Our destiny escrita por Tisbe


Capítulo 31
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Esse saiu rápido do forno. Um dia de folga faz milagres.... Escrevi e não revisei... para erros e etc fiquem a vontade para me avisar. Espero que gostem!



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Vossa Graça... – Bran meneou para a mãe dos dragões assim que a viu entrar em seu aposento. – Obrigado por vir até aqui.

Daenerys olhou para o rapaz sentado em sua cadeira de rodas e esboçou um leve sorriso. – Queria falar comigo?

— Sim, sente-se por favor. – Ele apontou para uma cadeira ao lado. – Desde que chegou a Winterfell não tivemos oportunidade de nos falarmos, Majestade.

A Targaryen concordou com a cabeça, mas na verdade, não entendia o motivo para aquele encontro. Pelo que ela sabia, o Stark não passava de um garoto que em nada acrescentaria nos assuntos relacionados à guerra. – Tem razão lorde Brandon, nunca tivemos essa chance. – A mulher tentou soar cordial.

— Seu Karl a aguarda, Majestade... ele e sua criança. Não faça nada que irá se arrepender. – Sem meias palavras, Bran despejou sua revelação de uma única vez.

Daenerys sentiu um arrepio na espinha assim que o menino a encarou no fundo dos olhos. – O que quer dizer com isso? – Quem diabos lhe falou sobre minha família? Responda! – A rainha se levantou em fúria.

— Eu não sou Brandon Stark, sou o Corvo de três olhos que vê o passado e futuro. Eu já vi o que se passou em sua vida, minha senhora, e hoje, eu vi o que a aguarda. Seu destino não está completamente selado. Toda escolha que fazemos nos leva por um caminho ou por outro, escolhas diferentes não nos levarão para o mesmo lugar.

Os olhos de Daenerys marejaram, mas ela não se permitiu demonstrar fraqueza. A anos ela não pensava no filho e no marido com tanta dor. E agora, a lembrança de ambos lhe veio como fogo queimando por dentro. – Você não tem o direito de falar sobre eles. Não me interessa se você é um Stark, um corvo ou um feiticeiro...

— Não te chamei aqui para ofendê-la, Vossa Graça, mas sim para alertá-la. Os desejos que tem hoje serão sua ruína. Há muito mais do que esta vida que levamos na terra, mas você já sabe disso...

— Não sei do que está falando. – Sua voz soou fraca.

— Você sabe o que a aguarda, Khaleesi... a casa dos Imortais... – Ele a lembrou das visões que um dia ela tivera no Palácio de Poeira. – O caminho da escuridão não lhe trará sua família.

Daenerys parecia em choque, ela jamais contara a ninguém sobre suas visões. Nem mesmo Missandei, sua maior confidente, sabia sobre o que ela realmente vira naquele lugar enfeitiçado.  - Brandon Stark, não ouvirei mais nenhuma palavra vinda de você. Vim até aqui para ajudar na luta contra a morte, e é isso o que farei. Não ouse mais falar sobre meu passado, também não me importo com o que você tem a dizer sobre meu futuro. Agora, eu mesma lhe darei um conselho, guarde suas visões para si próprio, pois já queimei uma bruxa que sabia menos que nada. Com licença.

Bran não esboçou qualquer reação com aquela ameaça, com o mesmo semblante impassível, ele a viu sair do ambiente.

 Daenerys partiu daquele lugar com a cabeça latejando. Correu por todo o castelo até chegar à porta da saída. Respirando o ar gelado do Norte, enxugou os olhos com as mãos. A loira sentia um misto de raiva e confusão. – Os Sete Reinos me pertencem, sou a rainhas dos Ândalos e primeiros homens... sou a mãe dos dragões. Terei o que é meu por direito! — Para afastar aqueles sentimentos angustiantes, seus pensamentos se focaram em seu maior objetivo; conquistar o trono de ferro. – Nenhuma revelação mágica irá me desviar de meu foco. – Falando em voz alta, a mulher saiu da fortaleza em busca de seus dragões.

— Gilly, chame o Meistre, por favor. – Sansa pediu e a garota obedeceu imediatamente. Minutos depois, o velho homem já estava em seu aposento.

— Majestade? Sente dores?

— Nenhuma, mas o bebê está agitado. Mal consigo respirar e sinto que vou explodir a qualquer momento. – Ela se apoio nos braços para poder se levantar da cama. – Mais quanto tempo ainda?

— Pode ser hoje, amanhã... na próxima semana ou na outra, Vossa Graça. Sua criança logo estará em seus braços. Caso passe disso, eu lhe darei alguns concentrados para ajudá-lo a perceber que já é hora de nascer.

— O que quer dizer com isso? – Irá machucá-lo? – A ruiva se assustou com a fala do homem.

— De forma alguma, Majestade. O extrato botânico a ajudará com a dilatação e contrações.

— Bem, acho que isso me deixa mais tranquila. – A menina sorriu. – Não foi apenas por este motivo que te chamei. Preciso saber se o exército do Vale já chegou no Norte. Bran me disse que o os caminhantes estão cada vez mais perto da muralha.

— Estão a caminho, majestade. Mais cedo recebemos um corvo de Lorde Royce; ele traz quatro mil homens de sua própria casa, seis mil de seu primo Robin e mais nove mil das demais casas. Se o tempo ajudar, estarão em Winterfell em dois dias.

— Ótimo. Assim que chegarem, deverão se juntar aos soldados de meu tio Edmure. Diga a cada comandante que o senhor meu marido incumbiu a Peixe Negro a liderança de suas unidades. Eles se reportarão diretamente a ele. – Sansa andava de um lado para o outro do quarto, tentando se lembrar de toda a conversa que tivera com o marido na noite anterior. – Peça para Brienne ver se os imaculados e os Dotraki da Targaryen têm couro e peles suficiente para se aquecerem. Não quero que nenhum homem morra de frio.

