmo a aponta para onde o ser estava.

"Lumos Maxima!", Bellatrix conjura o mesmo feitiço para iluminar ainda mais a cela do prisioneiro.

O prisioneiro então se levanta do chão e ao se aproximar das barras de sua cela, o mesmo enfia suas mãos entre as barras e tenta pegar Voldemort. Então ele começa a rosnar para o mesmo, olhando com desprezo para aquele que parecia ameaçá-lo.

"Calminha, garoto.", Voldemort tenta aquietá-lo.

Assim que se acalma, o prisioneiro reconhece aquele que se encontrava do outro lado da cela.

"Voldemort!", exclama o mesmo com uma voz grossa e arrastada.

O prisioneiro era ninguém mais, ninguém menos que, Fenrir Greyback, um homem forte, alto e magro, com um cabelo desbotado e bigodes, de aparência lupina.

"Então você se lembra de mim?", Voldemort inquiriu.

"O que você quer?", Fenrir o encarou.

"Bem, eu sei que você odeia os bruxos,e aquela escola tanto quanto eu...", Voldemort sibilou.

"O que você quer?", Fenrir estava começando a ficar impaciente.

"Direto ao ponto? Tudo bem. Digamos que tenho um serviço para você. Se você aceitar o trabalho, a recompensa é toda sua.", Voldemort comentou.

"Qual é o trabalho?", Fenrir ficou intrigado.

"Tem esse garoto, Emistre Ecchiore...ele é jovem..", Voldemort ficou pensando nas palavras que iria usar.

"Bonito!", Bellatrix sugeriu.

Voldemort se voltou para Bellatrix e a fuzilou.

"O quê? Eu o acho muito bonito e atraente. Certamente nosso amigo aqui iria adorar uma carne fresquinha..", Bellatrix comentou.

"Carne fresca?", Fenrir inquiriu.

Voldemort voltou-se para Fenrir.

"Sim, transforme-o em lobisomem, faça o que quiser com ele, só...tire-o do meu caminho.", Voldemort demandou.

Fenrir refletiu sobre o trabalho.

"E o que eu ganho com isso?"

"Liberdade, meu amigo. Você estará livre para criar o seu exército de licantropos, e o que mais você desejar, só acabe com o bruxo.", Voldemort declarou.

"Liberte-me!", Fenrir exclamou.

"Com prazer! Alohomorah!", Voldemort disse apontando sua varinha para a porta da cela de Fenrir.

A cela se abriu magicamente. Fenrir colocou as duas mãos nas barras do meio da cela e arrancou a porta com sua força descomunal. Em seguida, ele a descartou.

Fenrir ofegou.

"Considere feito!", Fenrir retrucou.

"Ótimo! Traga-me a cabeça daquele garoto!"

Voldemort começou a gargalhar.

Fenrir então se desmaterializou e se converteu em uma mancha preta que depois se separou em três feixes negros que saíram voando como um cometa e desapareceram da prisão deixando Voldemort e Bellatrix à sós.

Voldemort se voltou para Bellatrix.

"Vamos, Bellatrix. Vamos sair daqui", o mesmo chamou sua parceira.

"Sim, mestre"

Bellatrix e Voldemort desaparecem ao vento.

No dia seguinte...

Hogwarts

Eu levantei da cama e me espreguicei.

Em seguida, Scorpius Malfoy e os outros garotos da Sonserina também fizeram o mesmo.

"Bom dia, Emistre!"

"Bom dia, Scorpius!"

"Como foi a sua noite?", Scorpius inquiriu.

"Foi...tranquila, eu acho.", repliquei.

Naquela manhã, eu estava me sentindo muito bem, sem quaisquer preocupações.

Acho que talvez eu tenha me excedido um pouco no duelo com Rose.

Eu fiquei refletindo um pouco. Acho que logo a Grifinória iria me escalpelar por despertar a ira da casa. Eu estava com medo? Um pouco. Mas, eu achei que a culpa havia sido mesmo é daquela Grifinória, não minha. Ela me provocou.

Scorpius então me pegou quieto.

"Está tudo bem, Emistre?", ouvi Scorpius me perguntar.

Voltei minha atenção para Scorpius e olhei para o mesmo.

