A Batalha dos Escolhidos escrita por Thah


Capítulo 8
Um bom papo entre amigos


Notas iniciais do capítulo

Antes de começarem a leitura tenho alguns avisos:
1 - Foi divulgado a confirmação dos donos dos miraculous da abelha e da raposa, entretanto, antes de sair eu já tinha criado outros personagens que seriam destinados para esses Miraculous. Logo, não fiquem surpresos quando surgir na história outros Escolhidos como donos desses kwamis.
2 - Semana que vem vai estar uma loucura pra mim, talvez eu atrase a postagem dos capítulos, mas não se preocupem, vou postar.

É isso! Valeu!



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“O que eu tô fazendo?! Porque fui ouvir o Plagg!”

Adrien havia se entusiasmado tanto com a ideia do kwami preto que nem esperou para se transformar. Tornou-se Cat Noir e pulou de sua janela exalando adrenalina, entretanto, quando percebeu que não estava mais em seu quarto lamentando-se e sim pulando de telhado em telhado a procura de uma varanda específica, uma forte dor na boca do estômago lhe bateu. Centenas de perguntas borbulhavam de sua cabeça.

“Como vou explicar estar lá a essa hora da noite?”

Cat Noir praguejou internamente. Não fazia sentido continuar como plano, com certeza seria expulso e provavelmente acusado de ser pervertido. E pior, não poderia lhe tirar a razão, não é muito comum um cara chegar na janela de uma dama na calada da noite sem ser algum motivo emergencial, que no caso, ele não tinha. Teria que pensar em algo...algo que fosse plausível a sua presença...Permaneceu em pé em uma das lajes perambulando de um lado para o outro, pensativo.

“Bolo! Isso, fui comprar um bolo!”

Cat Noir bateu a mão na testa e deixou-se cair no chão de joelhos, passava uma das mãos pela cabeleira loira, deixando os fios de cabelos mais desalinhados.

“Quem compra bolo a meia noite Adrien?!”

Abortaria a missão. A quem queria enganar? Por mais que as pessoas o vissem como um garoto corajoso, Adrien apenas aceitava o título. A realidade é que agiu com bravura em poucos momentos de sua vida, na maioria das vezes permanecia reprimido em seu canto. Levantou do chão apoiando-se em um dos joelhos, mas antes de dar o primeiro passo de volta imaginou a voz de Plagg o recriminando por sua covardia e, dessa vez, não haveria como argumentar. Inspirou fundo e fitou o céu. Lua cheia. Seria um sinal de sorte? Girou 180º e olhou para as casas a frente.

“Você faz a sua própria sorte, cara”

Continuou o caminho planejado.

Avistou a varanda de longe, com os pisca piscas acesos e a luz do quarto também. Ótimo, Marinette ainda estava acordada. Sorrateiramente subiu no telhado, fincando as garras nas fissuras das telhas, deslizando com toda cautela, prendeu os pés na calha, debruçou-se para baixo e lentamente desceu a cabeça para ver o interior do quarto.

Lá estava ela, sentada na escrivaninha, desenhando. Cat Noir levantou a cabeça para recuperar a circulação, ficar de cabeça para baixo o deixava tonto e com ânsia de vômito, ele era um gato e não um morcego. Olhou mais uma vez para a lua no céu como se buscasse absorver boas energia dela. Inspirou fundo.

“Beleza, fique no controle. É só não falar merda.”

Novamente debruçou o corpo para verificar o quarto.

PLAFT!

Foi o barulho oco entre o choque das testas dele e de Marinette. A garota deu alguns passos para trás com a mão na região afetada, gemendo. Já o herói, no momento do baque perdeu o equilíbrio e caiu de cara no chão de madeira.

“Maldito seja quem disse que gatos caem em pé”

Cat Noir rolou o corpo, ficando com as costas colada no chão. A dor no meio da testa só aumentou a sua ânsia de vômito. Marinette esfregou a testa algumas vezes e olhou para a figura preta no chão.

