M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 2
L.H - Ciúmes.


Notas iniciais do capítulo

Parte 1



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L.H

Lily e Sean andavam de mãos dadas pelo Beco Diagonal. Era tarde e o lugar estava bastante movimentado.  Os dois jovens namoravam a quase quatro anos, desde Hogwarts. Porém o relacionamento não era tão firme assim. Uma vez que eles viviam brigando, principalmente por crises de ciúmes do rapaz. E as vezes Lilian tinha a impressão de que não recebia a atenção dele quando estava falando.

Todavia, todo casal tem seus problemas, aquela tarde eles estavam muito bem e felizes. Caminham em direção a sorveteria. Ao chegarem no estabelecimento a moça pediu meta com chocolate.

— Quanto mal gosto. - Sean brincou e pediu um tradicional de chocolate.

— Não sou eu que estou usando uma capa de veludo amarela. - Ela debochou das vestes dele.

Sentaram em uma mesinha. Cada um com seu sorvete. Sean começou a falar do trabalho. Ele era quase um auror formado e trabalhava como assistente do chefe de investigação, Ronald Weasley. Mas seu grande sonho era assistenciar o chefe geral, Harry Potter. Mesmo sendo genro do homem ele não conseguiu a vaga, pois a perdeu para o cunhado, Alvo Potter. Isso era um dos motivos dos dois rapazes viverem em intenso atrito. Ou era porque os santos deles simplesmente não se davam bem.

— Hum, talvez descubra o que é. - Lilian disse depois de escutar a história sobre um dos casos que namorado trabalhava. Ele maneou a cabeça e então ela continuou:

— Sabe, eu e Hugo estávamos pensando em tentar fazer um desenho animado para passar na F.E.tv. Ele escreveu uma história sobre um bruxo que viaja no tempo chamado, Tommy. Eu achei bem interessante os primeiros capítulos então desenhei o Tommy e propus ao Hugo que adaptasse as histórias como uma roteiro e então vou tentar animar alguns ep... Sean, Você está me ouvindo? - Lily bufou.

— Ann... Sim. - Ele piscou algumas vezes. - F.E.tv, desenho animado, eu escutei. Mas acha que vão aceitar transmitir, lá só passa jornal e aquele programa de humor da Skeeter.

— Por isso ninguém assisti. - Lily se arrepiou só de pensar no programa da ex-jornalista.

A F.E.tv foi fundada pelos atuais donos do Profeta Diário. O canal televisivo foi uma grande novidade no mundo bruxo. Ele era transmitido através de ondas mágicas como as dos programas bruxos de rádio. Assim, trouxa nenhum podia sincronizar o canal em seus aparelhos não mágicos. Entretanto, a Feitiços e Entretenimentos Televisivos (F.E.tv) era um fracasso. Os puros-sangues preconceituosos passavam longe das televisões mágicas dizendo ser coisa de trouxas. E os outros passavam longe do canal porque era uma porcaria. Alguns assistiam o jornal da manhã que até reportava muito bem as notícias. E outros assistiam o Skeeter Talk apenas para rir da mulher e sentir vergonha alheia. Mas no final das contas, as pessoas assistirem ou não nunca atormentou os produtores do canal. Já que eles não gastavam dinheiro nenhum para transmiti-lo.

— Talvez eles aceitem passar. - Lilian disse esperançosa.

— Você não acha que está perdendo seu tempo? Poderia usar seu talento para pintar retratos enfeitiçados. - Sean disse olhando ao redor e não percebeu o desapontamento no rosto da moça.

— Não. Eu não acho perda tempo. Gosto de animação, cartoons...

— São coisas de trouxas, Lily. Os bruxos não se importam com isso.

Dessa vez ele não pode fugir do olhar fuzilante dela.

— Não se importam porque não conhecem. Porque nunca antes foi feito qualquer coisa do tipo sobre a nossa cultura e o nosso povo. - A moça tentava controlar o fúria na voz.

— Tudo bem, me desculpe. - Sean sorriu para ela. - Vamos lá então, e seja uma revolucionária.

— Agradeço o entendimento. - Ela limpou o canto da boca suja de sorvete e também sorriu para ele. - Vamos?

— Vamos.