"Sim, não é nada, Scorpius."

"Tudo bem. Vamos nos trocar"

Nós então nos levantamos de nossas camas e fomos nos trocar.

[...]

Voltamos vestidos com nossos uniformes e saímos do quarto.

Quando chegamos na mesa do café da manhã, todos já estavam presentes, nós é que acabamos nos atrasando um pouco para o café.

Eu e Scorpius nos sentamos na mesa da Sonserina com os outros garotos e começamos a comer nossa refeição matinal.

Eu então vi Rose me encarando. Ela devia estar muito irada pelo que eu fiz no duelo. E eu não podia culpá-la.

Então Scorpius me cortou.

"O que você está olhando, Emistre?"

"Rose está mesmo brava comigo..", comentei.

"Bem, eu acho que você foi muito bem no duelo, mas..precisava usar aquele tal Glaciare e fazer o duelo ser suspenso?", eu apenas ouvi Scorpius dizer essas palavras.

Fiquei olhando fixamente para Rose. Ela mostrou a sua língua para mim.

Hugo, o irmão dela que estava sentado do lado dela, revirou os olhos ao me ver. Acho que ele sussurrou algo como: "Maldita Sonserina!"

Jezabella que estava do outro lado de Rose me olhou com a cara fechada.

Inacreditável! Eu sinto como se a minha vinda para Hogwarts foi nada mais que uma maldição.

Eu tenho dúvidas quanto a minha sexualidade, as pessoas com quem eu sinto afeição, e aquela maldita profecia sobre eu ser o novo Senhor das trevas, ou algo assim...

O meu azar é ser querido por todos e odiado por outros...

Não sei em quem confiar..

Voltei minha atenção para a mesa da Corvinal. Luna estava comentando sobre mim com as outras garotas, amigas dela.

Vez ou outra Luna me olhava, mas com uma expressão neutra no semblante. Creio que ela não sabia se me odiava pelo que fiz ou se me amava por minha ousadia no duelo...


Depois do café, no intervalo, eu..estava andando sozinho pelo pátio do colégio.

Eu precisava de um lugar para me espairecer.

Andei até o campo do esporte popular entre os bruxos, o Quadribol.

De repente, olhei para trás e vi Luna me seguindo.

Eu retornei meu foco para o campo e depois de algum tempo, eu estava lá no campo, sentado numa fileira da arquibancada, sozinho. O céu estava todo cinza.

Logo, Luna me encontrou na arquibancada e sentou do meu lado.

"Emistre, nós precisamos conversar", ela disse amigavelmente.

Eu fiquei quieto. O que eu poderia dizer?

"Emistre, olha para mim. Eu sou sua amiga. Eu quero conversar com você numa boa.", Luna retrucou.

Voltei minha atenção para ela, mesmo relutando.

"Oi, Luna!", eu a cumprimentei.

"Emistre, para de me evitar. Vamos conversar".

"Desculpa,Luna. Desculpa pelo modo como eu agi no duelo. Desculpa por ser como eu sou. Talvez eu não devesse ter vindo para Hogwarts...eu não sei.", balbuciei.

"Emistre...isso tudo não é sua culpa. Mas, você poderia ter um pouco de bom senso e não extravazar desse jeito como você tem feito..", Luna comentou.

Eu desabei. As lágrimas começaram a tomar conta de mim.

Logo, o céu começou a se fechar e as nuvens foram ficando cada vez mais negras. Uma tempestade começou a se formar no campo devido as lágrimas de Emistre.

Luna olhou para os relâmpagos caindo sem parar e começou a se apavorar.

"O que está acontecendo?"

Emistre não conseguia se conter. Conforme despejava suas lágrimas e o sofrimento o dominava, mais raios iam caindo.

Luna queria ajudá-lo, mas não sabia como.

A grama do campo de Quadribol começara a se agitar. Os ventos foram formando um vendaval.

O trovão ressoava no céu.

Os relâmpagos começam a atingir o campo repetidas vezes e a terra explode ao ser golpeada pela eletricidade.

"Emistre, acalme-se, por favor!", Luna me implorou.

Eu não conseguia me conter, mesmo com Luna me dizendo para o fazer. Eu sentia uma faca perfurar o meu peito, e isso agravava mais com os meus poderes.