— Ai meu Deus um ladrão! Mãe! Pai! Soco...

—  Shi! Shi! Shi! – Cat tampou a boca da garota com uma das mãos e a encarou – sou eu! Está vendo?!

Marinette parou de gritar. Seus ombros relaxaram e ela tirou a mão do rapaz da boca. Esboçava uma expressão confusa quanto a presença dele ali. Lembrou-se que momentos antes da sua batida de cabeça ela ouvira ruídos vindo da varanda, mandou Tikki se esconder e sorrateiramente caminhou até a porta a procura do causador dos barulhos.

— Cat Noir?

Cat Noir deu alguns passos para trás e colocou a mão na nuca, envergonhado.

— Tcha...ran…?

Marinette correu até a grade de sua varanda e olhou para baixo. Tudo estava calmo, nenhum akuma. Seja lá qual fosse o motivo dele estar ali não seria por alguma emergência na cidade. A garota virou-se novamente para Cat e cruzou os braços.

— O que você está fazendo aqui?

Cat Noir sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha. Precisava pensar em algo, rápido. Passou uma mão na outra de maneira agitada, olhando para os lados como se procurasse por algo.

— Bom, eu vim...comprar um bolo!

Adrien previu Plagg rindo da sua cara. Independente do que acontecesse naquela noite o Kwami nunca o deixaria esquecer desse momento rídiculo em sua vida. Conhecendo-o bem, era capaz do nânico preto criar um outdoor com o seguinte slogan:

“Eu vim comprar bolo”

Adrien Agreste

Marinette sorriu de canto, descruzou os braços e os estendeu na grade.

— Certo. A essa hora e na minha varanda?

A garota se divertia com a cena. Poucas vezes na vida viu o parceiro se enrolar nas palavras. Cat Noir era o tipo de cara que sempre tinha uma resposta para dar, na maioria das vezes carregada de alguma malícia.

O garoto congelou. Começou a rir nervoso tentando consertar a situação.

— Não! Eu não, veja, assim...é.

Marinette não conseguiu segurar o riso. Um riso verdadeiro e sincero que Adrien não via a um bom tempo. Ela tinha um sorriso muito bonito. Cat Noir também pôs-se a rir, não lhe restava outra opção. Lentamente os dois pararam de rir e se olharam.

Silêncio.

Adrien olhou atentamente para a colega de turma de uma forma que nunca fizera antes. Seus olhos azuis eram misteriosos, ao mesmo tempo em que continham uma ingenuidade, possuíam um fogo inexplicável. Marinette olhou para baixo e colocou uma das mechas de cabelo atrás da orelha, envergonhada.

— Agora, a verdade Cat.

Visto que fora vencido, o gato sentou-se no chão em posição de índio e falou a primeira coisa que lhe veio à cabeça, o desfile.

— Há alguns dias, enquanto fazia a minha ronda, vi você chorando…

Marinette mudou de expressão, desfez o sorriso e fitou o chão, segurando os próprios braços, colocando-se na defensiva.

— ...você está melhor?

A garota sentiu os joelhos fraquejarem. Não queria reviver as emoções daquele dia, mas foi inevitável. Alguns flashs passaram-lhe na cabeça, balançou a cabeça em negação tentando dissipá-los. Olhou para frente e tomou um leve susto. Enquanto se perdia em sua tristeza não vira que o felino havia levantado e encontrava-se na frente, a mais ou menos dois passos de distância, com uma expressão preocupada no rosto.

Marinette sentiu seu coração aquecer, como a sensação de se tomar um chocolate quente em um dia frio. Sorriu.

— Estou. Vivendo um dia de cada vez.

O vento dançou entre os dois, balançando seus fios de cabelo e o pijama de Marinette. Adrien não sabia como prosseguir. A princípio achava que suas falas sairiam naturalmente como sempre foi, porém, estava claro que isso não aconteceria. Sentia como se estivesse em um campo minado e que a qualquer instante acionaria uma bomba.