— Eu o farei, minha rainha.

— Ah... e antes de ir, quero que refaça a contagem do estoque de comida. Nosso rebanho de cabras está se esvaído a cada dia. Aquelas bestas voadoras estão comendo cada vez mais. Reserve dois terços de nossos animais para o consumo humano. E se os dragões quiserem comer mais do que pudermos oferecer, que sejam levados para além de Winterfell para caçarem por si próprios.

Assim que o Meistre a deixou para cumprir suas ordens, Sansa caminhou até sua janela para observar a neve que caía. Em seus pensamentos, trazia a satisfação por comandar suas terras junto com o rei. Todas as noites, antes de dormirem, Jon sempre pedia seus conselhos e dividia com ela as decisões que tomava em suas reuniões com os senhores das outras casas. Sorrindo consigo mesma, Sansa decidiu que assim que tivesse seu filho, aprenderia a lutar como a irmã e o marido. Não que entrar num campo de batalha fosse um desejo seu, mas ela passou a achar excitante toda a adrenalina que uma guerra iminente trazia. A ruiva percebeu que saber bordar e costurar vestidos eram ótimas habilidades, mas numa batalha, aquelas aptidões nunca lhe seriam úteis.

Alguns metros à frente de onde estava, Arya podia ver o primo andado ao lado de Gendry e a poucos passos dos dois, Fantasma vinha farejando o terreno coberto de neve. – Mas que diabos esses dois tanto conversam...

— Disse alguma coisa, Milady? – Samwell, que vinha logo atrás dela a questionou.

— Não disse nada, Sam. – A menina se virou e o viu respirar com sofreguidão. – Quer que eu leve isso? – Ela apontou para a maca que o homem trazia.

— Não precisa senhorita. Obrigado.

— Sim Majestade, como eu disse, seu pai... digo, seu tio me procurou na forja e depois dele, uma feiticeira vermelha revelou que eu era um bastado do rei Robert Baratheon. No começo, eu acreditei que ela me ajudaria, mas no fim descobri sua verdadeira intenção; ela me usaria como sacrifício para o Senhor da luz.

— Melissandre? – Jon o olhou.

— Você a conhece?

— Sim, eu a conheço muito bem. – Jon se lembrou de sua ressuscitação e da conversa que tivera com Davos sobre a predileção da mulher em queimar aqueles que possuíam sangue nobre. - Certo, eu já entendi. – De súbito, o rei parou e esperou que a prima os alcançasse.

— Arya, agora é sua vez. – Jon falou e esperou que Sam e Gendry passassem a frente. Ele queria falar a sós com a menina. – Ele me parece ser um bom rapaz.

— Ele é...

— Arya, eu sei que você já está crescida, além disso, não sou seu pai para proibi-la de nada. Só quero que você entenda que um celeiro não é o lugar mais adequado para se encontrar com um rapaz. Você é a irmã mais nova da rainha, é uma Stark... a filha de um nobre. Se qualquer outra pessoa os pegasse juntos daquele jeito, sairiam a difamando e também o bom nome de sua casa.

— Sabe que não ligo para isso.

— É claro que sei, mas tudo isso é importante para sua irmã.

— Sansa não se importou quando eu contei... – A menina o olhou esperando sua reação.

— Ela já sabia?  - Jon a olhou incrédulo. – Por que ela não me falou nada?

— Porque eu pedi para ela guardar segredo. – A menina soou vitoriosa. No passado as duas poderiam ter tido suas desavenças, mas agora, as irmãs se protegiam e se ajudavam da melhor forma que podiam - Jon, não fizemos nada de mais, além disso, sua esposa já se deu ao trabalho de me dar este mesmo sermão. Estamos a um passo da morte, Jon Snow e eu não quero morrer sem antes ter vivido.

Com aquelas palavras, Arya o derrubou por completo. Jon a olhou com ternura e compreendeu suas palavras, pois num passado nem um pouco distante, era ele quem que se esgueirava pelos cantos para viver seu amor proibido com uma Stark. – Bom, se sua irmã já conversou com você, quero apenas que evite o celeiro. E não faça nada que sua irmã não faria.

— Certo, mas Sansa se casou em segredo com um bastardo e ficou grávida na primeira oportunidade que teve... – A menina esboçou um sorriso, mas assim que viu o olhar severo que ele lhe lançou, ela desfez rapidamente sua cara de satisfação.

— Arya... – Jon falou em tom de reprimenda pelo comentário ácido.

— Me desculpe. – Ela baixou a cabeça e apressou os passos para chegar até onde Fantasma estava. Satisfeita com o rumo de sua situação, a menina passou afagar o gigantesco animal que caminhava calmamente pela mata.


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Notas finais do capítulo

Eu queria ter colocado mais coisas, mas já passou das 3 da manhã e eu preciso dormir... rsrs fica para o próximo.

Sobre o capítulo, Eu não sou muito chegada na Dany, mas enquanto escrevia, senti pena dela. O Bran me fez lembrar da Daenerys do comecinho de GOT, e naquela época eu ainda torcia por ela. Ela não era power hungry e sofreu muito com a perda da família... Mas enfim, nem tudo pode ser lindo e cor de rosa...

Sobre a Sansa, adorei deixá-la mais ativa no que diz respeito a guerra e fazê-la dividir o comando ao lado do Jon.

Sobre escrever... Eu não entendo nada sobre gravidez e tenho poucas referências sobre o mundo de GOT descrito nos livros, por isso procuro pesquisar tudo antes de incluir no cp. por isso a escrita demora muito mais, mas acho que no final vale a pena pq se torna um tantinho mais fiel.

Bem, é isso... até o próximo!