Logo, a Diretora Abbott chega no campo de Quadribol e então resolve conter a situação.

"Protego Maxima!", Hannah conjura com sua varinha já em mãos apontada para o céu.

Um campo de força invisível começa a se formar no céu, envolvendo a escola de magia por completo.

Os relâmpagos pareciam ter se dissipado.

O tempo havia parado por um tempo.

Hannah Abbott foi até a arquibancada e se aproximou de Emistre e Luna.

"Diretora, ele precisa de ajuda..acredito que essa tempestade toda tenha sido causada por ele", Luna alertou a diretora.

"Eu entendo. Ele está passando por um descontrole emocional", Hannah avaliou.

"Emistre, olhe para mim. Eu estou com você. Acalme-se.".

Então eu olhei para a diretora.

"Todos estão contra mim! Eu não quero ser o novo Senhor das trevas!", berrei.

"Eu entendo, Emistre. É apenas uma profecia. Profecias são uma maneira de se ter fé. Você pode mudá-las com suas ações.", Hannah o encorajou.

"Rose me odeia, porque eu perdi o controle e conjurei o Glaciare..", balbuciei."É minha culpa, é tudo minha culpa!"

"Emistre, ninguém te odeia. É só que você precisa moderar mais sobre suas ações. Bater de frente com as situações nem sempre resolve.", Hannah me disse.

"Como eu posso reagir se sou o próximo Senhor das trevas?"

"Emistre...você ainda pode mudar isso. Só é preciso ter paciência."

Então fechei os olhos e fui tentando controlar a minha respiração.

Luna deve ter achado que eu iria conjurar novamente o Glaciare e estava prestes a me dar uma bofetada.

"Não, Luna. Pare!", Hannah interferiu.

"Desculpa, diretora", Luna se conteve.

Comecei a sentir uma paz dentro de mim. Parecia que eu estava bem comigo mesmo.

Abri meus olhos e vi Hannah e Luna do meu lado.

"Desculpa, Luna...", eu me desculpei. Estava me sentindo muito desolado.

O céu finalmente acabou se abrindo e a barreira posta sobre o colégio se dissipara.

Me levantei de onde estava sentado.

"Obrigado, diretora.", eu agradeci a Hannah.

"Não se preocupe com isso", Hannah disse desmunhecando o pulso.

Voltei o olhar para Luna.

"Desculpa, Luna. Eu sinto muito."

Luna e eu nos abraçamos.

"Está tudo bem, Emistre..", Luna atestou.

Depois nós nos afastamos e então demos um beijo um no outro e nos afastamos outra vez.

"Eu acho que você deve pedir desculpas para a Rose.", Luna sugeriu.

"É, eu farei isso, Luna.", jurei.

"Você é mesmo um desmiolado, mas..eu gosto de você", Luna declarou.

Fiquei um pouco sem graça ao ouvir aquilo.

Hannah então se despediu de nós, nos deixando a sós.

"Eu vou voltar para a minha sala, é o antigo escritório de Albus Dumbledore. Estarei lá se quiserem conversar comigo.", Hannah se despediu amigavelmente.

"Tudo bem. Até mais, diretora", eu e Luna falamos juntos na mesma hora.

Nós ficamos à sós naquele momento.

"Luna, eu...estou um pouco nervoso, mas...você aceita namorar comigo? Olha, eu sei que a gente é muito amigo, mas...eu estou um pouco apavorado com a tal profecia, e...eu não quero ficar sozinho, se esse é meu destino.", Declarei.

"Bem, isso me pegou um pouco de surpresa, mas...eu aceito. Só uma pergunta, e o Scorpius e a Tonks? Você não estava gostando deles?", Luna devolveu.

"Pois é. Eu preciso falar com eles também. E tem a Rose também...", retruquei.

Luna então ficou pensativa.

Logo, vejo Scorpius chegando com algo nas mãos e Tonks que parecia não ter o que fazer no intervalo das aulas. Ambos vieram ao meu encontro.

"E ai, Emistre?", Scorpius me cumprimentou.

"E ai, Scorpius?", o cumprimentei.

"Como você está? Eu estava procurando por você quando vi o temporal acontecer.", Scorpius comentou.