Cat Noir deu alguns passos para trás e acionou seu bastão.

— Já vai embora? - perguntou Marinette um pouco decepcionada.

Cat Noir parou a ação e a encarou surpreso. Marinette agiu por impulso, andou até o rapaz com um olhar suplicante e segurou o seu pulso.

— Fica.

O gato não respondeu, apenas deixou-se levar para dentro de casa.

O quarto estava igual desde a última vez que viera, os esboços espalhados por todos os lados, o mural de fotos dela com a família e os amigos e a infinita quantidade de coisas da cor rosa. Cat se aproximou  do computador na escrivaninha. Marinette recolhia algumas coisas pelo lugar, mas parou quando viu o rumo que o gato seguia.

“As fotos!”

Rapidamente a garota saltou na frente dele e o colocou longe da mesa. Qualquer toque no mouse revelaria uma área de trabalho repleta de fotos de Adrien. Felizmente, conseguiu evitar que tal desastre ocorresse. Cat Noir se afastou sem muito entender e continuou a olhar o quarto. Terminada a sua inspeção, sentou-se na poltrona perto da cama.

— E então?

Marinette olhou para os lados.

— E então o quê?

— Você me pediu para ficar, lembra?

A mestiça ficou sem reação. De fato pedira para ele ficar, mas não sabia o porque. Só parecia certo fazê-lo na hora.

— Sim. Verdade. Bom, vamos falar de você então - disse ela sentando-se na cama em posição de índio.

— Ah não, não tenho nada a contar. Fale de você.

Marinette revirou os olhos.

— E o que te faz pensar que eu tenha algo?

— Tenho certeza que tem.

— Tipo o quê?

Cat Noir remexeu-se na poltrona e deferiu o mesmo olhar preocupado de minutos antes.

— Tipo...porque você estava chorando naquele dia.

Marinette calou-se. Talvez não tivesse sido uma boa ideia deixá-lo ficar. Sabia que Cat era insistente e tentaria arrancar toda a história.

— Ah não, é muito tediosa e demoraria uma vida pra contar tudo.

Cat Noir sorriu de canto, o mesmo sorriso divertido que esboçava diversas vezes com Ladybug.

— Não tem problema. Tenho sete.

A garota se rendeu, ele era teimoso e não sairia de lá até ouvir tudo. Despejou tudo. Cat Noir não interrompeu nenhuma vez, o máximo de mudança que fez foi apoiar uma das mãos no queixo. Marinette sentiu-se aliviada de botar toda sua mágoa para fora. Finalmente se livrar do peso que carregou a semana toda. É claro que pode desabafar com Alya, mas ali era diferente, por algum motivo sabia que qualquer coisa que contasse para o felino, morreria ali. Quase como um contrato silencioso.

— E foi isso, como eu disse o final não é muito legal.

Cat Noir levou um tempo até responder. Levou uma das mãos até o queixo, depois cruzou os braços.

— Você vai perdoá-lo? Esse Adrien?

Marinette mordeu o lábio pensativa. Esperava por algum comentário em relação a sua atitude na festa, ou mesmo a de Adrien. Ela mesma não sabia a resposta.

— Não sei…

— Acho que vocês deveriam se acertar.

Marinette cruzou os braços.

— Falar é fácil.

— Não, é sério. É bem bosta perder uma amizade por causa de uma briga.

Cat Noir levantou da cama e sentou-se de frente para Marinette, ambos em posição de índio. A princípio a menina achou uma má ideia, preferia manter a sua distância de segurança não violada. Entretanto, aceitou ficar onde estava. Conhecia o rapaz e sabia que respeitaria seu espaço.

— Você já se sentiu sozinha? - perguntou ele - Digo, sem nenhum amigo, parente por perto?

Marinette pensou por um momento. Tentou rastrear em sua mente algum momento em que estivera completamente só, mas não encontrou. Sempre havia alguém, na maioria da vezes os pais.

— Totalmente sozinha? Não.