O casal levantou da mesa e voltaram ao movimentado Beco. Lily queria passar em uma loja de roupa antes de irem embora. No caminho, entre as pessoas, a moça avistou um de seus primos de longe. Ele saia da loja de animais domésticos.

— Hugo! - Ela correu para abraça-lo.

O abraço apertado, onde o rapaz ergueu a moça do chão, não agradou nenhum um pouco Sean. Mordido de ciúmes. Era assim que ele sempre ficava quando Lilian e Hugo estavam juntos. Ele se aproximou dos dois ruivos conversando sem esconder a cara feia.

— ... então você passa lá em casa que eu te mostro o que já adaptei. - Hugo falava para ela.

— Tudo bem, pode ser depois das 19h?

Sean observou como eles seguravam as mãos um do outro.

— Claro, o horário que quiser. Oi, Sean. Bonita capa! - Hugo cumprimentou o outro quando notou a presença dele.

— Oi. - Sean disse de braços cruzados. Suspeitava que o elogio na verdade foi um deboche.

— Marcado então. - Lily sorriu.

Segurando nos ombros do primo ela ficou nas pontas dos pés para dar um beijo no rosto dele. Que na opinião de Sean foi próximo de mais da boca. Depois que Hugo se afastou do casal eles voltaram a caminhar lado a lado. A moça ruiva depois de algum tempo notou o semblante fechado do rapaz de cabelos dourados.

— O que foi? - Ela perguntou.

O que foi, Lilian?! - Ele cruzou os braços.

— Sim, foi o que eu perguntei. - Ela disse começando a ficar irritada.

— Não sei como você ainda pergunta. - Ele falou indignado. - Já disse que não gosto da sua intimidade com ele.

— Ai, meu Merlin! - Lily cerrou os olhos com força bufando. - Não começa por favor.

— Você fica se agarrando com ele e não quer que eu comece. Depois de quase trocarem um beijo na minha frente! - Sean elevou a voz fazendo pessoas envolta olha-los.

— SEAN! Foi no rosto. E alem do mais, Hugo é meu primo e meu amigo. Porque você não entende isso? - Ela respondeu contendo a voz para não chamarem mais atenção.

— "Primo". Eu vejo a maneira como ele te olha e também a maneira como você olha para ele as vezes.

Lilian abriu a boca surpresa pela acusação. Segurou um braço dele e o fez parar de andar.

— O que você está insinuando? - A voz dela saiu esganiçada.

— Não é obvio? - Ele fechou a cara emburrado.

— Hey. - Ela amansou a voz puxando o rosto dele na direção dela. - Eu amo você.

— E ele não? - Sean firmou os olhos nela.

A moça hesitou por alguns instantes pensando no primo.

— Sim, mas é diferente. Eu o amo da mesma forma que amo meus irmãos. - Ela piscou enquanto falava e não conseguiu olhar nos olhos de Sean.

— Tem certeza? Porque eu não.

— Merlin! Para com esse ciúmes. - Ela o puxou para ele ficar da altura necessária para estalar-lhe os lábios no rosto.

— Vai mesmo para casa dele a noite? - Sean ainda estava de cara feia.

— É claro. Temos trabalho a fazer.

— E vai ficar lá até que horas?

— Até quando for necessário.

— E se ficar muito tarde?

— Durmo lá.

Sean soltou o ar pelo nariz visivelmente irritado.

— É a casa dos meu tios, Sean. Eu posso dormir no antigo quarto de Rose sempre que quiser e eles permitirem.

— Aham...

Caminharam por mais alguns instantes em silêncio. Ela simplesmente perdeu a vontade de ir na loja de roupas e disse que queria ir embora. Não estava gostando de ficar na presença irritada de Sean. Chegaram em segundos na casa dos Potters. Eles se despediram de forma fria. A moça entrou dentro em casa e foi para o quarto pensando no que havia dito a Sean. A verdade é que ela não ama Hugo como um irmão. A muito tempo o sentimento entre eles ia além de amizade. Mas ambos, cada um em seu silêncio, tinham medo de tentarem algo por conta da família e também dos compromissos que tinham.


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Notas finais do capítulo

Meus caros como vocês já devem ter percebido as siglas iniciais representam o casal ou dupla que protagoniza as histórias.
Aviso: algumas das siglas só farão sentido depois de um tempo.
Beijo. Obrigado por lerem



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