"E ai, escavadores!", Tonks nos cumprimentando.

"Oi, Tonks!", Luna cumprimentou Tonks.

"Espera, do que você nos chamou, Tonks?"

"Escavadores?", Tonks levantou uma das sobrancelhas.

"Ei, acho que tive uma ideia. Vamos formar um grupo. Eu, Scorpius, Luna, Tonks, Rose e Hugo. Eu até já pensei em um nome para nós. "Silver Retrievers", o que acham?", eu sugeri.

"Ei, eu adorei a ideia!", Scorpius exclamou.

"Então...quem está comigo, levante a mão!", eu retruquei.

"Eu estou!", Scorpius disse levantando a mão que estava livre.

"Eu também!", Luna fez o mesmo.

"Eu também!", Tonks atestou.

"Ótimo. Agora só preciso ver com Rose e Hugo sobre o grupo."

"E pedir desculpas a Rose", Luna me lembrou.

"Isso também. Então está decidido".

Voltei minha atenção para Scorpius, que tinha sido interrompido com toda aquela conversa.

"O que você queria me dizer, Scorpius?", inquiri.

"Ah tá. É que eu tenho uma surpresa para você", Scorpius comentou.

"Uma surpresa para mim?", fiquei curioso.

Scorpius então me mostrou um objeto dourado que parecia uma ampulheta em um pingente.

"O que é isso?", eu nunca tinha visto algo como aquilo.

"O meu pai me deu, mas eu nunca usei..", Scorpius revelou.

Luna logo reconheceu o objeto na mão de Scorpius.

"Eu sei o que é isso. É um Vira-Tempo", Luna retrucou.

"O que é um Vira-Tempo?", eu estava um pouco confuso com aquilo.

"É um objeto capaz de voltar no tempo, como uma máquina do tempo", Luna me informou.

"Caramba! Que Incrível!", eu exclamei.

"Existem vários tipos de Vira-Tempo, mas para usá-los, é necessário uma autorização do Ministério da Magia. Esse aqui é do tipo que você pode passar o tempo que quiser dentro da linha do tempo, e voltar quando quiser..", Scorpius comentou.

"Interessante!", eu comentei.

"Mas, eu suponho que como seus pais trabalham no Ministério da magia, então...acho que não precisaremos de uma autorização formal..", Scorpius avaliou.

"Bem, tecnicamente ainda precisaríamos da autorização dos pais do Emistre, pois mexer com o tempo é algo muito perigoso.", Luna contestou.

"Sim, bem, eu não ligo para isso.", Scorpius rebateu.

"Mas, por quê você quer me dar isso?", quis saber.

"A sua preocupação, Emistre, não é alterar a profecia? Você pode usar o Vira-Tempo para isso. Digamos que você mate Voldemort ao invés de deixar o destino se encarregar disso. Você não teria mais com que se preocupar com a profecia.", Scorpius sugeriu.

Então eu podia alterar a minha profecia, bastava usar aquele Vira - Tempo? Pergunta retórica.

"É arriscado demais!", Luna contestou.

"Eu não ligo para os riscos, se for para impedir que a profecia se cumpra, Luna", falei para a mesma.

"Emistre, você sabe realmente o que está fazendo?", pergunta retórica de Luna.

"Sim, eu sei. Eu vou mudar minha história", atestei.

Então eu peguei o Vira - Tempo da mão de Scorpius e o coloquei no pescoço.

"Tenha muito cuidado com o que está fazendo.", Luna me advertiu.

"Relaxa, Luna. Não precisa se preocupar com isso. Eu sei me cuidar."

Voltei minha atenção para Scorpius e o agradeci pelo Vira - Tempo.

"Obrigado, Scorpius"

Ele se voltou para mim e após abrir um sorriso largo, replicou:

"De nada."

Mais tarde, fui para a sala da professora Hermione. Antes de entrar, escondi o Vira-Tempo colocando embaixo do meu uniforme sob a gola. O objeto ficava um pouco saliente na roupa, mas,eu não queria que mais ninguém além dos outros Escavadores soubesse da existência do objeto.

Sem sacar minha varinha, apontei o dedo indicador da minha mão direita para a fechadura da porta e conjurei um feitiço básico.