— É horrível – Cat Noir disse com a voz embargada – é um vazio tão grande que você questiona se realmente ainda vale viver por algo – olhou para ela – ou por alguém.

Adrien sentiu o coração apertar, tinha que desabafar anos e anos de solidão que por muito tempo lhe invadiam por inteiro. Precisava livrar-se da escuridão que o consumia de tempos e tempos. Deitou-se na cama, perpendicular a garota e olhou para o teto.

— Ser sozinho é a pior coisa a se desejar a alguém. É saber que se um dia você sumir...ninguém notaria sua ausência.

Marinette sentiu-se péssima. Cat Noir era seu parceiro de batalhas a vários meses e ela nunca parara para analisá-lo. O garoto criou um personagem para si mesmo, alguém de bom humor, galanteador e otimista, mas por trás da máscara era apenas um ser solitário. Pela primeira vez o viu de uma forma diferente, uma pessoa como ela, que enfrentava seus dêmonios internos diariamente sem que ninguém notasse. As vezes ser um herói é esquecer que todos ainda são humanos, falhos e que precisam de ajuda, amigos...

— Cat...

— Sim?

— Você ainda se sente sozinho?

Cat Noir rolou a cabeça para o lado para encará-la.

— Não mais, princesa. Não mais.

Marinette sorriu, colocando outra mecha de cabelo atrás da orelha. Cat voltou a olhar o teto.

— Quero saber mais coisa sobre você - disse ela ajeitando-se na cama como uma criança que aguarda uma história de ninar.

Cat soltou um riso frouxo.

— Já disse princesa, não tenho nada de interessante para falar.

— Mentira! Tem que ter algo. - insistiu ela.

Cat Noir revirou os olhos.

— Ah ok, ok! Deixa eu pensar…- colocou a palma da mão em cima dos olhos permanecendo assim alguns segundos - Desisto. Melhor você perguntar e eu responder, mas veja bem o que vai falar hein! Não vale “Quem é você na vida real”.

— Não sou nenhuma anta, Cat Noir - Marinette ofendeu-se.

— Ok. Começa então.

Marinette ficou pensativa. Como perguntar algo para um pessoa que não pode dizer quase nada sobre si? Teria que explorar fatos que não entregassem a identidade do herói.

— Quantos anos você têm?

Cat Noir olhou para a garota desacreditado.

— Sério mesmo? Todo esse tempo só para isso?

— Responde logo Cat!

Cat Noir bufou pelo nariz.

— Dezesseis.

— Ok. Temos a mesma idade.

— Certeza? Pra mim você tem nove.

Marinette mostrou a língua.

— Besta. Você se considera alguém bonito?

— Querida, narciso teria inveja de mim.

“Definitivamente egocêntrico”

— Hobbie favorito?

— Videogame.

— Aposto que levaria uma surra de mim.

Cat Noir sorriu. Lembrou que a situação já acontecera há um tempo atrás. Agradeceu internamente por não ter a identidade revelada. Seria duplamente humilhante se jogasse uma partida com a garota e perdesse de novo.

— A próxima é mais tensa.

— Nada do que você me perguntar vai me abalar.

Marinette aguardou um momento antes de iniciar a frase.

— Quando você soube que amava Ladybug?

Cat Noir não respondeu, continuou a olhar o teto. A verdade é que não sabia como responder. Não havia uma data específica. No começou com admiração, encanto que se transformou em paixão e depois amor. Todos em Paris sabiam da sua queda pela heroína de traje de joaninha, ele sempre fez questão de deixar isto exposto. Mas, agora era diferente. “Ele”estava exposto, como se estivesse em um raio X de sentimentos e sendo analisado. Marinette se pôs em seu campo de visão.

— Cat, eu te fiz uma pergunta.

Cat Noir permaneceu deitado olhando para a garota que barrava sua visão completa do teto. Nunca falara disso com ninguém, nem mesmo Nino. Aliás, falar sobre sentimentos sempre é algo estranho. Mesmo com pessoas que depositamos confiança. É um nível altíssimo de abertura emocional. Novamente sentiu-se inseguro. Tinha a impressão que tudo que falasse soaria infantil ou meio trouxa.

