M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 1
R.S - Noticiando.


Notas iniciais do capítulo

Parte 1



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R.S

Rose acabou de sair do banho e foi se arrumar. De frente para o espelho se olhou em um vestido preto e depois ajeitou os cachos ruivos em um coque bagunçado. Pensou em tampar as sardas do rosto com base e corretivos, mas decidiu não fazer se lembrando de que Scorpius amava as marquinhas. Ela desceu as escadas da casa e encontrou o noivo sentado no sofá esperando.

— Pronta? - Ele perguntou a olhando de cima a baixo.

— Sim. - Ela forçou sorrir.

 Estavam de saída para jantar na mansão dos Malfoys. Eventos assim era sempre desconfortáveis para ela.

— Que estranho foi muito rápido. - Ele brincou e ela deu um soco de leve no ombro dele.

Juntos aparataram de frente a escura mansão. Os portões estavam selados com magia, mas assim que Scorpius se aproximou ele abriu. Membros de sangue tinham acesso livre ao local. Rose apertou as mãos pálidas com as suas e repirou fundo enquanto atravessavam o imenso jardim. Chegaram. O rapaz puxou o batedor da imensa porta de madeira e o deixou cair. Em minutos ela foi aberta por um elfo doméstico.

— Olá! - Astoria veio sorridente na direção deles e abraçou o rapaz - Como está, meu filho?

— Bem, mãe. - Ele retribuiu o abraço com carinho.

— E você, querida? - A mulher se virou para moça e deu uma beijo no rosto salpicado de sardas.

— Muito bem. E a senhora?

A senhora Malfoy sempre foi muito simpática com Rose. Diferente do senhor Malfoy que estava parado no meio do saguão de entrada pousando com um olhar frio. Quando eles se aproximaram o homem cumprimentou o filho e quase esboçou um sorriso. E ignorou a presença de Rose.

Na sala da lareira, Astoria puxava assunto sem parar. Perguntava como estava a vida. Como estava sendo os dois morarem juntos. Como iam os empregos. Depois começou a contar sobre os elfos que ficavam de namoricos na cozinha. Sobre o que os vizinhos puros-sangues andaram fazendo. E finalizou contando da tia Dafne que pegou calo de hipogrifo no pé.

A lareira crepitou anunciando a chegada de Lucius e Narcisa. Os idosos cumprimentaram a família e, como sempre, ignoraram a presença da Weasley. Antes que a moça se sentisse mais mal ainda por estar ali, um elfo chegou para anunciar que o jantar estava servido.

Sentados à mesa, a família conversava. E Rose comia calada fingindo que não existia. Hora ou outra Astoria perguntava algo para ela. A moça respondia tentando ser confiante, mesmo que os únicos que pareciam escuta-la era o noivo e a sogra. Passados alguns minutos, Scorpius pigarreou e pediu a atenção de todos.

— Eu gostaria de dizer que eu e Rose vamos nos casar.

O casal tinha decidido que aquela noite contariam a família dele. Quando o anunciou foi feito para os Weasleys todos aprovaram felizes. Até Rony, que ainda implicava um pouco com o Malfoy, parabenizou ambos e sorriu de felicidade já se imaginando caminhar com sua princesa até o altar.

— Que coisa maravilhosa! - Astoria comemorou em sincera felicidade.

Mas aparentemente apenas ela achava isso. Draco parou de comer e olhava os dois idosos, preocupado. Narcisa tinha o rosto de cera fixo na moça ruiva. Rose sentiu um arrepio diante do olhar. E Lucius bufava pelo nariz.

— Você não acha que está sendo precipitado, meu neto? - O velho tentava controlar a voz.

— Não, senhor. - Scorpius respondeu confiantes.

Ele nunca esperou utopicamente que a família receberia a noticia como os Weasleys receberam. Sabia que acabaria tendo que lidar com o desgostos deles. E estava certo da decisão que tomava e ninguém o impediria de desposar a mulher que amava.

— Querido, veja bem. Você é o herdeiro dos Malfoys. - Narcisa disse suavemente fria.

— Mas o que isso...? - Astoria começou a falar, mas Draco ergueu a mão para que parece. Ela obedeceu submissa.

As pernas de Rose tremiam embaixo da mesa. Um discussão parecia se aproximar. O rapaz encara os avós de volta apenas esperando pelo que viria. E Lucius ainda bufava parecendo preste a explodir.

