A Batalha dos Escolhidos escrita por Thah


Capítulo 5
A sorte de Cat Noir


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora :/



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Uma semana havia se passado. Mestre Fu avisara Ladybug e Cat Noir que a Assembleia Lendária foi marcada para o fim de semana. Marinette estava ansiosa com a chegada da reunião, veria todos os Escolhidos pessoalmente. Teriam eles todos a mesma idade? Como deveria agir? Precisava levar alguma comida como nas confraternizações escolares, meninos salgados e meninas doces?

“Estúpida”

A Assembleia não seria uma confraternização com bolo e balões, mas um momento de muita seriedade para discutir assuntos preocupantes. Marinette questionava-se sobre as possíveis decisões que seriam tomadas na reunião. A verdade mesmo, era que tinha medo de receber uma missão de alto escalão e estar despreparada para cumpri-la.

— Já pensou que roupa vai usar no baile? – perguntou Tikki enquanto comia um cookie.

— Não – respondeu cabisbaixa batendo a testa na mesa – fiz alguns esboços, mas todos estão um lixo. Além do que ainda estou sem par, talvez seja melhor ficar em casa mesmo.

Tikki arregalou os olhos e cuspiu um pedaço do cookie.

— Que isso Marinette! Claro que não, você tem que se divertir um pouco. Ser a Ladybug tem ti consumido à beça.

Marinette ainda apoiada na mesa, girou a cabeça e olhou para o seu Kwami. Algumas mechas caiam-lhe sobre o rosto.

— Eu sei Tikki, mas o Adrien vai convidar outra menina.

Tikki voou até o rosto da amiga e retirou as mechas que cobriam-lhe o rosto.

— E daí? Não existe só o Adrien naquela escola. Você é muito bonita Marinette! Tenho certeza que muitos meninos estão atrás de você.

Marinette sorriu para sua Kwami. Tikki tinha razão. Deveria se divertir, aproveitar a noite, esquecer os problemas da vida dupla que levava. Iria nesse baile de qualquer forma, nem que fosse sozinha.

Na escola os rumores rolavam a todo vapor. Nino finalmente convidara Alya, assim como Ivan fez com Mylène, todos estavam se encaminhando o que deixou Marinette um pouco triste. Por mais feliz que estivesse pelos amigos, ainda sim chateava-se por não ter um par.

 “Para com isso”

A garota ouviu uma menina do primeiro contar que Adrien ainda estava disponível. Será que a garota misteriosa recusou o convite? Ou ele só estava escolhendo quem levar dentre a sua multidão de fãs.  Alya aproximou-se com um sorriso largo no rosto.

— Já está sabendo? – disse ela animada.

— Com certeza – Marinette apontou para a multidão de garotas que se encontravam atrás delas – parabéns amiga! – abraçou Alya. Realmente estava feliz por ela.

— Soube que o Adrien ainda está sozinho – Alya fez uma careta maliciosa e cutucou o ombro da amiga com o cotovelo – você pode aproveitar o evento de hoje à noite para convidá-lo!

— Evento?

Alya apontou para um cartaz no mural.

“Desfile de primavera de Gabriel Agreste

Lugar: Praça central

Horário: 19:30”

— Adrien conseguiu que os alunos pudessem participar também, muitos de nós vão desfilar! Rose, Juleka, Nathaniel, Kim, Sabrina, Lila e a chata da Chloé também – contou Alya mexendo no celular e mostrando a página do seu blog – pensei em participar também, mas achei melhor cobrir todo o evento para o LadyBlog. Quem sabe a Ladybug e o Cat Noir não apareçam lá para prestigiar.

Marinette olhava avoada Alya mostrando as fotos em seu celular.

— Duvido muito – murmurou Marinette.

— Que foi?

— Eu disse QUE TUDO! – Coçou a cabeça nervosa procurando disfarçar a gafe – Vai ser demais mesmo.

— Vamos ser uma ótima dupla de cobertura! - Nino chegou dando um beijo na bochecha de Alya, que corou imediatamente. Adrien estava do seu lado.