"Alohomorah"

A porta se abriu para mim e eu entrei. Assim que entrei na sala, a porta se fechou sozinha atrás de mim.

Eu olhei ao meu redor e vi Hermione com os dois garotos da Grifinória, Rose e o irmão Hugo. Hugo estava com uma expressão de desdém no semblante. Rose me olhava com um olhar fechado.

"Olá, Emistre!", Hermione me cumprimentou.

"Olá, professora!", eu a cumprimentei de volta.

"Você estava falando com seus amigos no pátio", a mesma presumiu.

"Sim, estávamos jogando conversa fora.", eu comentei.

"A propósito, você soube que teve um temporal?", eu continuei.

"Não, eu não soube de nenhum temporal. Eu estava aqui conversando com a Rose e o Hugo. Nós falávamos sobre você.", Hermione retrucou.

"Bem, eu estava mesmo procurando o casal para me desculpar...", falei para ela.

"Cala a tua boca, sua cobra Sonserina!", Hugo falou revirando os olhos e cruzando os braços.

"Hugo! Nós já conversamos sobre isso", Hermione exclamou.

"Então...você está arrependido do que fez, Emistre?", Rose inquiriu.

"Sim, Rose. Eu vim na paz, eu te asseguro. Eu gostaria de me desculpar com você.", retruquei.

"Você acha mesmo que consegue me convencer? Pra mim isso são lágrimas de crocodilo.", Rose não estava convencida do meu arrependimento.

"Bem, Rose..eu juro para você que eu estou falando sério."

"Rose, aceite o pedido de desculpas do Emistre", Hermione tentou convencer a garota.

"Tudo bem. Desculpas aceitas", Rose balbuciou.

"Obrigado.", eu a agradeci.

"Rose, o cara é um Sonserina, você vai mesmo acreditar na palavra de um "língua bifurcada"?", Hugo falou para a irmã.

Rose se voltou para o irmão.

"Mamãe acha que eu devo..", Rose tentou convencer o irmão.

"Ahn...Hugo? Esse é o seu nome?", inquiri.

"Quem quer saber?", Hugo resmungou.

"Oi! Meu nome é Emistre Ecchiore..", eu acenei para ele e me apresentei.

"Sim, esse é o meu nome...", Hugo atestou.

"Então, eu talvez tenha algo que vá agradar ambos vocês.", eu comentei.

"O que é? Espera! Você está preparando alguma jogada suja contra nós, acertei?", Hugo falou descrente.

"Não. Eu e as minhas amigas estamos formando um grupo, o "Silver Retrievers", e gostaríamos de convidá-los para se juntarem à nós. O que acham?"

Rose então começou a avaliar a ideia enquanto Hugo me encarava com um olhar frio.

"Hmm...eu acho que pode ser interessante", Rose concluiu. "Eu topo".

Então, a mesma voltou sua atenção para o irmão e o convenceu a aceitar.

"Vamos, Hugo, vai ser interessante, eu acho. Só aceite!"

Hugo pensou um pouco antes de se decidir.

"Está bem, mas eu vou aceitar só porque a Rose é minha irmã.", Hugo balbuciou.

"Obrigado", eu o agradeci.

"Mas já vou avisando, se machucar a Rose mais uma vez, você vai se ver comigo, Sonserina!", Hugo me lembrou.

"Bem, eu poderia lançar um Avada Kedavra contra você, mas...", interrompi antes de completar a frase.

"Emistre!", Hermione me censurou.

"Desculpa, professora", me desculpei.

Hermione ofegou por um tempo.

"Bem, acredito que nós estamos conversados. Vocês podem ir agora, Rose e Hugo.", Hermione dispensou os irmãos.

"Obrigada, mãe", Rose e Hugo agradeceram.

Os irmãos foram se retirando. Eu voltei minha atenção para Rose que passou do meu lado.

"E Rose, a gente se fala depois."

Rose parou no meio do caminho, virou para mim e mostrou sua língua.

"De nada, ruivinha", brinquei com ela.

Então os irmãos foram embora e me deixaram à sós com a professora.

"Sente-se, Emistre. Logo começaremos"

Me sentei na cadeira onde Rose estava sentada. Estava quentinho o lugar. Fico imaginando que deve ser pelo calor causado pelo contato das partes dela com o material..