— Não faça isso. - Narcisa disse simplesmente, olhando arrogante para a garota.

Scorpius soltou o ar pelo nariz e sorriu devolvendo a arrogância que somente um Malfoy conseguia demonstrar.

— Mas claro que farei. Eu a amo.

Rose sentiu o coração pulsar. Se fosse outra situação ela teria sorrido, mas estava tensa de mais para isso.

— Garoto imbecil! - Lucius brandiu com a voz arrastada. - Você pode até brincar de casinha com essa traidora de sangue. Mas não vai condenar o futuro dos Malfoys sujando nosso sangue com essa mestiça imunda. Entendeu?

— Você não pode me impedir. - Scorpius respondeu solene.

— Gostaria de apostar? - Os olhos enrugados brilharam desafiadoramente.

— Ela não pode lhe dar bons filhos. - Narcisa invadiu a conversa com o queixo erguido. - Terá grandes chances de serem abortos.

— Com licença. - Rose levantou da mesa se sentindo muito ofendida com o que os senhores disseram.

— Rosie! Espere. - Scorpius também se levantou e foi atrás dela.

Os quatro seguiram o jovem casal com os olhos até eles desaparecerem no aro de entrada. Astoria suspirou fundo, triste pela situação. Draco encarou severamente os pais. Ele podia ser frio e ignorar a garota, mas nunca pensou em impedir as decisões do filho. Lucius sustentou o olhar do homem e então disse para o casal mais novo:

— Que desgosto! Deveriam começar a tentar ter outro herdeiro enquanto ainda podem.

Astoria arregalou os olhos em choque com o que ouviu. Mirou o marido esperando que ele disse algo. Vendo que ele estava imóvel, ela também se levantou e saiu da mesa sem dizer nada. Draco a observou sair da sala de jantar.

— Eu gostaria que fossem embora agora. - Ele disse por fim. - Já fizeram o bastante.

— Vai mesmo permitir que o nosso sangue se misture com dos traidores Weasleys? - Lucius olhou indignado para o filho.

— Essa garota é filha de uma sangue-ruim, Draco! - Narcisa sustentava o mesmo olhar.

— Vão por favor. - Ele também saiu da mesa e foi atrás da esposa.

No imenso jardim da mansão, Rose caminhava apresada em direção ao portão de ferro.

— Rose! Meu amor, espera.

 Scorpius a alcançou e a segurou pela cintura fazendo-a parar. A moça tinha os olhos brilhantes de lágrimas salgadas. Remoia os insultos que lhe foram dirigidos. Mesmo os Malfoys a desprezando sempre, nunca antes tiveram a audácias de pronunciar palavras tão humilhantes. Scorpius a puxou para um abraço e encaixou o rosto na curva do pescoço dela. Rose era alta, chegou a ficar maior que a mãe. Mas o rapaz ainda ganhava na altura, possuindo alguns centímetros a mais que ela (menos quando ela decidia usar salto).

— Talvez eles estejam certos, eu não sou mulher para você. - Ela fungou audível.

— Que isso, Rose? - Ele serrou as sobrancelhas para ela.

— Não se importa em sujar seu sangue? - Rose debochou. Não estava com raiva do moço e sim dos mais velhos. Mas no momento ele era único presente para ela cuspir as palavras presas na garganta.

— Eu não chamaria de sujar e sim de variar. -  Ele sorriu e acariciou o rosto dela. - É claro que não me importo. Consegue imaginar um filho nosso? Ruivo ou louro, com sardas ou sem, olhos azuis ou cinza. Talvez uma mistura de tudo.

Rose acabou sorrindo e se acalmando.

— Nunca pensei em filhos antes. - Ela declarou.

— Sinceramente, nem eu. Mas se vamos nos casar é uma possibilidade. - Deu de ombros e em seguida inclinou o corpo para beija-la. - Eles são preconceituoso. Não dê atenção. O que importa é que eu te amo.

— Eu também te amo.

Se beijaram de novo e calmamente. Depois caminharam para fora do portão e desaparataram. Foram direto para um restaurante onde jantaram decentemente. E se divertiram pelo resto da noite até que Rose acabou esquecendo o que foi obrigada a ouvir. Ela sentia que o amor de Scorpius era sincero e isso que realmente importava.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. Muito ainda por vir. Não só desse casal



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