— Não sei quando... Sabe quando você olha para uma pessoa e sente uma mistura de reações simultâneas? Sente frio e calor ao mesmo tempo. Vontade de falar qualquer coisa e também de ficar só olhando? O desejo de convidá-la para um sorvete, ou pipoca e o medo de ser negado? Então, é meio que isso. Quando estou com ela sinto que posso me libertar, sem julgamentos, porque ambos temos um segredo e é justamente o que nos une. Tê-la por perto, já me basta. Eu não estou apenas apaixonado, realmente a amo. Renunciaria ter a presença dela na minha vida se fosse para ela conseguir ser feliz. É bizarro né? Você gostar tanto de uma pessoa que a coloca em primeiro plano. Acho que quem ama nunca sabe que está amando até o momento que não consegue imaginar um futuro...

Cat Noir olhou profundamente nos olhos de Marinette.

— ...sem ela presente.

Marinette paralisou. Sentiu novamente o coração aquecer. Um misto de vontades de invadiu o corpo, queria abraçar o parceiro, um abraço tão forte que fosse impossível de se separar. Queria deitar em cima de seu peitoral e chorar loucamente revelando sua identidade. Antes que caísse sobre ele, a garota impulsionou-se para trás.

— É tá bem tarde né.

Cat Noir pôs-se sentado.

— Melhor eu ir indo.

Marinette concordou com a cabeça e assistiu o herói caminhar para a varanda. Cat Noir acionou o bastão, sentou na grade de ferro e virou para se despedir.

— Nos vemos por aí prin…

O herói interrompeu-se quando viu a menina a pouco centímetros do seu rosto, encarando-o.

“Desde quando ela tem essas sardinhas fofas?”

— Obrigada por vir me visitar.

Marinette ergueu o rosto para lhe dar um beijo na bochecha. Cat não soube o porque, mas virou um pouco o rosto, recebendo um beijo no canto da boca. A garota assustou-se com o movimento e rapidamente afastou-se.

— Gatinho malandro.

Cat Noir sorriu travesso.

— “Ops”. Nos vemos por aí princesa.

Pulou da varanda, refazendo seu caminho de volta. Olhou mais uma vez para a lua formosa no céu.

“Valeu aí Dna.Redonda”

Adrien chegou no quarto em uma perfeita cambalhota e transformou-se de volta. Sabendo que seu Kwami lhe pediria queijo, apenas estendeu-lhe a comida fedida da qual Plagg pegou de bom grado. O garoto colocou seu pijama e sentou na cama, passou a mão no canto da boca onde havia ganhado o beijo, sorriu bobo.

— Acho que alguém trocou de Lady? – disse Plagg.

Adrien parou de sorrir e olhou para o pequeno gato.

— Tá louco?

Plagg deu os ombros.

— Estou? Não sou eu que tô passando a mão na cara todo encantado.

Adrien jogou-se para trás, deitando em seu travesseiro.

— Eu amo a Ladybug.

— Não disse que não amava, mas confessa que ficou mexido com o beijinho da sua amiga padeira. – Plagg falou fazendo biquinho.

— Ah sem essa Plagg!

Adrien pegou sua coberta e jogou para cima do corpo lançando o Kwami para trás em várias cambalhotas. Deitou de lado cobrindo o rosto. Sorriu abobado, seu coração batia em um ritmo diferente, colocou a mão outra vez na bochecha.

— Tá fazendo de novo! – cantarolou Plagg atrás do cobertor.

— PLAGG! – Adrien sacudiu a coberta e conseguiu escutar o grito do Kwami indo cada vez mais longe até cair no chão. Esperou. Plagg gemeu, reclamou da sua brutalidade. Ok, estava vivo.

Seria a primeira vez, em noites mal dormidas, que descansaria por completo e de quebra até sonharia.


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