"Vamos recapitular. Nós já vimos um pouco da parte teórica da magia, e continuaremos a ver isso mais para frente...", Hermione começou.

"Mais teoria? Eu sou mais da prática!", me queixei.

"Emistre, eu sei disso. Mas, para ter total domínio da magia, você também tem que estudar a parte teórica.", Hermione me aconselhou.

Que chato!

"Bem, eu estava pensando em tentar ver com você um pouco sobre Transfiguração. Isso é um dos requisitos para fazer o N.E.W.T, um teste bastante complexo para depois escolher sua carreira, ou como Auror, ou como curandeiro no Hospital St. Mungos.", Hermione comentou.

"O que é um Auror?", fiquei curioso.

"Basicamente um bruxo ou bruxa que cuida de crimes relacionados as artes das trevas.", Hermione me explanou.

"Para se inscrever para Auror você deve ter feito 3 anos de Hogwarts, e ter 5 certificados N.E.W.T com a nota mais alta ou "Excede as expectativas", dada pelo Ministério da magia.", a mesma continuou.

Hmm...talvez eu tente o trabalho de curandeiro...

"E o que é Transfiguração?"

"Transformar um objeto em outro mudando sua estrutura molecular. Infelizmente é demasiado complicado fazer uma Transfiguração sem o uso da varinha..", a professora me lembrou.

"O que acontece se eu conseguir fazer isso sem uma varinha?"

"É muito perigoso. E se a Transfiguração for feita de maneira errada, não levando em conta as proporções dos objetos a serem transformados, os mesmos podem ficar parcialmente transfigurados ou permanentemente presos em seu estado, mesmo que parcialmente ou inteiramente transfigurados", Hermione me alertou.

"Perigo é meu sobrenome", falei sarcástico.

A professora me olhou com uma cara séria e cruzou os braços.

"Você não está levando a aula a sério..", Hermione se zangou comigo.

"Desculpa, professora.."

"E a propósito, como você conhece o feitiço "Avada Kedavra"? Esse é o pior feitiço de todos.", a mesma estranhou.

"Eu não sei, mas não deve ser difícil de conjurar, digo, eu estava blefando.." devolvi.

Então Hermione começou a me explicar os princípios da Transfiguração.

Mais tarde...

Emistre e os outros estudantes da Sonserina estavam dormindo tranquilamente em seu dormitório.

Emistre se mexia na cama.

O vento soprava tão forte naquela noite que chegava a apavorar.

A janela do alojamento da Sonserina se abriu de repente. Uma figura sombria parou na beirada da janela e depois de se formar, deu um pequeno salto e entrou no quarto.

A figura misteriosa andou silenciosamente pelo quarto e começou a farejar pelo seu alvo.

De repente, eu senti uma presença muito estranha e acordei. Quando me levantei para ver o que era, me deparei com essa figura alta e sombria que parecia estar procurando algo.

Eu pensei em chamar minha varinha, mas...eu não queria chamar atenção.

Me mantive imóvel onde estava. Tentei diminuir os meus batimentos cardíacos quase ao ponto de lançar o Glaciar, mas continuei frio.

Eu vi o vulto farejando a minha cama e depois seguir em direção as camas dos outros alunos.

Como ainda estava com o Vira - Tempo no pescoço, logo pensei em usá-lo.

Fui voltando os meus batimentos ao normal, lentamente sem aquela presença perceber. Minhas mãos estavam frias e duras. Fui aproximando as minhas mãos até o Vira - Tempo, e o acionei.

O Tempo começou a decorrer. Rebobinando rapidamente.

Até que após um tempo, o tempo parou.

Então eu me vi nesse lugar, parecia uma torre, ou algo do tipo.

Três jovens como eu estavam escondidos atrás de alguns barris, se esgueirando pela sala. Um era um garoto ruivo, uma versão jovem de Hermione com uma blusa rosa, e um garoto de cabelo preto usando um óculos cuja lente era redonda.

Eu me aproximei da janela próxima de onde os garotos estavam, antes que os mesmos fossem para lá onde eu estava.

Olhei pelo vidro, e vi Voldemort conversando com esse homem alto de cabelos compridos até os ombros. Pelo salão, eu vi Nagini circulando enquanto os dois conversavam.