— Você vai também vai né Marinette? – Adrien perguntou em tom de afirmação.

Marinette sorriu, queria ficar chateada com ele por não tê-la convidado para o Baile, mas não conseguia. Pensou até em tirar as fotos dele de seu quarto, porém lhe faltou coragem.

— Estarei lá. – confirmou.

Adrien almejava que o dia ficasse livre do ataque de Hawk Moth, mas não. Desejar não foi o suficiente. O dia de trabalho foi bem pesado, a pessoa akumatizada em questão era um veterinário da cidade que transformou alguns parisienses em cães imensos. E pela lei natural, cães e gatos não costumam ter uma relação empática. Sendo assim, ele passou a tarde inteira correndo de um lado a outro da cidade distraindo os caninos enquanto Labybug libertava o akuma. Um deles chegou a puxar o seu rabo para segura-lo enquanto subia em um cano preso na parede de um beco. Resultado, caiu estabanado no varal de roupas de uma senhora do quinto andar. Minutos depois Ladybug chegou no local e o viu preso em sutiãs e calcinhas tamanho GG. Disparou a rir e ameaçou registrar o momento com seu celular, fazendo-o implorar por misericórdia. A heroína soltou o parceiro do emaranhado de roupa e juntos subiram até a cobertura do prédio.

Cat Noir jogou-se no chão e ali permaneceu. Ainda ofegava e o suor lhe brotava de lugares que ele próprio desconhecia até o momento.

“Vou ter que tomar uns três banhos pra me livrar desse cheiro.”

Cheirou sua roupa e fez cara de nojo.

“Eca! Como vou desfilar assim? Deus me leve agora, por favor”

Cat gemeu baixinho, seu corpo doía por inteiro. Tudo que mais queria era deitar em sua cama e hibernar por três dias.

— Grunhindo sozinho gatinho?

Ladybug guardava seu iô iô na cintura, olhou para o gato e mais uma vez gargalhou.

— Você ri né? – Cat falou em profundos intervalos de respiração – eu iria aí te calar com um beijo, mas estou muito cansado até pra isso.

Ladybug parou de rir, deu a volta e ajoelhou-se atrás da cabeça de Cat, aproximou o rosto e sussurrou em seu ouvido.

— E quem disse que eu deixaria você me beijar? – sua voz estava mais sedutora do que nunca.

A morena ficou encarando o gato com seu nariz a pouco centímetros do dele e esboçando um sorriso travesso no canto da boca. Cat Noir que já necessitava de oxigênio antes, agora precisava lembrar de como respirar. Esse tipo de brincadeira sempre partia dele. Não podia perder a chance, podia aguentar um pouco mais a dor. Institivamente levantou a cabeça para roubar-lhe um beijo.

— Opa – Ladybug se levantou depressa ainda com o sorriso travesso– tenho que ir gatinho, logo mais vou me transformar.

Cat Noir deixou a cabeça cair no chão, soltou um riso bobo. Apoiou o cotovelo no chão e com dificuldade conseguiu manter a parte superior do corpo erguido, inclinou a cabeça de lado olhando sua dama desprender seu iô iô, sorriu malicioso.

— Você sabe que a gente ainda vai se beijar, não sabe?

Ladybug olhou para o felino jogado no chão com as sobrancelhas arqueadas. Havia algo no olhar dela que não soube interpretar, como se soubesse de algo que ele desconhecia.

— Você precisaria de muita sorte – falou desenrolando o fio do seu equipamento – e caso tenha esquecido, gatos pretos não são símbolos da sorte.

Cat Noir forçou o corpo para frente e ficou em posição de índio.

— Quando você vai aprender Bugboo que eu faço a minha própria sorte? – deu uma piscada malandra.

Ladybug apoiou o peso do corpo em um dos lados, ainda estava com aquele olhar misterioso.

— Quem sabe um dia Cat – sorriu e lançou-se para o alto – quem sabe um dia!

Cat Noir continuou parado olhando a joaninha pular em zig zag pelas casas.

— Vou esperar tempo que for, My Lady.


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