Eu assisti aquela cena por um tempo ao lado dos garotos que observavam. Mas, eu senti que eu precisava fazer alguma coisa.

Fui até o fundo da sala, e abri a porta de onde eu havia visto Voldemort e o outro homem conversando. Lentamente e fui entrando sem que me vissem ali.

Acho que cheguei na parte em que Voldemort sussurrou algo para o outro homem que estava apavorado com a presença do mesmo.

"A varinha das varinhas não me deseja. Ela deseja aquele que matou o dono anterior dela. Você, Severo, matou Dumbledore...", ouvi Voldemort dizer.

Voldemort apontava a varinha para aquele pobre homem.

Foi então que, numa virada do destino, a varinha na mão de Voldemort sentiu a minha presença e veio até mim.

"O quê está acontecendo?", Voldemort exclamou.

"Eu não...eu não sei", balbuciou o homem de cabelos pretos.

Quando vi a varinha de Voldemort vindo até mim, eu a peguei e a segurei.

Voldemort ficou tentando me localizar nas sombras para fazer Nagini atacar.

"Quem está ai? Apareça!"

Voldemort foi ficando impaciente.

"Nagini, encontre quem se esconde e destrua!"

Então resolvi aumentar os meus batimentos cardíacos e deixar que Nagini me encontrasse.

Não demorou muito para que isso acontecesse, já que as minhas pulsações iam se intensificando, fazendo com que meu corpo produzisse mais calor, e isso atiçava a serpente de Voldemort.

Logo que Nagini me encontrou, ela abriu sua boca para lançar o seu veneno em mim, mas eu fui mais rápido, lancei um feitiço com a nova varinha.

"Reducto!"

Nagini acabou por bater as botas e seu corpo ficou estendido no chão.

Sem resposta, Voldemort foi ficando cada vez mais impaciente.

Então resolvi me revelar. Sai das sombras e fui até o Senhor das trevas.

"Estava me procurando?", inquiri.

"Você! Quem é você?", Voldemort exclamou.

"Apenas um viajante do futuro. Eu vim impedir que você venha atrás de mim.", retruquei.

"Qual é o seu nome, garoto?", Voldemort quis saber.

"Emistre Ecchiore. E no futuro você irá atrás de mim para me fazer seu protegido", eu revelei.

Voldemort começou a gargalhar. Ele parecia não acreditar naquele fato.

Então o homem de preto interferiu.

"Eu não sei quem você é, ou porque está aqui, garoto. Mas, sugiro que você fique fora disso."

Voltei minha atenção para aquele senhor.

"Qual é o seu nome, tio?"

"Severo Snape", ele se apresentou.

"Snape, eu vim aqui para te salvar também. Eu vim do futuro.", o convenci.

"Um viajante do tempo, então? Interessante. Eu agradeço sua preocupação, mas eu posso me cuidar.."

"Cara, você é igualzinho a mim..", brinquei.

"Vamos cortar o papo. Então você teve a ousadia de vir aqui me impedir?", Voldemort me interrogou.

"Você estava me dando nos nervos no futuro, então eu usei um Vira - Tempo para vir até o passado e cuidar pessoalmente de você.", explanei.

"Garoto esperto! Eu gostei de você", Voldemort comentou.

Então Voldemort olhou para a minha mão, e viu que eu segurava a Varinha das varinhas.

"Como você conseguiu a varinha?"

"Ela me encontrou. Eu acho que ela deve ter sentido o meu potencial para magia..", explanei para ele.

"E onde está Nagini?"

"Eu a matei."

"Você o quê?!", Voldemort parecia ter ficado muito enfezado com aquilo.

"Eu a matei. E o próximo que eu vou matar é você?"

"É mesmo? Você acha que consegue? Vamos, tente!"

Voldemort me forçou a tentar matá-lo. Ele deveria achar que eu não tinha coragem de o fazer.

"Avada Kedavra!", pronunciei o feitiço que eu tinha jurado usar em Hugo Weasley.

A varinha conjurou o feitiço que atingiu Voldemort e então ele caiu morto no chão. Logo ele foi reduzindo seu tamanho até se tornar uma espécie de feto.

Snape ficou chocado com o que vira.

"Então você matou o Senhor das trevas?", Snape parecia não acreditar.

"Sim, eu o fiz para salvar você.", falei para ele.

Logo, o trio que eu havia visto entrou na sala, achando que Snape estava morto e eles se surpreenderam com a minha presença.

Snape voltou - se para os garotos.

"Senhor Weasley, senhorita Granger, senhor Potter!", ele exclamou.

"Severo! Você está bem?", a garota disse preocupada.

Olhei para o trio.

"Ei, eu vi vocês três antes de vir para cá, quem são vocês?", fiquei curioso.

"Eu sou Ron, Ronald Weasly", o ruivinho se apresentou.

"Eu sou Hermione Granger", a garota se apresentou.

"Ei, de onde eu venho, você se chama Hermione Weasley, e você é professora de Hogwarts", comentei.

"Sério? Então você também usou o vira - tempo?", Hermione quis saber.

"Sim. Para impedir que a minha profecia se concluísse."

Então o garoto de óculos se apresentou.

"Olá! Eu sou Harry Potter".

Eu voltei meu olhar para ele.

"Eu sei quem você é. Você é muito famoso na Itália", contei para ele.

"Verdade? Eu nunca estive na Itália", Harry retrucou.

"E como você sabe sobre mim, ou mesmo sobre a Hermione?", o mesmo ficou curioso.

"Ele é um viajante do tempo, Harry. Ele usou um vira - tempo.", Hermione interrompeu.

"Entendo. E como você conseguiu um?", Harry quis saber.

"Scorpius Malfoy me deu.", repliquei.

"Scorpius Malfoy? O filho de Draco Malfoy? Eu estou confuso"

"Bem, é uma longa história, mas eu acho que eu preciso ir..." falei para o trio.

"Snape, você vai vir comigo?"

"Para onde?", Snape quis saber.

"Para o futuro?", respondi e revirei os olhos.

"Meu lugar é aqui.", Snape contestou.

"Vamos! Você pode ser meu professor. Eu odeio aquele Draco.", tentei convencê-lo.

"Eu agradeço o que fez por mim, mas..meu lugar ainda é aqui.", Snape insistiu.

"Na verdade, você nem deveria ter interferido nessa linha do tempo. O tempo é muito perigoso para aqueles que não sabem controlá-lo, senhor Ecchiore.", o mesmo me lembrou.

"Para com esse sermão e vem logo, porcaria!", praguejei.

"Professor Snape está certo. Você não deveria ter mexido com o tempo, como é mesmo o seu nome?", Harry quis saber.

"Emistre Ecchiore".

Harry então reformulou a frase.

"Professor Snape está certo. Você não deveria ter mexido com o tempo, Emistre".

"Disse aquele que também já usou um vira - tempo...", balbuciei.

"Eu acho que é melhor você voltar para o seu tempo, Emistre. Seu lugar é onde você pertence", Hermione me aconselhou.

"Ahn...Voldemort venceu a batalha de Hogwarts onde você estava?", Ron ficou curioso.

"Não, mas ele pega no meu pé por causa de uma profecia.", contei para o ruivo.

"Que profecia, Emistre?"

"Aquele com o poder para dominar o Senhor das trevas se aproxima...quando o coração for partido,os poderes selados dentro dele, despertarão. Ele descobrirá poderes dos quais desconhece. Então, se ascenderá como a fênix de suas cinzas, e subjugará o senhor das trevas para proteger aqueles que ama. És único e poderoso por si só. Seu coração é tão puro como a luz que ofusca as trevas.", citei.

"Em outras palavras, você veio do futuro para impedir que um novo Senhor das trevas surgisse?", Harry concluiu.

"É exatamente isso.", eu repliquei.

"Bem, acredito que se essa profecia for verdadeira, então acho que talvez você deva levar Snape consigo.", Harry refletiu.

Logo comecei a ouvir a voz de Scorpius me chamando.

Emistre! Emistre!

 

"Eu preciso mesmo ir. Snape, você vem comigo ou não?"


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Notas finais do capítulo

Bem, eu para falar a verdade estava segurando esse capítulo pois, eu não gostei muito dele. Mas, se alguém gostou...já é alguma coisa.

Até mais!



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